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domingo, 30 de novembro de 2008

III Parada Gay de Guarulhos

Hoje (30/11) aconteceu a III Parada Gay de Guarulhos, com o tema "Viva, Ama e Seja - Homofobia não combina com Democracia". Há dois anos participei da primeira edição do evento, confesso que houve um progresso significativo. Na primeira edição tinham algumas centenas de participantes, e a organização contava com um trio elétrico pequeno. Hoje havia aproximadamente sete mil participantes, um trio pequeno e um grande. Houve atraso de quase duas horas para o inicio do evento – um erro inadmissível, pois sabemos como o transito é prejudicado com tais eventos. Na hora da largada alguns militantes se manifestaram com palavras de ordens, e evidenciaram a necessidade de aprovação imediata da PLC 122 e de uma lei que está engavetado na Câmara Municipal de Guarulhos. Se a lei for publicada, colocará a Parada Gay de Guarulhos no calendário oficial do município.

A concentração do evento foi em frente ao PoupaTempo. Deixei o meu carro no Wall Mart, há uns dois quilometro do evento. Imaginei: Deixo o carro mais próximo ao centro, e quando acabar a parada, o local do estacionamento estará próximo. Mas o evento caminhou no sentido contrário, não caminhou para o centro da cidade (o que seria óbvio). A parada acabou saindo da cidade, indo para um lugar sem visibilidade alguma. A via que estava acontecendo o evento tinha uma ótima visão para a Dutra, isso gerou lentidão na rodovia devido a curiosidade dos motoristas. Se a parada caminhasse para o centro da cidade, seria evitado o transito na Dutra, e aumentaria a visibilidade do evento na cidade. As paradas acontecem para conscientizar a comunidade quanto aos direitos do cidadão homossexual, e essa conscientização só virá com a visibilidade do evento.

Quando se aproximaram do local da concentração, o público foi informado que a festa continuaria dentro de um clube. Foi organizada uma festa, e para entrar no evento, o público tinha que adquirir um ingresso no valor de 10 reais. Em nenhum momento isso foi informado nas faixas que divulgava o evento, a omissão dessa informação soou como um grande oportunismo por parte dos organizadores da Parada, representados pelo Movimento Mel.

Infelizmente muitas paradas estão surgindo pelos quatro cantos do Brasil, e muitas estão se esquecendo que do intuito do manifesto, que é a luta dos direitos humanos. A Parada de Guarulhos teve um tom totalmente comercial e oportunista, e, com esse apelo comercial, nos distanciamos cada vez do objetivo principal, que é a conquista dos direitos humanos para o cidadão LGBT. Porque a grande festa foi apenas para quem desembolsou os 10 reais? As Drags envolvidas no evento não eram militantes? Espero que a Parada de Guarulhos ganhe outra tonalidade para o ano que vem, e que façam militância de verdade, e não uma parada com o intuito de levar sete mil pessoas para frente de um ginásio, e na porta do ginásio informar que a entrada está condicionada ao pagamento de um ingresso.

Concurso Cultural – A Guerra de Clara

Quer ganhar de presente o livro “A Guerra de Clara” de Clara Kramer? O Blog Passageiro do Mundo em parceria com a Editora Ediouro lhe dá esse presente. Para isso, basta responder a pergunta abaixo nos comentários do post “A Guerra de Clara”. A melhor resposta receberá um exemplar do livro em qualquer lugar do Brasil.

Você arriscaria a sua vida para salvar a vida de um refugiado de guerra?

As respostas serão aceitas até a meia-noite do dia 5 de dezembro. A melhor resposta será divulgada no dia 8 de dezembro, abaixo da resposta é necessário deixar um endereço de email para contato.

sábado, 29 de novembro de 2008

A Guerra de Clara

O livro “A Guerra de Clara” conta a história da família da jovem judia Clara Schwarz, hoje Clara Kramer. Na Segunda Guerra Mundial, a família Schwarz vivia na Polônia, na pequena cidade de Zolkiew. Nas mais de 300 páginas do livro, são denunciados os abusos cometidos contra os judeus, que eram obrigados a abrir mãos de seus sonhos, propriedades e familiares.

O destino de Clara foi alterado graças a um anti-semita, que aceitou ajudar a família de Clara e outras famílias que se abrigaram num esconderijo construído pelos próprios refugiados na casa dos Beck. Nos 18 meses que os judeus ficaram com suas vidas a cargo da família Beck, foram inúmeras ocasiões que suas vidas ficaram expostas às mãos sangrentas dos alemães nazistas. A mãe de Clara, que a incentivou a registrar tudo o que a família passou quando permaneceu escondida, queria um documento para denunciar tudo o que a eles sofreram por conta de fatores racistas e religiosos. No final da guerra, uma comunidade de cinco mil judeus que viveram na cidade de Zolkiew, foi reduzida para pouco mais de 50.

O livro é comparado pela imprensa internacional com os “O Diário de Anne Frank” e a “A Lista de Schindler”. Essa comparação se deve ao fato de “A Guerra de Clara” ser baseado num diário, assim como o livro de Anne Frank, e o fato de Clara ser salva por Beck, um anti-semita que tinha fortes ligações com o partido nazista, assim como Schindler, que também pertencia ao partido. Histórias como as de Clara Kramer, Anne Frank e Oscar Schindler merecem serem evidenciadas nos quatros cantos do Mundo. Nunca poderemos deixar que o Holocausto e a sede de extermínio do exército alemão para com o povo judeu sejam esquecidas. Hoje o Holocausto é um motivo de vergonha para a Alemanha, esperamos que essa vergonha nunca entre no esquecimento, pois, enquanto ela existir, o Mundo saberá que mortes como a de Anne Frank e de muitos parentes de Clara Kramer, servem como caráter denunciativo para a humanidade. Nunca poderemos esquecer que existiu o Holocausto contra um povo indefeso.

Hoje, Clara Kramer é uma octogenária, vive nos EUA e dedica sua vida à educação sobre o Holocausto. Em 1982, Clara ajudou a fundar o Holocausto Resource Center, que é uma associação que educa anualmente 1200 professores em história do Holocausto e redução do preconceito. O diário original de Clara encontra-se no Museu do Holocausto dos EUA. Há anos, li “O Diário de Anne Frank”, foi uma história que me deixou extremamente abalado, assim como a história de Clara. Infelizmente Anne Frank não teve a mesma sorte de Clara e dos 1200 judeus salvos por Oscar Schindler, porém, não tenho dúvidas que Anne Frank também teria dedicado sua vida à educação sobre a História do Holocausto frente ao Instituto Anne Frank - instituto que tem representação no Brasil - assim como fez Clara Kramer.

Dados técnicos

Nome do livro: A guerra de Clara
Autores: Clara Kramer e Stephen Glantz
Número de páginas: 336
Formato: 15,5 x 23 cm
ISBN: 978-8500-024-108
Preço: R$ 44,90

Concurso Cultural – A Guerra de Clara

Quer ganhar de presente o livro “A Guerra de Clara” de Clara Kramer? O Blog Passageiro do Mundo em parceria com a Editora Ediouro lhe dá esse presente. Para isso, basta responder a pergunta abaixo nos comentários do post “A Guerra de Clara”. A melhor resposta receberá um exemplar do livro em qualquer lugar do Brasil.

Você arriscaria a sua vida para salvar a vida de um refugiado de guerra?

As respostas serão aceitas até a meia-noite do dia 5 de dezembro. A melhor resposta será divulgada no dia 8 de dezembro, abaixo da resposta é necessário deixar um endereço de email para contato.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Guerra Contra a Homofobia

Manter uma relação estável não é algo simples, e quando essa relação é gay, os agravantes ainda são maiores:

- No Brasil um gay é solteiro por força da lei. Grande parte da nossa sociedade faz um esforço enorme para não reconhecer a união estável entre dois homens ou duas mulheres.

- Gays são intimidados a não demonstrarem afeto em público, seja na rua, em repartições públicas ou estabelecimentos comerciais. Mesmo com alguns avanços como a Lei 10.948 no Estado de São Paulo, todos nós sabemos que existe uma enorme resistência por parte da sociedade para aceitarem gays em estabelecimentos comerciais.

- A falsa moral pregada por instituições religiosas é muito aceita no Brasil. A aceitação dessa falsa moral é diretamente proporcional ao grau de escolaridade da população. Quando menor o nível de escolaridade, maior a aceitação dessa falsa moral na sociedade.

- Um grande número de religiosos têm se candidatado para nos representarem no legislativo e executivo desse país, são candidatos que obtêm vitórias expressivas nas urnas, essa aceitação se deve ao mesmo fator citado na afirmação anterior. Pessoas com um nível de escolaridade baixa, não são formadores de opinião, são pessoas que carecem do auxílio de um líder, e quando esse líder é um líder religioso, acontece o que vemos no Brasil: uma bancada de religiosos fortíssima no legislativo desse país, religiosos que discriminam em nome de Deus.

- Constantemente gays estão expostos a pressões emocionais. Muitos gays não têm a liberdade de terem uma vida plena, ou seja, não podem ser quem realmente são, têm que viver num constante teatro para a família, amigos e colegas de trabalho.

- Homofobia não é crime no âmbito federal, e as pouquíssimas matérias que temos nos estados e municípios que tratam sobre o tema não são abrangentes, são leis que contém várias brechas que autorizam os cidadãos a continuarem discriminando homossexuais sem uma devida punição. Gays do Brasil não possuem respaldo jurídico para reclamarem quanto ao preconceito por identidade de gênero.

Quando nos preparemos para mais um dia de trabalho e estudo, sabemos que não é somente mais um dia com rotinas, superações e frustrações. Sabemos que, além disso, temos que matar vários leões por dia para sermos gays e estarmos bem com o nosso íntimo. Às vezes, somos obrigados a abandonar nossas forças intelectuais e matarmos tais leões com os dentes, e como ficamos depois disso? Nunca saímos ilesos, as feridas expostas são inevitáveis. Quando elas saram, ainda ficam sempre as cicatrizes, que deixam marcas em nossos corações, marcas que expressam o quanto não somos aceitos pelo simples fato de sermos gays. Temos que conviver com isso, e ainda mantermos uma boa saúde mental para lutarmos pelos nossos direitos, direitos que as vezes duvidamos se iremos conquistá-los em nossa geração.

Manter uma relação harmoniosa com namorados, amigos e familiares que se solidarizam com a nossa causa é fundamental. Não precisamos ampliar a nossa guerra e dividir o nosso exército, a nossa frente de batalham temos que nos unir. E para isso, só liberando o perdão, e esquecendo os fatos tolos que impedem uma vida social completa. Antes de qualquer outra pessoa, nós gays, temos que nos aceitar por completo, isso é fundamental para vencermos a guerra contra o preconceito.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Lady Murfy

Hoje não fui trabalhar, tive que ficar em casa resolvendo um probleminha. Ontem quando estava voltando para casa, ouvi um estrondo embaixo do meu carro. Era o barulho de uma barra de ferro batendo no protetor de Carter, imediatamente olhei no retrovisor e vi quando a barra de ferro ficou na Dutra. Depois disso o carro começou fazer um barulho horrível que vinha do motor, fiquei louco de raiva, o meu petit ami que estava comigo é prova disso.

Lembrei-me que há três meses levei o carro para alguns reparos, e dentre os reparos, foi trocado uma peça do cambio, depois vendo na ordem de serviço vi que a peça chama “coxim”. Levei o carro em outra oficina para saber o que havia acontecido, pois, se levasse logo de cara na mesma oficina que arrumou o carro há três meses, eles poderiam falar qualquer outra coisa que os eximissem de culpa. O mecânico mandou abrir o capô, olhou, deitou embaixo do carro, e depois de analisar me disse que estava faltando a metade o “coxim”, perguntei para ele o que deveria ter acontecido, e ele disse que é uma peça de alumínio, e o desgaste é esperado, então eu disse que troquei a peça há 3 meses, e ele respondeu dizendo que nesse caso trata-se de peça mal colocada, era tudo o que eu precisava ouvir.

Depois da análise, levei carro na oficina que arrumou o carro anteriormente. Nessa oficina o mecânico disse que provavelmente a barra de ferro furou o escapamento do meu carro, ai explica-se o motivo do barulho estrondoso, mas enfim, se o pedaço do “coxim” estragou o meu escapamento, eles terão que colocar outro sem nenhum custo, é obvio. Espero que não seja necessário resolver isso na base da apelação, mas se precisar... Apesar do meu carro não ser da ford, achei engraçado o vídeo abaixo. Temos que superar tudo com bom humor.

A oficina disse que uma barra de ferro que fica ao lado do pneu quebrou, e a mesma quebrou o "coxim", eles ainda não me passaram nada referente a preços, agora não sei o que fazer, falei para eles que fui em outra oficina e que eles falaram que o "coxim" estava quebrado, enfim, vou esperar para ver o que eles falaram quando estiverem com o diagnostico completo. O que eu não posso e não quero, é ser injusto, mas também não quero ser passado para trás.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A Day Without a Gay – Um Dia Sem Gays

A grande maioria das pessoas só dão valor àquilo que se perde ou não tem. Esse ditado está pra lá de batido, mas nele encontramos uma grande verdade, e, buscando mostrar essa verdade para a sociedade, gays norte-americanos promoverão no próximo dia 10 de Dezembro “Um Dia Sem Gays”. Será um dia que gays de ambos os sexos, não irão ao trabalho, às escolas e às universidades. Também não sairão em passeio pelas ruas e não partirão para o consumo nos centros comerciais. O dia será dedicado a tarefas humanitárias.

Essa estratégia já fui usada com sucesso por imigrantes. Discriminados e explorados, eles pararam um dia e a economia americana sentiu o sobressalto. Gostaria de ver como o mercado brasileiro se comportaria num dia sem gays, como eles ficariam sem o nosso “Pink Money”. Um dia desses no Brasil seria um caos, seria um dia em que a maioria dos hospitais perderiam grande parte dos seus médicos e enfermeiros, atendimento de telemarketing saltaria de uma para duas horas ou mais de espera, salões de cabeleireiros não iriam abrir, enfim, um dia sem filhos, profissionais e amigos dedicados, um dia sem gays, pelo simples fato da sociedade não nos aceitarmos, negando-nos direitos constitucionais básicos para qualquer cidadão viver com dignidade. Seria ótimo se a militância brasileira adotasse essa idéia, só assim poderemos mostrar as contribuições que damos a sociedade.

Para saber mais sobre o protesto, acesse o site http://www.daywithoutagay.org/

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Calendário do Vaticano 2009

Ao contrário do que muitos pensam, o calendário do vaticano não é uma iniciativa da igreja católica. No calendário constam 12 fotos de padres, e no verso de cada foto contém algumas notícias sobre o Estado do Vaticano e dados sobre o passado e o presente. Os organizadores afirmam que o intuído do trabalho é promover o turismo no país católico.

As primeiras folhinhas com as fotos dos religiosos foram publicadas em 2003. Segundo a Igreja, o objetivo da publicação é levar informações sobre o Vaticano para a população e não instigar quaisquer tipos de desejos pecaminosos. As fotos podem ser compradas em bancas de jornal nos arredores de Roma ou pela internet. Embora as justificativas da Santa Sé insistam em priorizar a informação, a seleção dos padres não é por seu desempenho intelectual e, sim, por sua beleza.

Espero que as próximas edições sejam um pouco mais apimentadas, como o catálogo dos Mórmons, o Sex Mórmons, lembra-se? Se a moda pegar, os organizadores de catálogos como o da Pirelle terão que se reinventarem para continuar no mercado, as pessoas gostam de coisas proibidas, e não de atrizes pornô posando nua. Isso é tão previsível.












Agora é só escolher o seu padre e se confessar, e lembre-se, se ajoelhar, vai ter que rezar.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Carnaval no Fim da Festa

Sábado fui numa festa de casamento, foi na casa da noiva, minha irmã mais velha também casou em casa, acho isso legal quando se tem espaço. Na festa de sábado havia um big de um espaço, na casa tinha um salão de festa grande, as vagas de garagem também foram utilizadas, enfim, fui uma festa maravilhosa. A noiva é japonesa e o noivo deve ser espanhol, pois, foi servido um misto de culinária japonesa e espanhola, adoro comida japonesa, além de salgadinhos, bebidas, e doces no final da festa.

Depois que foi servido o bolo, o irmão do noivo e noivo, veio com buzinas e cheios de apetrechos de carnaval. Foram distribuídos para os convidados colares havaianos, óculos do tipo Zé Bunitinho, gravatinhas, chacoalhos, entre outros itens. Uma senhora que estava na mesma mesa que eu disse que nos EUA todas as festas terminam em carnaval, isso é uma febre que está invadindo o Brasil, achei a idéia fantástica, quando eu der uma festa, irei fazer o mesmo, os convidados ficaram super animados, e todos embalaram nos ritmos dos anos 60, 70 e 80, fantasiados como numa festa de carnaval. Espero que a moda pegue.

domingo, 23 de novembro de 2008

O Prazer da Chuva

Tenho uma atração muito forte pela chuva, não sei explicar os motivos. O prazer de dirigir na chuva é gigantesco, sem falar em dormir na chuva, parece de dormimos duas noites seguidas de tão agradável que é ouvir o barulho da chuva. Agora pouco, fui levar a minha irmã na casa dela, e na volta começou a chover, pena não ter para onde ir, o prazer de dirigir na chuva seria estendido.

Estar na praia em meio à chuva também é muito gostoso, apesar de não ser recomendado por conta de raios. Também tenho vontade de fazer sexo na chuva, deve ser excelente, se for sexo na praia e na chuva, nem se fala, deve ser uma sensação maravilhosa... Um dia pretendo realizar esse meu fetiche, pode ser as preliminares no carro, depois vamos para a praia, é claro que tudo isso tem que ser acompanhado de uma boa chuva tropical.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Como o Mundo Virou Gay? – O Resultado

Convidei os meus amigos e leitores do blog para participarem do concurso cultural do livro “Como o Mundo Virou Gay?” de André Fischer. Recebi ótimas respostas e mais uma vez, foi muito difícil escolher a melhor resposta para a questão abordada.

Dentre as respostas dadas, selecionei cinco que julguei serem as melhores, e enviei para a editora selecionar a melhor, antes de enviar, mostrei as respostas que selecionei para a minha irmã e apostamos que a resposta do Tommie Carioca seria escolhida como a melhor. Quando recebi o email da editora contendo o resultado, não me surpreendi com a confirmação que a resposta do Tommie era a melhor, ele respondeu maravilhosamente bem, como podemos conferir abaixo:

Para você, como o Mundo virou gay?

“Sim, o mundo saiu do armário, foi um movimento inevitável, não estava mais cabendo tanta gente lá dentro. Afinal, o clube dos gays só tem adesão, não se conhece sócio que tenha cancelado a matrícula. E o povo adora uma novidade. Uma vez que uns gays começaram a mostrar publicamente que ser gay não era somente viver abafado no closet da lamentação e da mágoa de não ser aceito, que pode ser também celebrar a vida e ser feliz, uma tsunami gay invadiu as cidades grandes e o que se vê hoje são pessoas fazendo o melhor da vida: simplesmente sendo o que elas são, sem pedir licença e sem odiar os prováveis desafetos. A maior saída do armário gay foi essa, devolver ao mundo toda essa alegria inerente que a própria palavra gay deixa explícita. Levar-se a sério não significa ver a vida como uma tragédia e viver com medo. Significa encantar-se com o poder de ser inteiro, verdadeiro, de se gostar. Sim, o mundo virou gay, porque parece que a opção em ser feliz virou prioridade.”

Obrigado a todos que participaram, e aguardem os novos concursos, pois não pararemos por aqui.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Duplo Preconceito

A luta contra o preconceito racial, assim como a luta contra a homofobia são históricas. No Brasil, muito tempo antes da Abolição da Escravatura, já existiam grupos de resistência negra. Hoje, dia 20/11, comemoramos o Dia da Consciência Negra, aniversário de morte de Zumbi dos Palmares, o maior líder de resistência negra, pertencia ao Quilombo dos Palmares e foi morto em 1695, pela sociedade escravocrata, onde o negro era uma mera mercadoria e não havia nenhuma perspectiva de um cidadão negro ser livre.

Não podemos comparar o preconceito do cidadão gay com o preconceito do cidadão negro. As causas para o preconceito contra o negro são denunciadas pela cor de sua pele, pelos seus traços faciais avantajados, e pela sua cultura importada para a sociedade branca por navios negreiros. Já o cidadão gay sofre preconceito por conta de uma orientação sexual diferente do que a sociedade fundamentalista estabelece como padrão, mas, ao contrário do negro, o gay não tem a sua orientação sexual estampada em seu rosto, denunciada pela sua pele. O gay tem a opção de contar sobre a sua orientação sexual ou não, mas é obvio que existem casos de gays que não precisam se pronunciar a respeito, os seus atos, o seu jeito de se vestir, falar e andar dispensa gaydar.

Algo que é extremamente repugnante, é a soma dos preconceitos. Não podemos fechar os olhos para o preconceito duplo vivido pelo negro gay, cidadão que enfrenta preconceitos por parte de muitos dos seus irmãos negros, pelo fato dele ser gay, esquecendo-se dos históricos da luta negra e de como dói no coração ser discriminado, seja lá qual for o motivo. A luta negra tem que ser solidária com a luta gay. Por outro lado, esse mesmo negro gay chega a sofrer preconceito por parte de muitos da comunidade homossexual, esquecendo-se do histórico da nossa luta, que começou em Stonewall. O Movimento LGBT também que ser solidario à luta contra o rascismo. Somos igualmente agredidos por uma sociedade fundamentalista e hipócrita, e somente a união dos grupos de resisteência, conseguirá combater todo e qualquer preconceito velado em nossa sociedade.





quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Cotidiano

Ontem o meu petit ami e eu fomos numa leitura de um monologo do Ricardo Aguieiras. Foi um evento que faz parte do Festival Mix Brasil, trata-se do II Dramática – Ciclo de Leituras Teatrais sobre Homoerotismo e Sexualidade. Já conhecia o texto "Be My Baby" e sei que ele têm grandes chances de ser montado, eu vou adorar.

Acabei chegando tarde, e hoje, tive que acordar cedo. O meu pai teve para passar por um procedimento cirúrgico, e eu fui levá-lo ao hospital, daqui a pouco terei que ir buscá-lo, e por conta disso, terei a minha primeira falta no meu curso de francês. O que me consola é o fato de não trabalhar amanhã poderei descansar.

Mudando de assunto, gostaria de pedir um favor, mandei mensagens para algumas pessoas comentarem no post “Guinness World Recodrs – Maior Estátua de Cristo” trata-se de um concurso que eu sou participando, se o meu blog for o mais comentado dentro os participantes, eu ganharei o livro Guinness Records 2009, e outro livro será destinado para ser sorteado entre quem comentou, conto com a força tarefa de todos, o resultado rola na sexta-feira.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Sinceridade do Cérebro

Domingo passado, o Fantástico levou uma matéria ao ar que explicou o porquê “alguns” seres humanos não tem a facilidade de mentir, ou pior, outros não conseguem ficar com a língua entre os dentes e falam até o que não tem a menor importância.

Às vezes ficamos sabendo de algo que não convém contar para outras pessoas, mas não nos satisfazemos em deter aquela informação sem relevância nenhuma, precisamos repassar isso adiante e assim nasce a fofoca.

Guardar um segredo é mais ou menos como mentir. As duas coisas dependem de o córtex pré-frontal, uma parte da frente do cérebro, conseguir conter seu ímpeto de fazer sempre o mais fácil: falar a verdade. É isso mesmo: contar a verdade, contar tudo, é a tendência natural do cérebro.

Dias atrás liguei para o meu petit ami, questionei a ele se ele já saberia com qual roupa ele iria num casamento no qual eu seria um dos padrinhos. Ele disse que não e em seguida fez uma pergunta para uma amiga que trabalha com ele: "Se o seu namoradO fosse padrinho de um casamento, você acha que eu deveria ir de traje social completo?" A menina respondeu que o ideal era ir de traje completo, só que, detalhe, a menina não sabia da sexualidade do Douglas, enfim, o córtex pré-frontal do Douglas o tirou do armário.

O Fantástico fez um teste no ar, mandou nós respondermos rápido uma mentira, e em seguida perguntou: "Em que cidade você nasceu?" Confesso que eu demorei uns 5 segundos para responder outra cidade que não fosse Santo André. Enfim, um mini blackout é extremamente natural e é exatamente isso o que acontece quando gays são questionados da sua sexualidade: quando estamos no armário respondemos que somos héteros e tal, mas lá no cérebro, mas precisamente no córtex cingulado anterior à verdade ressalta dizendo “isso não é verdade, você é gay, mona, bichona, é errado falar mentira”.

Outro artifício que já usaram comigo foi contarem algo que geraria o efeito de uma bomba atômica, se fosse contado tudo de uma vez, mas na verdade me contaram em doses homeopáticas. A verdade é tão importante e a omissão da mesma é tão necessária nesses casos, que não resta alternativa: Temos que contar tudo aos pouquinhos e quando nos damos conta, contamos tudo e não geramos uma terceira guerra mundial. Depois que recebi tal notícia aos poucos, eu fiquei esperto: Quando me contam algo isolado, eu já pergunto: Tem mais alguma coisa que você está me omitindo? Aí é só notar a reação facial por conta dos conflitos gerados pelo mesmo córtex pré-frontal, um verdadeiro aliado para quem preza pela a verdade.

Concurso Cultural – Como o Mundo Virou Gay? (Último Dia)

Quer ganhar de presente o livro “Como o Mundo Virou Gay?” do André Fischer? O Blog Passageiro do Mundo em parceria com a Editora Ediouro lhe da esse presente, basta responder a pergunta abaixo nos comentários do post “Como o Mundo Virou Gay?”, a melhor resposta receberá um exemplar do livro em qualquer lugar do Brasil.

Para você, como o mundo virou gay?

As respostas serão aceitas até a meia noite do dia 18 de novembro, a melhor resposta será divulgada no dia 20 de novembro, abaixo da resposta é necessário deixar um endereço de email para contato.