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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Evangélicos americanos são acusados de promover homofobia na África

Grupos evangélicos cristãos nos EUA estão tentando realizar uma colonização cultural da África, abrindo representações em vários países para promover ataques a homossexualidade e ao aborto, segundo investigação realizada por um instituto de estudos liberal.

O instituto Political Research Associates (PRA), de Boston, diz que organizações religiosas americanas vêm ampliando suas operações em todo o continente, fazendo lobby em favor de políticas e leis conservadoras e alimentando a homofobia.

Os grupos em questão incluem o Centro Americano para a Lei e a Justiça (American Centre for Law and Justice - ACLJ), fundado pelo televangelista Pat Robertson, que implantou bases no Quênia e no Zimbábue.

De acordo com o relatório do PRA, a direita religiosa americana afirma, concretamente, que os ativistas dos direitos humanos são neocolonialistas cujo objetivo seria destruir a África. Grupos citados no relatório rejeitaram terminantemente as acusações.

Intitulado "Colonizando Valores Africanos: Como a Direita Cristã Americana Está Transformando a Política Sexual na África", o estudo analisou dados de sete países africanos e pagou pesquisadores para trabalhar por vários meses no Quênia, Malauí, Zâmbia e Zimbábue.

O PRA identificou três organizações que acredita que estão atuando agressivamente na África: o ACLJ, de Robertson, o grupo católico Human Life International e o grupo Family Watch International, liderado pela ativista mórmon Sharon Slater.

Cada uma delas identifica suas agendas como sendo autenticamente africanas, num esforço para retratar a defesa dos direitos humanos como um novo colonialismo cuja finalidade seria destruir tradições e valores culturais, diz o relatório.

Nos últimos cinco anos as organizações teriam aberto ou ampliado representações na África dedicadas à promoção de sua visão de mundo cristã e de direita. Uma rede frouxa de cristãos carismáticos de direita conhecida como o movimento de transformação se une a eles para alimentar as chamas das guerras culturais em torno do homossexualidade e do aborto, defendendo líderes políticas e ativistas africanos destacados.

O padre anglicano zambiano Kapya Kaoma, autor do relatório, disse que grupos cristãos de direita incentivam a percepção de que as relações entre pessoas do mesmo sexo são antiafricanas e impostas pelo Ocidente, uma visão que na realidade é baseada na Bíblia que chegou com o colonialismo, e não na cultura africana tradicional.

Ele deu o exemplo de uma jovem lésbica no Zimbábue que foi levada a várias igrejas para que o demônio fosse expulso de seu corpo, mas, mais tarde, louvada quando sua avó falou que na realidade ela estava possuída pelo espírito de seu tio morto, que nunca se casara.

Kaoma disse que a homossexualidade não é algo estrangeiro, mas é descrita como tal pela direita cristã.

A pesquisa constatou que alguns países são mais abertos à direita cristã americana que outros, em parte em função do apoio de autoridades governamentais.

Os próprios presidentes de Zâmbia, Zimbábue e Uganda acusaram partidos oposicionistas de promover a homossexualidade, para reduzir a influência dos partidos e agradar aos poderosos setores religiosos conservadores africanos.

O ACLJ foi convidado pelo presidente zimbabuano, por exemplo, Robert Mugabe, a abrir representações para treinar advogados para trabalharem sobre uma Constituição que refletisse os valores cristãos.

Um esforço semelhante estaria sendo feito para influenciar a redação das Constituições do Quênia e de Zâmbia, com a inclusão de frases como "a vida começa na concepção".

O relatório acusa Slater, da Family Watch International, de usar de um discurso alarmista, dizendo que a estratégia de controle populacional da ONU vai destruir a família africana.

Slater teria afirmado que os homossexuais são significativamente mais promíscuos que os heterossexuais e que têm maior probabilidade de praticar a pedofilia.

Kaoma disse: "Slater afirma que a ONU foi dominada por homossexuais. Ela inventa bobagens e as apresenta aos africanos como fatos. Ela argumenta que termos como direitos de gênero e identidade de gênero são termos em código que indicam homossexualidade."

Kaoma acha que os grupos americanos estão em fase de recuo nos Estados Unidos e, por essa razão, estariam buscando ganhos rápidos na África. 

"Eles parecem saber que estão perdendo a batalha nos Estados Unidos, de modo que o melhor que podem fazer é ser vistos como a estando ganhando em outra parte do mundo. Isso lhes confere uma razão para estarem fazendo levantamento de fundos nos EUA. A África é um joguete na batalha que estão travando nos Estados Unidos." 

O relatório foi saudado por ativistas dos direitos dos gays. Frank Mugisha, diretor executivo do grupo Minorias Sexuais, de Uganda, comentou: "Estou grato pela documentação mostrada neste relato, confirmando que é a homofobia que é exportada pelo Ocidente, e não o homossexualidade." 

"Espero que este relatório funcione como alarme de despertar para as comunidades de fé em Uganda e no Ocidente perceberem que as guerras culturais americanas impostas a nós pela direita cristã colocam em risco não apenas a cultura africana, mas as próprias vidas de africanos LGBTI como eu." 

A Human Life International reconheceu que tem várias filiadas na África, algumas das quais recebem dotações, materiais educativos e outros. 

Um porta-voz da organização, Stephen Phelan, falou: "Achamos que é importante estarmos na África porque a investida contra os valores africanos naturais pró-vida e pró-família está vindo dos Estados Unidos. Então nos sentimos na obrigação de ajudá-los a entender a ameaça e a reagir a ela com base em seus próprios valores e culturas." 

"É por isso que podemos operar com uma parcela minúscula do orçamento com que trabalham os verdadeiros colonialistas: os muito bem financiados controladores demográficos e governos ocidentais. 

"Estamos em sintonia com os valores profundos e naturais de nossos irmãos e irmãs na África e os ajudamos a resistir ao avanço de interesses ocidentais muito poderosos que acham que pode haver crianças demais na África." 

Phelan fez pouco caso da acusação da PRA de que sua organização estaria praticando um novo tipo de colonialismo. 

"Esperamos que seus leitores mais refletivos notem a ironia presente no argumento do PRA. Governos ocidentais poderosos e ONGs muito ricas gastam bilhões por ano para impedir africanos de ter filhos, para mudar as leis africanas de modo a ficarem mais abertas a esse controle populacional, tudo como parte de um esforço para tornar o continente culturalmente mais semelhante ao Ocidente." 

"E o PRA, um proponente desse esforço, está acusando um grupinho de organizações cristãs, que juntas gastam uma fração ínfima do orçamento anual do setor de ajuda ao desenvolvimento, de defender os valores africanos naturais pró-vida e pró-família contra o colonialismo. Onde começar?" 

Slater também criticou o relatório. "Não temos representações na África, como Kaoma alega sem razão", disse ela. "Basta esse erro fundamental para indicar a falta de confiabilidade do relatório inteiro." 

Ela acrescentou: "Não somos a direita religiosa cristã que Kaoma insiste em nos mostrar como sendo, apesar do que eu disse a ele e apesar do teor de nossos materiais publicados e de nosso site na internet. A única menção à religião em nosso site ou em qualquer de nossos materiais é nossa preocupação de que seja protegida a liberdade religiosa, independentemente da fé que possa estar sendo alvo de ataques." 

"Nossa posição aqui é baseada em dados claros que indicam uma correlação forte entre observação religiosa e famílias estáveis, e não em qualquer crença ou doutrina específica." 

Joy Mdivo, diretora executiva do Centro de Lei e Justiça da África Oriental, diz que a divisão americana paga os salários e o espaço comercial, mas que o CLJAO faz seu próprio levantamento de fundos para financiar atividades. "Alguém falou que recebemos dinheiro dos americanos para disseminar a homofobia, e eu respondi que não preciso disseminar a homofobia. Basta caminhar na rua, abraçar outro homem e parecer romântico. Não preciso dizer a ninguém o que fazer. Essa é a realidade de quem somos, apenas isso."

terça-feira, 10 de julho de 2012

Rede de loja Ricardo Eletro é condenada por Homofobia

A rede de eletrodomésticos Ricardo Eletro foi condenada a indenizar em R$ 30 mil por dano moral um vendedor vítima de ofensas homofóbicas cometidas por um gerente de vendas de uma das lojas da rede, em Vitória, no Espírito Santo. De acordo com informações divulgadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta segunda-feira, além da indenização, a loja deverá arcar, durante um ano, com pagamentos mensais de R$ 250 para auxiliar o vendedor na compra de medicamentos para tratamento de depressão.

O vendedor relatou que era tratado com rigor excessivo pelo gerente de vendas, e que ele chegou a insinuar na frente de colegas de trabalho que o vendedor era gay, e passou a tratá-lo com palavras grosseiras, a dizer que "tinha voz de gay" e a fazer brincadeiras, como a de citar seu nome e dizer que, à noite, ele se chamava "Alice no País das Maravilhas". Ainda de acordo com o TST, o vendedor alegou que o modo como era tratado na frente de clientes e colegas desencadeou um processo de depressão, o que o levou a procurar ajuda especializada e a usar medicamentos e apresentar atestados.

Em defesa, a Ricardo Eletro, argumentou que, em momento algum, os superiores do vendedor o trataram com rigor excessivo ou mesmo praticaram ato lesivo a sua honra e boa fama. Segundo a rede de lojas, as afirmações do empregado "não eram verdadeiras". 

Para a 9ª Vara do Trabalho de Vitória, no entanto, ficou demonstrado que de fato o vendedor foi tratado de forma discriminatória e homofóbica, gerando o quadro de depressão. A sentença considerou que houve assédio moral por parte do preposto da empresa. Contra a decisão, a rede chegou a recorrer ao TST, mas teve pedido negado. Procurada, a empresa respondeu por meio da assessoria de imprensa que condena qualquer conduta preconceituosa e que o seu corpo jurídico está avaliando as medidas cabíveis no processo em questão.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O Caso de Bruno e Macarrão

O advogado José Arteiro Cavalcante Lima, assistente da acusação e representante da mãe de Eliza Samudio, rebateu a alegação do advogado de defesa do goleiro Bruno, que afirmou que seu cliente teria um relacionamento amoroso com Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Para Arteiro, essa é uma estratégia da defesa para descredenciar uma carta na qual o goleiro teria pedido para Macarrão assumir a culpa pela morte da jovem.

Na carta, interceptada por agentes penitenciários e publicada pela revista Veja desta semana, Bruno pede para seu amigo que o “plano B” fosse utilizado. Segundo a revista, o plano A seria negar o crime e o B, Macarrão assumir a culpa e livrar Bruno da prisão, mas a versão foi contestada pelo advogado do goleiro, Rui Pimenta, que disse que o plano B seria “o término do relacionamento que os dois mantinham”.

Pimenta afirmou que ainda não tem a confirmação de que a carta seja verdadeira, mas que, “se for, o plano B seria por um ponto final no relacionamento”. Nesta manhã o advogado foi à Penitenciária Nelson Hungria levar um exemplar da revista para que Bruno confirme ou não ter escrito a carta.

Arteiro concorda com a hipótese levantada pela publicação e confirma que já sabia da existência da carta. “O plano B é o Macarrão assumir a culpa pela morte da Eliza sozinho, está na cara. Eu já sabia dessa carta, já sabia dessa estratégia. Querem livrar a cara do Bruno. Ele tinha mais de mil ‘mulheres-filés’, como se diz, à sua disposição, ele ia comer Macarrão? O Macarrão tem mulher e amante, não é homossexual. O Bruno também não é. Isso é armação da defesa”, disse.

A reportagem da Veja disse ainda que um policial aposentado, na época do crime na ativa, teria apresentado o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, ao goleiro Bruno e Macarrão. Arteiro disse que o inquérito policial entregue ao Ministério Público “já trazia todas as informações sobre a participação do Zezé (José Lauriano de Assis Filho). A Polícia Civil levantou todos os passos desse Zezé, mostrou como foi a participação dele, inclusive direta no crime, já que ele ajudou o Bola a matar e a esconder o corpo. O promotor de Contagem, Gustavo Fantini, foi quem fez vistas grossas e não o denunciou. Eu o alertei para o erro, avisei, pedi diligências, ele me virou as costas”, denunciou o advogado, que por ser assistente da acusação, seria em tese, “auxiliar” do promotor no oferecimento ou não das denúncias. 

O promotor Gustavo Fantini optou por não conceder entrevistas. A reportagem do Terra entrou em contato com a assessoria de comunicação do Ministério Público mineiro, que ficou de dar um uma posição ainda nesta segunda-feira. 

Sobre o fato do policial Zezé não ter sido indiciado pela Polícia Civil, o delegado Wagner Pinto, chefe da Delegacia de Homicídios e Protenção à Pessoa de Belo Horizonte disse, por meio da assessoria de imprensa, que o inquérito já está na Justiça e, por isso, a corporação não vai se pronunciar. 

A Secretaria de Estado de Defesa Social, responsável pela Penitenciária Nelson Hungria, onde Bruno e Macarrão estão presos há dois anos, informou que vai apurar se a carta divulgada realmente é verdadeira e porque, ao ser interceptada, não foi encaminhada à Justiça para ser anexada ao inquérito. O advogado José Arteiro Cavalcante Lima disse que vai solicitar que a carta seja “juntada ao inquérito” porque, ser for verdadeiro, é “a confissão do crime por parte de Bruno”, afirmou. 

O caso Bruno 

Eliza desapareceu no dia 4 de junho de 2010 quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano anterior, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno. 

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, então com 4 meses, estava lá. A então mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. 

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Todos negam participação e se recusaram a prestar depoimento à polícia, decidindo falar apenas em juízo. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. Além dos oito que foram presos inicialmente, a investigação apontou a participação de uma namorada do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que também foi indiciada e detida. O Ministério Público concordou com o relatório policial e ofereceu denúncia à Justiça, que aceitou e tornou réus todos os envolvidos. O jovem de 17 anos, embora tenha negado em depoimentos posteriores ter visto a morte de Eliza, foi condenado no dia 9 de agosto pela participação no crime e cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado. 

No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal, e seu amigo, três anos de reclusão por cárcere privado. Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola serão levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson também irão a júri popular, mas por sequestro e cárcere privado. Além disso, a juíza decidiu pela revogação da prisão preventiva dos quatro. Flávio, que já havia sido libertado após ser excluído do pedido de MP para levar os réus a júri popular, foi absolvido. Além disso, nenhum deles responderá pelo crime de corrupção de menores.

domingo, 8 de julho de 2012

Frank Ocean, do coletivo Odd Future, assume homossexualidade

Segundo informações do site do jornal New York Times, rappers como Jay-Z e Tyler, The Creator demonstraram seu apoio a Frank Ocean, do coletivo de rap Odd Future, que assumiu sua homossexualidade há alguns dias.

Tyler escreveu em seu Twitter que está do lado do companheiro de grupo: "meu grande irmão finalmente falou sobre isso. Estou orgulhoso", escreveu. Jay-Z também divulgou um texto de apoio a Frank. Joie Manda, presidente da gravadora Island Def Jam, saiu em defesa do rapper e elogiou sua atitude. "Ele quebrou um muro que nunca deveria ter sido contruído", disse, se referindo ao preconceito contra gays na comunidade hip-hop.

Outros rappers já haviam assumido a homossexualidade antes, mas nenhum deles tinha uma popularidade tão grande quanto Frank Ocean. O New York Times ressaltou que grandes astros do hip-hop ainda não se pronunciaram sobre o assunto, como Kanye West, Lil Wayne, Rick Ross, Drake e Nicki Minaj.

Ebro Darden, diretor de uma rádio de rap de Nova York, disse que a orientação sexual de Frank não afetará a transmissão de suas músicas na estação. "Apoiamos Frank desde muito antes de sua gravadora saber o que fazer com ele. E vamos continuar assim", disse. "Espero que as pessoas o julguem pela sua música e não pela preferência pessoal", completou. 

Na última semana, Frank Ocean, do Odd Future, contou na internet que seu primeiro amor foi um homem. A admissão foi considerada revolucionária entre a comunidade hip-hop. "Eu tinha 19 anos. Ele também. Passamos aquele verão, e o verão seguinte, juntos. Quase todos os dias. Nos dias em que estávamos juntos, o tempo voava", escreveu. "Até a hora de dormir, muitas vezes, compartilhava com ele", completou, antes de ressaltar que já teve muitas relações com mulheres. 

Os rumores sobre sua opção sexual surgiram há alguns meses, depois que um crítico musical reparou que em versos românticos de seu próximo álbum o cantor diz "ele" em vez de "ela".