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terça-feira, 31 de março de 2009

Alma Perdida

Nesse final de semana, assisti com o Douglas ao filme “Alma Perdida”. O filme conta a história de Casey Beldon, uma jovem de 19 anos que começa a ser assombrada por um dybbuk - espírito malevolente e vagante tradicional da cultura judaica - que foi um menino perseguido no campo de concentração de Auschwitz na Segunda Guerra Mundial. Seu namorado Mark Hardigan e a melhor amiga Romy ajudam Casey da forma que podem, mas ela é obrigada a procurar a ajuda do rabino Sendak, especializado em casos espirituais, para conseguir se livrar do tormento.

Identifiquei-me com o filme por conta de já ter vivido uma experiência parecida. Certa vez, em minha casa tive que presenciar um exorcismo, no qual eu participei. Não gosto de lembrar muito dessa história, pois a menos de um ano essa pessoa querida que esteve sob “possessão maligna” morreu e deixou muitas saudades. Utilizamos alguns elementos semelhantes ao do filme para exorcizar, em dado momento confessei que não tínhamos estrutura para aquilo e colocamos essa pessoa querida no carro e a levamos para a casa de um pastor, lá ele terminou o trabalho. Quando chegamos a casa dela, os espíritos voltaram a se manifestar, eu fui embora, estava cansado, suado e nem era religioso para participar de um evento como aquele. Um vizinho dela terminou o exorcismo, e ela nunca mais foi atormentada por “espíritos maus”.

Anos depois, essa pessoa querida faleceu dois dias após uma cirurgia. Ela teve que operar do fêmur por conta de uma queda, não resistiu à operação e morreu. Hoje temos certeza que ela está em paz. Para quem não gosta dessa questão religiosa, o filme é péssimo. Para quem se interessa, é ótimo, pois irá abordar o exorcismo do ponto de vista judaico, algo pouco abordado na nossa sociedade.

domingo, 29 de março de 2009

O Amadorismo do iPrEx

Dias atrás, comentei no blog que estava sendo voluntário do iPrex (Iniciativa Profilaxia Pré-Exposição) para uma pesquisa de um novo medicamento anti-HIV. Voltei novamente no Centro de Pesquisas da FMUSP (Faculdade de Medicina de USP) e me informaram que eu era inelegível para a participação da mesma por conta do numero de parceiros sexuais que tive no ultimo ano. Questionei o porquê eles haviam me chamado, já que no questionário onde eles pediam a participação do público havia uma pergunta que abordava o tema, e na qual eu fui sincero ao responder que tenho um relacionamento estável.

Também indaguei o porquê eles querem que os voluntários estejam tão expostos ao contagio do vírus, sendo que eles informaram que a pesquisa é para saber as reações que o remédio causa no organismo quando administrado a longo prazo... Eles apenas enfatizaram que o perfil dos voluntários é esse. A impressão que dá é que a FMUSP quer recrutar voluntários que transam muito e sem camisinha para detectarem entre as cobaias quem irá se infectar ao longo da pesquisa.

É lamentável ver no Brasil o amadorismo em quase tudo que é desenvolvido. Em ambas as partes houve perda de tempo e dinheiro. Eles realizaram uma bateria de exames em mim, fiquei uma manhã no hospital para a realização dos mesmos, algo que poderia ser evitado se eles ajustassem os filtros da pesquisa com o perfil que eles realmente querem para a pesquisa. O lado bom de tudo isso foi o fato de receber todos os exames que realizei e ver que todos os resultados são favoráveis, que a minha saúde está em dia.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Um Amor para Recordar

Tenho uma visão muito romântica do Mundo. Não consigo progresso quando não estou apaixonado e não vejo tal situação como um problema, mas sim como uma grande vantagem. Abandono com facilidade o que não me motiva e dou grande importância aos sentimentos e projetos que me apetece.

Abandonaria o meu emprego com extrema facilidade para comprar um terreno na lua e ficar por lá vivendo de amor e com uma linda visão da Terra. Não acredito muito em signos, mas dizem que os taurinos são os mais românticos do zodíaco, que são capazes de largarem tudo por uma incrível noite de amor, pode ser coincidência, ou não, mas eu sou assim. Quem já pode experimentar a doce sensação de ter um taurino por perto, pode validar as minhas colocações.

Quando era adolescente tinha a falsa ilusão que o amor poderia transpor todas as barreiras. Hoje sei que o amor é um sentimento bonito, porém não é o bastante para duas pessoas estarem juntos. Antes do amor, tem que existir o companheirismo, respeito, dedicação e a vontade de estarem juntos (sempre no plural, pois essa vontade tem que ser bilateral). O amor tem um poder terapêutico e pode ajudar a transpor algumas barreiras, porém, quando colocado de forma isolada, é apenas um nobre sentimento.

Meses atrás, a minha irmã me recomendou o filme “Um Amor para Recordar”. Gostei tanto de filme, que baixei pela internet. Hoje ao abrir o meu Orkut, me deparo com um recado de um leitor de Belo Horizonte. No recado que contém um vídeo da trilha sonora, com imagens do filmes, também tem a seguinte frase: “Aproveite cada minuto da sua vida, pois o tempo não volta. O que volta é a vontade de voltar ao tempo.” Temos o estranho hábito de veneramos apenas os amores passados, os amores atuais muitas das vezes não ganham a importância devida, como se tivéssemos que sofrer a dor da perda para nos darmos conta da importância dos nossos sentimentos.

O filme conta a história de Landon Carter (Shane West) e Jamie Sullivan (Mandy Moore). Landon é um jovem sem metas, temperamental, irresponsável e que não tem fé, que foi punido por ter feito uma brincadeira de mal gosto a um rapaz que fica paraplégico. Como punição, o diretor da escola faz com que participe na produção de uma peça que está sendo montada, onde ele conhece Jamie Sullivan, filha do pastor da pequena cidadezinha onde moram, uma garota certinha que o ajuda a ensaiar para a peça com apenas uma condição: ele não se apaixonar por ela. Porém ambos se apaixonam, até que Jamie conta-lhe um segredo que muda a vida dos dois. O Filme ganhou o MTV Movie Awards, na categoria de Melhor Revelação Feminina (Mandy Moore).

A história é arrebatadora. um verdadeiro convite para amar e ser amado, para permitir-se dar a história de amor o devido valor enquanto a história ainda existir. A impressão que tenho é que as pessoas nunca estão vivendo com os grandes amores de suas vidas, e isso se deve ao valor que extremo que damos ao que perdemos, esquecendo-nos de valorizar nossos sentimentos atuais. Assisti a esse filme diversas vezes, e sempre fico reavaliando a forma em que administro o sentimento do amor e vejo a necessidade de ressaltar a importância de evidenciar o quão é linda a minha atual história de amor.

terça-feira, 24 de março de 2009

Expectativas

Não existe nada mais frustrante do que vermos nossas expectativas não sendo superadas. Muitas das vezes depositamos esperanças onde não deveriamos. Cobramos dos nossos amigos uma atenção que muitas das vezes não cabem cobranças, pois não devemos cobrar nada de ninguém, as pessoas são livres para fazerem o que bem entenderem. Li no livro Benjamin e Nicolau, do mineiro Warley Matias, uma frase que se tornou um direcionamento nos momentos de minhas dúvidas, uma frase que quando usada de coração aberto, pode resolver os maiores conflitos humanos, e como ela fez bem a mim, quero compartilhar com vocês: A vida é feita de escolhas, e para cada uma delas há de se pagar um preço.

Não existe nada mais doce e sublime do que deixar que as pessoas façam as suas escolhas e analise o preço a ser pago, elas por si só concluirão se o preço é valido, se a troca é justa. Quando agimos com expectativa e tentamos de uma forma ou de outra manipular as escolhas de quem nos rodeia, estamos tirando desse alguém o seu direito mais sagrado, o direito de ser um individuo, de ter exclusividade da sua própria vida, agindo de forma violenta com o nosso próximo.

Temos que olhar o Mundo e/ou as pessoas que nos rodeiam com um olhar Antropológico. Não existe nada mais genuíno e belo do que a diversidade humana. Às vezes olho para o Douglas e penso: Nossa! Como temos posicionamentos diferentes. Fico feliz com tal conclusão, pois se existe a diversidade no nosso relacionamento e mesmo com pontos divergentes nós relacionamos até hoje, é porque existe amor, carinho e cumplicidade.

Nem sempre agi com tamanho desprendimento. Confesso que às vezes cometo alguns abusos, mas me policio. Até chegar nessa linha de raciono, eu trilhei um longo caminho e nesse ponto o Douglas é muito mais maduro do que eu. Antigamente eu cobrava atenção, carinho e afeto, e como todo bom aquariano, o Douglas me dava apenas àquilo que eu não exteriorizava. Aprendi a lição e hoje o deixo livre, mesmo em diversos momentos querendo prende-lo, aprendi em meio as minhas expectativas frustrada, que não devemos esperar e nem cobrar nada de ninguém.

Temos que fazer aquilo que no faz bem e quando isso acontece, jamais ocorrere à necessidade de uma cobrança futura, pois nos sentiremos recompensados apenas com o bem e o ganho que as nossas ações de doação a outras pessoas nos acarretam. A cobrança muitas das vezes vem carregada de completa falta de confiança e medo de perder. Quando estamos bem conosco mesmo e confiamos primeiramente no nosso potencial, não existe medo ou cobrança para nos assolar.

Lembrem-se sempre de olhar o Mundo com um olhar Antropológico, nunca se esquecendo que a vida é feita de escolhas, e que as mesmas são individuais e intransferíveis e para cada uma delas há de se pagar um preço. Permita que as pessoas que te rodeia opte por essas escolhas, pois o preço há ser pago será desembolsado por elas mesmas.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Não Tenha Vergonha de Dançar YMCA

Por Ricardo Rocha Aguieiras

Estamos sempre preocupados com o outro olhar e com o olhar do outro em nossas vidas. Desde que nascemos. Isso ocorre com todo o mundo, mas, por razões óbvias, bem mais em cima das minorias discriminadas e excluídas socialmente. Dois pontos estão sempre recebendo uma maior agudez, ainda, na visão dos habitantes desta sociedade imagética: O prazer e a aparência.

Falemos do primeiro agora: O Prazer. Depois explico como os dois andam juntinhos, que nem unha e carne, um “apoiando” o outro e completando o caminho da infelicidade e da não realização do ser humano.

Prazer nunca foi algo bem visto dentro de uma sociedade que já nasce culpada, que se estabeleceu em cima da culpa e onde todos são pecadores. Culpado. Mas, nesse mundo, teria que ser criadas válvulas de escape para tanta dor, sofrimento e miséria, que “permitem” algumas coisinhas prazerosas, desde que dentro do padrão aceitável pelo... olhar do outro. Essa expressão pode ser ampliada pelo olhar de um grupo, tribo, povo, região, religião e etc. onde ocorre uma padronização à procura de possíveis identidades em comum. Que, se não existirem tanto assim, podem muito bem serem fingidas (ou forjadas, ou imitadas ou representadas ou ainda impostas pela educação ou por regras verbais ou não verbais). Então, permitem (Eles permitem, os outros) que você frequente a balada da moda, desde que – é claro – você use uma roupa da moda, igual a que usa a sua turma e também consuma o que eles consomem, de música à comida, incluindo aí até gostos estéticos e Desejo. Você não pode se sentir atraído por um gordo ou por um coroa. A menos que esconda o seu desejo e, junto com o esconderijo, se sinta também culpado. Então, tudo bem. Você não é um “anormal”, sua própria culpa é uma prova disso. Anormal seria não sentir culpa. E a culpa, essa nossa (ini)amiga cerceadora vai te acompanhar por toda a sua vida e vai ser muito usada pelos outros , para que você não fuja, nunca do padrão. Compreende por que o prazer é tão temido por qualquer governo, sociedade, pelos poderosos? Por que transgride e desestrutura. Então, sempre, sob inúmeras desculpas, sejam higienistas, medicinais, comportamentais, religiosas, sociais, vão controlar você. Eles, os outros.

A aparência idem. Hoje, virou pecado (de novo ele, culpa, lembra?) mortal envelhecer. Vivemos a negação do corpo e a negação da morte. Se o envelhecimento nos lembra que, um dia, morreremos, então em nome da “boa saúde” ele deve ser combatido. Olhe ao redor e veja que cabelos brancos só existem em mulheres muito idosas, antes há a obrigação da tintura, mesmo que eles venham aos trinta anos. No Brasil, segundo país que faz mais plásticas no mundo, depois dos Estados Unidos, a mulher será olhada como uma marciana, se deixar os brancos nascerem naturalmente em sua cabeça. No mínimo, será considerada “desleixada”. Engordar também não pode. Quem engorda é por que é uma pessoa preguiçosa que come demais...segundo eles, os outros...ué, mas comida é também um prazer, não? Se não for o maior que temos, sensorialmente falando. Prazer, percebe? Idem, culpa, percebe?

Que delícia é quando você toma um banhão e sai por aí usando sua camiseta velhérrima e furada, mas a mais confortável do guarda-roupa, junto com aquele tênis encardido de três anos atrás, que não aperta seu pé. Que delícia quando você relaxa! Mas relaxar dá prazer, você não pode perder o controle pois pode ter alguém olhando, um outro. Reparem como a moda contribuiu, ao contrário do que pensam e pregam, com a sua infelicidade, já que ajuda a estandardizar as pessoas, a colocá-las em uma forma. E forma lembra prisão; uniforme; aperto; massificação; robotização. Forma não lembra prazer. Se você se vestir de forma diferente da sua tribo, prepare-se antes para as críticas, julgamentos e para se sentir mal. Moda é uniforme disfarçado. Pode não ter o logotipo da empresa ou da repartição, mas é o melhor exemplo de como sua aparência sofre a influência do olhar do outro. E de como você é, a cada dia, menos você, sem atinar... Tudo isso é, também, dor e sofrimento. No filme de Almodovar, “Tudo sobre minha mãe”, a personagem da travesti diz algo perante uma platéia, ao receber um prêmio, que me fez pensar muito: “Para mim, felicidade é você se aproximar, cada vez mais, do que entende por autenticidade”. Acho que é por aí.

O que mais me doeu no comercial da Doritos foi justamente a negação da singularidade de cada um, me feriu mais que a homofobia comprovada do mesmo ( você pode dividir Doritos, mas não o seu Desejo ou o seu esfincter...). O rapazinho levando um saco do salgadinho na cara por que está relaxado, feliz e distraído ( se “distrair” é prazer, não?) do olhar cerceador do outro, por que está dançando YMCA , música de grande sucesso do grupo Village People e que se tornou um referencial e um hino gay. E, além de gay, essa música é considerada “brega” pela moda atual. Alguém aí sabe me dizer o que é isso, “brega”? Eu tive uma amiga maravilhosa em minha vida que era considerada brega: peruona, 80 quilos distribuídos em fartos seios que cheiravam à talco, cabelos platinados e misturava abóbora com verde e vermelho, pulseiras enormes e batom vermelhão. Nada nela remetia ao discreto. Aliás, “discreto” é outra palavra muito usada para controlar... Essa amiga vivia rindo, feliz e indiferente às criticas e julgamentos constantes que sofreu a vida toda. Sempre estava com uma camélia no cabelo e a casa cheia de flores e bombons, que comia sem dar a mínima se engordavam ou deixavam de engordar. Cantava os homens na cara dura... foi, sem dúvida a pessoa mais divertida e deliciosa que conheci na vida. Na véspera de sua morte, no hospital, comia chocolate de uma caixa escondida – quem levou não sei...- embaixo do travesseiro e ria com as músicas do Genival Lacerda. Foi enterrada usando cílios e unhas postiças, a seu pedido. Desculpem, mas nenhuma outra pessoa “discreta” e “elegante” ou “sensata” me deu tanta definição de felicidade como ela.

A mensagem que esse comercial passa é a mais retrógrada possível: “Não divida com os outros quem você realmente é, não seja autêntico. Não relaxe nunca. Faça apenas o que a maioria faz. Viva conforme os ditames alheios, para não “pagar mico”... Que saco, não? Que saco deve ser você ter que se vigiar 48 horas por dia só para ser aceito...

Tive o azar de trabalhar l4 anos com publicidade, na Folha de S.Paulo e em outros lugares e agências. Publicidade nunca representou um avanço, e sim um retrocesso. Estão sempre a um passo atrás, apesar dos publicitários que trabalham com criação se julgarem os donos da Revolução. Sem avançar, compactuam com o que esta sociedade tem de pior: Ditadura da estética e o mito da juventude eterna, estimulam a selvageria do capitalismo e do consumismo desenfreado, afastam as pessoas da busca de si para apenas aparentar. E ter. Incutem objetos de desejo em quem não pode tê-los. Como o que interessa é vender, é o lucro ou o ibope de uma marca, os meios não interessam. Trabalham em cima do “mass média”, o que interessa para eles é que você nunca pense ou questione tudo isso, pois, se pensar ou questionar podem perder lucros. Mas, reconheço: Têm muito mais a ver com a sociedade imagética que aí está do que os que tentam, desesperadamente, serem autênticos. Não viverei para ver o contrário, ou seja, uma publicidade cuja mensagem fosse: “seja mais verdadeiro e honesto consigo mesmo”. Os argumentos, furadíssimos, dos que defendem o comercial, são “bom humor”; “que só queriam mostrar alguém pagando mico” ou “a maldade está na cabeça de quem assiste” ( esse é triste, tão triste que chega a ser cômico, nega o todo poder da mídia...); “demonstrar como é gostoso consumir Doritos entre amigos”... Pois é. Pouco interessa se o comercial é pouco ou muito preconceituoso. Muitas vezes a sutileza da estigmatização e as entrelinhas ferem mais que um assassinato. Eu me cansei de ser ridicularizado. E você? Qual é o seu limite? Quantas vezes já passamos por situações parecidíssimas com essa mostrada no comercial? O que eu sei, com toda a certeza, é que as pessoas seriam muito mais felizes se dançassem YMCA nas ruas, diariamente, sem levar saco de Doritos na cara. E que pudessem expressar a luz do próprio olhar, sem se preocuparem tanto com o olhar do outro.

sábado, 21 de março de 2009

Skol Sensation

O espetáculo nasceu na Holanda, no ano de 2000, já foi assistido por mais de 750 mil pessoas em 22 países e agora é a vez do Brasil. No dia 04 de abril, acontecerá no Pavilhão de Exposições do Anhembi o evento que promete ser um show interativo de performances, música eletrônica, cenografia, luz e magia. Serão 6 horas de experiência multimídia, com música eletrônica, performances teatrais, acrobacias, show de luzes, laser e fogos de artifício. Imagino que o evento será uma mistura de Fuerza Bruta com Cirque Du Soleil.

O evento ocupará 60 mil m², e pretende receber 40 mil pessoas, todas vestidas de branco. A produção não permitirá o ingresso dos participantes que não obedecerem a esse critério, e avisam que não haverá possibilidade de devolução dos valores pagos aos que forem impedidos de entrarem no Anhembi. No centro do espaço, haverá uma imensa árvore branca, a “Tree of Love”, de 45 metros de diâmetro e com imensos galhos brancos, representando a união e a harmonia.

A organização está estimulando o público a utilizar o transporte coletivo para a locomoção ao mesmo. Junto com o ingresso (Pista e Camarote Premium), o público recebe um passe de ida e volta do Metrô e chegando à estação Tietê, conta com transporte gratuito até o evento. Não suficiente, haverá ainda serviço de van a domicílio, previamente agendado, e acesso fácil a táxis. O público do Camarote Diamond será levado ao Anhembi de limusine. As saídas ocorrerão após um glamoroso jantar no Budda Bar, na Vila Daslu. Depois, as limusines levarão o público do Camarote Diamond de volta a Vila Daslu.

As lojas das marcas de roupas M.Officer, Ópera Rock, Colcci e Cavalera exibem em suas vitrines do Rio de Janeiro e São Paulo coleções exclusivas e dedicadas àqueles que irão ao Skol Sensation. Além de criar uma coleção inédita de roupas brancas, as lojas desenvolveram sacolas especiais e etiquetas exclusivas com a mensagem “Me leva para o Skol Sensation com você”. Comentei ao Douglas que deveria ter uma loja na Daslu com o nome de Skol Sensation vendendo roupas brancas, o espaço poderia ser no mesmo local onde estão sendo vendidos os ingressos, o público sairia da Daslu com ingressos e roupas para o evento.

Comprei os meus ingressos ontem. Tinha a pretensão de comprar para o Camarote Premium, mas os ingressos para essa área estão esgotados. Acabei comprando para o Camarote Diamond, que inclui um jantar antes do evento no Budda Bar na Daslu, traslado de limusine, open bar a noite toda com Skol, refrigerantes e driks, Buffet de petisco, serviço de garçons, chapelaria e um chill-out lounge com performances. Tenho certeza que não me arrependerei do valor pago. Quando fui ao Cirque Du Soleil, comprei o serviço Tapis Rouge, que foi um coquetel de muito bom gosto que aconteceu uma hora antes do evento e no intervalo, foi uma experiência incrível.

Tivemos que comprar os ingressos na Daslu, pois os ingressos Diamond só estão sendo comercializados lá, até existe a opção de comprar pela internet ou pelos outros pontos de vendas, mas nesses casos há cobrança de taxa de conveniência. Achei o ambiente da Daslu muito requintado, também não é pra menos, estamos falando da loja mais luxuosa do Brasil, porém recebemos um péssimo atendimento por parte da vendedora. Ela atendia os clientes com cara de nojo e era extremamente grossa ao responder os questionamentos levantados. Seria ótimo se as atendentes da Daslu se submetessem ao curso “A Arte de Atender o Cliente” desenvolvido pelo SEBRAE. Tenho certeza que agregaria valor ao serviço da loja mais cara do Brasil.

Apresentações Skol Sensation:

- Erick E – das 23h00 às 24h00
- Mark Knight – das 00h00 às 01h00
- Fedde Le Grand – das 01h00 às 02h00
- Skol Sensation Megamix – das 02h00 às 02h30
- Ferry Corsten – das 02h30 às 03h30
- Mason – das 03h30 às 04h30
- Gui Boratto – das 04h30 às 05h30

Serviço:

SKOL SENSATION
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 1209
Data: 04/04/09
Horário: Das 21h do dia 4 de abril às 5h do dia 5 de abril
Preços: de R$80 até R$1.000
Entradas: Portão principal 26 - pista; Portão 1 Camarote Premium; Portão 3 - Pista estudante; Portão 13 - Camarote Diamond
Tel.: 2846-6000
http://www.skolsensation.com.br/

sexta-feira, 20 de março de 2009

Ménage à Trois

Dias atrás, um amigo desabafou que gostaria de reatar com seu ex, pois ambos ainda se amam. Mas a relação tornará-se complicada, pois o meu amigo é ativo e passivo, e o ex-namorado é apenas passivo. Ele me perguntou o que eu achava de um relacionamento aberto e/ou casamento a três. Respondi que acho esse tipo de relacionamento muito complicado, e que eu não tenho estrutura para administração do mesmo. Antes de abrirmos um relacionamento, temos que pensar no nosso(a) namorado(a) “urrando” de prazer por outra pessoa. Se a ideia não for pertubadora, é um ótimo precedente para abrir tal reflexão.

Acredito que muitos já abriram a relação em nome do amor. A monotonia, o marasmo, e a falta de criatividade podem acabar com um relacionamento. Manterem-se seduzidos por um longo período, exige muita criatividade, e nem sempre temos condições que nos reinventarmos a cada dia. Não penso que tudo é válido para ficarmos com quem amamos, antes de qualquer concessão temos que pensar primeiramente em nós, como ficaremos com tal ato pois a vida é feita de escolhas e para cada uma delas há um preço a se pagar.

A música “Maçã”, do Raul Seixas e interpretada por Débora Blando, fez muito sucesso quando eu era criança. Abre uma discussão de altíssimo nível sobre esse tema. Logo na primeira estrofe a música diz: “Porque quem gosta de maçã, irá gostar de todas, porque todas são iguais”, abrindo a discussão sobre a necessidade de se ter mais de um parceiro sexual. Na segunda estrofe, a música questiona a questão de liberdade no relacionamento ao citar: "Infinita é tua beleza, como podes ficar preso, como um santo no altar”. No decorrer, outras discussões também são abertas, como a do ciúme.

A interpretação de Débora Blando deixa claro que a abertura de um relacionamento sempre é motivada por uma das partes, em nome do amor e que ela sempre ocorre com o medo de perder o objeto desse amor. A letra também ressalta o sofrimento que existe ao se abrir um relacionamento: "Sofro, mas eu vou te libertar. O que é que eu quero se eu te privo do que eu mais venero que é a beleza de deitar”. Se existe um sofrimento, só no fato de mexer no tema, poderemos imaginar o que será acarretado.

Não nos cabem julgamentos quanto ao comportamento humano. Temos que ver o Mundo com um olhar antropológico e comentar a respeito. Podem existir casais que convivem bem dividindo suas vidas com outras pessoas, talvez tais posições como as que eu tenho hoje, seriam heranças de uma sociedade teocrática e fundamentalista. O Cristianismo sempre condenou o prazer carnal, orientando o sexo para fins reprodutivos e não para o prazer humano. Não sabemos qual seria o destino da humanidade se não houvesse a repressão religiosa. Talvez não houvesse a necessidade do levante de tantas discussões sobre a sexualidade. É uma questão que jamais saberemos a resposta.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Voluntariado

Estou participando como voluntário de um grupo de pesquisas USP que está estudando a eficiência de um medicamento que no futuro possa vir ser utilizado no combate ao vírus HIV. É um composto químico que já é utilizado em pacientes com HIV positivo, porém a pesquisa quer descobrir as reações do remédio em pessoas com HIV negativo (o meu caso).

Conversando com uma amiga a respeito, ela me perguntou: Que legal! Quanto você irá ganhar com isso? Eu respondi que não ganharei nada, eu como individuo não, mas a sociedade sim, se esse remédio se mostrar eficiente, o destino de muitos serão alterados. A pesquisa é chamada de duplo cego, ou seja, metade dos participantes tomará o medicamento correto, e a outra metade um medicamento falso. Haverá um acompanhamento médico mensal, podem ocorrer alguns efeitos colaterais como dores de cabeça e tonturas, além de outros com agravantes, nesse caso o participante ficará livre para optar se deixa o estudo, ou se continua participando.

Quando soube da solicitação de voluntários, me inscrevi de imediato. Sou um cidadão politizado, e seria incoerência da minha parte ter uma oratória voltada para políticas públicas, para um bem estar comum, e os meus atos não irem de encontro com tais ideologias. O estudo está sendo financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates em vários países do Mundo. No Brasil são 600 voluntários: 300 em São Paulo e 300 no Rio de Janeiro.

O ponto positivo de ser voluntario, é o excelente tratamento que recebemos por parte da equipe médica responsável. Ontem realizei os mais diversos exames clínicos, inclusive o de HIV que saiu na hora. Além de estar contribuindo com um grande beneficio com a humanidade, fico em dia com a minha saúde. Espero que a pesquisa tenha um resultado positivo, e que a administração seja valida para a prevenção do HIV.

quarta-feira, 18 de março de 2009

A Hora do Clodovil

Eu já fui chamado de Clodovil, e não gostava do termo que me era atribuido, enfim, creio que o Clodovil também não gostava de ver o seu nome ligado a uma expressão depreciativa. A maioria dos gays da minha idade já foram chamados de Clodovil no colégio, e aposto que nenhum ficou feliz com tal colocação, soava no mesmo tom de "Bicha Loca", "Viadinho" ou "Bichinha".

Achei um absurdo à eleição do Clodovil para Deputado Federal. Ele nunca teve militância política e sempre foi muito excêntrico. Apesar da sua homossexualidade ser evidente, ele nunca se “aceitou”, sempre falava da homossexualidade com muitas ressalvas e nunca escondeu suas aversões na questões de políticas públicas LGBT. Para os gays, o Clodovil não contribuiu em politicamente com nada.

Não sou muito ligado em televisão, mas confesso que me diverti muito com o pânico perseguindo o Clodovil para ele usar as sandálias da humildade, e na boa, acho que o pânico foi longe demais. Se o AVC que o Clodovil teve, tivesse sido naquela época, o pânico estaria em maus lençóis. Era uma questão tão simples, se ele colocasse a sandália, ele ficaria em paz, mas o seu orgulho foi maior, a ponto do pânico seguir o de carro e helicóptero, até que o apresentador conseguiu uma liminar que o protegeu da brincadeira.

Tenho certeza que minha mãe escreveria esse post com mais propriedade, mas nesse exato momento ela está em viagem com o meu pai, eles irão visitar um parente que infelizmente está morrendo. Ela tinha o hábito de assistir os programas do Clodovil e me ligar em seguida falando de suas polemicas, e sempre comentava o saudosismo que o apresentador sentia de sua mãe adotiva. Clodovil declarava que após a morte de sua mãe, ele nunca mais soube o que era a felicidade.

Achei muito bonito o ato de doação de órgãos, é o mínimo que uma pessoa politizada pode fazer, uma pena ter ocorrido a impossibilidade de doação. Em Julho de 2007, Clodovil disse a revista Época que em sua lápide ele gostaria de escrever "Afronte o mundo, não sua consciência". Tenho certeza que o mundo ele afrontou, quanto a sua consciência, é um segredo que ele levará para o tumulo.

terça-feira, 17 de março de 2009

Viva La Vida

Existem músicas que jamais deveriam parar de tocar. Músicas que a sinfonia toca diretamente na alma e arrebata o nosso ser por completo. A música tem propriedades terapêuticas incríveis, é impressionante: Quando estamos deprimidos, apreensivos e ouvimos uma música que contem tal propriedade, tudo muda.

Quem ouve sempre a Omega Hitz, já deve ter ouvido o Pedro Pitanga oferecendo a música Viva La Vida do Cold Play para mim. A canção está se tornando um verdadeiro hino na minha vida, a letra, a música e a melodia são arrebatadores. Quero ir num show do Cold Play, pena que o Chris Martin, vocalista da banda, anunciou que o grupo pode acabar até o fim de 2009, em entrevista ao jornal “Daily Express”. Ele acredita que as bandas devem terminar antes que fiquem muito velhas: “Eu estou com 31 anos agora, e eu não acho que as bandas deveriam continuar depois que seus membros fazem 33 anos”.

Creio que a banda quer se tornar um mito como ABBA, que anunciou o seu fim no auge do sucesso da banda. Se o Cold Play se for, pode ter certeza que deixaram muitas saudades e terão fãs cativos para sempre, pois é impossível ouvir suas músicas e ficar indiferente.

Procurando outras versões da música Viva la Vida, encontrei uma versão linda que é interpretada pelo Alejandro Manzano. O cara é vocalista e guitarrista da banda Boyce Avenue, é dono de uma voz maravilhosa, mora na Flórida e tem 22 anos. Ele tem vários vídeos no You Tube com suas apresentações, que aparentemente são gravadas em sua residência. Vale a pena entrar no You Tube e ver o rapaz cantando Umbrella de Rihanna, 4 minutes de Madonna e é claro, Sami Mistake de James Blunt, Viva la Vida de Cold Play, entre outras maravilhas interpretadas por eles.

Os caras não são conhecidos, mas, se viessem fazer shows no Brasil, eu iria prestigiá-los, com certeza iria. Espero que eles alcancem o sucesso. E lembrem-se, sempre quando o dia não começar da forma que você planejou, pare, respire fundo, abra o You Tube e outra Viva La Vida com Cold Play ou Alejandro Manzado que tudo melhora. Nunca permita que a majestade que existe dentro de você morra, se por ventura você descobrir que os pilares do seu castelo estão sendo sustedos por sal e areia, respire fundo e aproveite a oportunidade de construir castelos mais imponentes, que vão muito além da sua imaginação.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Minha Vida de Stripper

Minha Vida de Stripper” foi escrito por Diablo Cody, roteirista do filme “Juno” - um dos filmes mais comentados de 2008, no qual a autora ganhou o Oscar de melhor roteiro – e publicado pela Editora Nova Fronteira. O livro foi lançado nos Estados Unidos no ano de 2005, na época a autora era uma ilustre desconhecida, porém, tudo mudou em Março, quando Cody subiu no palco do Oscar e receber sua estatueta de Melhor Roteiro. Apartir daí começaram as especulações sobre o passado da mais nova cerebre escritora e ex-stripper do momento.

A obra é um estudo antropológico sobre a indústria do stripetease do estado de Minessota, que faz divisa com o Canadá. O lugar foi apelidado pela autora de “Write City” (A cidade branca), o que nos leva a concluir o quão árduo é trabalhar em tal região tirando a roupa. Diablo Cody dividia sua rotina de vida, com a indústria do stripper, e com total apoio do seu namorado Jonny.

Apesar do trabalho ser organizado numa ordem cronológica, ele não se trata de um diário. Cody conheceu o seu namorado via internet e marcou um encontro, depois desse encontro ela sentiu a necessidade de estar mais próxima do seu novo namorado e resolveu se mudar para Minnesota. Na nova cidade ela arrumou um emprego de digitadora, mas sentiu-se entediada com a sua rotina e se inscreveu numa noite amadora de stripetease, depois dessa noite a sua vida nunca mais foi à mesma. Ela sentiu a necessidade de sempre ir além, buscar o novo dentro do universo do stripper, até que se sentiu entediada novamente.

Diablo Cody é o codinome usado pela autora, seu verdadeiro nome é Brook Busey. Antes de Brook se tornar conhecida como escritora e roteirista, ela já era muito famosa no mundo virtual, era uma celebridade da internet. Ganhou fama através do seu blog, em que contava suas experiências como stripper, por conta de todo o seu sucesso via internet, a autora se motivou com a idéia de transformar sua experiência num livro. O resultado do trabalho é um maravilhoso livro que merece ser apreciado.

Dados Técnicos:

Nome do Livro: Minha Vida de Stripper
Autora: Diablo Cody
Tradução: Ana Carolina Bento Ribeiro
Número de páginas: 212
Formato: 14 x 21
ISBN: 9788520921340
Editora Nova Fronteira
Preço: R$ 34,90

domingo, 15 de março de 2009

Dia dos Namorados Macabro

Ontem assiste com o meu petit ami, o filme “Dia dos Namorados Macabro” com a tecnologia 3D do Cinemark que estréio nessa sexta-feira 13. Não gostei muito do filme, mas adorei os efeitos em 3D. Já o Douglas, adorou o filme e a tecnologia. Os efeitos trouxeram as personagens para próximo ao público, fora as armas e as gotas de sangue que saíram da telefona diretamente para cima do público.

O filme conta a história de um terrível assassinato resulta na morte de 22 pessoas, em pleno dia dos namorados. Exatamente quando este evento completa dez anos Tom Hanninger (Jensen Ackless) retorna à sua cidade-natal. Ele esperava ser bem recebido pela população local, mas logo é tratado como sendo o principal suspeito do ocorrido.

Seria ótimo se a tecnologia 3D fosse incorporada na televisão. Não sei se isso é possível, ou se estou falando uma besteira gigante. Seria ótimo. As empresas que fabricam os óculos 3Ds dariam pulos de alegria, podem acreditar. Mesmo o filme não sendo tão envolvente, vale à pena assistir para conferir a tecnologia.

sexta-feira, 13 de março de 2009

No País de Obama – O Resultado

Convidei amigos e leitores do blog para participarem do concurso cultural do livro “No País de Obama” de Rodrigo Alvarez. Recebi pouquíssimas respostas, porém, confesso que a pergunta estava muito complexa, por outro lado, quem ousou responder, merece o livro. Pena não poder dar um exemplar para todos os que responderam.

Dentre as respostas postadas, foi escolhida respostas do Felipe Maia. Ele respondeu maravilhosamente bem, e deixou o seu parecer sobre o importante momento político que o Mundo está vivendo. As demais respostas dos outros participantes estão disponíveis nos comentários do post “No País de Obama”.

Você concorda com a colocação que compara o presidente Barack Obama com o militante gay e político Harvey Milk?

“Concordo. O presidente Obama traz em si o ideal de liberdade, ele é um guia que tenta fazer com que as pessoas entendam o que é uma nação, i.e., uma nação é composta por todos os indivíduos, todos os cidadãos e cada um é responsável pelo crescimento, ou não da nação. Harvey Milk era o mesmo. Tentou mostrar que cada um é responsável para o crescimento do todo. Nesse ponto os dois são iguais. Não adianta ficarmos enrustidos e querendo nossos direitos. Temos que ser conscientes de nossa realidade porque até Karl Marx dizia que a revolução na sociedade só acontece quando o cidadão se torna consciente de sua realidade e assim pode mudá-la. Harvey Milk perdeu a vida pra mostrar isso; Barack Obama perdeu a individualidade, hoje representa seu país, pra tentar mostrar o mesmo: a união faz a força.”

Obrigado a todos que participaram, e aguardem os novos concursos.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Garota Atrapalhada

- Você já assistiu ao filme “Nunca fui beijada”? – perguntei ao Douglas, enquanto um rapaz ao lado se engasgava com um canapé devido ao meu comentário, ao passar por nos uma garota, creio que era uma jornalista. Ela se dirigia ao toalete, e era muito parecida com a Josie Geller (Drew Barrymore) na primeira parte do filme, inclusive na forma de se vestir.

- Uhum – respondeu o Douglas contendo o riso, no mesmo instante que um estrondoso barulho vindo do toalete feminino. – Meu Deus, a mulher caiu no banheiro – exclamou com desespero.

- Será se ela caiu? – questionei com preocupação, porém ninguém entrou no banheiro para ver o que havia ocorrido. Minutos depois ela saiu como se nada tivesse acontecido.

Ficamos mais alguns minutos no coquetel - foi na pré-estréia do filme “Palavra (En)cantanda", que estréia amanhã nos cinemas de todos o Brasil -, até que nos avisaram que a sessão iria começar, e nos pediram para nos dirigirmos a sala de cinema, pois o filme estava para começar. Não conseguimos os lugares preteríveis, ficamos no meio da sala, no canto direito, porém, em face do maravilhoso filme, os lugares se tornou um mero detalhe. É um documentário que vale a pena assistir.

Quando o filme estava se aproximando do final, percebi um tumulto na fileira que estávamos. Olhei para o lado e vi uma garota vindo em nossa direção. Ela pedia licença para passar, estava curvada num ângulo de aproximadamente 90º, aparentemente estava passando mal. Fiquei em desespero, imaginei que ela iria vomitar em cima de mim. Devido a sua curvatura, ela mal via as pessoas em sua frente.

Quando ela chegou a mim, ela se atrapalhou e apoiou sua mão direita no lado esquerdo da poltrona do Douglas e a mão esquerda do lado direito, só ai que eu percebi que se tratava que moça que havíamos comentando no coquetel, que provavelmente caiu ou se esbarrou na lata de lixo do bainheiro. Ambos (Douglas e menina atralhada) ficaram frente a frente, o Douglas se encolheu, imaginando que ela estava passando mal, ou até mesmo tendo um ataque. Ela pediu desculpas, saiu e não voltou mais. Uns 10 segundos depois, a metade da fileira começou a rir da atitude atrapalhada, digna de uma cena do filme “Nunca fui beijada”.

Na saída, vi a moça sentada no chão, no canto esquerdo, no final da sala do cinema. Fiquei entristecido, provavelmente ela percebeu que foi extremamente estabanada e ficou com vergonha de voltar para o seu lugar. Compadeci-me porque eu também já fui/sou estabanado, antigamente era bem mais. Já fiz cenas bem mais cômicas do que a que foi citada, e sei como no fundo essas pessoas sofrem. Ela se curvou toda para não atrapalhar o filme, e acabou estorvando a todos, a ponto de dar a impressão que tivemos que dar passagem para um carro e não para uma pessoa, porém, foi engraçado.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O Psicopata Está ao Seu Lado

Estava assistindo um programa de televisão no qual a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro “Mentes Perigosas: O Psicopata Mora ao Lado”. A autora foi convidada para falar sobre o tema abordado em seu livro, e afirmou que 4% da população mundial têm comportamento psicopata, e acrescenta que nem sempre os psicopatas matam, roubam, estupram e/ou agridem, existem psicopatas moderados, que comentem atos que não os levam para a margem da criminalidade.

Confesso que fiquei preocupado, pois desse universo de 4%, 3% são psicopatas moderados ou leves, ou seja, o individuo que está ao seu lado nesse momento, pode ser um psicopata, muitas das vezes ele almoça contigo diariamente, mas na verdade, ele tem vontade de almoçar você, de te picar em pedacinhos. Também pensei na possibilidade de eu ser um psicopata, já que qualquer um pode ser, mas fiquei aliviado quando a doutora disse que psicopatas não assumem sua patologia.

Psicopatas não sentem culpa pelos atos cometidos, e muitas das vezes têm ciência do dano ocasionado, mas são incapazes de se retratarem. A maioria dos que sofrem de tal distúrbio, não são pessoas que matam criancinhas em série, essa é uma minoria que ganha evidencia na mídia, e por conta disso o termo psicopata no senso comum ganhou o sinônimo de assassino em série. Acabamos nos esquecendo das pessoas que nos rodeiam e que são altamente manipuladoras e capazes de qualquer tipo de jogo psicológico para alcançarem seus objetivos. Esses também são psicopatas perigosos, pois podem levar as pessoas que os rodeiam a loucura.

Cheguei à conclusão que boa parte dos indivíduos que compõe o cenário político desse país são psicopatas, pois tem a capacidade de manterem um discurso falso. Com o poder da falácia, se aproveitam para manipularem a população e se envolvem em escândalos de corrupção, levando milhões a miséria. Tiram o acesso do povo a educação, saúde, saneamento básico, entre outros direitos constitucionais básicos e não se sentem culpados por isso. Temos que ficar atento nas pessoas que nos rodeiam, e não permitir que indivíduos com comportamento doentio e individualista destruam nossas vidas, porém, temos que ter cautela para que tal cuidado não se torne uma caça às bruxas.

Concurso Cultural – No País de Obama

Quer ganhar de presente o livro “No País de Obama” de Rodrigo Alvarez? O Blog Passageiro do Mundo em parceria com a editora Nova Fronteira lhe dá esse presente. Para isso, basta responder a pergunta abaixo nos comentários do post “No País de Obama”. A melhor resposta recebera um exemplar do livro em qualquer lugar do Brasil.

Você concorda com a colocação que compara o presidente Barack Obama com o militante gay e político Harvey Milk?

As respostas serão aceitas até a meia-noite do dia 11 de março. A melhor resposta será divulgada no dia 13 de março, abaixo da resposta é necessário deixar um endereço de email para contato.

terça-feira, 10 de março de 2009

Palavra (En)cantada

Ontem fui ao coquetel da pré-estréia do documentário “Palavra (En)cantada” de Helena Solberg. O trabalho é fruto de dois anos de pesquisas, filmagens e entrevistas a cerca da relação da música e poesia no Brasil. Com participação de Adriana Calcanhoto, Antônio Cícero, Arnaldo Antunes, Black Alien, BNegão, Chico Buarque, Ferréz, Jorge Mautner, José Celso Martinez Correa, José Miguel Wisnik, Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), Lenine, Luiz Tatit, Maria Bethânia, Martinho da Vila, Paulo César Pinheiro, Tom Zé e Zélia Duncan, o filme mostra as riquezas culturais que temos no Brasil e como a literatura está presente nas letras das nossas músicas.

O documentário traz cenas da adaptação para o teatro de Morte e Vida Severina, apresentado em 1966 no Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França. Chico Buarque comenta sobre a composição feita especialmente para a ocasião do Festival e fala sobre a oposição de João Cabral de Melo Neto quanto à música de Buarque inspirado no texto. Cabral era contra a inclusão da música na adaptação, e mesmo com a oposição, a música ter sido incluída na peça teatral.

A obra também resgata o depoimento histórico de Caetano Veloso no Festival da Record, em 1967, logo após cantar Alegria, Alegria. Nele, Caetano fala de sua inspiração ao compor a música e ressalta a liberdade no uso da guitarra na música brasileira: “No Rio de Janeiro, disseram “Caetano vai usar guitarra numa música, quando chegar na Bahia vai tomar uma surra de berimbau”. O que eles não sabiam é que os baianos estão além!”.

O filme mostra a difusão da cultura brasileira pelo Mundo através do depoimento de Adriana Calcanhoto. Ela se diz emocionada com o numero de pessoa que vêem ao Brasil para aprender o português por conta das influências musicais que os poetas-letristas brasileiros proporcionam no Mundo afora.

Premiado no Festival do Rio 2008 com a Melhor “Direção de Longa Metragem-Documentário”, o filme estréia nos cinemas de todo o Brasil no próximo dia 13. É um documentário excelente, um programa obrigatório para todos os amantes da música e poesia brasileira.

Concurso Cultural – No País de Obama

Quer ganhar de presente o livro “No País de Obama” de Rodrigo Alvarez? O Blog Passageiro do Mundo em parceria com a editora Nova Fronteira lhe dá esse presente. Para isso, basta responder a pergunta abaixo nos comentários do post “No País de Obama”. A melhor resposta recebera um exemplar do livro em qualquer lugar do Brasil.

Você concorda com a colocação que compara o presidente Barack Obama com o militante gay e político Harvey Milk?

As respostas serão aceitas até a meia-noite do dia 11 de março. A melhor resposta será divulgada no dia 13 de março, abaixo da resposta é necessário deixar um endereço de email para contato.