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sábado, 25 de junho de 2011

Duvidas e Incertezas

Ele mal saiu do meu lado e eu senti vontade de ligar de volta. Não liguei, para o meu bem e para o bem dele. Depois lembrei daquele ditado: Se você gosta alguém, deixe-o livre. Se ele voltar, é seu. Se não, nunca foi. Mas de fato ele nunca foi meu, estamos apenas nos conhecendo, tentando ver onde duas vidas se encaixam em meio a complexidade do ser humano.

Confesso que fiquei triste, confesso que estou triste, não por ele, mas por mim. Tenho 30 anos e não posso ter uma visão tão romântica do Mundo, não depois de tudo o que já vivi, não sou mais um cara bruto, já fui lapidado por relacionamentos anteriores, já conheço as dores, prazeres e anseios que o amor pode nos proporcionar.

Estou triste, confesso. Por um momento imaginei ter encontrado alguém que pudesse dar um outro significado para a minha vida afetiva, mas tenho a impressão que não foi dessa vez. Depois que terminei com o meu ex-namorado, fiquei muito tempo para me reerguer, juntar o que sobrou de mim e ter condições de olhar no espelho e reconhecer que eu sou. Confesso que ainda estou me conhecendo, o Marcos de antes já teria pego o telefone e ligado, nem que fosse para perguntar um apenas "E ai! Está tudo bem?", mas não liguei e sei que não devo ligar, acima de tudo temos que respeitar a privacidade das pessoas, por mais que isso nos incomode.

Não sei se tomei um pé na bunda, taurinos são muito dramáticos e fazem tempestade num copo d'água, mas sobre taurinos tenho uma certeza: quando estão afim de alguém, não fazem rodeios e passam por cima de todas as dúvidas.

Porque temos dúvidas que envolver questões tão simples? Porque o ser humano é tão complexo? O talvez não deveria existir, a dúvidas jamais deveria nos assolar, a dúvida que nos corroe, nos destrói. Existe outro tipo dúvida muito positiva, aquela que nos faz crescer, que nos impulsiona a buscar resposta e nos leva a universos jamais desbravados anteriormente. Essa dúvida é muito bem vinda, obrigado. Agora a dúvida que nos faz paralisar no tempo e abrir mão de oportunidades que nos levaria mais adiante, deveria ser banida.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

sábado, 18 de junho de 2011

OAB-SP lança campanha para combater a homofobia

A OAB-SP – Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo lança neste mês de junho a campanha “Homofobia mata”, destinada a combater o preconceito e a violência praticados contra homossexuais. A principal peça da ação é um cartaz, criado pela agência Agnelo Pacheco, que destaca a frase tema da campanha na forma de uma pichação feita em vermelho, a cor do sangue.

Na mesma imagem estão escritas ao fundo palavras que remetem à violência a que ainda são submetidos os homossexuais, como desrespeito, intolerância, preconceito, ódio, opressão, repulsa e covardia, entre outras. O cartaz destaca também um dos motes das campanhas contra a violência e a intolerância promovidas pela Ordem: “A violência tem que ter fim. A vida não”.

“O respeito às diferenças e à dignidade da pessoa humana é bandeira da OAB-SP nesta campanha”, enfatiza o presidente da entidade no Estado, Luiz Flávio Borges D’Urso.

O Brasil vive um importante momento nasdiscussões sobre os direitos dos homossexuais e no combate à homofobia. No início do mês de maio, o STF – Supremo Tribunal Federal decidiu que as uniões homoafetivas passem a ser reconhecidas como entidades familiares, garantindo direitos e reconhecimento perante à Lei equivalentes aos casais heterossexuais. No Congresso, importante projeto de lei complementar que criminaliza os atos de homofobia tem gerado grande interesse e debate na sociedade.

Os cartazes da campanha contra a homofobia serão distribuídos pelas representações da OAB em todo oEstado de São Paulo, além de serem enviados a escolas, órgãos públicos, empresas e entidades interessadas em divulgar a mensagem. A campanha incluiainda um filme para TV de 15 segundos, peças para a Internet e para rádio.

“Mais um vez, a OAB-SP lança de forma contundente e corajosa uma campanha para combater a violência contra as pessoas e minorias de nossa população. A força da mensagem está expressa nas palavras e na composição do cartaz e de toda a campanha. Participar de uma iniciativa como essa nos dá orgulho e renova nossa vontade de construir um País cada vez melhor”, afirma Agnelo Pacheco, presidente e diretor de nacional de criação da agência responsável pela campanha.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Aonde você guarda o seu preconceito?

Há pouco mais de um mês, precisamente na data de 05/05/2011, nossa Corte Maior, o Supremo Tribunal Federal reconheceu por unanimidade a união estável entre pessoas do mesmo sexo, as chamadas uniões homoafetivas.

Na prática, diferentemente do que muitos acreditam, o objetivo da Suprema Corte não foi outorgar o direito à celebração de casamento entre pessoas do mesmo sexo - o que ainda não é permitido - mas simplesmente regulamentar uma situação fática que ocorria até então. A partir de agora, companheiros em relação homoafetiva duradoura e pública terão os mesmos direitos e deveres das famílias formadas por homens e mulheres.

Reconheceu-se, portanto, existir uma nova modalidade de família, já que até então nossa Constituição da República reconhecia apenas a família formada pelo casamento, pela união estável e a família monoparental, que é aquela formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

O reconhecimento dessa quarta modalidade de família, formada por pessoas do mesmo sexo irá facilitar a distribuição justa de direitos patrimoniais, usando as palavras do ministro Ricardo Lewandowski vai “retirar tais relações que ocorrem no plano fático da clandestinidade jurídica, reconhecendo a existência do plano legal enquadrando-o no conceito abrangente de entidade família”.

Lendo os pareceres dos ministros do Supremo sobre a temática, dois em especial me chamaram a atenção:

Ministro Luis Fux: “A homossexualidade não é crime. Então porque o homossexual não pode constituir família? Em regra por força de duas coisas abominadas pela Constituição: a intolerância e preconceito”.

Ministro Joaquim Barbosa: “Estamos aqui diante de uma situação de descompasso em que o direito não foi capaz de acompanhar as profundas mudanças sociais. Essas uniões sempre existiram e sempre existirão.”

Divaguei até agora apenas pelos aspectos jurídicos. Mas como a humanidade não é conduzida apenas por códigos e leis, incumbe a mim a árdua missão de humanizar este artigo. Sabemos que o conceito de vida extravasa e pormenoriza todos estes aspectos legais e que por mais sábia que seja a lei ou por mais inspirado que esteja o legislador, ambos jamais irão conseguir contemplar o espírito e a alma das pessoas. Sentimentos, lágrimas e amor, são conceitos difíceis de serem materializados em um amontoado de papel.

Como conselheiro de uma ONG que trata da vertente da discriminação racial, tive a oportunidade de participar de uma campanha nacional intitulada “Aonde você guarda o seu preconceito? Não guarde, jogue fora”. Lá assisti a um vídeo de uma menina de quatro anos, que dizia que ela e a mãe detestavam “preto.”
Depois de assistir esse e outros vídeos, me lembrei de uma época da minha infância. Quando tinha seis ou sete anos perdi a noção da quantidade de vezes que fui aporrinhado com as frases: “crente da bunda quente, escova o dente com detergente”, ou “crente da bunda quente, caiu de boca e quebrou o dente” e mesmo sendo uma criança me questionava por que as pessoas agiam daquela forma.

Hoje os evangélicos divididos em diversos seguimentos (pentecostais, neopentecostais e carismáticos) representam a maioria das pessoas que professam uma religião em nosso país, sendo fácil – diferentemente do que era – se intitular um fiel. Desde então o preconceito migrou e se acentuou para os seguidores de religiões de matrizes africanas, que mesmo nos hodiernos dias encontram severas dificuldades em serem aceitos e respeitados. A intolerância religiosa é sem dúvida a mais nociva forma de preconceito.

Sobre esta forma de intolerância, José Saramago denominou este ódio recíproco fundado em valores religiosos como “O Fator Deus”:

“De algo sempre haveremos de morrer, mas já se perdeu a conta aos seres humanos mortos das piores maneiras que seres humanos foram capazes de inventar. Uma delas, a mais criminosa, a mais absurda, a que mais ofende a simples razão, é aquela que, desde o princípio dos tempos e das civilizações, tem mandado matar em nome de Deus”.

Infelizmente, somente há poucos anos me dei conta de que sou muito mais ignorante do que pensava. Descobri que algumas palavras possuem significados muito diferentes do que imaginava. Por exemplo, a palavra heresia em grego significa escolha. As palavras macumba - que utilizei centenas de vezes de forma pejorativa e de deboche – significa “festa de tambores”, Saravá, significa “paz”.

A expressão “saravá aiê aba” me foi dita pela primeira vez, ao final de uma reunião, após uma calorosa discussão gerada por divergências de idéias sobre o calendário de eventos que iríamos adotar no dia da consciência negra (20 de novembro); confesso em que cuidei tratar de uma maldição, uma mandinga da “braba”. Mas estudando o dialeto banto descobri que aquele pai de santo simplesmente tinha dito para mim “ a paz esteja contigo”.

Seja qual o preconceito que for - contra católicos, protestantes, umbandistas, kardecistas, budistas ou mulçumanos, negros, brancos, orientais, indígenas, imigrantes, nordestinos, gays, lésbicas, bissexuais, (trissexuais ou tetrassexuais se inventarem uma nova forma de se relacionar), pobres, ricos, todo preconceito em si é gerado pela intolerância e pela falta de informação.

Voltaire, em seu Dicionário Filosófico, se questionava: “O que é a intolerância?” E, respondia: “É o apanágio da humanidade. Estamos todos empedernidos de debilidades e erros; perdoemo-nos reciprocamente nossas tolices, é a primeira lei da natureza”.

Intolerância esta que é gerada pelo medo de se deparar com o diferente e ser surpreendido com algo novo e que não se tenha uma resposta imediata. Esse sentimento que levou Cristo a ser preso e acusado de estorvar o trabalho da Santa Madre Igreja, fazendo em seu nome. E, também, em nome de Deus, muitos a serem perseguidos, torturados e queimados vivos como Joana D’arc e centenas de outras mulheres na época da Inquisição, intolerância que levou os trabalhadores a destruírem as máquinas na Revolução Industrial, que levou Hitler ao genocídio de milhares de judeus com o holocausto, que levou o regime da Apartheid a vigorar por décadas na África do Sul e que até então tinha motivado nossos legisladores a se manterem silentes em relação à questão homossexual.

Deixo a cada um de vocês, o fado de se questionarem: “Aonde eu guardo o meu preconceito?”, tendo a certeza, de que por mais convicto que você esteja, por mais lúcido que você se apresente em determinado assunto, sua autonomia cultural não pode superar a vida humana.

Desenvolvi um método próprio para respeitar as diferenças, “o método das sete portas”. Ele é simples e eficiente. Quando vejo que estou com alguma divergência religiosa, política, econômica, cultural, étnica e sexual, com outra pessoa, tento visualizar que o meu modo de pensar é uma porta, mas que existem outras seis para serem escolhidas. Para que minha porta seja escolhida e que a pessoa pretira as outras seis, penso que tenho de cultivar um bonito jardim a beira da minha porta para que chame a atenção de todos os que estiverem passando. Sei que esse jardim é composto pela postura, pelas minhas atitudes e pelos meus exemplos. Se tocarem na maçaneta da minha porta é porque “posso” estar certo, se preterirem a minha porta preciso rever meus conceitos.

Se me permitem desviar um pouco do assunto, termino este artigo com a curiosa conclusão que cheguei após esse tempo de militância no combate a discriminação racial. Por combatermos um inimigo invisível, no Brasil “é muito mais fácil ser “viado” do que ser “preto”.

Lucas Simão Tobias
Advogado e diretor juridico do Conselho Municipal da Comunidade Negra de Sertãozinho

domingo, 12 de junho de 2011

Feliz Dia dos Namorados

Um ótimo dia para todos aqueles que tem motivos de sobra para sorrir, que acha graça em tudo e que tem no amor uma grande motivação de vida. O dia é de vocês, se amem, se respeitem e sejam cúmplices. Que as histórias dos passageiros, que diariamente embarcam em minha composição, sejam de sucesso, assim como a de "Eduardo e Monica". Sucesso a todos os passageiros apaixonados, aproveitem o dia e viva la vida hoje e sempre.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Estado e Religião pontuam mesas do Ciclo de Debates

A APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo) realiza no próximo Sábado (11), 9h, o terceiro dia da série do 9º Ciclo de Debates. Atividade integrante do 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo, de 6 de junho a 6 de julho, o público confere gratuitamente diversas mesas de discussão, além de seminários, apresentações culturais e lançamentos. A 9ª edição do Ciclo vem aprofundar a reflexão acerca do tema proposto para a 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo: “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia! – 10 anos da Lei 10.948/01, rumo ao PLC 122/06”.

Em diálogo com a atual conjuntura nacional e internacional na esfera dos Direitos Humanos de lésbicas, gays bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), a programação propõe uma reflexão participativa entre os movimentos sociais, sociedade civil, autoridades e os expoentes dos mais diversos campos da intelectualidade.

Entre os assuntos, destaque para o posicionamento do Estado em relação ao fundamentalismo religioso, o papel da espiritualidade na construção das sexualidades e o redimensionamento dos aspectos jurídicos de instituições como família, casamento e os direitos para as minorias definidos através de políticas públicas.

Em consonância com a Organização das Nações Unidas (ONU), que decretou 2011 como o Ano Mundial do Afrodescendente, o 9º Ciclo de Debates aborda também a relação entre a cultura negra e a diversidade sexual.

Estado e Religião

Sob o tema “Estado e Religião”, a atividade que será dividida em três mesas de debates, ocorre no próximo dia 11 de junho (sábado), às 9h, na Câmara Municipal de São Paulo – Palácio Anchieta – Viaduto Jacareí, 100.

Com mediação da coordenadora do Ciclo, Cléo Dumas, a primeira mesa que conta com a participação da pesquisadora associada do Núcleo de Estudos para Prevenção da AIDS (NEPAIDS/USP), Cristiane Gonçalves da Silva, questiona: “O Estado faz acepção de pessoas?”. No segundo horário, em “Religião e LGBT”, Greta Star recebe o presidente da APOGLBT Ideraldo Beltrame e o Diácono da Igreja da Comunidade Metropolitana de São Paulo, Dario Neto. 

Na última mesa de debate, mediada por Fernando Quaresma (Vice-Presidente da APOGLBT), a proposta de uma discussão conjunta com autoridades e líderes espirituais de diferentes religiões. “O Pecado da Religião e a divindade do corpo” conta com a presença da Iyalorixá Egbomi Kiusam d'Oxóssi - Kiusam de Oliveira, do pastor da Comunidade Betel/ICM RJ e da Igreja Presbiteriana da Praia de Botafogo Márcio Retamero e do Padre James Alison. Após os debates, atividade cultural integrante do LeFest e coffebreak.

Para quem não puder acompanhar os debates presencial, eles também serão exibidos pela webtv BeGay TV. Para acompanhar, basta acessar o site da BeGayTV: www.beweb.tv/begay. Todas as atividades do 9º Ciclo de Debates são gratuitas, abertas ao público em geral e acontecem em diversos locais de fácil acesso. Confira a programação das duas primeiras mesas do Ciclo. Para mais informações, acompanhe o site www.paradasp.org.br.

Serviço:

9º Ciclo de Debates – 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo
De 06 de junho a 06 de julho, diversos horários e locais

Estado e Religião
· 11 de junho, a partir das 9h.
Câmara Municipal de São Paulo - Palácio Anchieta - Viaduto Jacareí, 100 - Bela Vista.
Info Ciclo: (11) 3362-8266 ou paradasp@paradasp.org.br

9h – Apresentação Cultural Coro Jovem ICM-SP.

9h30 – Debate: O Estado faz acepção de pessoas?
Mediação: Cléo Dumas (APOGLBT)
Janaina Teodoro
Cristiane Gonçalves da Silva (Pesquisadora associada do Núcleo de Estudos para Prevenção da AIDS (NEPAIDS/USP).

11h – Debate: Religião e LGBT
Mediação: Greta Star (APOGLBT)
Ideraldo Beltrame (Presidente da APOGLBT)
Dario Neto (Diácono da Igreja da Comunidade Metropolitana de São Paulo)

14h - Debate: O Pecado da Religião e a divindade do corpo
Mediação: Fernando Quaresma (Vice-Presidente da APOGLBT)
Egbomi Kiusam d'Oxóssi - Kiusam de Oliveira – (Iyalorixá e autora do livro “Omo-Oba: Histórias de Princesas”)
Marcio Retamero (Pastor da Comunidade Betel/ICM RJ e da Igreja Presbiteriana da Praia de Botafogo)
Padre James Alison (Sacerdote católico, teólogo, e autor de vários livros)

16h - Atividade Cultural LesFest (Dedilhadas Vídeo)

16h30 - Coffee Break

terça-feira, 7 de junho de 2011

Palocci cai, mas não explica sua evolução patrimonial


Depois de mais de 20 dias de intensa crise que assolou o governo Dilma, por conta do seu amigo, braço direito e grande articulador de seu campanha eleitoral, Antônio Palocci apresentou na tarde de hoje a sua carta de afastamento da Casa Civil.

A manutenção de Palocci no cargo era algo impossível, o desgaste que isso gerou na imagem da presidente, que já arranha sua imagem por si só, foi muito grande e levará um tempo para todo esse mal estar ser esquecido.

Palocci é a primeira grande crise do Governo Dilma, homem que ela queria e precisava manter no poder. Sem Palocci, Dilma é apenas uma mulher que comete erros de concordância nos seus discursos e sabe que é presidente do Brasil porque é rabuda demais, pois não tem história, currículo e capacidades técnicas que justifiquem o posto que hoje ocupa.

A queda de Palocci é o reflexo do amadorismo que existe na política brasileira. Desde 2006, quando saiu do Ministério da Fazenda, por conta de acusações de corrupção, frente a um complexo esquema de caixa dois no PT.

Palocci jamais deveria ter voltado para o cenário político. Foi um show de horrores que vimos em 2006 e o que mais me deixa chocado é ver que todos brasileiros sabiam dos planos de Dilma de incorporar Palocci no seu governo e mesmo assim ela foi eleita.

Dilma reforça ainda mais o que aos poucos todo mundo começa se dar conta, o seu dedo podre para política. Não podemos nos esquecer que o Palocci não é o primeiro ministro da Casa Civil, indicado por Dilma, a cair. No ano passado, quando Dilma saiu da Casa Civil, ela deixou sua companheira, braço direito de longa data, Erenice Guerra, que chefiou um requintado esquema de corrupção.

Agora é a vez de Gleisi Hoffmann, mulher com tantas capacidades técnicas, quanto o seu antecessor, mas capacidade técnica não é grande diferencial, tendo em vista o que os seus antecessores, indicados pela Dilma, já fizeram no poder.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Onde Estiver

Tomamos decisões em nossas vidas, que mudam por completo o nosso rumo. Tomei muitas decisões que transformaram a minha num verdadeiro tsunami de emoções. Amei demais, odiei demais, cedi demais e fui duro demais. Vivi em muitos extremos e confesso que os extremos não são as minhas melhores áreas, sempre agi melhor no meio.

Sofri demais nesse ultimo ano, perdi contatos, pessoas e oportunidades que eu não estava disposto a abrir mão, mas quando o tempo da vida cessa, não temos muito o que fazer, temos que abrir mão e deixar o velho partir e se abrir para as novidades de vida.

Acreditava no amor eterno e inacreditavelmente ainda acredito, sou taurino e não desisto nunca. Hoje sou mais maduro, pelo menos julgo conhecer melhor a vida e sei que outras oportunidades, sonhos e anseios estão por vir… Um grande rio é formado por diversos afluentes, assim também é a nossa vida, não temos apenas uma fonte, temos varias ligadas a nós e o conjunto delas em ação é responsável pelo que somos.

Ainda acredito que a vida pode ser em tons pasteis, mas não em sua plenitude, hoje aceito outras cores e procuro usar o diferente para compor a aquarela da minha vida. Pintamos a nossa vida e se o quadro não nos agrada, a culpa é nossa, que somos os artistas, os regentes, os autores desse obra.

A vida seria muito fácil se fosse passível de programação, quando algo sei de lugar, reprogramamos o sistema e continuamos, mas não é tão fácil, temos que lidar com os erros, com os borrões em nossos quadros. Com fatos, não temos muito o que justificar, temos que aceitar e continuar a viver.

Convivo com a saudade, não do que somos, mas do que fomos um dia. Estamos em constantes mudanças e não há erro em querer trilhar outros caminhos, que não estavam previstos antes. Errado é fugir, agir covardemente e anular tudo o que fomos um dia e nesse ponto, ambos foram extremamente covardes. No final, temos que seguir, não se importando com os caminhos e sendo feliz, aonde estivermos, acreditando na vida e tendo ciência que nos meio dessa guerra, nenhum de nos pode ganhar.

domingo, 5 de junho de 2011

De Frente com Gabi Entrevista Jean Wyllys

O ex-BBB e atual deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ) falou sobre sua infância em entrevista à apresentadora Marília Gabriela, no programa De Frente com Gabi, do SBT. Conhecido por vencer o reality show Big Brother Brasil, em 2005, o parlamentar contou sobre seus dias de criança em Alagoinhas, na Bahia: “A gente não tinha banheiro em casa. Passei fome terrível. Fui salvo pela educação”. 

Wyllys revela também sobre o momento em que descobriu ser homossexual e sobre como sua família reagiu ao fato. “A primeira vez que percebi meu desejo foi aos 16 anos. Sou o único homossexual da família. Fui discriminado no seio familiar”. Apesar de sofrer bullying na escola, Jean contou que gostava de estudar. “Queria entender por que era chamado de gay”, disse ele, que completou: “Se a escola fosse inclusiva, eu teria sido protegido de uma série de violências. Das surras, dos insultos”. A entrevista com Jean Wyllys foi ao ar neste domingo (5), no programa “De Frente com Gabi”, no SBT. Confira abaixo a entrevista na integra.



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ciclo de Debates abre o 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo

A APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo) inicia o 9º Ciclo de Debates, atividade integrante do 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo. De 6 de junho a 6 de julho, o público confere gratuitamente diversas mesas de discussão, além de seminários, apresentações culturais e lançamentos. A 9ª edição do Ciclo vem aprofundar a reflexão acerca do tema proposto para a 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo: “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia! – 10 anos da Lei 10.948/01, rumo ao PLC 122/06”.

Em diálogo com a atual conjuntura nacional e internacional na esfera dos Direitos Humanos de lésbicas, gays bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), a programação propõe uma reflexão participativa entre os movimentos sociais, sociedade civil, autoridades e os expoentes dos mais diversos campos da intelectualidade.

Entre os assuntos, destaque para o posicionamento do Estado em relação ao fundamentalismo religioso, o papel da espiritualidade na construção das sexualidades e o redimensionamento dos aspectos jurídicos de instituições como família, casamento e os direitos para as minorias definidos através de políticas públicas.

Em consonância com a Organização das Nações Unidas (ONU), que decretou 2011 como o Ano Mundial do Afrodescendente, o 9º Ciclo de Debates aborda também a relação entre a cultura negra e a diversidade sexual.

Direitos LGBT X Liberdade Religiosa

Questionar as construções, os projetos políticos e os discursos em torno da sexualidade: estes são os principais pontos da mesa de abertura do 9º Ciclo de Debates. Sob o tema “Sexualidade: uma história não contada”, a atividade ocorre no próximo dia 6 de junho (segunda-feira), às 18h, no CREMESP (Rua Domingos de Morais, nº 1810, Vila Mariana).

Com mediação da coordenadora do Programa Estadual de DST/AIDS, Maria Clara Gianna, a mesa conta com a participação da socióloga e escritora Berenice Bento, Carla Garcia, Marina Bernau e Helena Marques. Quem estiver presente confere o lançamento do documentário “Pernoite”, dirigido por Cibele Appes e Eduardo Alves. Após o debate, a DJ Zuba anima o coffee break.

No dia 7 (terça-feita), a mesa “Sem notícias de Deus num estado sem lei” é aberta com a exibição do curta “Borboletas da Vida”, dirigido por Vagner de Almeida e produzido pela Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS do Rio de Janeiro (ABIA), eleito o melhor documentário de 2005 pelo New York Brazilian Film Festival. A atividade ocorre a partir das 18h30, na UNISA – Campus II (Rua Isabel Schmidt, nº 349, Santo Amaro).

Todas as atividades do 9º Ciclo de Debates são gratuitas, abertas ao público em geral e acontecem em diversos locais de fácil acesso.

Transmissão ao vivo pela web

Uma parceria inovadora entre a APOGLBT e a empresa UCam Digital Transmission irá proporcionar a primeira transmissão ao vivo e integral do Ciclo de Debates. Lançado no último dia 1º, a webtv BeGay TV fará a cobertura em tempo real de todas as mesas, possibilitando a participação de pessoas de todas as partes do mundo.

Para acompanhar, basta acessar o site da BeGayTV: www.beweb.tv/begay. Os usuários podem ainda enviar perguntas e fazer comentários através do Facebook.

Além do 9º Ciclo de Debates, a programação do 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo reúne a 11ª Feira Cultural LGBT (23 de junho, no Vale do Anhangabaú), o 11º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade (24 de junho, na Academia Paulista de Letras) o 11º Gay Day (25 de junho, no Playcenter) e a 15ª Parada do Orgulho LGBT (26 de junho, na Avenida Paulista).

Para mais informações, acompanhe o site www.paradasp.org.br.

SERVIÇO
9º Ciclo de Debates – 15º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo
De 06 de junho a 06 de julho, diversos horários e locais
Entrada gratuita
Mais informações com Cléo Dumas, pelo telefone (11) 3362-8266 ou paradasp@paradasp.org.br

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ser gay custa caro, muito caro...

Por Wagner Nunes

Vivemos em uma sociedade capitalista e extremamente consumista, queremos cada vez mais dinheiro e cada dia que passa temos a sensação de estarmos mais pobres. A sociedade é uma fábrica de desejos…
Onde aquela roupa de marca, aquele carro do ano ou o lançamento da Apple mobilizam as pessoas, que fazem de tudo para ter os objetos que tanto desejam.

Desejo estes que não sei nem quero explicar o motivo, pode tratar-se de aceitação social, apenas uma realização pessoal ou que seja futilidade. Não importa, o fato é que gastamos muito mais do que seria necessário.

E se engana quem pensa que estou falando somente da Classe média alta, pois se começarmos a pensar em pessoas de Classe social “diferenciada” vamos todos entender que este louco desejo por coisas aparentemente desnecessárias não é privilegio apenas de um grupo de pessoas, mas sim de todos, mesmo aqueles que não têm nenhum poder aquisitivo significante para movimentar o comércio tem desejos por tais objetos, se você não acredita basta perguntar a qualquer pessoa qual seria sua primeira compra se a caso viesse a ganhar na loteria, e tirar suas próprias conclusões.

Mas vamos falar do que diz no titulo, sobre a “segunda classe”. Eu sei que o titulo fala de gays, afinal foi eu quem intitulou o texto, mas não consigo nem preciso fazer valer minha imparcialidade e deixar de lado meus sentimentos em relação ao governo, pois me sinto exatamente assim “cidadão de segunda classe” mesmo fazendo parte de uma das comunidades que mais movimentam o mercado. Exemplos disso são os grandes eventos como a Parada Gay, o São Paulo Fashion Week e até mesmo o dia dos namorados e isso somente em São Paulo, além disso, o “mercado Gay” movimenta muita grana no Brasil inteiro.

Gays têm por natureza a preferencia por produtos e serviços de excelente qualidade, Grifes e artigos de luxo, marcas exclusivas e acima de tudo que seja sempre o mais caro, no meu ponto de vista é uma questão de status, mas nem sempre é somente pelo prazer de comprar, pela realização pessoal, mas sim para ser usado como escudo de defesa, para proteger-se da sociedade hipócrita e preconceituosa, digo isso baseado no que vejo no meu dia a dia, entre amigos e pessoas do meu convívio. Um belo exemplo que consegue descrever melhor o que quero dizer é o que ocorreu com uma amiga transexual.

Minha amiga como a grande maioria das transexuais caminhou para a prostituição, devido ao preconceito sofrido na escola que esta diretamente ligada a esta escolha, pois sem formação não se tem oportunidade de trabalho e sendo travesti, o preconceito fala sempre mais alto, mas o caso é que minha amiga se mudou para Itália em busca de uma vida mais confortável no futuro, e foi vitoriosa neste sentido, pois não se deixou levar pelos males da prostituição, (Alcoolismo, crimes, drogas etc…) Quando retornou ao Brasil, comprou um belo carro, excelente modelo e após alguns anos de uso (dois anos para ser preciso) decidiu que precisava ser trocado… E trocou por um modelo que custou mais que o dobro do valor de seu antigo veiculo, eu a questionei sobre a necessidade de uma troca, já que seu antigo automóvel era ótimo e estava totalmente quitado. Ela me disse que por ser transexual sofre o preconceito dobrado, pois ao sair na rua é vista pela sociedade como um habitante de outro planeta, e que possuir objetos de valor foi a forma que encontrou para ser aceita e recebida de maneira menos preconceituosa nos estabelecimentos comerciais, pois como eu disse anteriormente a sociedade é hipócrita e não age de acordo com as idéias que demonstra ter. De fato isso e a mais pura verdade, porem existem gays de todas as classes sociais.

Recentemente, a nossa presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo não vai “fazer propaganda de opções sexuais” (ao justificar sua decisão sobre o projeto “Escola sem Homofobia”). Mesmo sabendo que é provável que o Novo kit seja produzido ainda este ano eu não consegui engolir esta declaração. O que para alguns é um gracejo, um dito espirituoso e/ou inofensivo, pode ser entendido por muitos outros como ofensa, chacota e desrespeito… Gostaria que algumas pessoas soubessem disso.

Não posso esperar muito de alguém que se esquece que o próprio país é oficialmente neutro em relação às questões religiosas , e não poderia apoiar nenhuma religião. Agora eu me pergunto, Propaganda?

Propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre um produto, marca, empresa ou política que visa influenciar a atitude de uma audiência para uma causa, posição ou atuação. Será que nos queremos transformar os heterossexuais em futuros gays?

Se defender a igualdade das pessoas de orientação sexual diferente pode tornar alguém homossexual suponho que a princesa Isabel tenha morrido Negra! Já dizia o ditado: De médico e louco, todo mundo tem um pouco!

Então vou fazer uso da minha loucura e ir a fundo neste assunto. A Constituição Federal determina que a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos é lícita quando tiver caráter educativo, informativo ou orientação social. Será que um Projeto que visa combater o bullying em escolas públicas não seria de caráter educativo?

Não sou advogado, não sou jornalista muito menos psicólogo, nem mesmo sou estudante de tais profissões e posso estar no auge da minha ignorância ao dizer tudo isso, mas seria propaganda eu querer apenas meus direitos como cidadão? O que seria esta tal propaganda?

Julgando pelo que a presidente disse e pelos vídeos que vi, (todo mundo viu, menos a Dilma) posso entender que se eu beijar meu companheiro em local público vou fazer propaganda da homossexualidade, se eu andar de mãos dadas também será propaganda e se a novela mostra a vida como ela é de fato e exibe todas as formas de expressar o amor, será uma propaganda gay?

Afinal se é uma propaganda, qual seria o produto? Qual seria o serviço? Quem estaria se beneficiando como este ato? Eu gostaria de saber, pois se realmente se trata de propaganda eu estou trabalhando voluntariamente para promover algo que não sei exatamente o que é, pois a mim não trás beneficio algum, alias se no Brasil existisse mais gays, quem lucraria com isso seria o governo, afinal, gays gastam mais e pagamos impostos sob absolutamente tudo, ao contrario das igrejas que levam e lavam seu dinheiro fora do país, mas isso é outra historia… E não quero ir mais fundo na minha “loucura”.

Voltando a lucidez… Falo por mim, mas acho que nenhum gay quer fazer essa tal propaganda da homossexualidade, pelo menos não com o intuito de que as pessoas se tornem homossexuais, mesmo porque isso não é possível, queremos somente ser vistos como igual, para que em um futuro próximo o governo nos de os direitos que hoje nos negam.

Quando digo que ser gay custa caro, não estou falando somente do valor em reais, nem todos podem pagar para serem aceitos, nem todos nos temos o mesmo poder de compra para satisfazer a sociedade hipócrita, para alguns o preço que se paga por ser gay, e bem mais alto que qualquer soma em dinheiro, e o mais triste e ver que o logotipo do governo diz: “Brasil, um país de todos” Quem seriam estes “todos”?

Fica a duvida.