Pesquisar este blog

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Globo foge de beijo gay em eliminação do “BBB 13”

Muita gente esperou, mas a eliminação no paredão de anteontem do “Big Brother Brasil 13” (Globo) não teve direito a beijo gay.

A saída do participante Aslan, que é homossexual, estava sendo aguardada pelo público nas mídias sociais, que queria ver o reencontro dele no palco do programa com o seu companheiro fora da casa, Arthur.

A demanda na web tinha motivo. Na estreia do “BBB 13”, no dia 8, a Globo mostrou um selinho do casal gay, assim que Aslan descobriu que fora selecionado para o reality show.

Integrando o time de amigos e parentes do participante, Arthur aguardava Aslan fora da casa, na plateia do programa.

Mas, diferentemente de outros eliminados, o ex-“BBB” não foi ao encontro de toda a sua família assim que saiu pela porta que liga o confinamento ao estúdio. Falou apenas com a mãe.

O esperado beijo gay aconteceu, mas não foi exibido pela Globo. Só foi possível ouvir a comemoração da plateia no momento do encontro, enquanto Pedro Bial encerrava o programa.

Procurada, a Globo diz que as câmeras do reality show perderam o momento exato do reencontro de Aslan e Arthur na plateia, pois Pedro Bial estava em close se despedindo do público.

Barriga de aluguel domina debate sobre casamento gay na França

A circular do Ministério da Justiça da França facilitando a obtenção da nacionalidade francesa para bebês nascidos de uma barriga de aluguel no exterior, mas de pai francês, é o assunto em destaque na imprensa nesta quinta-feira. Os jornais destacam a polêmica que inflamou a classe política no momento em que os deputados analisam o projeto que autoriza o casamento gay na França.

O conservador Le Figaro diz que a circular emitida pelo ministério da Justiça provocou uma verdadeira tormenta no país. A iniciativa da ministra Christiane Taubira despertou a ira da direita e causou mal-estar na esquerda, segundo o jornal. Para Le Figaro, apesar de a ministra ter dito que a gestação por meio de uma barriga de aluguel continuará proibida na França, ela não convenceu ninguém. A direita vê na circular um primeiro passo para, no futuro, autorizar a procriação assistida, como pedem diversas associações de direitos dos homossexuais.

Para o progressista Libération, apesar de não estar no texto sobre o projeto de lei do casamento gay, a circular da ministra da Justiça caiu como uma luva nas mãos dos conservadores. Deputados dizem que o tema reforçou a mobilização da direita contra o casamento homossexual. Os deputados que entraram na batalha sem muita convicção de ganhar agora encontraram um argumento para torpedear o projeto.

Em seu editorial, o católico La Croix retoma uma pergunta feita por um político de centro: a circular do governo foi um erro involuntário ou uma provocação ? Muitos vão criticar a famosa hipocrisia francesa, escreve o jornal. Isso porque vai reconhecer uma criança concebida por meio de uma prática que é proibida na França.

La Croix indaga se a lei que proíbe a barriga de aluguel, criada para evitar o comércio do corpo e motivada pelo respeito devido às mulheres, principalmente as mais pobres, vai resistir por muito tempo.

Le Parisien considera que o tema da "barriga de aluguel" veio atrapalhar o debate sobre o casamento gay. O jornal publica também o depoimento de uma francesa que vive nos Estados Unidos e se diz feliz em poder ajudar casais franceses estéreis a realizarem o sonho de ter filhos.

Sandrine, de 41 anos, diz que para a sociedade americana, não cabe ao Estado dizer quem tem e que não tem o direito de ter filhos. Visto dos Estados Unidos, o debate na França é arcaico, escreve Le Parisien.

Cão que seria sacrificado por ser 'gay' é adotado nos EUA

Um pitbull que seria sacrificado nesta quinta-feira em um canil em Jackson, no estado do Tennessee (EUA), depois que seu dono o abandonou porque achava que o cão era gay, foi adotado horas antes de ser morto, segundo o jornal "The Tennessean".

O abrigo de animais de Jackson recebeu dezenas ligações depois que uma reportagem do site "Gawker" informou que o cachorro havia sido abandonado por ser "gay" e seria sacrificado.

O dono abandonou o cachorro depois que outro cão montou sobre seu pitbull, simulando um ato sexual. Segundo especialistas em animais, o fato de um cão montar sobre outro não indica sua orientação sexual, mas é um sinal de domínio.

O destino do cão provocou um apelo frenético entre os amantes de animais para encontrar um novo dono. No Facebook, uma mensagem dizia "não deixe este cão lindo morrer. Seu proprietário é um ignorante".

Após romance lésbico, Angelis vence Fazenda de Verão

A assessora de imprensa Angelis foi a grande vencedora da “Fazenda de Verão”. Com 69% dos votos, a moça bateu, na quarta-feira, 30, Ísis e Thyago e se consagrou campeã do reality da TV Record e embolsou R$ 1 milhão.

Angelis engatou um romance com Manoella assim que ela entrou no programa. Durante os três meses do reality, a emissora, dirigida por bispos evangélicos, deu pouco destaque ao caso delas. O público, no entanto, sabia e aprovou. No último dia, elas apareceram entre os romances da casa, mas nenhum beijo foi mostrado.

Antes da grande final, a mineira falava da expectativa de rever os pais, os amigos e Manoella. As duas se separaram momentaneamente quando Angelis venceu a paranaense em uma fase do programa, eliminando-a. Elas choraram muito. Vamos ver se agora o relacionamento decola.

TJ de São Paulo determina libertação de suspeito de homofobia

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou ontem a libertação do personal trainer Diego Mosca Lorena de Souza, um dos dois acusados de agredir o estudante de Direito André Cardoso Gomes Baliera, que denuncia ter sido vítima de homofobia. O suspeito seria solto até a manhã desta quinta-feira. Souza foi preso em flagrante por tentativa de homicídio com o estudante Bruno Protieri, pouco após o espancamento, ocorrido no dia 3 de dezembro, na Rua Henrique Schaumann, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. A decisão judicial também deverá beneficiar Portieiri.

No pedido de habeas corpus que levou à Justiça, o advogado do personal trainer, o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, alegou que os laudos periciais pedidos pelas autoridades que investigam o caso não foram concluídos. "Não há elementos que definem se houve mesmo tentativa de homicídio ou foi só (um caso de) lesão corporal", disse. 

Ao conceder a liminar que autorizou a libertação, o desembargador Newton Neves afirmou que existe um 
conflito sobre o tipo de acusação que pesa sobre os dois. Para o magistrado, "é preciso cautela e análise de fundo dos documentos e teses apresentadas, a fim de se evitar prejuízo a ampla defesa e contraditório o que, por si só, justifica a concessão da liminar pleiteada". 

Para justificar o habeas corpus, Mariz de Oliveira também argumentou que os dois acusados têm emprego fixo e residência conhecida. "Além disso, acrescentei ao pedido um abaixo assinado com 300 assinaturas de pessoas que conhecem os dois e os defendem", afirmou. 

Indignação 

Baliera, que estuda no Largo de Francisco, disse que não há o que contestar na decisão da Justiça. "O que me incomodou profundamente foi a argumentação dos advogados. Além de vítima, agora sou transformado em mentiroso, como se não fosse horrível o suficiente apanhar na rua", afirmou. Ele disse que desde a agressão evita passar no local do incidente, próximo de sua casa. "Eu já evitava a rua e não sei se terei coragem de ir trabalhar normalmente."

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Para o armário, nunca mais! – APOGLBT divulga tema da 17ª Parada

Para o armário, nunca mais! – União e conscientização na luta contra a homofobia é o tema da 17ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, marcada para 2 de junho. A frase escolhida pela organização é uma resposta à perseguição dos conservadores e, ao mesmo tempo, convoca a comunidade a se manter firme e esclarecida no combate à discriminação. Além da Parada, o tema norteia todas as atividades do Mês do Orgulho LGBT, que ocorre entre maio e junho deste ano.

Segundo o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), Fernando Quaresma, o tema fala ao Poder Legislativo que o movimento não aceita mais ter seus direitos negociados ou barrados por pressão de fundamentalistas. “Antes não incomodávamos tanto esses setores, pois vivíamos na invisibilidade do gueto. A partir do momento em que a gente sai do armário e começa a reivindicar igualdade, eles passam a nos perseguir e a tentar barrar as nossas conquistas. Isso a gente não vai admitir”, diz o ativista. 

Quaresma ainda cita como exemplo a discussão no Congresso em torno da “cura gay”, proposta de lei do deputado evangélico João Campos (PSDB-GO). “É inconcebível que a Câmara se utilize de conceitos subjetivos, como a religião, para questionar o parecer do Conselho Federal de Psicologia, que proíbe os profissionais de tratarem a homossexualidade como uma patologia. Essa é uma conquista nossa e não vamos permitir essa politicagem”. 

O tema da 17ª Parada também manda um recado para os próprios LGBT. “Apesar de termos garantido alguns avanços, ainda há muito trabalho pela frente. A militância está dispersa e é preciso engajamento, principalmente da juventude, para que nossa isonomia seja de fato alcançada. Não podemos abaixar a cabeça, pois essa guerra nunca está vencida”, completa Quaresma. 

A diretoria da APOGLBT ressalta que objetivo da expressão “Para o armário, nunca mais!” não é incitar que as pessoas assumam sua homossexualidade publicamente, pois essa é uma iniciativa pessoal e cada indivíduo deve ter a sabedoria de tomar essa decisão no momento mais oportuno. Deve ser compreendida como uma palavra de ordem do movimento, para que não haja recuo diante das ameaças dos conservadores. 

A todo vapor 

A Parada acontece no primeiro final de semana de junho, mas o trabalho da organização já está intenso. No último dia 11, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, assinou a portaria que garante a realização atividade na Avenida Paulista, com todo apoio logístico e de infraestrutura do Município. Na segunda-feira passada (14), a APOGLBT se reuniu com o novo coordenador geral de Assuntos da Diversidade Sexual, Julian Rodrigues, para estabelecer parceria durante o Mês do Orgulho LGBT de São Paulo e demais projetos. 

A partir do dia 29 de janeiro, a Associação inicia o procedimento para inscrição de trios elétricos com empresas e instituições interessadas em compor o trajeto da manifestação. E no site da entidade, o público já pode fazer sugestões de homenageados para o 13º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade. 

O 17º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo está previsto para iniciar no dia 3 de maio. Além da Parada e do Prêmio, a programação oficial conta o Ciclo de Leituras Dramáticas, o Ciclo de Debates, a Feira Cultural LGBT e o Gay Day.

Para Aslan, "BBB13" não tem homofobia e é exemplo para o Brasil

Terceiro eliminado do "BBB13", com 79% dos votos, o artista Aslan disse que não sentiu nenhum tipo de homofobia no reality e que "gostaria que o Brasil fosse como a casa do BBB".

"Não acho que tenha outro gay na casa, mas também não sou o tipo de pessoa que fica desconfiando das outras. O 'BBB' é um programa ecumênico, que mistura pessoas de várias raças, credos e sexualidade. Gostaria que o Brasil fosse como a casa do 'BBB'. Não senti nenhuma demonstração de homofobia de nenhum participante", disse o brother em conversa com jornalistas assim que deixou a casa, na noite desta terça-feira (29).

O pernambucano declarou ainda acreditar que sua saída não ocorreu por rejeição nem pela briga com Anamara, mas por uma imagem positiva que as pessoas têm de Marcello, com quem disputou a permanência.

"A escolha do público às vezes poder ser incerta, mas no 'BBB' sempre é válida. Dentro da casa levantei a bandeira da liberdade e igualdade. Não sei se a beleza do Marcello ajudou ele. Por trás dos músculos, ele tem um bom coração e uma energia boa", declarou.

Ele também citou a declaração de que não pensou em ganhar o programa possa ter influenciado na decisão do público:

"Foi uma experiência incrível, mas nunca achei que pudesse ter sido escolhido. Nunca pensei em ganhar R$ 1,5 milhão, nem nunca parei pra pensar como gastaria o prêmio. Talvez ter dito isso tenha sido um fator para o publico não me deixar na casa, mas estou muito bem aqui fora também".

A partir de agora, o artista plástico quer investir na divulgação da arte e da cultura.

"Levanto a bandeira da cultura. Acredito que a cultura e a educação podem salvar esse país. Quero continuar a trabalhar com a minha arte seja ela pintura, performance ou como DJ e vou usar as portas abertas pelo 'BBB' para isso", afirmou.

Sobre sua reaproximação com Anamara nos últimos dias, disse que os dois têm um projeto de um livro sobre mulheres que sofreram violência domésticas, já que as mães dos dois foram vítimas. 

Fora do jogo, agora é torcedor de Kamilla, que descreveu como "uma menina linda, que tem muita energia e está sendo mal interpretada".

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

França começa a debater o casamento gay

O projeto de lei sobre o casamento homossexual na França, que já gerou manifestações em massa de partidários e adversários, será analisado a partir desta terça-feira pela Assembleia Nacional francesa, onde se espera um duro confronto entre a maioria de esquerda e a oposição de direita. 

Legalizado e inserido nos costumes de muitos países, o casamento homossexual continua gerando polêmicas apaixonadas na França, onde nas últimas semanas se multiplicaram os protestos a favor ou contrários ao assunto. 

Na madrugada desta terça, opositores ao projeto de lei penduraram nas pontes de Paris bandeirolas que com o slogan das manifestações contra o "casamento para todos": "um pai e uma mãe, é elementar" ou "todos nascidos de um homem e uma mulher". 

A maratona de debates na Câmara Baixa do Parlamento francês deve levar duas semanas, uma vez que a oposição de direita apresentou milhares de propostas de emenda e várias moções de procedimento. 

As posições são conhecidas e taxativas. Para a direita, apoiada pelas Igrejas, uma criança necessita de pais de sexos diferentes. Junto com o governo, a esquerda defende a igualdade de direitos para os casais homossexuais e para seus filhos. 

Essa é a posição que defenderá a ministra da Justiça, Christiane Taubira, no início dos debates. "Não há razões para que os casais heterossexuais sejam protegidos pelo Estado e que os homossexuais não tenhan a mesma proteção", reafirmou Taubira. 

A direita já se mobilizou com as armas que utilizará no Parlamento: vai defender 5.000 emendas, um número excepcionalmente alto, e três moções de procedimento, uma das quais para reivindicar um referendo sobre o tema. 

O presidente da comissão de leis da Assembleia Nacional, o socialista Jean-Jacques Urvoas, declarou, no entanto, à AFP que espera exaurir a guerrilha parlamentar. "Para fazer obstrução, são necessários obstrutores. Eles não têm as tropas necessárias", disse referindo-se à bancada de direita. 

De acordo com a esquerda, seja qual for a duração dos debates, a sorte está lançada. "Uma lei será votada e por ampla maioria", salientou o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault. 

Para ser aplicada, a lei deve ser votada pela Assembleia e pelo Senado, que, assim como na Câmara Baixa, a esquerda é maioria. 

Segundo uma sondagem do instituto Ifop publicada no sábado, os franceses são majoritariamente favoráveis ao casamento homossexual (63%), mas a opinião está mais dividida com respeito à adoção (49% a favor, 51% contra). 

A polêmica sobre o "casamento para todos", promessa de campanha do presidente socialista François Hollande, que colocaria a França junto com outros países europeus (Espanha, Portugal, Holanda, etc.), já dura há meses e foi objeto de várias manifestações em massa. 

No domingo passado, os partidários da lei reuniram em Paris entre 125.000 e 400.000 pessoas, o dobro que durante sua manifestação anterior em meados de dezembro, mas a metade dos "anti" no protesto de 13 de janeiro. 

Em 1998, o Pacto Civil de Solidariedade (Pacs), união aberta de homossexuais, já havia criado uma "guerrilha parlamentar" e manifestações dos opositores nas ruas. Hoje a medida passou a fazer parte dos costumes. 

Taubira costuma dar o exemplo da Espanha, onde foram registrados mais de 12.800 casamentos e 240 divórcios desde a legalização do matrimônio homossexual em 2005.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Senado pode autorizar casamento gay ainda em 2013

Senadores podem concluir a partir da volta do recesso parlamentar, que termina na próxima sexta-feira, projeto que altera o Código Civil relativo à união estável entre casais do mesmo sexo. A matéria depende agora de votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para seguir para análise dos deputados na Câmara, caso não haja nenhuma alteração no Senado.

Atualmente, o Código Civil  reconhece como entidade familiar “a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Com o projeto, de autoria da senadora liceneciada Marta Suplicy, que ocupa o cargo de ministra da Ciltura, a lei pode ser alterada para estabelecer como família “a união estável entre duas pessoas”, mantendo o restante do texto do artigo.

Se aprovada a proposta,  a união estável entre pessoas do mesmos sexo  “poderá converter-se em casamento, mediante requerimento formulado dos companheiros ao oficial do Registro Civil, no qual declarem que não têm impedimentos para casar e indiquem o regime de bens que passam a adotar, dispensada a celebração”.

Relator deu parecer favorável

Em seu voto favorável, o relator do projeto na CCJ, senador Roberto Requião (PMDB-PR), lembra decisão de 2011 do Supremo Tribunal Federal (STF), reconhecendo o direito à formalização da união entre casais homossexuais. Ele concorda com argumento da autora do texto, quanto à necessidade de modificação no Código Civil para incluir a previsão, como forma de conferir segurança jurídica à matéria.

Conforme observa Requião, cabe ao Legislativo adequar a lei em vigor ao entendimento consagrado pelo Supremo, “contribuindo, assim, para o aumento da segurança jurídica e, em última análise, a disseminação da pacificação social”.

Caso a matéria seja aprovada na CCJ e não seja apresentado recurso para exame pelo Plenário, o texto segue para análise da Câmara dos Deputados.

O casamento entre pessoas do mesmo sexo já é reconhecido em alguns países, como Bélgica, Argentina e África do Sul, mas ainda provoca polêmica em muitos outros. Na França, por exemplo, manifestações contra e a favor da legalização, reunindo milhares de pessoas, têm sido noticiadas nos últimos dias.

Em seu discurso de posse para o segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se colocou a favor da legalização, posição também defendida pelo governo da Inglaterra.

Estudante vítima de homofobia e do despreparo policial

Mais um ataque homofóbico noticiado recentemente e tem sido cada vez mais significativo e alarmante os números de crimes gerados por homofobia, que vão desde ser expulsos de recintos diversos até agressões físicas e homicídios. Segundo pesquisa do Grupo Gay da Bahia a cada 26h um homossexual ou transexual morreu por homicídio motivado por homofobia no Brasil, no ano de 2012.

E o que mais impressiona é perceber que os setores responsáveis pela nossa segurança não possuem o menor preparo para tratar do assunto e por falta de conscientização negligenciam e não nos trazem a segurança que precisamos até mesmo nas atividades cotidianas.

Depois de serem expulsas do Restaurante Victor, na Lapa, no Centro do Rio, por causa de um beijo, as estudantes Mariana Correia, de 24 anos, e Caroline Pavão, de 21, afirmam ter encontrado dificuldade na hora de registrar a ocorrência policial, conforme informou a Rádio CBN.

As meninas dizem ter levado cerca de quatro horas para concluir o registro na 5ª DP (Mem de Sá), no Centro do Rio, na manhã da quarta-feira (16).

O acontecimento do sábado 12/01 às estudantes na Lapa não é um caso isolado. Para entender a opressão é necessário perceber sua finalidade e o que a legitima, nesse sentido caracterizar as bases que estruturam a sociedade é fundamental para a compreensão real da opressão.

A opressão, claramente, traz inúmeros benefícios às empresas que a utilizam para explorar ainda mais os trabalhadores, nesse sentido, o capitalismo cria e recria a ideologia que justifica a opressão, e na verdade faz parecer natural essa construção histórico-social. Mais um ataque homofóbico noticiado recentemente e tem sido cada vez mais significativo e alarmante os números de crimes gerados por homofobia, que vão desde ser expulsos de recintos diversos até agressões físicas e homicídios. Segundo pesquisa do Grupo Gay da Bahia a cada 26h um homossexual ou transexual morreu por homicídio motivado por homofobia no Brasil, no ano de 2012.

Vivemos em uma sociedade estruturada nas desigualdades econômicas e sociais, somos impregnados a todo o momento de uma ideologia discriminatória, presente na escola, na mídia, em todo ambiente social e utilizada como ferramenta para desagregar os movimentos sociais, os sindicatos dos trabalhadores e o movimento estudantil.

Podemos explicar a ação dos policiais, dos parentes de pessoas homossexuais, e de toda a sociedade entendendo e visualizando a exposição dessas pessoas a esse modelo social capitalista e opressor, no entanto, não podemos permitir que essas atitudes sejam vistas como normais, Desconstruir o preconceito é uma tarefa urgente no Movimento Estudantil e em todos Movimentos Sociais.

Lutar contra esse modelo social opressor não é uma luta apenas dos setores oprimidos, nós trabalhadores e estudantes precisamos nos unir contra a homofobia e o preconceito.

Não podemos mais permitir que direitos sejam negados por simples preconceito e ignorância de alguns em contra posição às aspirações empresarias de outros, cada vez mais os homossexuais sofrem com a falta de emprego e são submetidos a subempregos que os exploram ainda mais que os demais trabalhadores, não são essas as bases sociais que levantamos nas nossas bandeiras.

Nossa luta é pelo direito ao casamento gay, em qualquer cartório e não só nos que se disponibilizarem, pelo direito à adoção sem à restrição por motivo de ser um casal homo afetivo, reivindicamos a educação sexual na escola para conscientizar à população e obter o respeito aos direitos humanos dos homossexuais, a aprovação de leis afirmativas que garantam a cidadania plena da população LGBT, lutamos pela aplicação imediata da PLC122 para criminalizar a homofobia equiparando-a ao crime de racismo, e exigimos que a Polícia e Justiça investiguem e punam com toda severidade os crimes homofóbicos.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Partidários do Casamento Gay saem às ruas da França

Milhares de partidários do "casamento para todos" saíram às ruas de Paris neste domingo (27), dois dias antes da Assembleia Legislativa começar a debater um projeto de lei governamental legalizando o casamento gay e a adoção de crianças por homossexuais.

"Anunciaram uma chuva para esta tarde, mas até o sol está conosco", disse uma jovem, Chloé, de 28 anos, que participava da manifestação envolvida em uma bandeira com as cores do arco-íris. "Eu não sou gay, mas minhas melhores amigas são, e quero demonstrar minha solidariedade", afirmou.

No protesto, que começou na Praça Denfert Rochereau, ao sul da capital, e que se dirige à cêntrica Praça da Bastilha, os manifestantes agitavam cartazes onde se lia "Eu milito pelos direitos de todos", "Pela igualdade agora" e "Mais vale um casamento gay que um triste".

"Eu não ia vir, mas ao ver a manifestação de duas semanas atrás e ouvir tantos comentários horríveis, cheios de preconceito, e até de ódio, senti que tinha que estar hoje aqui", disse um jovem que se apresentou apenas como Joss.

O protesto deste domingo certamente será comparado à grande mobilização dos opositores ao casamento gay, que foi apoiada pelo principal partido da oposição de direita, a União por um Movimento Popular (UMP), pela Igreja Católica e pela comunidade muçulmana na França, que chega a 5 milhões de pessoas.

Os partidários do casamento e da adoção para todos tentaram esclarecer que o objetivo da manifestação deste domingo, realizada sob o slogan "igualdade para todos", não é superar os números da mobilização dos opositores ao projeto, que reuniu 800 mil pessoas, segundo os organizadores, e 340 mil, de acordo com a polícia.

O que buscam, segundo os organizadores da marcha, é superar os números da manifestação em apoio ao projeto que ocorreu em meados de dezembro, e que reuniu cerca de 80 mil pessoas.

O governo do presidente socialista francês, François Hollande, também saiu na frente de qualquer polêmica sobre os números, indicando que o projeto do casamento entre pessoas do mesmo sexo e da adoção por homossexuais será decidido na Assembleia Nacional, e não nas ruas da França.

Governo do Rio de Janeiro planeja ações contra homofobia no Carnaval

Após a bem sucedida experiência de 2012, o policiamento preventivo especializado voltado ao segmento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) este ano será ampliado para o interior do estado. O policiamento preventivo especializado começa no dia 3, no Bloco da Preta, e termina apenas no dia 21. O efetivo estará presente nos mais diversos eventos no Rio, em Cabo Frio, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Caxias, Maricá, Niterói e Macaé.

O planejamento foi definido em reunião entre representantes da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, e as subsecretarias de Educação, Valorização e Prevenção e de Planejamento e Integração Operacional, da Secretaria de Segurança, e as polícias Civil e Militar.

- As polícias têm papel importante nas ações que o programa Rio Sem Homofobia promove. Infelizmente, a população LGBT ainda convive com discriminações, mas estamos atuando fortemente para a promoção de uma cultura de paz que respeita a diversidade sexual. Por isso o plano de policiamento específico nas áreas de frequência LGBT no carnaval do Rio - explicou o coordenador do programa Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.

A chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, afirmou que já existe um planejamento. Ela ainda orientou que todas as 150 delegacias do estado exponham na área de atendimento o cartaz do Disque Cidadania LGBT.

- Vamos incorporar o detalhamento apresentado pelo programa para termos um carnaval alegre, diverso e de paz - afirmou Martha Rocha.

A subsecretária de Educação, Prevenção e Valorização, Juliana Barroso explicou que haverá mudanças na estratégia. 

- Esse ano mudamos um pouco a estratégia, fortalecendo a atuação nos comandos intermediários. Por isso, é importante para nosso efetivo conhecer os serviços oferecidos pela Secretaria de Assistência Social - disse a subsecretária. 

Campanha destaca o Disque Cidadania LGBT

Na próxima semana, o Rio Sem Homofobia lançará sua campanha educativa para o carnaval 2013. O objetivo é divulgar os serviços do programa Disque Cidadania LGBT 0800 0234567, com plantão telefônico 24 horas. 

Os foliões também poderão contar com os centros de Referência da Cidadania LGBT, que funcionarão em esquema de plantão durante os dias de festa com uma equipe técnica formada por advogados, psicólogos e assistentes sociais. Os profissionais estarão à disposição para informar e orientar a população sobre direitos e saúde. 

sábado, 26 de janeiro de 2013

França prepara passeata de apoio ao casamento gay

A França se prepara para uma megapasseata neste domingo, em Paris, em apoio aos planos do governo de legalizar o casamento gay e a adoção de crianças por homossexuais, depois da imensa marcha de duas semanas atrás realizada por opositores a este projeto.

Os partidários do "casamento para todos" sairão às ruas dois dias antes da abertura do debate sobre este projeto de lei do governo socialista de François Hollande, que prometeu durante sua campanha que legalizaria o casamento para pessoas de mesmo sexo.

A passeata de domingo deve ser uma resposta à manifestação dos opositores ao casamento gay, que foi apoiada pelo principal partido da oposição de direita, a União por um Movimento Popular (UMP), a Igreja católica e a comunidade muçulmana na França, que soma cerca de cinco milhões de pessoas.

Apesar da polêmica sobre as cifras da passeata de 13 de janeiro - que, segundo os organizadores, reuniu um milhão de pessoas e, segundo a polícia, apenas 340.000 -, a mobilização dos opositores foi um sucesso indiscutível.

A polícia admitiu que a marcha foi uma das maiores mobilizações dos últimos dez anos na França. Mas o governo francês deixou claro que não voltará atrás e Hollande afirmou que apresentará essa nova legislação ante o parlamento antes do fim de janeiro, e que espera que ela seja adotada no mais tardar em junho.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Obama defende gays, imigrantes e mulheres em seu discurso de posse nos EUA

Diante de mais de meio milhão de pessoas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tomou posse pública nesta segunda-feira (21) para dar início a seu segundo mandato como mandatário do país.

Após fazer seu juramento, Obama fez um discurso que arrancou aplausos diversas vezes da multidão, defendendo a união do país e a igualdade dos cidadãos norte-americanos, com destaque para os gays, mulheres e imigrantes.

— Nossa jornada não estará completa até que nossas esposas, mães e mulheres ganhem o suficiente. (...) Nossa jornada não estará completa até que nossos irmãos gays sejam tratados de forma igual perante a lei, porque, se somos iguais, nosso amor entre nós é igual.

Obama defendeu ainda os imigrantes do país, dando claros sinais de que irá batalhar pela reforma migratória, e lembrou ainda a proteção das crianças , em clara referência à sua recente batalha pelo controle da venda e uso de armas no país. 

— Nossa jornada não estará completa, até que os imigrantes sejam bem-vindos, (...) até que nossas crianças saibam que elas serão sempre cuidadas e protegidas. Essa é a tarefa de nossa geração.

O discurso de Obama foi marcado por diversos pedidos de “união do país como nação”, além de pedir “fortes alianças” em todo o mundo.

O presidente, que ficará no cargo até janeiro de 2017, também lembrou de desafios importantes de sua agenda de governo, como lutar contra a “ameaça da mudança climática”, e continuar a reforma de saúde.

— Não responder à ameaça da mudança climática [seria uma] traição a nossos filhos e às gerações futuras.

O público estimado no National Mall durante a posse de Obama era de entre 700 mil e 800 mil pessoas.

A cerimônia foi encerrada com a cantora Beyoncé cantando o hino dos Estados Unidos. À noite, eles participarão de dois bailes, muito diferente de 2009, quando ocorreram dez bailes oficiais.