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domingo, 30 de outubro de 2011

Prefeitura cria ferramenta de atendimento on-line para denúncias contra homofobia e combate ao racismo

A Secretaria de Participação e Parceria (SMPP), a Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual (Cads) e a Coordenaria dos Assuntos da População Negra (CONE), em parceria com a Coordenadoria de Inclusão Digital (CID) lançam no dia 8 de novembro, às 10h30, no Auditório do Edifício Matarazo, o Centro de Referência On Line, uma ferramenta de serviço à sociedade para o registro, via internet, de denúncias de combate à homofobia e crimes de racismo.

Para quem não possuí acesso à internet, a iniciativa possibilita que as denúncias sejam por meio dos Telecentros espelhados pela cidade de São Paulo. As denúncias deverão ser feitas através do preenchimento de um formulário disponível no site da SMPP (www.prefeitura.sp.gov.br/smpp). A nova ferramenta visa facilitar o atendimento à população para que assim o Poder Público possa agir para coibir atos discriminatórios contra a população negra e população LGBT.

Ao fazer a denúncia, é preciso que especifique detalhes dos fatos ocorridos como: local, horário, pessoas envolvidas, o tipo de discriminação sofrida e outras informações que julgarem relevantes. Todas as informações encaminhadas são sigilosas, nos termos da lei.

Atualmente, a SMPP disponibiliza estes serviços realizados pessoalmente, o Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate a Homofobia, localizado no Páteo do Colégio, 5 - 1º andar e o Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate ao Racismo, também, localizado no Páteo do Colégio, 5 - 2º andar.

sábado, 29 de outubro de 2011

Entrevista: Fundador de grupo de ‘cura de homossexuais’ que se assumiu gay

Por William De Luca

Nada melhor do que um exemplo para refutar a eficiência de tratamentos para a conversão de orientação sexual, que dizem que gays podem se ‘converter’ em heteros. O professor de inglês, filosofia e teólogo carioca Sergio Viula, 42 anos, foi um dos fundadores do Movimento pela Sexualidade Sadia (Moses), ONG evangélica que dá auxílio a pessoas que desejam abandonar a homossexualidade. Ele casou-se, teve dois filhos e viu de perto os métodos de ‘reorientação sexual’. Sergio conversou com Willian De Luca, com exclusividade, e mostra que os métodos de mudança de orientação sexual são ineficazes e causam dor e sofrimento a quem se dispõe a passar por qualquer deles.

Como começou sua vida junto à igreja evangélica? Como foi a sua entrada?

- Eu comecei aos 16 anos, numa igreja noepentecostal, mas depois migrei para a igreja batista. Eu me converti a partir da pregação de colegas, não era de família, que era católica. Hoje parte é católica e parte é evangélica.

Nessa época você já sabia que era gay? Já tinha tido relacionamentos com guris?

- Havia tido relacionamentos gays, sim, mas não assumia, eu pensava que fosse passageiro. Meu primeiro relacionamento foi aos 12 anos, com um garoto um pouco mais velho, de forma escondida, é claro, durante dois anos. Na verdade, queria pensar que tudo isso fosse passageiro, por causa das pressões em casa. Minha família era muito tradicional.

Como foi o processo de “virar ex-gay”?

- Na verdade, ex-gay não existe, é pura auto-sugestão. Eu comecei a ir à igreja e percebi que os homossexuais não tinham como lidar com suas ‘dificuldades’, por falta de orientação das lideranças, então decidi fundar o Movimento pela Sexualidade Sadia (Moses), junto com João Luiz Santolin e Liane França. Foi aí que comecei realmente a dizer em momentos oportunos que era ex-gay.

Você nunca se convenceu que tinha virado ex gay? Sempre soube que estava se enganando?

- Hoje sei que estava me enganando. Na época, pensava que qualquer sentimento ou atração fosse mera ‘tentação’ e que isso poderia ser superado com oração e dedicação a deus. No grupo, basicamente, pensávamos que ser gay fosse pecado, que devia ser confessado e abandonado e para isso, fazíamos proselitismo, aconselhamento, oração, pregação, recomendávamos certos livros, leitura bíblica, coisas que os crentes geralmente fazem, mas com foco na homossexualidade, sempre demonizando a homoafetividade, infelizmente. Eu trabalhei com a igreja num total de 18 anos, o Moses começou em 1997, em 2003 eu estava fora, foram quase sete anos. Tínhamos psicólogos parceiros e contávamos com vários voluntários. Uma vez enchemos um ônibus e levamos para o Miss Brasil Gay em Juiz de Fora só para evangelizarmos os LGBT que foram ao evento, mas na diretoria eram cerca de 10 pessoas.

Mas como era esse processo de ‘abandonar o pecado’? Era como um tratamento?

– Isso não acontecia de fato, era o que se chamava discipulado, acaba sendo uma lavagem cerebral. Você tem que se isolar do seu antigo círculo de amigos, começar a se enfiar nas reuniões da igreja, fazer sessões de aconselhamento, orar, jejuar, essas coisas. Quando acontecia de alguém se envolver com outro homossexual, ele tinha que confessar o que fez, UMA LOUCURA DO CARALHO! Desculpe, mas ainda hoje tenho até raiva de lembrar disso.

Por que raiva?

– Ninguém deixava de ser gay, houve relacionamentos até dentro do grupo, entre uma atividade e outra da igreja, eles sempre arrumavam tempo pra isso. Você consegue imaginar quanto sofrimento para mim mesmo e para todos os que atuaram ou foram influenciados por esse trabalho? É irritante! E tem gente até hoje repetindo esse discurso imbecil.

O que tu sente quando vê pessoas como o pastor Silas Malafaia fazendo pregações do tipo que você fazia? É um discurso parecido?

– Ele é um idiota! Eu era um garoto quando me envolvi com tudo isso, tinha pouquíssima experiência de vida e não ainda não havia tanta informação como hoje. Agora, ele atua na base da má-fé mesmo, com interesses financeiros, projetos de poder, etc. E diz ele que nunca foi gay, será? Fico muito desconfiado de gente que gasta tanta energia e dinheiro para combater algo que não tenha nada a ver consigo mesma. Entendo heterossexuais que compreendem os riscos da homofobia, mas não entendo heterossexuais que quase surtam só por saberem que os gays estão felizes, saudáveis e produzindo para o país…

Será que não é pra ter uma bandeira atualmente? Ganhar visibilidade, sei lá…

– Não deixa de ser má-fé. Só confirma minha tese.

Quando você decidiu que era momento de parar? Você saiu do movimento ao mesmo tempo em que saiu do armário?

– Sim, saí ao mesmo tempo. Tudo aconteceu quando eu tive certeza de que já tinha feito e crido ao máximo. A gota d’água foi uma viagem a Cingapura, durante a qual conheci um filipino e fiquei com ele. Já voltei decido que iria colocar um fim nessa panacéia. Fiz isso e comecei imediatamente a repensar diversas das minhas posturas e crenças, levou ainda dois anos para que eu dissesse tudo o que digo até hoje. Houve perseguição por parte do Moses, muita gente ficou em choque, mas eles tiveram que se dobrar, pois minha atuação no movimento era grande. Minha maior projeção, porém, se dava na igreja. Eu era pastor, editor do jornal Desafio das Seitas, que teve seu auge durante minha atuação, e por aí vai…

E na sua família? Qual foi a reação?

– Houve um choque por parte dos meus pais, mas meus filhos nunca criaram problema, só ficaram perplexos, porque eu saí da igreja, já que eu era tão dedicado. Separei-me da mãe deles, mas isso não criava grandes problemas, aparentemente. Só me perguntaram francamente sobre o assunto aos 12 (ela) e aos 11 (ele). Ambos compreenderam numa boa e sempre foram meus amigos. Relacionam-se muito bem comigo e com meu parceiro Emanuel.

Você hoje se sente completo, feliz?

– Sim, hoje me sinto em paz comigo mesmo, feliz e me pergunto como pude ter suportado tanta castração inútil por tanto tempo.

Você acha que o que vocês faziam era uma violência, contra vocês mesmos, e contra os outros?

– Sim, era uma violência contra nós mesmos, por termos internalizado a homofobia que nos circundava desde cedo, e contra os outros, porque reproduzíamos essa mesma homofobia que eles mesmos já tinham internalizado. Só reforçávamos ainda mais isso.

Você não apenas largou a igreja, o movimento, como deixou de acreditar em deus… Como se deu isso?

– Isso se deu em função de questionamentos honestos e ousados sobre deus/deuses, escrituras cristãs e de outras religiões, igreja e outras instituições religiosas. Meu pensamento e atitude com relação a ideia de deus/deuses não é mero fruto de sofrimento com essa ou aquela igreja ou crença. Na verdade, muitas igrejas se abriram para mim quando saí do armário e confessaram seu interesse em que eu, não só participasse da vida da igreja, como ministrasse como pastor dela. O próprio bispo fundador da Metropolitan Community Church, Troy Perry, me disse isso pessoalmente. Também não foi por ver mau comportamento de crentes em geral, uma vez que conheço alguns que considero pessoas fantásticas até hoje (tanto do mainstream evangélico e protestante, como das modernas igrejas inclusivas). Tendo isso em mente, nem deus, nem escrituras, nem igrejas passam pelo crivo da razão, e não me refiro à razão de uma mente brilhante como a de Nietzsche, Darwin, Sartre, Hopkins, Dawkins, etc., refiro-me à razão de uma mente mediana como a minha. Não posso ir contra mim mesmo e contra aquilo que enxergo tão distintamente. No entanto, defendo a liberdade. E por isso, crer e não crer são coisas que não podem ser controladas, coibidas, exceto quando colocam os direitos humanos em xeque.

Pra terminar, o que você diria pra um jovem gay que está passando por este processo de ‘cura espiritual da homossexualidade’? Vale a pena?

– Conversão religiosa que não admite e CELEBRA sua homossexualidade não merece seu tempo e talento. Se quiser frequentar alguma comunidade, procure uma que tenha maturidade até para questionar a validade das assertivas religiosas. Mas, preferencialmente, viva sem depender de muletas existenciais quaisquer que sejam elas. Aproveito para sugerir a leitura de um post escrito por mim. Esse post nasceu do esboço de uma palestra que dei na Igreja Ecumênica de Copacabana por ocasião das comemorações do dia da Bíblia no calendário católico. Foi esse ano.

William De Luca é repórter de economia do Jornal da Paraíba. Jornalista, ativista LGBT.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

APOGLBT inicia concurso para escolha do tema da 16ª Parada de SP

A APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo) inicia campanha para escolha do tema da 16ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que ocorre em junho de 2012. Para estimular a participação, a entidade premia os autores das três melhores frases com acesso ao trio elétrico de abertura da manifestação, com direito a um acompanhante cada. A campanha inicia nesta segunda-feira (31) e segue até o dia 18 de novembro. Além do e-mail, as sugestões podem ser feitas através do Twitter e do Facebook.

Segundo o presidente da Associação, Fernando Quaresma, a iniciativa de promover um concurso cultural visa aproximar os participantes da organização da Parada e democratizar a escolha do tema: “É um convite para que todos construam a Parada junto com a gente”. “No ano passado, fatores administrativos nos impossibilitaram de socializar a discussão sobre o tema e sofremos muitas críticas por isso. Apesar da repercussão da 15ª Parada ter sido satisfatória, a diretoria da APOGLBT avalia que a interação de todos é sempre o melhor caminho”, acrescenta Quaresma.

O slogan deve traduzir uma reivindicação dos LGBT sobre direitos humanos e civis, cidadania, visibilidade e igualdade social, ou ainda um protesto contra os diversos fatores que afetam a dignidade desta população, como o preconceito, a exclusão, a rejeição e a homofobia. Neste ano, a Associação admite ainda sugestões de tema que tenham caráter de autoafirmação e aceitação – no estilo do projeto “It Gets Better” – ou celebrativo, em referência às conquistas já alcançadas.

O tema da Parada norteia todas as atividades do Mês do Orgulho LGBT de São Paulo, que também inclui o Ciclo de Debates, a Feira Cultural LGBT, o Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade e o Gay Day. Ele é usado também em todos os materiais gráficos, como cartazes, banners e panfletos, além de camisetas, fundos de palcos, telas dos trios e eventuais produções audiovisuais.

Como participar

Esta é a primeira vez que APOGLBT mobiliza as redes sociais para a escolha do tema, tornando a ação mais dinâmica e abrangente. Para participar pelo Facebook, basta acessar e curtir a página da Parada em www.facebook.com/paradasp e compartilhar a sugestão no mural.

Para participar pelo Twitter, primeiro é necessário seguir a @paradasp e depois twittar a sugestão utilizando a hashtag #temadaparada antes ou depois da frase, por exemplo:

Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia! #temadaparada
#temadaparada Vote contra a homofobia: Defenda a cidadania!

Para quem não utiliza as redes sociais ou não tem familiaridade, a Associação disponibiliza ainda o e-mail tema@paradasp.org.br. Todos podem enviar quantas sugestões quiser através de qualquer uma das ferramentas.

As mensagens recebidas até o dia 18 de novembro serão analisadas pela diretoria e coordenadores da entidade. No dia 21 de novembro, a APOGLBT divulga as três opções selecionadas e inicia uma enquete em sua homepage, para que o público escolha a melhor. O tema mais votado até às 23h59 do dia 4 de dezembro será o escolhido para a 16ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo e o resultado final estará divulgado no dia seguinte.

Seleção e premiação

Os autores dos três melhores temas eleitos pela a APOGLBT serão contemplados com o acesso ao trio elétrico oficial da Parada, o primeiro do trajeto e que tradicionalmente faz a abertura da manifestação, reunindo personalidades, políticos e lideranças do movimento LGBT. “O autor do tema mais votado pelo público terá ainda a alegria de ver de perto o resultado de sua contribuição, ao lado de toda a organização e parceiros da Parada”, comenta Quaresma.

O contato com os escolhidos será feito no dia da divulgação do resultado parcial, 21 de novembro, através do mesmo mecanismo de participação. Na ocasião da Parada, cada premiado poderá levar um acompanhante para o trio.

A Associação se reversa no direito de deliberar sobre as escolha das três melhores frases e, se necessário, realizar algumas adaptações para que o tema possa refletir devidamente as necessidades da população LGBT. Participantes de outras localidades deverão arcar com a viagem, estadia e demais despesas em São Paulo.

Temas anteriores

Desde sua primeira edição, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo sempre trouxe um tema para debater as demandas do movimento e reverberar suas ações por toda a sociedade. Num primeiro momento, as frases enfatizavam o reconhecimento e a visibilidade dessa população, que se encontrava à margem de qualquer integração social e extremamente repreendida.

Mais adiante, as Paradas passaram a reivindicar por direitos civis, como o reconhecimento das uniões estáveis e famílias homoafetivas. Mais recentemente, a manifestação exige especificamente a criminalização da homofobia em âmbito nacional, a partir da aprovação do Projeto de Lei 122/2006.

Confira todos os temas da Parada:

1997 - Somos muitos, estamos em todas as profissões
1998 - Os direitos de gays, lésbicas e travestis são direitos humanos
1999 - Orgulho gay no Brasil, rumo ao ano 2000
2000 - Celebrando o Orgulho de Viver a Diversidade
2001 - Abraçando a Diversidade
2002 - Educando para a Diversidade
2003 - Construindo Políticas Homossexuais
2004 - Temos Família e Orgulho
2005 - Parceria civil, já. Direitos iguais! Nem mais nem menos
2006 - Homofobia é Crime! Direitos Sexuais são Direitos Humanos
2007 - Por um mundo sem Racismo, Machismo e Homofobia
2008 - Homofobia Mata! Por um Estado Laico de Fato
2009 - Sem Homofobia, Mais Cidadania – Pela Isonomia dos Direitos!
2010 - Vote Contra a Homofobia: Defenda a Cidadania!
2011 - Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Relatos Sobre a Violência no Brasil

Avenida Paulista, 6h30 da madrugada. Dois pastores evangélicos esperam um táxi quando veem cinco jovens atravessarem a rua na direção deles. Ao se aproximar, um deles dá um soco na cabeça de um dos pastores. As vítimas correm cada uma numa direção. “Apanhei até entrar no metrô. Ainda tropecei e caí na escada”, conta um deles. O outro cai no chão sangrando com os ferimentos e tem que ser levado ao hospital. Durante as agressões, os jovens gritam: “Seus evangélicos!”. Na sequência, o grupo segue armado com lâmpadas fluorescentes nas mãos em direção a outros três pastores que saíam de uma lanchonete. Eles atacam a cabeça e corpo de um deles com as lâmpadas. O segurança de uma loja sai em direção ao grupo de jovens, que foge. Detidos pela polícia mais tarde, eles afirmam que foi uma briga comum e que não têm nenhum tipo de preconceito religioso. *

Madrugada de sábado, esquina da alameda Jaú com a rua da Consolação, em São Paulo. Saindo de um bar, um militar volta a pé para casa com três amigos. De repente é surpreendido por uma garrafa lançada do outro lado da rua em sua direção. “Antes de a garrafa cair, outras pessoas me passaram uma rasteira por trás e eu caí. Meus amigos conseguiram correr e entrar em um bar, mas eles [os agressores] seguraram minhas pernas e começaram a me chutar.” Por alguns minutos, ele é espancado por uma gangue de homens e mulheres com roupas pretas e coturnos. Como resultado das agressões, o militar tem o maxilar quebrado, perde um dente canino, sofre luxação nas costelas e recebe pontos na boca e no nariz. *

Confundidos com uma dupla sertaneja, um homem de 42 anos e seu filho de 18 anos foram atacados por um grupo de seis rapazes numa noite de quinta-feira numa feira agropecuária em São João da Boa Vista (SP). “Um deles perguntou: ‘E aí, vocês são sertanejos?’ Eu disse que não. Não queria confusão”, conta o pai. Mesmo assim, ele levou um soco no queixo que o fez desabar no chão e ficar inconsciente. “Quando acordei, só ouvia os gritos: ‘O homem está sem orelha!’”. Na agressão, a orelha esquerda dele foi decepada por um instrumento cortante. “Tive de andar mais de 500 metros, sangrando, meu filho segurando o copo com gelo e minha orelha. E ninguém nos socorreu”, declarou. O pedaço da orelha apodreceu sem que ele conseguisse fazer o reimplante. *

* Estes depoimentos são histórias reais. As vítimas, no entanto, não eram sertanejos, pastores evangélicos ou militares, mas sim homossexuais ou pessoas tidas como homossexuais. Foram espancadas pelo simples fato de serem (ou parecerem ser) gays. As fotos, produzidas especialmente para este ensaio, não retratam as verdadeiras vítimas.

Onde denunciar:

Centro de Combate à Homofobia
http://tinyurl.com/3v34ogm

Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância
(11) 3311-3556

Disque 100
Serviço telefônico que funciona em todo o Brasil

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

STJ autoriza casamento gay para gauchas

Mesmo seguindo a passos lentos, os direitos de cidadãos homoafetivos vêem ganhando pauta no Brasil. No dia 05 de maio desse ano, numa decisão histórica, o STJ julgou como procedente a união estável entre homossexuais. Ontem, novamente o STF se inclinou para os direitos homoafetivos e autorizou o casamento para um casal de gauchas que vivem juntas a cinco anos.

A decisão que beneficia o casal gaúcho não pode ser aplicada a outros casos, porém abre precedente para que tribunais de instâncias inferiores ou até mesmo cartórios adotem posição semelhante. Foi a primeira vez que o STJ admitiu o casamento gay. Outros casais já haviam conseguido se casar em âmbito civil em instâncias inferiores da Justiça. Neste caso, porém, o pedido chegou ao STJ porque foi rejeitado por um cartório e pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

O julgamento se iniciou na semana passada, com a maioria dos votos favoráveis à causa. A sessão, no entanto, foi interrompida por um pedido de vista do ministro Marco Aurélio Buzzi, o último a proferir seu voto. Em seu voto nesta terça, ele seguiu o relator do processo, em favor do casamento. Buzzi destacou que o Código Civil, que disciplina o casamento entre heterossexuais, "em nenhum momento" proíbe "pessoas de mesmo sexo a contrair casamento".

Apenas o ministro Raul Araújo Filho, que havia se manifestado a favor na primeira parte do julgamento, mudou seu voto, contra o casamento. Ele afirmou que não cabe ao STJ analisar o caso, mas sim ao STF. Argumentou ainda que o casamento civil não é um mero "acessório" da união civil. "Não estamos meramente aplicando efeito vinculante da decisão do STF, mas sim dando a decisão uma interpretação que não podemos fazer", alegou.

O casal entrou com o pedido de casamento civil antes mesmo da decisão do Supremo Tribunal Federal, em maio deste ano, que equiparou a relação homoafetiva à união estável. A identidade de ambas não pode ser revelada porque o processo tramita em segredo de Justiça. gaúchas a recorrerem ao STJ. Ao reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo, em maio deste ano, o STF deixou em aberto a possibilidade de casamento, o que provocou decisões desencontradas de juízes de primeira instância.

Há diferenças entre união estável e casamento civil. A primeira acontece sem formalidades, de forma natural, a partir da convivência do casal. O segundo é um contrato jurídico-formal estabelecido entre duas pessoas.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Bear Planet 3D Decepciona na Noite de Inauguração

Com promessas de uma casa tecnologia, com pista 3D, open air, terraço que funciona como fumódromo, lounge, duas pistas, jardim snooker e cliperama, foi inaugurado um novo club gay na cidade de São Paulo, o Shiva. A proposta me deixou muito empolgado e fui prestigiar a noite de inauguração.

Encontrei muitos conhecidos na fila e dentro da casa também. Na entrada, recebi óculos de papel em 3D, a primeira decepção, pois no vídeo marketing os óculos que apareciam com o urso dançando não eram de papel, tudo bem, estava chegando e ainda tinha muito o que ver.

A entrada principal era num subsolo, lugar escuro. Os banheiros mal instalados, com sujeira de tinta. Na pista acima, o cheiro de tinta era insuportável e no meio do ambiente havia uma estatua da Deusa Shiva, compondo uma decoração muito brega.

Num outro pavimento, que funcionou como pista principal, o ambiente era ainda mais escuro, com muito efeito de fumaça, compondo um ambiente super abafado e quente. No terraço, onde acredito que seria o jardim, lounge e fumódromo, havia apenas um ambiente aberto, com alguns entulhos no canto.

Sai de lá com a impressão que a casa foi inaugurada as pressas, sem o cuidado dos idealizados para receber um público tão exigente como o público gay. A casa ficou a noite inteira vazia, pois a fila da entrada era tão grande quanto à fila de saída. Uma pena, poisa proposta da casa é muito boa.

domingo, 23 de outubro de 2011

Há Momentos

Por Clarice Lispector

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

sábado, 22 de outubro de 2011

10 Coisas que você não deve fazer ao ser flagrado na cama com outra

O ideal é não ser flagrado na cama com outra ou outro, se é para trair, tenha a dignidade de pagar um motel ou fazer em algum lugar realmente seguro, mas se for pego, vale a pena se atentar a essas dicas.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Novo Club Gay Revoluciona com Tecnologia 3D

No coração do movimento gay paulistano, região da república e Arouche, o Shiva abre suas portas com festas destina aos ursos, homens com barba, barriguinha e pelos. A Bear Planet 3D Experience acontece no dia 22 de outubro, sábado.

O Shiva vai funcionar na Rua Bento Freitas, 353, com vários diferenciais que a coloca na frente de muitas casas da região. A casa contará com um open air, terraço que funciona como fumódromo, lounge, duas pistas, jardim snooker e cliperama. Vai ser a primeira casa a utilizar óculos prismáticos em uma festa.

Comandando as cabines, na Bear Planet 3D Experience, estão na Pista Pop Shiva os djs Giraldi (Máfia Club Bears), Juliano Lopes (Bear Secreto) e a abertura fica por conta de Raziel. Já na pista Trend tem abertura de Zek Paranhos, seguido de Mark Rocha (Bear Planet@D-Edge), Beto Gomes (Festa Jaca) e José Jr. (A Lôca).

No meio gay, onde o culto ao corpo é reverenciado por muitos como religião. o mesmo acontece no meio bear com seus admiradores. A mesma admiração que muitos tem pelos tonos musculares esculpidos em academia, os chasers tem pelos pelos, barba e barriga dos ursos e suas variantes. São Paulo conta com várias festas destinadas aos gordinhos, onde muitos tiram a camisa e viram sensação na pista.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Esqueça o Filtro Solar e acredito no Conhecimento

“Esqueça o filtro solar e acredite no conhecimento“ é o primeiro curta-metragem da Revista Super Interessante e traz 12 conselhos científicos para uma vida mais interessante.

Você sabia que comer carboidrato a noite não faz diferença na dieta e tomar suco pode não ser a opção mais saudável? Sabia que você é uma combinação genética que deu muito certo, apesar de todos os seus defeitos?

Pessoas acima do peso, são melhores de cama e idosos gordinhos vivem até 13% a mais do que os magrelos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Revista Trip Aborda Diversidade Sexual

A Revista Trip desse mês saiu do armário e provou que não é apenas uma revista jovem e descolada. Provou que também é a revista da Diversidade. As duas capas da edição de outubro, que chega às bancas nesta quarta-feira, 19, são ilustradas com corajosas imagens: uma que mostra dois surfistas se beijando numa praia e outra que estampa homens e mulheres nus caminhando em direção a um riacho.

O tema principal da edição é diversidade sexual. Ambas as capas vêm com a seguinte descrição: “Héteros, homos, bissexuais, por que essas definições nunca vão conseguir explicar nossa sexualidade?”.

Personagens da matéria “Sufistas Gays”, Sérgio Cardoso, que é DJ, e seu namorado Bruno Araujo, lutador de muay thai, foram clicados pelo fotografo Caio Cézar, em Florianópolis. À reportagem, os dois contam como se equilibram "entre tubos e tabus", além da opinião de psicanalistas, políticos e ativistas sobre a sexualidade humana, tão rotulada nos últimos tempos e sobre a necessidade da criminalização da homofobia.

“A intenção desta edição da Trip é retomar um dos temas mais antigos e ao mesmo tempo mais urgentes e necessários, o enorme espectro de orientações, desejos, fantasias, hábitos e comportamentos que condensamos na expressão 'diversidade sexual'.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ninguém é Perfeito

Assistindo ao vídeo Pink Perfect – Não sou perfeito pai, que o próprio autor sugeriu que eu divulgasse no blog, me lembrei da campanha “Its gets better”, que ganhou grande repercussão nos Estados Unidos depois de uma séria de suicídios de adolescentes gays por não terem suportado a homofobia da sociedade, principalmente as ocorridas no ambiente escolar.

Uma das vitimas foi o garoto Tyler Clementi, de 20 anos, estudante e violinista. Tyler  morava no dormitório de uma faculdade no Estado de Nova Jersey. Ele dividia o quarto com Dharum Ravi, para quem pediu um pouco de privacidade. Ravi saiu, mas deixou uma webcam ligada, gravando tudo o que acontecia no quarto, com as imagens sendo exibidas ao vivo por um site de internet. As imagens gravadas mostravam Tyler beijando outro homem.

No Twitter, Dharun assumiu a autoria do vídeo e publicou no dia 19 de setembro de 2010 a mensagem “Eu o vi transando com outro cara”, referindo-se a Tyler Clementi, seu colega de quarto. Três dias depois, humilhado e com sua orientação sexual exposta, Tyler colocou uma mensagem em sua página do Facebook que dizia “jumping off gw bridge sorry” (saltando da ponte george washington sinto muito). O ministério público acusa Ravi e outra estudante de jogarem as imagens na internet sem permissão. Os dois estudantes envolvidos no cyberbullying podem ser condenados a cinco anos de cadeia.

Assim como o Marcos, ninguém é perfeito, mas se vivermos na tentativa que tentar agradar os demais, iremos nos anular. Temos que ser aceitos como somos e quando isso não acontece temos que ser fortes e lutar contra o preconceito e não tentar ser “perfeito”, pois perfeito ninguém é. Também espero por um país mais justo, com governantes corajosos e que não venda os direitos LGBTs em troca de apoio de grupos religiosos.

A homofobia teve uma chance para ser combatida no ambiente escolar, mas infelizmente o Kit anti-homofobia foi vetado pela presidente Dilma, com o depoimentos que ela não faria "publicidade de opções sexuais". Precisamos de um país melhor, mas para isso temos que ter governantes melhores, com coragem para combater os problemas que estão ceifando vidas.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Campanha da Secretaria de Estado da Cultura seleciona textos sobre diversidade sexual

A Secretaria de Estado da Cultura está com as inscrições abertas para a campanha participativa “Laços afetivos”, visando à conscientização para a diversidade sexual. Qualquer pessoa pode inscrever-se com textos, depoimentos, crônicas ou reportagens sobre as relações familiares, de amizade, no trabalho e na escola, entre pais e filhos heterossexuais ou homossexuais.

As inscrições podem ser feitas por todos que tiverem boas histórias pelo site da Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias. Os melhores trabalhos serão selecionados pelos curadores Laura Bacellar e João Federici. Os ganhadores farão parte de um livro que será distribuído em escolas e bibliotecas para promover uma maior compreensão da diversidade humana.

“A cultura é um dos caminhos para transformar as pessoas e a sociedade. Realizando campanhas como esta, estamos agindo diretamente para reduzir preconceitos, promovendo o reconhecimento e o fortalecimento de grupos hoje discriminados”, afirma o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.

A ação é coordenada pela Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias que, desde 2007, realiza campanhas com foco no combate às discriminações e no fortalecimento das identidades. Neste ano, além de “Laços afetivos”, foram lançadas também “Nós, os afro-brasileiros”, visando à conscientização para a diversidade étnica e cultural, e “Pela arte se inclui”, que reunirá exemplos de ações e projetos de inclusão de pessoas com deficiência.

Em “Nós, os afro-brasileiros”, o público poderá inscrever-se com pequenos vídeodocumentários apresentando personagens, fatos, lugares e histórias que tenham como base o fortalecimento da população negra. Os melhores vídeos serão selecionados pelo curador Jéferson DE e exibidos em mostras. O tema dessa campanha foi escolhido através de parceria com o Museu Afro Brasil.

Já em “Pela arte se inclui”, os melhores exemplos de trabalhos ligados à inclusão de pessoas com deficiência nas áreas da literatura, dança, fotografia, teatro, canto, música, circo, desenho e cinema também vão compor um livro/catálogo e participar de programação montada por ocasião das datas comemorativas de pessoas com deficiência.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Campanha da Secretaria de Estado da Cultura seleciona trabalhos sobre inclusão de pessoas com deficiência

A Secretaria de Estado da Cultura está com as inscrições abertas para a campanha participativa “Pela arte se inclui”, visando à conscientização para a inclusão de pessoas com deficiência. Qualquer pessoa pode inscrever-se com trabalhos das mais variadas linguagens, como texto, teatro, música, canto, dança, fotografia, cinema, arte circense e dança, desde que exemplifiquem ações e projetos ligados à inclusão de pessoas com deficiência, como companhias de dança formadas por cadeirantes, balé para meninas com deficiência visual, fotografia para auxiliar a inclusão de pessoas com problemas de cognição.

Os relatos de exemplos de inclusão nas áreas referidas serão selecionados pelos curadores Abigail Montanher, Maria Isabel da Silva, Rafael Público, Luis Carlos Cocola França Kassab, Juliana Paula Martins, Edimara Henrique de Mecena e Silvana Pereira Gimenes. Os 30 melhores trabalhos vão compor um livro-catálogo e participar de atividades e programação cultural montada por ocasião das datas comemorativas e de visibilidade da pessoa com deficiência. As inscrições podem ser feitas pelo site da Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias.

“A cultura é um dos caminhos para transformar as pessoas e a sociedade. Realizando campanhas como esta, estamos agindo diretamente para reduzir preconceitos, promovendo o reconhecimento e o fortalecimento de grupos hoje discriminados”, afirma o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.

A ação é coordenada pela Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias que, desde 2007, realiza campanhas com foco no combate às discriminações e no fortalecimento das identidades. Neste ano, além de “Pela arte se inclui”, foram lançadas também “Laços afetivos”, com foco na diversidade sexual, e “Nós, os afro-brasileiros”, visando à conscientização para a diversidade étnica e cultural.

Em “Nós, os afro-brasileiros”, o público poderá inscrever-se com pequenos vídeodocumentários apresentando personagens, fatos, lugares e histórias que tenham como base o fortalecimento da população negra. Os melhores vídeos serão selecionados pelo curador Jéferson DE e exibidos em mostras. O tema dessa campanha foi escolhido através de parceria com o Museu Afro Brasil.

Já em “Laços afetivos”, o público poderá contribuir com crônicas, depoimentos e reportagens sobre as relações familiares, de amizade, no trabalho e na escola, entre pais e filhos heterossexuais ou homossexuais. Os melhores trabalhos serão selecionados pelos curadores Laura Bacellar e João Federici; os ganhadores farão parte de um livro.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Campanha da Secretaria de Estado da Cultura seleciona vídeodocumentários curtos sobre a população negra

A Secretaria de Estado da Cultura está com as inscrições abertas para a campanha participativa “Nós, os afro-brasileiros”, visando à conscientização para a diversidade étnica e cultural. Qualquer pessoa pode se inscrever com pequenos vídeodocumentários de 3 a 5 minutos, apresentando personagens, fatos, lugares e histórias que tenham como base o fortalecimento da população negra. As inscrições podem ser feitas pelo site www.cultura.sp.gov.br/generoseetnias.

Pensada dentro das comemorações do Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, declarado em 2011 pela Organização das Nações Unidas, a campanha “Nós, os afro-brasileiros” estimula a produção do público, que terá seu material avaliado pelo curador Jéferson DE. Os 40 vídeos selecionados serão editados num DVD produzido pela Secretaria de Estado da Cultura e exibidos em mostras. O tema dessa campanha foi escolhido através de parceria com o Museu Afro Brasil.

“A cultura é um dos caminhos para transformar as pessoas e a sociedade. Realizando campanhas como esta, estamos agindo diretamente para reduzir preconceitos, promovendo o reconhecimento e o fortalecimento de grupos hoje discriminados”, afirma o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo.

A ação é coordenada pela Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias que, desde 2007, realiza campanhas com foco no combate às discriminações e no fortalecimento das identidades. Neste ano, além de “Nós, os afro-brasileiros”, foram lançadas também “Laços afetivos”, com foco na diversidade sexual, e “Pela arte se inclui”, que reunirá exemplos de ações e projetos de inclusão de pessoas com deficiência.

Em “Laços afetivos”, o público poderá contribuir com crônicas, depoimentos e reportagens sobre as relações familiares, de amizade, no trabalho e na escola, entre pais e filhos heterossexuais ou homossexuais. Os melhores trabalhos serão selecionados pelos curadores Laura Bacellar e João Federici; os ganhadores farão parte de um livro.

Já em “Pela arte se inclui”, os melhores exemplos de trabalhos ligados à inclusão de pessoas com deficiência nas áreas da literatura, dança, fotografia, teatro, canto, música, circo, desenho e cinema também vão compor um livro/catálogo e participar de programação montada por ocasião das datas comemorativas de pessoas com deficiência.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

I Conferência Livre LGBT da Região Oeste

No dia 16 de outubro de 2011, domingo, será realizada a I Conferência Livre LGBT da Região Oeste SP, como tema: Liberdade, Igualdade e Direitos. A sede escolhida foi a cidade de Barueri. O evento acontece na Fatec Barueri – Rua Carlos Capriotti, 123 – Centro, das 09 horas, quando acontece o credenciamento dos participantes até as 18:30 horas, com festa de encerramento na Blits Club, a partir das 19 horas, com entrada gratuita para os credenciados.

As cidades participantes são: Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira, Itapevi, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus e Cajamar, onde seus representantes discutirão propostas de política públicas voltadas ao público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

A realidade nos mostra que ainda há muito a ser feito para que os LGBT da grande São Paulo possam levar uma vida digna, ter seus direitos garantidos e se sentirem seguros, diz: Ivair Souza, membro do Grupo Diversidade Barueri, que organiza a conferência.

Os objetivos da I Conferência Livre LGBT Região Oeste SP são:

1. Explanar sobre as deficiências e necessidades de ações voltadas ao público LGBT, e sobre o que há de concretizado em âmbito municipal, estadual e nacional sobre os direitos e deveres da comunidade, através de palestras;

2. Avaliar e propor diretrizes para a implantação de políticas públicas voltadas ao combate à discriminação e à promoção dos direitos humanos e cidadania da população LGBT nos municípios de Barueri, Osasco, Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar, no estado de São Paulo e no país;

3. Avaliar a implantação e execução do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT e propor estratégias para o seu fortalecimento;

4. Propor diretrizes para a implantação de políticas públicas de combate à discriminação da população LGBT;

5. Propor a criação de Coordenadorias da Diversidade Sexual nos municípios participantes, com vistas a unificar valores através de outras Coordenadorias como do Negro, da Mulher, da Juventude, das Pessoas com Deficiência e outras inseridas na vulnerabilidade social.

Os índices de violência homofóbica chamam a atenção, assim como a carência de serviços públicos voltados para o segmento, comenta Denilson Costa, outro membro do grupo.

Esse Encontro deverá também encaminhar representantes para a II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT – São Paulo, que será realizada nos dias 28, 29 e 30 de outubro de 2011, buscando eleger representantes da região oeste da grande São Paulo para a II Conferência Nacional.

Serviço:

Local: Fatec Barueri – Rua Carlos Capriotti, 123 – Centro – Barueri - SP
Data: Dia 16 de Outubro de 2011 – Domingo
Horário: das 9h às 18:30 horas.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

II Conferência Estadual LGBT e Etapas Regionais

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania promoverá, nos dias 28, 29 e 30 de outubro de 2011, a II Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, em parceria com os demais órgãos governamentais e instituições da sociedade civil organizada.

Esta etapa que antecede à II Conferência Nacional LGBT, prevista para ocorrer em dezembro próximo, em Brasília – D.F., tem por objetivo discutir e propor diretrizes para a implementação de políticas públicas para a diversidade sexual, além de avaliar e propor estratégias para fortalecer o Plano Estadual de Enfrentamento à Homofobia e Promoção da Cidadania LGBT, bem como eleger as(os) delegadas(os) para a Conferência Nacional.

A expectativa é de que 400 pessoas participem dos três dias de discussão, além de 30 convidadas(os) escolhidas(os) pela Comissão Organizadora.

A comissão organizadora possui representantes das seguintes redes do movimento LGBT organizado: Fórum Paulista LGBT, Fórum Paulista de Travestis e Transexuais, Fórum Paulista da Juventude e Conexão Paulista LGBT, além de outras instituições como OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), CRP-SP (Conselho Regional de Psicologia) e CONDEPE-SP (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana)

Para estimular a participação da população LGBT do interior do Estado serão realizadas algumas conferências regionais até o dia 12 de outubro.