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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

E 2011?

2011 será o ano do meu sucesso, o ano que comecei a olhar pra mim e passei a usar todo o potencial que eu tenho. 2010 foi apenas uma ponte para essa descoberta, teve o seu valor, mas 2011 será o primeiro ano do resto da minha vida.

Vou encarar esse ano como 365 oportunidades para ser feliz e fazer a diferença, sei que cometerei erros, mas vou sempre além, para que os acertos me gere um saldo positivo e no final e não fale apenas: valeu a pena, mas que eu fale: valeu muuuuuito a pena.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Uma foto minha em 2010

2010 foi um ano de muita dedicação na política e na Diversidade Tucana. Trabalhei sério na campanhas do Serra, Geraldo Alckmin, Aloysio Nunes, Ricardo Montoro e Bruno Covas, desses que eu apoio, lamentavelmente Serra e Ricardo Montoro não se elegeram, mas no meu coração ficou a sensação de dever cumprido.

Numa das tardes de trabalho na campanha do Serra, tive o privilegio de encontra-lo. Foi numa gravação dos seus primeiros programas do primeiro turno, na casa do meu amigo Marcos Fernandes. Nessa tarde pude ter a certeza que estava certo em apoiar a Serra para presidente e que ele era de fato a melhor opção para o Brasil, uma pena ele não ter sido eleito, mas ainda faço votos que ela faça opção a atual gestão.


#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O bom de 2010 foi…

Em 2010 trabalhei um pouco os meus limites, aprendi lições duras e que significaram a minha vida para sempre. O bom de 2010 é que passou e me tornou uma pessoa melhor. 2010 foi o ano que perdi e encontrei um grande amor, me encontrei comigo mesmo, por muito tempo me perdi e me anulei, colocando-me em segundo plano, em 2010 aprendi a me amar e a pedir perdão.

Perdi coisas valiosas em 2010, mas em contrapartida me encontrei em meio aos destroços envoltos de minha vida. Hoje sou um ser humano mais forte e posso dizer com toda firmeza que 2010 foi um dos melhores anos da minha vida, foi o primeiro ano do resto da minha vida.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O problema de 2010 foi...

O “Retorno de Saturno” é algo marcado para tudo mundo, mas eu não o esperava, foi uma surpresa. 2010 foi o ano que tardiamente larguei os últimos resquícios da minha infância, de uma vida cercada pela proteção materna e definitivamente comecei a viver.

Levando por esse lado, esse não foi o problema de 2010, mas sim a grande solução. O problema foi não estar esperando e preparado para todas as amarras que o “Retorno de Saturno” estava decidido a me livrar, foi um ano difícil, com renuncias necessárias.

Sai da empresa do meu pai e fiquei um bom tempo desempregado. Terminei o meu namoro e fiquei um bom tempo sofrendo. Hoje estou empregado e com o sentimento que a barreira que me prendia para o crescimento profissional foi rompida. Estou solteiro e feliz, com o sentimento que não preciso de ninguém para estar bem comigo mesmo.

O “Retorno de Saturno” foi necessário, hoje me sinto mais preparado para a vida, foi moldado com o sofrimento e assim como a Fênix, renasci das cinzas e estou pronto para ser feliz. Sempre disse que os 30 seria a idade do meu sucesso, ainda preciso de alguns ajustes para chegar ao sucesso, mas depois de saturno, garanto que estou mais próximo.


#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Meu momento "Carla Perez" em 2010 foi...

Não sou um expert em português e tenho vergonha de alguns erros que cometo no blog, depois com o tempo vou corrigindo todos. Os problemas mais críticos estão com a acentuação. Escrevo melhor do que falo e já me peguei falando coisas do tipo “para mim fazer”.

Certa vez o Douglas, meu ex-namorado me ligou desesperado, falando que eu havia cometido um erro grotesco no blog e como se não bastasse eu coloquei o erro em negrito. Se nivelarmos os brasileiros na questão domínio de português, acredito que fico acima da média, mas isso não me autoriza falar “para mim fazer”.

#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Meu momento "Paola Bracho" em 2010 foi...

Não me vejo em momentos “Paola Bracho”, acho que sou bonzinho até demais e me enquadro naquela corrente que prega que “bonzinhos só se fodem”. Sempre ajudo velhinhas atravessarem as ruas, carrego compras das vizinhas e sou um ótimo amigo. Não tenho absolutamente nada a ver com a Paola, gostaria de ter, mas não tenho.

Meu momento que mais se aproximou de “Paola” foi quando eu sofri homofobia na empresa do meu pai e eu exigi que a pessoa em questão fosse imediatamente demitida, assim aconteceu. Me senti Paola e não foi maldade, foi poder… acima de tudo, foi justiça. Paola Bracho não teria feito apenas isso, ela teria demitido e acabado com a vida de quem cruzasse o seu caminho, eu apenas tirei a pessoa do meu caminho e continuei sendo feliz.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Meu momento "Heleninha Roitman" em 2010 foi...

Não me interesso muito por novelas, não assisti “Vale Tudo” e confesso que tive que procurar no google por “Heleninha Roitman” para conhecer a personagem. Sei que para muitos isso soará estranho, para os mais religiosos como uma blasfêmia, mas é isso mesmo: Eu não assisti “Vale Tudo” e não conhecia a personagem “Heleninha Roitman”. Quando alguém fazia brincadeiras sobre “Heleninha Roitman” eu dava um sorriso amarelo e fazia cara de blasé.

Meus momentos “Heleninha Roitman” foram mais constantes em 2009, em 2010 eu fui um pouco mais contido ou adquiri mais resistência e tenho que beber cada vez mais para chegar no estágio Heleninha. Não preciso muito para viver momentos “Heleninha Roitman”, no meu cotidiano sou cercado desses momentos, de pose de todas as minha faculdades mentais, ou pelo menos é nisso que eu me apego e acredito.

Meu momento “Heleninha Roitman” em 2010 foi numa festa na casa de um amigo, na época escrevi um post a respeito, o texto “Sobre Festas e Relacionamentos Desfeitos”. Na festa beijei um “hétero” com uma amiga e bebi muito, muito mesmo. Quando cheguei em casa, dei graças a Deus por meus pais ainda estarem dormindo, mas fui acordado com a minha mãe abrindo a porta e dizendo: Meu Deus!!! Se acendermos um fósforo, esse quarto incendeia. E de verdade, o cheiro do quarto era álcool puro. Foi muita vodka naquele dia.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Meu momento "Eu sou Ryka" em 2010 foi...

A Parada Gay de São Paulo foi um dos dias mais agitados para mim. Estava com vários amigos e tinha vários convites para carros e para o camarote da prefeitura. O meu objetivo era participar de tudo, como se o mundo fosse acabar amanhã e não acontecesse mais Paradas por ai.

Fui no Camarote da Prefeitura, sem sombras de dúvidas o lugar mais disputado entre os mais de 3 milhões de participantes da Parada Gay de São Paulo, depois fui a convite de um amigo num carro homenagem da Organização da Parada e não consegui participar de mais 3 carros que havia sido convidado.

No final conclui que na rua, no meio do povo, é mais gostoso. Me senti muito “ryka” com tantos convites para carros e para o camarote da prefeitura. Em 2011 quero me jogar e reservar o meu momento “Eu sou Ryka 2011” para a Parada Gay e se não for, não tem problema, pois 2011 será cheio de momentos “Eu sou Ryka.

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

E o troféu me mata de orgulho de 2010 vai para...

O carinho que tenho por minha mãe não é segredo para quem acompanha o meu blog. Não tenho palavras para descrever essa mulher que me deu a vida, não só uma vez, mais sim por diversas vezes. Devo minha vida a minha mãe.

Quando criança, passei por diversos problemas de saúde que quase custou a minha vida. Diversas vezes minha mãe me levou ao médico de madrugada, as vezes chovendo e foi juntamente comigo, que mal sabia o que era a vida, que essa mulher me ajudou a lutar pela vida.

Superei essa fase difícil da minha vida, hoje estou com a minha integridade física em ordem e mesmo depois de superado essa questão de saúde, minha mãe se mantem do meu lado, sendo a grande expectadora de minha vida e torcendo por mim.

Nesse ano de 2010 passei por diversos momentos chatos e novamente foi a minha mãe a minha grande apoiadora, dizendo que tudo o que estava passando eu tinha que superar e que tudo na vida passa, enfim, passou, mas ficou ainda mais forte a certeza que mãe tem sempre razão.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

E o troféu vergonha alheia de 2010 vai para...

2010 foi um ano muito difícil para a Militância LGBT, passamos por um processo eleitoral que nos fragilizou e nos empurrou ainda mais para a margem da sociedade. A pauta eleitoral, que deveria ser marcada por políticas econômicas, criação de renda e geração de emprego, se centrou na aprovação do casamento gay. A igreja jogou as suas cartas e o candidato que mais repudiou o movimento LGBT se saiu vitorioso.

Os meses subseqüentes foram marcados pelo ódio, intolerância e fundamentalismo, com o mesmo vermelho que foi festejado a vitória nas urnas, os gays desse país se mancharam. Na Av. Paulista, palco da maior Parada Gay de Mundo, gays não se sentiam mais em casa, a Av. foi tomada por homofobicos, que não aceitavam que aquele lugar era lugar comum para todos.

É uma vergonha dividir a sociedade com o ódio e a intolerância. Conviver com tanta violência é algo inadmissível e doí ainda mais quando percebemos que essa violência é validada pelo poder público. Temos que ganhar mais visibilidade e ter políticos que inclinem suas ações sociais na políticas públicas inclusivas aos cidadãos LGBTs, só assim começaremos a vencer a guerra contra a homofobia.

#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Em 2010 eu quis matar…

Sofremos quando os nossos sentimentos se frustram, quando as nossas motivações vão na contramão de nossas vontades e assim foi a minha vida afetiva em 2010.  Não sei se posso dizer que tive vontade de matar, mas tive muitos momentos de fúria, na qual o sentimento chegou bem perto de “querer matar”. Tudo na vida tem começo, meio e fim e minha história com o Douglas teve o seu fim, apenas lamento pela forma que terminamos.

Fiquei triste pela forma que terminamos, com um monte de questões para resolvermos, que até hoje, seis meses após o término, não foram resolvidas. Haviamos acabado de comprar um apartamento, estavamos com um monte de planos e derepente terminamos. Os planos ainda existem, eles apenas mudaram de foco. Ainda tenho o sonho de encontrar alguém que mereça o meu amor e que junto comigo possa construir uma vida a dois.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Em 2010 eu descobri que…

O amor é uma via de mão dupla, jamais conseguiremos amar sozinho e levar uma relação com a vontade de apenas uma pessoa. Em 2010 eu amei e descobri que para continuar amando, não poderia mais amar sozinho.

Podemos correr atrás de um amor, permanecer com ele por um tempo, mas se não somos amados na mesma medida, esse amor não prevalecerá. Em 2010 eu descobri que não poderia continuar amando sozinho e que antes de ter outro amor, tenho que amar primeiro a mim mesmo.

Sofri com essa descoberta, ao ponto de creditar ao ano de 2010 o pior ano da minha vida. Foi o ano do retorno de saturno, onde se iniciou uma fase de mudanças e responsabilidades maiores. Tenho certeza que 2010 será um marco em minha vida e que daqui para frente pesarei melhores meus relacionamentos e situações da vida.

Katy Perry - Hot N Cold

domingo, 19 de dezembro de 2010

Em 2010 eu quase…

O fato mais marcante no ano de 2010 foi ter definitivamente terminado um relacionamento de 7 anos. Terei outros compromissos, com outros graus de envolvimentos, mas 7 anos não são meros 7 dias ou semanas, 7 anos é tempo pra caramba. Tenho uma sobrinha de 8 anos, um sobrinho de 1 ano e 3 meses e já vivi tanta coisa bacana com ambos, imaginem o que não vivi com o meu ex relacionamento.

Nesse ano de 2010, nos quase partimos para o último nível de relacionamento. Compramos um apartamento, que será entregue em março de 2012, mas terminamos o namoro depois de 3 meses dessa aquisição. No fundo, acredito que ambos não estavam preparados para assumir tal compromisso e a compra do apartamento evidenciou a responsabilidade que estávamos tomando.

Nessa história não há culpados, não somos duas crianças que fomos persuadidos a entrar num relacionamento e partir para um passo mais sério, ambos sabiam dos riscos que um relação tem e decidiram encarar. Em 2010 eu quase firmei o passo para a última instancia de uma relação afetiva e logo após recuei, recuamos. Hoje me sinto mais preparado, firme e forte para assumir outros relacionamentos, estou mais maduro. E que venha 2011, pois 2010 já deu o que tinha que dar.

#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Em 2010 eu tive inveja de…

Valorizo demais as demostrações de afeto. Quando gostamos de alguém, temos que ressaltar e lembrar como são queridas e a importância que tem em nossas vidas. Quando estou me relacionando com alguém, procuro sempre demonstrar a importância desse pessoa em minha vida, isso torna-se uma rotina na relação.

Ontem, indo encontrar um amigo para almoçar, vi um casal em frente ao Center 3 da Av. Paulista, se abraçando e trocando presentes. Naquele momento senti tanta uma vontade de que alguém, ali na frente daquele shopping, estivesse me esperando, com um presente nas mãos e um abraço caloroso. Senti inveja daquele casal e da troca de intimidades que ambos demostraram ter.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Em 2010 pela primeira vez...

Sentir-se recusado por um grande amor é uma dor imensurável. Passei muitas crises no meu antigo relacionamento, mas sempre nos resolvíamos. Na última briga, senti que as coisas seriam diferentes, que de certa forma uma situação definida havia se instaurado. Depois de tantos compromissos firmados, acredito que deveríamos ter sido mais cautelosos em algumas ações e não jogarmos tudo pra cima, sem medir as consequências.

Já me senti rejeitado em várias situações, na escola, entre amigos e na minha família, mas nada se comparou ao ser rejeitado por um grande amor. Quando ouvi as palavras “não quero mais nada contigo, nem a sua amizade”, doeu demais. Sinto que fui um cara bom, honesto, amoroso e carinhoso. Lutei por esse amor que se foi, mas quando lutamos sozinho, por mais força que seja empenhada na luta, nunca ela é o bastante, sempre nos damos por vencido.

Já tive outras rejeições nessa relação, mas encarei como fases, crises ou brigas cotidianas. Dessa vez, em alguns momentos tive que falar grosso e alto para ser ouvido e fui interpretado como grosseiro. Não me arrependo do que vivi, essa rejeição me deixou mais forte e maduro, hoje me sinto mais preparado para viver outras relações, experimentar outros amores e dar todos os créditos do sucesso de relações futuras, as relações passadas.

Vou viver outros relacionamentos, assim espero… Conhecerei outras pessoas, serei arrebatado por outros amores, mas nunca mais seria abandonado pela primeira vez… Mesmo a contragosto, serei abandonado por outros pessoas, em outras situações e até mesmo em relações afetivas. Posso sentir dores maiores, mas estarei mais forte e maduro para encarar a vida.

#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Em 2010 eu tentei…

Namorei com o Douglas por 7 anos, nesse meio tempo tivemos as nossas diferenças, nossas brigas, mas nunca nos separamos de forma radical. Quando brigávamos e revogávamos o titulo de namorados, continuávamos nos encontrando, saindo de balada, indo ao cinema, beijando e as vezes transando. De fato não eram separações e sim brigas que com o tempo víamos que continuávamos juntos e voltávamos com o titulo de namorados.

Nesse ano tentei, ou melhor, tentamos dar um passo mais sério nessa relação e juntos compramos um apartamento. Três meses se passaram e terminamos. Não me arrependo de ter tentado, pois se não tivesse, jamais saberia se daria certo, se realmente ele era o homem da minha vida.

Nossa decisão acarretou um preço alto para ambos, que estamos pagando e resolvendo. Tudo tem começo, meio e fim, as relações se estabelecem e se findam, mas depois de tudo fica um aprendizado e nos nossos próximos relacionamentos procuramos não cometer os mesmo erros. Nessa história, apenas lamento por não termos dito maturidade para continuarmos sendo amigos.

#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

Homofóbicos da Av. Paulista Podem Pagar 80 mil de Multa

Baseada numa lei estadual anti-homofóbica, a Defensoria Pública de São Paulo vai entrar com uma denúncia administrativa na Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania para pedir que a comissão do órgão aplique uma multa de R$ 80 mil para os cinco homofóbicos acusados de agredir gays região da Avenida Paulista em 14 de novembro. A defensora Maíra Diniz, coordenadora do Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito da defensoria, afirmou nesta quinta-feira (16) que duas vítimas relataram para ela que a motivação dos ataques foi homofóbica.

“Ouvi uma vítima dos agressores, o rapaz que apanhou na boate, e uma testemunha que viu um outro rapaz ser agredido por lâmpadas . Eles afirmaram que os ataques foram homofóbicos porque os agressores confundiram as vítimas com homossexuais. Afirmaram terem sido chamados de gays e xingados de ‘viados’”, disse a defensora pública Maíra Diniz.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito da Defensoria Pública, ela irá basear seu pedido à secretaria na lei estadual 10.948 de 2001 de combate à homofobia. “Ela é uma lei anti-homofóbica. Prevê a aplicação de penalidade administrativa na forma de uma advertência ou aplicação de multa para quem comete esse ato que deve ser repudiado”, disse Maíra.

O Juizado Especial da Vara da Infância e Juventude de São Paulo deve ouvir na manhã desta sexta-feira (17) as testemunhas de defesa dos jovens suspeitos de agredir pessoas na região da Avenida Paulista no dia 14 de novembro. Na última sexta (10), as testemunhas de acusação prestaram depoimentos.

Os quatro adolescentes envolvidos em agressões a homossexuais, no dia 14 de novembro, seguem internados na Fundação Casa (ex-Febem). Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, também suspeito de participar dos mesmo ataques, continuará em liberdade. O juiz Daniel Luiz Maia Santos, da 1ª Vara Criminal da Barra Funda, na Zona Norte de São Paulo, decidiu na quarta-feira (1º), remeter de volta o inquérito sobre o caso, sem analisar o pedido de prisão preventiva do rapaz maior de idade, para o 5º DP, na Aclimação, região central. O juiz acatou requerimento do promotor Roberto Bacal.

O tempo máximo que eles poderão ficar, no caso de uma sentença condenatória, são três anos. Imagens gravadas pelo sistema de monitoramento de câmeras dos prédios da Avenida Paulista mostram um jovem desferir golpes com lâmpadas fluorescentes numa vítima. Esse agressor teria 16 anos. Os outros três menores suspeitos têm idades entre 16 e 17. O estudante de jornalismo Luís Alberto Betonio, de 23 anos, que aparece nas imagens apanhando do adolescente de 16 anos afirmou em entrevista ao Fantástico em 5 de dezembro que foi confundido com gays e vítima de homofobia.

Jonathan Lauton Domingues, o agressor.
Todos os casos de homofobia que presenciamos nos últimos dias, vem de encontro com a necessidade da aprovação imediata do PLC 122. O Brasil é o país que mais mata homossexuais com motivação de ódio e tal motivação não é criminalizada. Não podemos continuar em meio a tanta violência, sem leis que nos defendam. Temos que exigir os casos de homofobia sejam investigados e punidos e se necessário for, tomamos novamente a Av. Paulista em protesto a fragilidade política que o cidadão gay se encontra no Brasil.

Outros casos

Imagens do circuito de segurança de um imóvel revelam um novo caso de agressão na região da avenida Paulista (centro de São Paulo). O caso ocorreu na madrugada do último domingo (5) na rua Frei Caneca, região famosa por abrigar casas noturnas voltadas à comunidade gay. Na ocasião, por volta das 4h20, dois homens andavam na via quando um homem, ainda não identificado, se aproximou e agrediu as vítimas com um soco inglês.

As imagens, obtidas pela polícia, mostram que, em seguida, uma mulher impediu que o homem continuasse as agressões. Para a polícia, a moça seria namorada do agressor. As vítimas registraram a agressão na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) no domingo (6) e prestaram depoimento no mesmo dia. Segundo a polícia, os homens são homossexuais e há suspeita de que o crime tenha sido motivado por homofobia. Nos últimos meses, foram pelo menos seis ataques na região, com oito vítimas feridas.

Feelin' The Love é sucesso nas pistas com brasileira no vocal

A cantora Natalia Damini apresentou ao público em setembro de 2010 seu primeiro projeto voltado para house music na vertente LGBT. O hit single Feelin' The Love ganhou destaque nas pistas com remixes de grandes produtores como Thiago Antony, Gustavo Scorpio e Alex Dubbing.

Lançado pela DaSound Records em parceria com o produtor Alahin, Fellin' The Love caiu no gosto dos internautas, figurando entre as mais pedidas em web-rádios com programação voltada ao público LGBT. Na Ômega Hitz, o single permanece entre as 15 músicas mais executadas na programação desde o lançamento. Já no ranking Hot G Music, o single se destaca com mais de 15 semanas consecutivas no top 50, disputando em longevidade com as gigantes da e-music Lorena Simpson e Wanessa.

Novas versões em remixes ainda serão apresentadas para o hit, Sonic Projet, J Zuart, Adrian Dalera e Patrick Sandim já confirmaram remixes e terão suas versões apresentadas através do site oficial da cantora.

Em uma nova fase, Natalia Damini anunciou um novo single para fevereiro e que será lançado em uma turnê promocional incluindo shows em boates nas cidades de São Paulo, Goiânia, Florianópolis, Piracicaba, Bauru e São Vicente. Um novo produtor já foi escalado para produção do novo hit, porém o nome é mantido em sigilo com a promessa de surpreender o público e os DJs de destaque da cena. "Estou muito ansiosa, me preparando para gravar o novo single e também produzindo meu novo show. Quero algo grandioso para estar a altura das divas Lorena Simpson, Joe Welch e Amannda", revela a cantora.

O download de 'Feelin' The Love' pode ser feito gratuitamente em quatro versões no site oficial da cantora. Outras versões estão disponíveis para venda em lojas virtuais e conta com remixes de J. Verner, Téo Brasil e Demu Mix.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Em 2010 eu pensei em fugir para…

Fugir foi tudo o que pensei em fazer nesse ano, procurei me ocupar, sair com amigos e esquecer um pouco dos fatos que me envolveram, dos problemas que me rodearam Acabei descobrindo que por mais que tentamos correr, nossos problemas sempre são os mesmo, nos acompanham e quanto mais tempo postergamos para encara-lós, mais dolorido será quando uma posição for tomada.

Nesse ano tentei fugir de quem eu era, mas descobri que só conseguimos isso quando aceitamos quem nos somos, reconhecemos os nossos erros e encarramos de frente o que queremos mudar, o que tanto nos aflige. Pensei em fugir de mim mesmo, com medo de me defrontar com uma pessoa que apontavam que eu seria, mas em meio a essa fuga descobri que sou o mesmo de sempre, apenas estava com algumas mágoas e feridas que tiveram que ser tratadas.

Rihanna, The Black Eyed Peas e Wanessa dominam parada musical LGBT

O maior ranking de musica eletrônica voltada ao público LGBT, o Hot G Music, apresenta a preferência do público para os hits que arrasam nas principais pistas. Quem libera o top 50 como a mais votada pelo público gay é a cantora americana Rihanna com hit single 'Only Girl' na versão do produtor brasileiro Edson Pride.

Ainda no top 10, Rihanna aparece em parceria com David Guetta no hit single 'Who's That Chick'. Shakira sobe entre os mais votados e o single 'Loca' na versão de Freemasons ocupa a quarta posição, abaixo de Black Eyed Peas que na semana anterior ocupava a primeira posição com 'The Time', que figura na lista há apenas 3 semanas na versão de Tommy Love. Whort It da cantora Wanessa perdeu força, mas mantém a terceira posição no ranking, já Nicole Scherzinger com o novo single 'Poison' subiu e já aparece entre os 10 mais votados no portal.

Entre os brasileiros, o destaque vai para Lu Guessa que em parceria com Filipe Guerra apresentou o single 'Take a Chance', que acumula constantes subidas no top, figurando no posto #06 com apenas 04 semanas de ranking e Natalia Damini, que em parceria com Alahin ocupa a décima sexta posição com dezesseis semana no top.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Em 2010 eu consegui…

Sempre trabalhei na empresa da minha família e tal condição foi muito prejudicial para a minha vida profissional. Os que estavam de fora, me viam numa zona de conforto, privilegiado por não precisar me preocupar com o mercado de trabalho e com as instabilidades que o mesmo acarreta. Por outro lado, fiquei estagnado, não cresci profissionalmente, tenho um boa experiência no ramo administrativo, área que segui por conta da minha família e que não completa os meus anseios.

A convivência com o meu pai sempre foi muito difícil, ele não conhece limites e pensa que todos tem que estar disposto a servi-lo e agir de acordo com os seus interesses. Há tempos me sentia incomodado trabalhando com ele, mas por outro lado sabia que quando eu tomasse a decisão de sair, passaria por momentos difíceis. Quando comecei a cursar “Sociologia e Política”, o sinal de alerta que um dia eu sairia da empresa foi acionado, sempre gostei de política e nos últimos anos me aproximei bastante no movimento LGBT.

Em meados de maio fui vitima de homofobia na empresa, no mesmo instante fui conversar com a minha mãe e exigi que o caso fosse punido e que a funcionaria em questão fosse demitida. Como isso não aconteceu naquele momento, eu peguei as minhas coisas e fui embora. No outro dia, meu pai me ligou, disse que tomaria providência e pediu para voltar. Todos da minha família são muito geniosos, acho que eu sou o mais tranquilo. Sempre nos apoiamos e quando mexem com um, mexem com todos. Talvez exigir que a funcionária fosse demitida foi exagero da minha parte, mas da forma que eu pedi, aconteceu.

Após o caso de homofobia ser finalizado, senti o que o meu pai ficou diferente comigo, sentido que havia feito algo por mim e agora eu devia essa para ele. O comportamento de imediatismo e que todos tem que estar lá para servi-ló, se evidenciou ainda mais. Tenho 29 anos, não sou mais uma criança que o pai puxa a orelha e o coloca de castigo quando acha que se comportou mal. Sempre achei lamentável as atitudes de meu pai, que afeta o ambiente profissional e familiar, carregando os problemas de um lugar para o outro.

Para o meu pai, não existe conversa participar, sala de reuniões ou até mesmo procurar entender os fatos e a nossa última briga, no ambiente profissional, foi na frente de muitos funcionários. Eu já havia ligado o “foda-se” há muito tempo, pois estava com outros problemas e quando terminou a discussão eu novamente peguei as minhas coisas, procurei a minha mãe para explicar o que havia acontecido e fui embora. Foi uma das melhores atitudes que tive nesse ano.

Até hoje sofro com as consequências dessa minha atitude, mas não me arrependo. Sair da empresa do meu pai foi libertador, não estava feliz e o ambiente profissional era prejudicial para a minha saúde. Meu posicionamento foi apoiado por minha mãe e irmãs e hoje, quando fico sabendo dos abusos que meu pai comete na empresa, dou graças a Deus por ter conseguido dar um basta nas condições que ele me submetia.

Matheus Nagel e Rodiney Santiago são Destaques da Revista ACapa

Na edição que comemora o encerramento do ano de 2010, a Revista ACapa vem com capa dupla. De um lado o modelo Matheus Nagel em um lindíssimo editorial de moda produzido em parceria com o site brasiliense Finíssimo e do outro o brasileiro Rodiney Santiago, astro de um reality show nos Estados Unidos.

O editorial de moda Marine Wave, feito ao nascer do sol no Lago Paranoá, em Brasília, traz o modelo Nagel com referências que misturam Agyness Deyn com os modelos de Kylie Minigue no clipe Get Outta My Way. Em entrevista para a revista, Santiago declara que “é meu abdômen que paga meu aluguel”. Antes de fazer fama nos Estados Unidos, o rapaz nascido em Minas Gerais, já foi dançarino de artistas como Sérgio Reis e Chitãozinho e Xororó.

A edição traz ainda dicas de alimentação para cada refeição e os melhores aparelhos para usar na academia para deixar o corpo em dia para o verão.  Sobre baladas, ACapa fez um resgate dos 15 anos do emblemático clube paulistano A Lôca e perfil dos blogueiros Caio Caprioli e Guy Franco completam a edição. Quem não conhece o blog Canudos Coloridos, do Guy Franco, deveria conhece-lo.

Claudia Wonder, transexual brasileira que faleceu no último dia 26, é homenageada ao estampar a última para página da revista. Uma foto que transmite toda sua energia singular e importância para a cultura gay brasileira construída através de suas atuações nas artes e na militância. Claudia estava internada desde o começo de outubro último. Ela foi velada na Secretária da Justiça do Estado de São Paulo e enterrada no cemitério da Vila Alpina, em São Paulo.





segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Meu Melhor Dia de 2010

Valorizo demais algumas datas comemorativas, encarro como fechamento de ciclos e uma ótima oportunidade para avaliar o que estamos fazendo de nossas vidas, o que devemos mudar e em que temos que insistir mais. Considero as comemorações de aniversário tão importante quanto a passagem do ano novo, é o dia em que um ciclo se fecha e com ele podemos renovar nossas metas, sonhos e anseios.

Meu melhor dia de 2010 foi a comemoração do meu aniversário. Reuni cerca de 30 amigos no bar “O Gato”, foi um dia maravilhoso, ao lado de pessoas muito especiais. Na época, ainda estava namorando o Douglas, sempre fomos muito baladeiros e passar esse momento com ele, foi algo muito bacana. Apesar da nossa história ter tido um fim, tenho que assumir que sempre fomos muito amigos e passamos momentos especiais juntos.

O bar é um excelente lugar para confraternizações. É um ambiente eclético, com vários ambientes e ótimas opções de bebidas. Comemorei o meu aniversário no mezanino alto, um ambiente com vista para a pista de dança. Um dos pontos fortes do bar são as intervenções de música ao vivo, a banda toca de tudo, desde sambinhas safadinhos a MPB e pop rock internacional, é um ambiete para todos os gostos. Em 2011, pretendo ir mais vezes ao “O Gato”.

#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Meu Pior dia de 2010

É impressionante como um momento, algumas palavras ou um dia podem destruir toda uma história. Imaginei que havia encontrado o amor da minha vida, uma pessoa que passaria comigo muitos momentos, tanto que compramos um apartamento juntos e como desfiz do meu carro para empenhar nesse apartamento, o ajudei a comprar o dele. Estava feliz com as novas aquisições, apartamento na planta, carro zero para irmos a balada e uma vida em comum sendo construída.

Naquele dia, o chamei para sair, ele se recusou, disse que estava cansado. Eu fiquei desconfiado e insisti e novamente ele recusou. Quando cheguei em casa, peguei o carro do meu pai e passei em frente a casa dele, o carro não estava na garagem, liguei e o telefone só chamou. Aquilo foi como se eu tivesse levado uma facada no coração. O cara, que juntos planejávamos uma vida e em nome de tudo isso eu abri mão de um monte de coisas, estava mentindo pra mim, me enganando.

Voltei para casa arrasado e fui dormir. Fui acordado com um torpedo de celular, com a mensagem “adorei te conhecer, desculpe-me por não ter te-ló convidado para subir, moro com amigos. Da próxima vez te convido”. Comecei a trocar mensagens, até descobrir tudo o que havia acontecido e acredito que não preciso expor os detalhes. Ele saiu, mentiu, traiu a minha confiança três meses após termos comprado um apartamento, depois de termos feito um monte de planos.

A mentira doeu muito mais que o fato dele ter ficado com outra pessoa, me senti tão sujo, pequeno. Depois disso, tentamos de novo, mas não deu, confiança não é uma via de mão dupla e uma vez perdida, nunca mais volta ser a mesma. Nem amizade aconteceu, é complicado falarmos em amizade, pois o que tínhamos em comum era um relacionamento afetivo e amizade tem que ser construída, com os mesmos passos e degraus que um relacionamento afetivo também é construído.

Hoje, não tenho raiva, ódio ou rancor, encarro como um fato de vida que aconteceu, passou e usei para me fortalecer. Acredito que era uma história que tinha tudo para ter um final bonito, tínhamos pontos em comum, gostávamos de fazer as mesmas coisas e até a nossa ambição e ânsia de crescer, era comum. Demorei um tempo para me levantar, recolher os cacos que estavam no chão e avaliar o que sobrou de mim, mas me levantei. Nessa história, não aponto culpados, não sou uma criança de 29 anos e sei os riscos que um relacionamento tem. Também cometi os meus erros e a soma dos erros de ambos resultou no final de um relacionamento.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Minha Compra de 2010

Se eu for pautar todas as minhas ações na internet, posso dizer que aqui tenho uma vida a parte, que precisa de manutenção constante. Tenho o meu blog, que atualizado diariamente; sou o blogueiro da Diversidade Tucana, com frequentes atualizações; mantenho perfis em redes sociais, como Twitter, Orkut e Facebook; tenho 3 contas de e-mails, que acesso diariamente; participo de alguns grupos de discussões referente a militância LGBT, espaço que me mantem informado sobre o Mundo Gay e tenho alguns Google Alerta.

Pela internet, também me mantenho informado, não tenho assinaturas de jornais e revistas. Estou quase sempre conectado e muitas das vezes é mais fácil falar comigo por MSN do que por telefone, também uso a rede para ouvir músicas e assistir vídeos. Acredito que faço um bom uso da internet, no Orkut, Facebook e MSN tenho quase todos os meus amigos conectados e mesmo com a vida corrida, graças aos recursos da internet, posso sempre estar em contato com amigos e parentes.

O curso de Sociologia e Política também me aproximou ainda mais da rede, muitas das vezes temos que ler  textos de difíceis e temos que recorrer a textos complementares para ajudar a compreensão. Na internet achamos tudo em questão de segundos, teses de mestrado e doutorado, artigos acadêmicos, resenhas de livros e tantos outros trabalhos com apenas algumas palavras que jogamos no google.

Com toda essa minha necessidade de me manter conectado, minha compra de 2010 foi para facilitar ainda mais a minha vida, comprei um Notebook, que me possibilidade fazer meus trabalhos, atualizar meus blogs, ler meus e-mails e me manter informado em qualquer lugar, sem contar a facilidade que tenho para fazer trabalhos acadêmicos, muitas das vezes a rede de internet na faculdade é muito lenta e nem sempre há computadores disponíveis.

Comprei um HP Pavilion dv4-2016br, com bluetooth, 500 GB de memória e com a tecnologia Blu-Ray, é um notebook com muito mais recursos do que eu preciso, mas pelo menos tenho a certeza que nem tão cedo vou precisar me preocupar de novo com outro computador portátil. É o objeto pessoal que mais uso, em média 8 horas por dia e tal fator justifica a eleição dele ser a compra do ano de 2010.

#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Minha Música Favorita de 2010

Várias músicas embalaram as minhas baladas no ano de 2010, Beyoncé, Madonna, Kate Perry e Lady Gaga, mas sempre tem uma que destaca mais, que o nosso coração pulsa um pouco mais forte quando começa a tocar e essa música é Alejandro, de Lady Gaga. Alejandro é o terceiro single do álbum “Fame Monster”, lançado em 4 de março de 2010. O clipe foi lançado em 8 de junho de 2010. Segundo o ranking Brasil Crowley Broadcast Analysis, Alejandro ficou 21 semanas na primeira posição das rádios brasileiras.

O clipe começa mostrando a força masculina, pisando forte, impondo-se violentamente, soberanamente. Em contrapartida, Gaga assiste a seus dançarinos enquanto fuma seu cachimbo, simbolo de grandes mestres masculinos. Talvez Alejandre seja o clipe mais polêmico da cantora, traz cenas quentes e claras referências à Madonna: sexo, sadomasoquismo, fetichismo, o crucifixo de "Like a Prayer" e o ar sombrio e luxuoso de "Vogue". Lady Gaga faz a diva dominadora na cama com homens musculosos de sapato alto. Para aqueles que não assistiram, vale a pena conferir.



#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Meu Show Preferido em 2010



Em meados de Dezembro de 2009, quando oficialmente a cantora Beyoncé anunciou que faria shows no Brasil, eu comcei a me programar para assistir. Por diversar vezes a mídia divulgou que a diva viria ao Brasil, mas dessa vez era diferente, a fonte da informação era o Twitter de um dos seus assessores. Dias após, mais noticias e desta vez falando de uma possivel abertura dos shows pela Ivete Sangalo, que imediatamente foi negado pela assessoria de imprensa da cantora baiana, mas passou mais algum tempo e a informação foi divulgada oficialmente, Ivete Sangalo abriria os shows de Beyoncé em São Paulo e Salvador.

A dimensão que o evento seria foi confirmada no dia em que as bilheterias do Estádio do Morumbi foram abertas para a vendo dos ingressos. As filas em frente ao Estádio estava quilometricas e às 6 horas da tarde, quando a venda de ingressos foram encerradas, muito fâs ficaram decepcionados por não terem conseguido comprar suas entradas, alguns voltaram para casa, outros dormiram na fila e compraram os ingressos no outro dia.

Depois de tanto sufoco para comprar ingressos, de nada adiantaria se não ficasse em bons lugares, cheguei ao estádio de madrugada, aproximadamente 12 horas antes de abrirem os portões. Na fila, havia aproximadamente 600 pessoas em minha frente, tinham pessoas que estavam acampadas no local desde domingo (31/01), o show foi no sábado (06/02), um exagero de precaução, mas fã é fã e ter um lugar garantido na grade, não tem preço.

Quando amanheceu, a situação ficou critica. Papelões, guarda-chuvas e guarda-sóis não foram suficientes para amenizar o calor que fazia em São Paulo, pensei que havia exagerado ao levar um cooler com 24 latinhas de sucos, águas e refrigerantes, mas todas foram consumidas no decorrer do dia. Pela manhã, a torcida era para que não chover, mas a tarde o clamor era outro, precisávamos nos refrescar a qualquer custo, mas a chuva não veio enquanto estávamos na fila e tivemos que agüentar o forte sol que se firmou durante toda à tarde.

Os portões do estádio foram abertos por volta das 15 horas, à correria foi generalizada para a obtenção do melhor lugar, tudo para garantir o melhor ângulo de um show inédito e esperado no Brasil. Assim como já estava previsto, o palco era o mesmo que a cantora se apresentou em Florianópolis, com uma passarela que dividia a pista Premium praticamente ao meio, só que por ignorância, falta de estratégia e imbecilidade, a organização do evento deixou a parte esquerda da pista vip fechada para primeiro encher o lado direito para só depois abrir o lado esquerdo.

É obvio que a galera não deixou barato e a multidão foi reclamar com os seguranças, um bando de brutamontes, que começaram a agredir o público por exigirem o melhor lugar pelo fato de estarem a horas na fila, enfrentando um sol escaldante. Quando a aglomeração de fãs querendo entrar do lado esquerdo ficou muito grande, eles liberaram a área, mas assim mesmo agrediram alguns fãs que correram para ficar na grade. O que aconteceu no show da Beyoncé foi um absurdo, os seguranças agrediram o público, faltando com respeito aos que pagaram 600 reais para ficarem num lugar “privilegiado”.

Apesar dos contratempos com os seguranças, consegui ficar em local bacana. O sol escaldante ainda estava firme e a organização novamente pecou na questão da venda de água, pouquíssimas pessoas vendendo, muitos não conseguiram comprar. Em coro a galera gritava água, água, água, água... Enquanto as nuvens davam sinais que uma forte chuva estava por vir, chuva que foi comemorada por todos quando chegou, porém ela começou a se intensificar e em poucos minutos os chuviscos comemorados virou uma tempestade.

Os trovões começaram e a galera em coro pediu para que todos fechassem os guarda-chuvas, ordem que foi revogada quando os granizos começaram a fazer parte da tempestade e em meio aos gritos da multidão uma menina que estava ao meu lado olhou para a sua amiga e disse: "Na boa, abre o guarda-chuva". O que era refrescante no inicio, tornou-se insuportável, ao meu lado um cara começou a ter uma crise de hipotermia que se amenizou quando um amigo carinhosamente o abraçou para aquecê-lo.

Devido à forte chuva, os telões do show foram danificados e o forro das grades que sustentavam os telões foram arrancados com a força do vento. O palco estava completamente molhado e a produção do evento começou a retirar toda a aparelhagem que estava posta. Vários técnicos conversavam no palco, alguns visivelmente alterados olhavam para o céu, que ainda tinham nuvens carregadas.

Sob o medo de show ser cancelado, um pequeno coro a minha frente começou a cantar: “Remember those walls I built / Well, baby they're tumbling down / And they didn't even put up a fight / They didn't even make up a sound” esse coro começou a contagiar a todos e em poucos segundos e estádio inteiro estava cantando: “Do your halo halo halo / I can see your halo halo halo / Do your halo halo halo / I can see your halo halo halo”... Vi quando um segurança comentou: “Você está vendo isso? Depois de sol e chuva essas pessoas ainda encontram forças para cantar”. Imagino que a Beyoncé se emocionou quando ouviu do seu camarim 60 mil pessoas cantando a capela uma de suas músicas de maior sucesso.

Instantes após, a produção começou a secar o palco, arrumar os telões e voltar os instrumentos para o palco. A galera veio ao delírio quando os “backvocals” da Ivete entraram no palco e minutos depois as mais de 60 mil pessoas que estava no Morumbi foram ao delírio com o pré-carnaval promovido por Ivete Sangalo. O auge da apresentação da baiana foi quando ela cantou “não quero dinheiro” de Tim Maia, lembrei da minha irmã e imaginei que ela iria ao delírio se estivesse lá, pois ela é super fã da Ivete e do Tim Maia. Por conta da chuva, a abertura da cantora brasileira foi reduzida para 45 minutos, o que deixou o público frustrado, Ivete deixou o palco do Morumbi sendo ovacionada, mas por pouco segundos, pois logo em seguida o estádio inteiro pedia por Beyoncé.

Minutos depois, às 22hs20min, as cortinas do palco se abrem lentamente, mostrando apenas a silhueta de Beyoncé no palco com a introdução da música "Deja Vu" e em seguida a diva embala na música "Crazy In Love" e "Naughty Girl". O público foi ao delírio e o que antes era cansaço, virou motivação. Inexplicavelmente eu que estava na terceira fileira, fiquei de frente para a grade (outras pessoas devem ter dito que inexplicavelmente elas saíram de frente das grades) e curti o show da diva no lugar mais disputado do estádio.

Beyonce encerrou o show movida de muita emoção, cantou “Halo” chorando e disse que aquele era o maior show da história de sua carreira. Tenho certeza que o Brasil será visto com outros olhos na hora de traçar as turnês da cantora e que ela jamais se esquecerá do calor humano que os fãs brasileiros lhe transmitiram. Espero que a diva volte ao Brasil em suas próximas turnês, só não sei se enfrento novamente toda essa maratona para ficar na grade de novo.


#MemeDasAntigas – Um Inventário de 2010.

Mais um Ataque a Gays na Região da Av. Paulista

Imagens do circuito de segurança de um imóvel revelam um novo caso de agressão na região da avenida Paulista (centro de São Paulo). O caso ocorreu na madrugada do último domingo (5) na rua Frei Caneca, região famosa por abrigar casas noturnas voltadas à comunidade gay. Na ocasião, por volta das 4h20, dois homens andavam na via quando um homem, ainda não identificado, se aproximou e agrediu as vítimas com um soco inglês.

As imagens, obtidas pela polícia, mostram que, em seguida, uma mulher impediu que o homem continuasse as agressões. Para a polícia, a moça seria namorada do agressor. As vítimas registraram a agressão na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) no domingo (6) e prestaram depoimento no mesmo dia. Segundo a polícia, os homens são homossexuais e há suspeita de que o crime tenha sido motivado por homofobia.


Homofobia na Ofner

Um casal de gays foi vitima de homofobia na rede de docerias Ofner, uma das mais tradicionais de São Paulo. Eles tomavam um café ao lado de uma amiga, na unidade localizada na Alameda Campinas, região da Av. Paulista, quando se abraçaram e foram repreendidos por um segurança. Juntos há sete meses, eles entraram com uma ação indenizatória por danos morais contra a empresa.

Motivados pela homofobia e intolerância promovida pela Ofner, o mesmo grupo de organizou a manifestação contra o ato de homofobia do chanceler do Mackenzie, organiza um beijaço na Ofner. O protesto também irá ressaltar a necessidade da aprovação do PLC 122, projeto de lei que pune a homofobia em todo o território nacional e que está parado no senado desde 2006. O beijaço acontece no dia 12 de dezembro, às 18 horas, na Al. Campinas, 1160.

Os Outros Casos de Homofobia na Av. Paulista

A polícia investiga mais um caso de agressão na Av. Paulista, com motivação de homofobia. Um estudante e um operador de telemarketing foram agredidos por volta de 4h54m de sábado por um grupo de jovens na altura do número 1.500 da avenida, perto do Parque do Trianon. As duas vítimas disseram ter sido agredidas por serem homossexuais. Os dois foram levados ao Pronto Socorro Vergueiro. Um dos agredidos, o estudante, continuou internado. As vítimas deverão prestar esclarecimentos na delegacia. Não há suspeitos e ninguém foi preso.

Neste sábado, a Secretaria de Segurança Pública informou que surgiu mais uma vítima do grupo de jovens que promoveu uma série de agressões na Avenida Paulista em novembro passado. Segundo o homem, a violência foi tanta que ele teve de passar por uma cirurgia. "Eu estava saindo desse clube noturno na Rua Augusta e fui surpreendido por dois rapazes. Um deles me imobilizou por trás e o outro começou a me agredir com soco inglês, desferiu vários golpes durante muito muito tempo, até que fiquei inconsciente. Eles não falaram, não citaram absolutamente nada, mas eu presumo com toda convicção que se trata de crime homofóbico de crime de ódio na verdade."

Por causa dos golpes , parte do rosto foi esfacelada. “Fiquei internado por cinco dias, sofri uma grande cirurgia, coloquei uma prótese de titânio, e presilhas ´para sustentação dos ossos”, disse o homem. Depois de se recuperar, o homem foi viajar a trabalho e ficou meses fora do Brasil. Voltou na semana passada e vendo as imagens pela televisão identificou os agressores. Por foto, teve mais certeza. O rapaz que bateu nele é o maior de idade, Jonathan Lauton Domingues. E outro foi um dos quatro adolescentes que participaram das agressões na Paulista.

Os quatro adolescentes envolvidos em agressões a homossexuais, no dia 14 de novembro, seguem internados na Fundação Casa (ex-Febem). Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, também suspeito de participar dos mesmo ataques, continuará em liberdade. O juiz Daniel Luiz Maia Santos, da 1ª Vara Criminal da Barra Funda, na Zona Norte de São Paulo, decidiu na quarta-feira (1º), remeter de volta o inquérito sobre o caso, sem analisar o pedido de prisão preventiva do rapaz maior de idade, para o 5º DP, na Aclimação, região central. O juiz acatou requerimento do promotor Roberto Bacal.

O representante do Ministério Público solicita que sejam anexadas ao inquérito as imagens das gravações feitas por circuitos de segurança de prédios próximos de onde ocorreram as agressões, além dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) com as vítimas dos ataques, que aconteceram no último dia 14 de novembro. O objetivo, segundo o promotor, "é esclarecer todas as circunstâncias delitivas", inclusive para que o pedido de prisão preventiva por tentativa de homicídio seja analisado.

Um segundo inquérito da polícia apura a acusação de roubo contra um lavador de carros que teria sido praticada pelo mesmo grupo. Uma audiência com o juiz da Vara da Infância e Juventude marcada para 9 de dezembro deve decidir se os menores serão absolvidos ou continuarão internados. O tempo máximo que eles poderão ficar, no caso de uma sentença condenatória, são três anos. Imagens gravadas pelo sistema de monitoramento de câmeras dos prédios da Avenida Paulista mostram um jovem desferir golpes com lâmpadas fluorescentes numa vítima. Esse agressor teria 16 anos. Os outros três menores suspeitos têm idades entre 16 e 17.

Todos os casos de homofobia que presenciamos nos últimos dias, vem de encontro com a necessidade da aprovação imediata do PLC 122. O Brasil é o país que mais mata homossexuais com motivação de ódio e tal motivação não é criminalizada. Não podemos continuar em meio a tanta violência, sem leis que nos defendam. Temos que exigir os casos de homofobia sejam investigados e punidos e se necessário for, tomamos novamente a Av. Paulista em protesto a fragilidade política que o cidadão gay se encontra no Brasil.