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domingo, 28 de abril de 2013

Gays evangélicos lotam inauguração de igreja inclusiva em SP

A Igreja Cristã Contemporânea inaugurou um templo em São Paulo no último sábado (27) atraindo dezenas de evangélicos homossexuais que não se sentem acolhidos nas igrejas mais tradicionais. 

A denominação foi fundada no Rio de Janeiro em 2006 e é liderada pelos pastores Fábio Inácio de Souza e Marcos Gladstone que são homossexuais assumidos e casados. 

Conhecida por ser uma igreja inclusiva, eles não só aceitam homossexuais como promovem eventos voltados para casais gays, encontro de solteiros, balada e ainda realizam a união de pessoas do mesmo sexo. 

Foi usando esta temática que eles trouxeram uma filial para São Paulo, antes de inaugurar este templo no bairro do Tatuapé, zona Leste da capital paulista, eles reuniam cerca de 100 pessoas em salão de festas. 

O slogan da igreja é “Levando o amor de Deus a todos, sem preconceitos” se valendo do tema para atrair cada vez mais fiéis, uma vez que a ideia dos líderes é abrir dez templos na cidade de São Paulo. 

“A meta é fundar mais dez igrejas na capital”, disse o pastor Gladstone. A Igreja Contemporânea tem outros sete templos, um em Minas Gerais e outros seis no Rio de Janeiro. 

Apesar de ganhar destaque na mídia esta não é a primeira igreja cristã inclusiva na cidade, Lanna Holder e Rosania Rocha fundaram em 2011 a igreja Comunidade Refúgio e há outros ministérios menores com o mesmo estilo de pregação.

sábado, 27 de abril de 2013

Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade abre a programação oficial da Parada do Orgulho LGBT

O 17º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo inicia na próxima sexta-feira (3) e a abertura da programação será marcada pela noite de entrega do Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, às 19h, no Theatro São Pedro. Com entrada gratuita, a cerimônia homenageia personalidades, entidades, autoridades políticas e ações culturais que contribuíram para o avanço dos direitos humanos da população LGBT no último ano. Várias atividades oficiais e paralelas movimentam a cidade até o dia 02 de junho, quando mais uma edição da Parada vai ocupar a Avenida Paulista.

O Prêmio é promovido pela APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo) desde 2001, às vésperas da manifestação. Neste ano, a entidade realiza a cerimônia exatamente um mês antes da Parada como forma de destacar sua importância no calendário e dar mais visibilidades aos homenageados. Esta é também a primeira vez em que o evento tem como sede o Theatro São Pedro, espaço centenário considerado patrimônio cultural do Estado e que conta com capacidade para mais de 600 espectadores.

As categorias do Prêmio são: Ação Política, Ação Cultural, Militância, Direito, Justiça, Educação, Esporte, Saúde, Artes Cênicas, Cinema Ficcional, Documentário, TV, Literatura, Imprensa, Publicidade, Internet, Memória, Opinião e Internacional. Para a escolha dos premiados, a APOGLBT fez uma consulta pública através de seu site, entre os meses de janeiro e fevereiro.

A entrega dos troféus será acompanhada pelas apresentações musicais da Camerata Darcos e do grupo Samba de Rainha. Para assistir a cerimônia é necessário confirmar a presença com através do e-mail thiagopremio@paradasp.org.br.

O Theatro São Pedro fica na Rua Albuquerque Lins, 207, Santa Cecília (próximo à estação Marechal Deodoro do metrô). Acompanhe o site da APOGLBT durante a semana para saber quem são os premiados.

Serviço:

13º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade 
03 de maio – às 19h 
Theatro São Pedro - Rua Albuquerque Lins, 207, Santa Cecília - Entrada gratuita
Acessibilidade para pessoas com deficiência 
Mais informações em www.paradasp.org.br/programacao

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Manifestantes fazem beijaço gay em novo ato contra Marco Feliciano

Em mais um dia de protestos contra a permanência do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da câmara baixa, manifestantes promoveram um beijaço gay e simularam dois casamentos homoafetivos em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Quatro participantes foram detidos pela Policia Legislativa depois de fixarem numa janela do 15º andar do prédio da Câmara uma bandeira com o símbolo do arco-íris. Eles foram conduzidos para prestar esclarecimentos. Feliciano também encontrou militantes pelos corredores da Câmara. Ele deixou ativistas contrários à permanência dele do lado de fora da comissão. Contudo, 60 evangélicos foram autorizados a permanecer com cartazes em sua defesa.

O deputado foi bastante aplaudido ao entrar na comissão. Alguns aliados fizeram discurso de desagravo com ataques aos ativistas. Feliciano chegou a garantir ter recomendado aos seguranças que analisassem o perfil das pessoas pretendendo assistir à sessão da comissão. As críticas do parlamentar foram rebatidas por Antônio José, servidor ligado a entidades rurais. “Isso aqui é uma grande farsa. Eu quase não consegui entrar”.

Ele foi retirado por três seguranças a força, levando empurrões. Feliciano criticou, mais uma vez, os protestos: “Eu sinto que há um desejo de desestabilizar a nossa comissão”. Para o deputado, o tom dos protestos, que chegou a ter palavrões, não é democrático e “não faz parte do comportamento de pessoas de bem”.

Feliciano disse que tentou procurar os parlamentares ligados aos direitos humanos, que deixaram a comissão por sua presença no comando do colegiado: “Não tem acordo. Eles dizem que são extremos”. A Câmara informou que os quatro estudantes serão investigados porque, depois de tentarem colocar uma segunda bandeira na janela de uma das salas, fecharam uma ala onde fica uma copeira.

A Polícia Judiciária da Câmara vai investigar se a copeira ficou trancada ou se a porta foi apenas fechada, sem chave. Os policiais querem saber se houve invasão do ambiente de trabalho dos servidores. Os estudantes não foram presos, apenas foram conduzidos à Polícia Judiciária para prestar depoimento. Mas, eles utilizaram o direito constitucional de ficar calado, sem chegarem a prestar depoimento. Os detidos apenas assinaram o termo de compromisso de comparecimento. Foi aberto o boletim de ocorrência 112/2013. A Polícia Judiciária tem até 30 dias para concluir o caso.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Casamento Homossexual é permito em 14 países

Depois de muita pressão dos fundamentalistas franceses, o Casamento Homossexual foi aprovado no país, com 331 votos a favor e 225 contra. A decisão tornou a França no 14º país a legalizar a união entre homossexuais.

O primeiro país a se declarar favorável a união de homossexuais foi a Holanda, em 2001. Nesses doze anos, os Direitos LGBT caminharam a passos lentos e colocando a Europa como a grande defensora dos Direitos Humanos nessa questão.

Veja abaixo como estão as legislações nesses países:

- Holanda: após ter criado, em 1998, uma união civil aberta aos homossexuais, a Holanda foi, em abril de 2001, o primeiro país a autorizar o casamento civil de pessoas do mesmo sexo. Os direitos e deveres dos cônjuges são idênticos aos dos membros de casamentos heterorossexuais, entre eles o da a adoção.

- Bélgica: os casamentos entre homossexuais são autorizados desde junho de 2003. Os casais gays têm os mesmos direitos que os casais heterossexuais. Em 2006, conquistaram o direito a adotar.

- Espanha: O governo de José Luis Rodríguez Zapatero legalizou, em julho de 2005, o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Estes casais, casados ou não, também têm a possibilidade de adotar.

- Canadá: A lei sobre o casamento de casais homossexuais e o direito a adotar entrou em vigor em julho de 2005. Anteriormente, a maioria das províncias canadenses já autorizavam a união entre pessoas do mesmo sexo.

- África do Sul: Em novembro de 2006, a África do Sul se tornou o primeiro país do continente africano a legalizar a união entre duas pessoas do mesmo sexo através do "casamento" ou da "união civil".

- Noruega: Uma lei de janeiro de 2009, põe em pé de igualdade os casais homossexuais, tanto para o casamento e a adoção de crianças quanto para a possibilidade de beneficiar-se de fertilização assistida. Desde 1993, contavam com a possibilidade de celebrar união civil.

- Suécia: Pioneira no direito de adoção, desde maio de 2009 a Suécia permite a casais homossexuais se casarem no civil e no religioso. Desde 1995 eram autorizadas a se unir por "união civil".

- Portugal: Uma lei, que entrou em vigor em junho de 2010, modifica a definição de casamento, ao suprimir a referência a "de sexo diferente". Exclui o direito à adoção.

- Islândia: A primeira-ministra islandesa, Johanna Sigurdardottir, casou-se com sua companheira em 27 de junho, dia da entrada em vigor da lei que legalizou os casamentos homossexuais. Até então, os homossexuais podiam unir-se legalmente mas a união não era um casamento real.

- Nos Estados Unidos, cinco estados autorizaram o casamento gay: Iowa, Connecticut, Massachussetts, Vermont e New Hampshire, bem como a capital, Washington, enquanto no México só está habilitado no distrito federal, onde vivem oito milhões de pessoas.

- Argentina: no dia 15 de julho de 2010, a Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a autorizar o casamento homossexual. Os casais do mesmo sexo têm os mesmos direitos que os heterossexuais e podem adotar crianças.

-Uruguai: em 10 de abril, se tornou o segundo país latino-americano a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, após a Câmara dos Deputados ratificar o projeto de lei do "matrimônio igualitário". 

- Outros países adotaram legislações referentes à união civil, que dão direitos mais ou menos ampliados aos homossexuais (adoção, filiação), em particular a Dinamarca, que abriu em 1989 a via para criar uma "união registrada", a França ao instaurar o PACS (Pacto Civil de Solidariedade) (1999), Alemanha (2001), Finlândia (2002), Nova Zelândia (2004), Reino Unido (2005) República Tcheca (2006), Suíça (2007), e o Brasil a União Estável entre pessoas de mesmo sexo (2011).

terça-feira, 23 de abril de 2013

França aprova casamento homossexual

Em clima de tensão, o Parlamento francês aprovou nesta terça-feira o projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo e autoriza adoção de crianças por casais homossexuais. O texto do Senado foi aprovado sem alterações pela Câmara baixa, colocando fim a uma maratona legislativa que começou em janeiro. A França se torna o 14º país do mundo e o nono na Europa a aprovar a união gay. 

- Depois de 136 horas e 56 minutos, a Assembleia aprovou o casamento para casais do mesmo sexo - anunciou o presidente da Assembleia Nacional, Claude Bartolone. 

O texto recebeu 331 votos a favor e 225 votos contra. A maioria dos parlamentares de esquerda votou a favor, enquanto os de direita foram contrários à proposta. Minutos antes dos parlamentares apresentarem o parecer, o presidente da Assembleia expulsou os manifestantes aos gritos de “tirem os inimigos da democracia”. 

O projeto de lei, uma das principais promessas eleitorais de François Hollande, é a maior reforma social na França desde que seu mentor e antecessor, o presidente François Mitterrand, aboliu a pena de morte em 1981, um movimento que também dividiu a nação. 

- Muitos franceses vão ter orgulho - disse a ministra da Justiça Christiane Taubira. - Aqueles que protestam hoje vão se comover com a alegria dos recém-casados. 

A ministra informou que o presidente tem até 10 dias para promulgar a lei e os municípios terão período similar para atender às mudanças. Segundo ela, os primeiros casamentos não poderão ser celebrados antes de junho. 

Embora o partido de François Hollande possua maioria em ambas as câmaras, o tema tornou-se uma questão moral de alcance nacional. Mais de mil policiais foram encarregados de manter a segurança da Assembleia e entorno diante das possibilidades de tumulto. 

Nas últimas semanas, o debate provocou numerosas manifestações violentas e homofóbicas. Uma série de protestos nas proximidades do Parlamento resultaram em confrontos com a polícia e em mais de 250 detenções. 

Grupos contrários à proposta vão reagir 

As associações civis e políticas contrárias ao projeto de lei anunciaram que não vão permanecer de braços cruzados. Às 18h é esperado que o presidente do grupo conservador União por um Movimento Popular na Assembleia, Christian Jacob, apresente um recurso ante o Tribunal Constitucional. 

Por sua parte, a comediante Frigide Barjot, que lidera o movimento opositor “Manif Pour Tous”, convocou duas mobilizações para os dias 5 e 26 de maio. 

Na semana passada, a Nova Zelândia deu um passo na mesma direção ao aprovar o casamento gay. A Dinamarca foi o primeiro país que legalizou as uniões civis, em 1989.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Opositores e defensores do casamento gay tomam as ruas de Paris

Milhares de opositores ao projeto de lei que legaliza o casamento gay foram às ruas de Paris este domingo, a dois dias da votação na Assembleia Nacional da lei que dividiu a França.

Do outro lado, milhares de defensores da legislação se reuniram na praça da Bastilha. Um dos primeiros a chegar ao local foi o prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, que denunciou o clima de homofobia desencadeado no país por causa do projeto de "lei do casamento para todos", a qual se opõem os partidos de direita e extrema direita e a igreja católica francesa.

A poucos quilômetros dali e fortemente protegidos por forças de segurança, milhares de opositores partiram da praça Denfert Rochereau (sul de Paris), agitando bandeiras e gritando palavras de ordem contra o presidente François Hollande, a quem acusam de "não escutar os franceses".

Segundo a polícia o número de participantes foi de cerca de 45.000 e, segundo os organizadores, de 270.000. 

As mobilizações deste domingo acontecem após semanas de protesto e até agressões contra homossexuais por parte dos opositores à lei Taubira, em referência à ministra da Justiça, Christiane Taubira, que liderou na assembleia legislativa a defesa desse projeto de lei. 

Se a lei for aprovada, a França se transformará no 14º país no mundo a estender os direitos do casamento aos casais homossexuais.

domingo, 21 de abril de 2013

Jackie Chan estrela dos filmes de luta sai do armário

O ator Jackie Chan sempre foi símbolo da força, da virilidade e de coragem ao interpretar lutadores de artes marciais implacáveis e invencíveis no cinema.

Famoso até hoje - ele causou tumulto ao participar recentemente de uma conferência nacional da China - o ator é estrela de uma campanha do grupo Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD, em inglês).

No filme de 30 segundos, Chan fala sobre a decisão de sair do armário, mas na verdade de sair mesmo para apoiar a diversidade sexual.

"Não basta falar sobre aqueles que lutam por liberdade, por igualdade. (…) Eu estou com vocês. Eu quero aqueles que lutam. Acredite. Eu sei que eu luto muito contra" diz o ator. 

Em seguida, ele sai do armário, diz o seu nome e acrescenta: "(…) e eu estou saindo do armário, por aqueles que lutam pela igualdade". 

sábado, 20 de abril de 2013

Escuta envolve Marco Feliciano em esquema de fraude

De acordo com a denúncia, deputados federais recebiam propina de empreiteiras para conseguir dinheiro para obras. Os lobistas procuravam os políticos sempre em nome de uma construtora, do Grupo Scamatti. A verba era liberada para obras de prefeituras do Estado de São Paulo por meio de emendas parlamentares. O esquema envolveria 78 prefeituras paulistas. 

Um relatório do Ministério Público de São Paulo aponta a participação de deputados, senadores e ministros nas fraudes. Além disso, a investigação aponta o empresário Olívio Scamatti como chefe da quadrilha. Ele e outras 13 pessoas estão presas. 

Escutas telefônicas de conversas ocorridas em 2010 citam os nomes de Otoniel Lima, hoje deputado federal pelo PRB, e Marco Feliciano, deputado federal pelo PSC, em suposto esquema de fraudes. Feliciano nega envolvimento. Otoniel Lima não foi encontrado pela reportagem do SBT para comentar as suspeitas.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Marília Gabriela recusa participação de Marco Feliciano em seu programa

Marília Gabriela não aceitou receber o deputado federal Marco Feliciano em seu programa "De frente com Gabi", do SBT. A informação é do colunista Flávio Ricco, publicada nesta sexta-feira (19).

Segundo a nota da coluna, o próprio deputado ligou para o programa se oferecendo para uma entrevista, mas a equipe de Marília Gabriela, educadamente, recusou a oferta do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados do Brasil.

Marco Feliciano tem sido o protagonista de muitas polêmicas, inclusive com a apresentadora Xuxa, envolvendo o tema da homossexualidade. Inclusive, a posição radical do político foi um dos pontos motivadores para que a cantora Daniela Mercury assumisse a relação com a jornalista Malu Verçosa. 

Vários outros artistas também estão se posicionando a respeito de Feliciano, e muitos deles têm publicado fotos nas redes sociais em que aparecem beijando outro artista do mesmo sexo. Antonia Morais e Yasmin Brunet, Fernanda Paes Leme e Fernanda Rodrigues, foram algumas das duplas que expressaram o seu protesto: "Feliciano, você não me representa".

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Novo PLC 122 dá aval para homofobia religiosa

As manifestações de religiosos sobre homossexuais feitas dentro de templos está fora da sugestão de substitutivo ao projeto de lei (PLC 122/2006) que criminaliza a homofobia, entregue na terça-feira à Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado pelo Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD-LGBT). 

O CNCD-LGBT integra a estrutura da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República e sua composição é formada de 15 representantes do governo e 15 da sociedade civil. Na avaliação da senadora Ana Rita (PT-ES), presidente da CDH, a nova proposta é completamente diferente da que tramita na Casa. "É uma proposta que trata do ódio e da intolerância contra todas as pessoas, idosos, crianças, adolescentes, deficientes e também contra as pessoas do movimento LGBT", explicou.

O substitutivo diz que constitui crime de intolerância, com pena prevista de um a seis anos, "impedir, restringir a expressão e a manifestação de afetividade, identidade de gênero em espaços públicos ou privados de uso coletivo, exceto em templos de qualquer culto, quando estas expressões e manifestações sejam permitidas às demais pessoas".

"As autonomias que as igrejas têm nas suas estruturas, nas suas sedes, nos seus locais, nós não podemos fazer interferência, mas as manifestações públicas vão ter um outro contexto", explicou a representante da Rede Nacional de Negras e Negros LGBT Janaína Oliveira.

A intenção do senador Paulo Paim (PT-RS), que vai relatar a proposta, é pedir regime de urgência para que, depois de votado o relatório na comissão, a matéria siga direto para votação no plenário da Casa. "O substitutivo não é um adendo à Lei 7.716, conhecida como Lei do Racismo, ela é uma lei autônoma, que vai tratar especificamente dos crimes de ódio e intolerância", explicou o presidente do CNCD-LGBT, Gustavo Bernardes. Ele acredita que a nova proposta vai abrir um caminho de diálogo com os segmentos que até agora resistem à proposta. 

Segundo as entidades que integram o movimento, a nova proposta reforça a necessidade de enfrentamento de crimes de ódio e intolerância à população LGBT. Os crimes previstos na proposta têm pena aumentada de um sexto à metade se a ofensa também for motivada por raça, cor, etnia e religião. O texto também ressalta que, sob "nenhuma hipótese", as penas previstas na lei serão substituídas por pagamento de fiança.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Simpósio Estadual de Literatura LGBT

Entre os dias 26 e 29 de maio de 2013 será realizado o 1º Simpósio Estadual de Literatura LGBT - SIMEL LGBT, organizado pela Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo em parceria com o Programa USP - Diversidade da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo. O Simpósio terá como tema principal "As personagens LGBT e sua construção estética na Literatura Brasileira" e contará com dezenas de comunicações, palestras, atividades artísticas e culturais.

A atividade conta, também, com o apoio institucional da Coordenação Estadual de Políticas para a Diversidade Sexual, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, e da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Apresentação: Porque uma Literatura LGBT? 

Parafraseando Roland Barthes, a literatura é a institucionalização da subjetividade. O poeta, contista, novelista ou romancista cala no exercício da escrita o seu colocar-se no mundo e, nessa presença silenciosa da escrita, os valores ideológicos e políticos se manifestam por meio dos procedimentos composicionais que revelam um mundo ficcional performativo com o qual o leitor se identifica e tenciona no ato da leitura. São políticos e ideológicos também o campo do desejo e da sexualidade os quais se tornam campo neutro no acordo da leitura entre autor e leitor. Essa neutralização dos desejos e da sexualidade é, em nossa sociedade heteronormativa, a naturalização do que se aceita como norma, isto é, não se evidenciam os desejos ou as identidades das personagens desde que estejam adequadas a uma determinada norma. Com isso, a obra de ficção pode arvorar-se universal à medida que pressupõe identidades (sejam raciais ou de gênero) dominantes? Tal questionamento pode ajudar-nos a compreender a importância da especificação de uma literatura LGBT quando nos dispomos a questionar esses pressupostos.

Os Estudos Culturais tem feito esse exercício de colocar em questão esses pressupostos que marcam a literatura canônica ao se debruçar nas chamadas literaturas homoeróticas. Contudo, destacamos duas observações: a primeira de cunho terminológico e a segunda, conceitual.

O movimento LGBT no Brasil e no Mundo ampliou o termo homossexual para as siglas que compreendam tanto as diferentes orientações sexuais, quanto as identidades de gênero. Acompanhando tal discussão, referir-se à literatura homoerótica ou homossexual é restringir-se à orientação sexual, negligenciando obras de ficção que tematizam as experiências de travestis e transexuais. Por isso, buscamos tratar de uma literatura LGBT que possa contemplar tanto obras de ficção que tratem das orientações sexuais, como também das diferentes expressões de gêneros. Para tanto, interessa-nos debater neste Simpósio as literaturas de ficção LGBT.

A segunda observação, de cunho conceitual, refere-se à compreensão da literatura. Para tanto, serve-nos a observação de Antonio Candido em O direito à literatura:

"A função da literatura está ligada à complexidade de sua natureza, que explica inclusive o seu papel contraditório mas humanizador (talvez humanizador porque contraditório). Analisando-a, podemos distinguir pelo menos três faces: ela é uma construção de objetos autônomos como estrutura e significado; ela é uma forma de expressão, isto é, manifesta emoções e a visão de mundo dos indivíduos e dos grupos; ela é uma forma de conhecimento, inclusive como incorporação difusa e inconsciente. (...) Uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito inalienável".

Aborda-la apenas em seu aspecto temático é perder a particularidade que a diferencia de outras áreas de saber. Não se deve compreender a literatura apenas como um meio de expressão dos pensamentos e da visão de mundo do autor sem condenar de imediato a especificidade literária e atribuir-lhe papel secundário. Como observa Tzvetan Todorov, o que é dito na literatura torna-se tão importante quanto o "como" se diz. Desse modo, a abordagem do texto literário tanto na leitura quanto na sua elaboração passa pelas três fases apontadas acima por Candido: construção de objetos autônomos como estrutura e significado, forma de expressão que manifesta emoções e visão de mundo e forma de conhecimento como incorporação difusa e inconsciente. Nesse sentido, tratar da tematização das expressões afetivas e de gênero das personagens sem atentar-se para a sua especificidade composicional é relega-la às outras áreas de saber.

O desafio posto e que se busca enfrentar neste Simpósio deve-se, então, a dois aspectos: desnaturalizar os pressupostos consagrados pela crítica literária nas obras de ficção, isto é, romper este acordo entre autor e leitor, tornando-o incômodo no exercício de leitura; mas fazendo-o dentro dos instrumentais teóricos acumulados pela crítica literária sobretudo a partir do estruturalismo francês. Obviamente, não significa reproduzi-los acriticamente, pois nem rompimento se efetiva sem o exercício de desconstrução e ressignificação desses instrumentais teóricos. Pode parecer tarefa impossível, mas que para abandonar o prefixo é preciso o primeiro passo.

Inscrições para comunicação 

As pessoas interessadas em participar das sessões de comunicações devem enviar um resumo expandido (de 50 a 70 linhas, em fonte Times New Roman, tamanho 12, entrelinha simples) para o e-mail generos.etnias@sp.gov.br, com a sugestão temática a ser abordada, contendo título, nome do autor (sendo dois autores o número máximo permitido por comunicação), instituição de ensino (ou orientador, caso desejar, no caso de discentes de graduação), endereço completo e número de telefone. Na mensagem de envio deve-se escrever "Submissão de resumo". Todos os resumos expandidos serão avaliados pela Comissão Organizadora do evento e a data limite para as propostas de comunicação via e-mail será o dia 10 de maio de 2013. Os resultados serão divulgados no dia 20 de maio de 2013. Os resumos expandidos devem adequar-se às seguintes linhas temáticas:

1 - A construção das personagens LGBT na Literatura Brasileira: Sendo a principal linha temática do Simpósio, as comunicações devem compreender análises das mais diferentes manifestações literárias escritas por autoras e autores brasileiros que tratem de personagens identificadas textualmente como LGBT ou que explore a nuança entre a indefinição tanto da expressão de gênero quanto a do desejo.

2 - Personagens LGBT em obras ficcionais estrangeiras: as comunicações podem tratar de obras de ficção de escritoras/es estrangeir@s cujo tema aborde personagens LGBT.

3 - Concepções sobre literatura LGBT: Comunicações que problematizem os aspectos conceituais da especificação tanto na abordagem temática quanto nos procedimentos técnico-estéticos de uma literatura LGBT.

Para efeitos de inscrição no Simpósio, serão priorizadas as que forem apresentar comunicações, estudantes de graduação ou pós-graduação da área de Letras ou de escritores e escritoras que já tenham obras publicadas que quiserem participar como ouvintes.

Para participar como ouvinte, deverá encaminhar inscrição até o dia 22 de maio no e-mail generos.etnias@sp.gov.br. Na mensagem de envio deve-se escrever "Ouvinte". No caso de estudante, deverá encaminhar comprovante institucional de matrícula e, no caso de escritor@s, deverá indicar no corpo de e-mail a obra de sua autoria já publicada.

A inscrição será gratuita e garantirá às pessoas participantes hospedagem, translado hotel/USP/hotel e material do Simpósio, no número máximo de 100 inscrições.

Serviço:

I Simpósio Literatura e Diversidade
De 26 a 29 de maio de 2013
Local: Auditório Lupe Cotrin da ECA-USP Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária Horário: das 10:00 às 18:00

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pai do vocalista dos Mamonas Assassinas pretende processar o Deputado Marco Feliciano

O pai do vocalista Dinho, da banda Mamonas Assassina, pretende processar o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) por ter afirmado que o acidente aéreo que provocou a morte dos integrantes do grupo, em 1996, foi uma espécie de castigo divino. "Ele não pode falar isso porque não tem como provar. Como meu filho não está aqui para se defender, eu tenho de fazer isso" disse Hildebrando Alves. 

O advogado do pai de Dinho, Nilson Moreira, pretende ingressar com ações na esfera criminal, por calúnia e difamação, e na esfera cível com pedido de indenização. Ainda não se sabe o valor que será pedido. O advogado ainda vai estudar em que instância entrará com as ações, já que Feliciano possui foro privilegiado por ser deputado. A ação criminal teria que ser impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Na semana passada, circulou na internet um vídeo de um culto de 2005, na cidade de Camboriú, em Santa Catarina, em que Feliciano diz: — O avião estava no céu, região do ministro do juízo de Deus. Ao invés de virar para um lado, o manche tocou pro outro. Um anjo pôs o dedo no manche, e Deus fulminou aqueles que tentaram colocar palavras torpes na boca das nossas crianças. 

No mesmo culto, o pastor afirma ainda que Dinho era evangélico e "se vendeu ao diabo pelo vil dinheiro" e conseguiu assim fazer com que a banda vendesse 1,5 milhão de CDs. "Ele foi muito infeliz no que falou" acusou o pai de Dinho. Ainda no culto, Feliciano relaciona o assassinato do ex-beatle John Lennon a um suposto deboche sobre Deus e diz "Eu queria estar lá quando descobriram o corpo dele. Ia tirar o pano de cima e dizer: me perdoe, John, mas esse primeiro tiro é em nome do Pai, esse é em nome do Filho, e esse, em nome do Espírito Santo". Na verdade, Lenon foi morto com cinco tiros. 

O pai nega que Dinho fosse evangélico. Ele diz que a sua esposa e mãe do cantor, sim, é frequentadora da Assembleia de Deus. Ela inclusive está em Israel em uma viagem de peregrinação. Feliciano criou e preside a Igreja Tempo do Avivamento, que é um ministério da Assembleia de Deus. O advogado do pai do vocalista também pretende procurar os familiares dos outros quatro integrantes da banda que para que façam parte das ações. 

domingo, 14 de abril de 2013

Em uma curiosa e positiva inversão de valores, a comédia "G.B.F - Gay Best Friend" retrata o outing de um adolescente

Dirigido por Darren Stein, Gay Best Friend é uma comédia prevista para ser lançado no segundo semestre de 2013. O enredo do filme é ambientado em um colégio dos 80/90 e conta a história de dois gays, no armário, que precisam melhorar o status social e para isso tentam se tornar melhores amigos das garotas mais populares da escola.

Com personagens clichês, o vídeo mostra uma curiosa e positiva inversão de valores. Em vez de virar alvo de bullying, o "Gay Best Friend" se torna o centro de uma disputa de popularidade, já que todas as garotas querem estar próximo dele. O dilema se centra na escolha do novo status de celebridade escolar e seus antigos amigos. O longa-metragem terá sua première mundial em 19 de abril no Festival de Tribeca e ainda não tem previsão de estreia.

sábado, 13 de abril de 2013

Floriano Pesaro comemora aniversário em Clube Gay

Floriano Pesaro, líder da bancada do PSDB, comemora seus 45 anos no Clube Glória, tradicional Clube Gay Paulistano. A festa está marcada para esse domingo (14) e conta com a participação do DJ André Pomba, que assume as "pickups" às 21 horas, com promessa de ser o ponto alto da festa.

Em declaração a Revista Veja, Floriano anuncia “vou tocar As Frenéticas e Edson Cordeiro, meus artistas preferidos” e destaca “sou baladeiro desde sempre e não tenho nenhum preconceito”.

O vereador pediu presente e por uma boa causa. Na entrada da festa haverá coletores da "Campanha do Agasalho", com toda a doação sendo revertida para obras sociais.

Floriano tem se inclinado muito em seu mandato na questão dos Direitos Humanos, colocando pautas importantes na Câmara Municipal de São Paulo. Recentemente, o vereador apresentou um projeto de lei muito abrangente na questão de garantias de direitos e resgate da cidadania LGBT. Trata-se de um Plano de Enfrentamento a Homofobia, com propostas elaboradas pela sociedade civil, na ocasião da II Conferência Municipal LGBT de São Paulo.

A Drag Dindry Buck, não esconde de ninguém que é Florianete de carteirinha e deixa um recado para o vereador, desejando a ele "toda felicidade do mundo. Obrigada por estar representando tão bem a população paulistana (prova disso é seu segundo mandato como vereador). Feliz por você compartilhar esse momento junto a comunidade LGBT paulistana (afinal a festa será no Clube Glória), isso só reafirma seu compromisso pela construção de uma sociedade em que todos possam se respeitar e viver em harmonia. Você por ser judeu e saber o quanto dói o preconceito sabe o quanto nós LGBT temos que lutar e o que estamos passando ultimamente a nível nacional. O aniversário é seu, mas sinto como que ganhando um presente. Obrigada por tudo. Felicidades sempre! Força, coragem e Saúde!".

Também desejo ao vereador toda a felicidade do Mundo. Tenho acompanhado diariamente a rotina parlamentar do Floriano desde meados do ano passado, já conhecia a sua atuação e tive uma aproximação maior na articulação do veto do "Dia do Orgulho Hétero", ocasião que o vereador convidou a Comunidade LGBT para uma audiência pública e articulou o veto com o Prefeito Gilberto Kassab. Como militante LGBT, também me sindo presenteado e orgulhoso por ter em São Paulo um vereador como o Floriano Pesaro.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Feliciano e Joelma tentam fazer as "pazes" com o Movimento LGBT

Depois de tantas repercussões negativas, envolvendo o Deputado Marco Feliciano, acusado de homofobia e racismo e da cantora Joelma, após comparar gays com drogados, ambos tentam fazer as pazes com o Movimento LGBT.

Desde da pose de Feliciano, para a Presidência da Comissão de Direitos Humanos, o deputado não conseguiu dar andamento na pauta da Casa. O que para a Câmara de Deputados é uma situação muito séria, tendo em vista que todos os projetos que são votados em plenário tem que passar por todas as comissões, para depois voltar novamente para a votação em plenário. Com uma comissão parada, toda a Casa também para e se o Feliciano não resolver isso o quanto antes, sua saída é certa.

Defendo que o Movimento LGBT tem que se recusar em conversar com Feliciano. Não podemos negociar nossos direitos com homofóbicos, com parlamentares que não nos representam. Em entrevista para o Estadão, Feliciano diz que propôs um acordo com Tony Reis: "Eu falei: Toni, vamos conversar, vamos criar uma ponte, me coloquei à disposição deles. Ele falou que vai pensar em alguma coisa. Tomara que Deus o ilumine”, disse o pastor.

Quem tem que ser iluminado nessa questão é esse pastor que não representa nem os evangélico. Foram várias manifestações de lideranças evangélicas, pedindo a renuncia do parlamentar e afirmando que a super-exposição dos fatos vem atrapalhando muito o cotidiano das igrejas.

Já a cantora Joelma, que desde as suas declarações na Revista Época, vem sofrendo uma série de protestos,   chegou a postar um vídeo no Facebook, tentando esclarecer os fatos, mais os seus argumentos não foram convincentes e os protestos ficaram ainda mais fortes. "Não vou baixar minha cabeça, tirar minha alegria. Já esclareci. Meus amigos gays e fã clube ficaram a meu favor. Jamais tratei um gay mal, trato todos igual. Tirei uma lição disso de não tratar de coisas íntimas com quem não conheço. Minha consciência está tranquila, porque não fiz. Não vou pagar por uma coisa que eu não cometi", declarou Joelma, durante a gravação do programa do Roberto Justos, ao lado do marido Chimbinha.

Novamente a cantora Joelma, muito convicta do que disse na Revista Época, valida toda a sua declaração. Se comparar um gay com um drogado não é tratar mal um gay, perdi completamente os valores do bem e do mal. Joelma até tenta, mais falta humildade para dizer: Me desculpe, no calor do momento, dei uma declaração equivocada.

Avaliar toda essa situação é muito difícil. Acredito que o Movimento LGBT se fortaleceu com toda essa polêmica, inclusive com o fato da cantora Daniela Mercury 'sair do armário'. Nunca presenciei tantos apoios de personalidades ao Movimento LGBT. Foram vários artistas que vieram para a luta e se posicionaram contra Feliciano e Joelma Mendes. 

O Pastor Feliciano pode até ter uma votação expressiva nas próximas eleições, por outro lado, ele irá tirar votos dos seus correligionários. Acho pouco provável que um cidadão, fora do meio fundamentalista, venha apoiar um político tão caricato como Feliciano. Já a Joelma, ela terá que esperar o seu público esquecer suas declarações, assim como todos os que protestaram contra as declarações homofóbicas da cantora Claudia Leite também esqueceram.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Maurício Pestana completa 30 anos de Igualdade

A Secretaria do Estado da Cultura, por meio de sua Assessoria de Gêneros e Etnias (ACGE) promove a exposição “30 Anos de Igualdade e Lançamento da Série Mãe África do cartunista Maurício Pestana”.

Maurício Pestana é cartunista, escritor, publicitário e roteirista, seus trabalhos encantam não somente o Brasil, mas também o mundo. Há anos ele tem o compromisso com a cidadania e a igualdade de direitos. Pestana Faz parte do Conselho Deliberativo do Baobá – Fundo para Equidade Racial, além de ser Membro do Conselho Administrativo do Museu Afro Brasil e Presidir o Conselho Editorial da Revista Raça Brasil, atuando também como Diretor Executivo da mesma.

Pestana dedicou toda a sua carreira na luta pela igualdade racial. Destacar a arte, como forma de luta por Direitos é de fundamental importância. A arte tem o poder renovador, de tocar e transformar as pessoas. Os traços fortes da obra de Pestana, considerado por muitos agressivos, remete com muita maestria ao preconceito social, muitas das vezes exposto de forma velada, no silencio onde apenas o agressor e o agredido conseguem se comunicar. 

Completar 30 anos de história, na cultura, não é para qualquer um. Infelizmente no Brasil ainda deixamos muito a desejar nessa questão. Tenho plena convicção que foram 30 anos de glória, mais a luta nunca deixou de estar ao lado de Pestana. Desejo muito sucesso com a exposição e também gostaria de parabenizar pelo lançamento da coleção “Mãe África”. Educar as crianças é garantir uma sociedade mais aberta à diversidade e livre de preconceitos.

Coleção de Livros Mãe África

A coleção contém 6 livros infantis que abordam o contexto da África, como as lendas e mitos. O lançamento dos livros tem a proposta de trazer o universo cultural e a história africana para mais perto das crianças nas escolas, para que desde cedo elas aprendam a valorizar e entender a diversidade de culturas.

O objetivo de Pestana com os livros é promover a Lei nº 10.639 que estabelece que escolas apresentem a história e Cultura Afrobrasileira. 

Os títulos que compõem a coleção são: Rainha das Águas, Adorável Menina, Criador do Mundo, Caçador Popular, Menino Travesso e Valente Guerreiro. 

Serviço: 
30 Anos de Igualdade e Lançamento da Série Mãe África do cartunista Maurício Pestana 
Quando: 11 de Abril de 2013 
Onde: Casa das Rosas- Av. Paulista, 37 – Bela Vista – São Paulo 
Horário: 19h00

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Primeiro casamento tradicional entre gays na África do Sul

Dois homens se uniram numa cerimônia considerada o primeiro casamento tradicional africano entre gays. Tshepo Cameron Modisane e Thoba Calvin Sithol casaram na cidade de KwaDukuza, província de KwaZulu-Natal, na África do Sul.

Com cerca de 200 convidados, a cerimônia juntou características das tradições Zulu e Tswana, populações nativas do país africano. Os recém-casados, ambos com 27 anos, farão outra cerimônia, mais reservada, em Johannesburgo, no fim de 2013.

Os jovens agradecem o apoio das famílias, que os ajudaram a ser um casal num país e num continente tão conservador e contrário ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Eles querem ter uma família e para isso usarão uma "barriga de aluguel".

“Ter uma família é importante para nós e essa é a principal razão para termos uma criança. Queremos que nossos filhos cresçam num ambiente saudável e que sejam amados por seus pais", disse Thoba, em entrevista ao jornal Mamba Online.

 

terça-feira, 9 de abril de 2013

Senador Aécio Neves se posiciona contra Marco Feliciano e se diz favorável ao casamento gay

Em entrevista publicada na Folha de S.Paulo deste domingo, 07, o senador Aécio Neves (PSDB/MG), se posicionou como candidato à Presidência da República, atacando a política macroeconômica de Dilma Rousseff e acusando a presidente de ser “leniente” com a inflação e de querer “até controlar o lucro de empresários”. 

A entrevista foi concedida na sexta-feira, 05, em um hotel em São Paulo, durante a qual o político fez criticas aos adversários e também uma autocrítica e uma crítica do PSDB sobre o desempenho dos tucanos na últimas três eleições presidenciais, quando foram derrotados pelo PT. 

Aécio Neves reconheceu, ainda, que seu partido perdeu a batalha para os petistas em torno da paternidade dos programas sociais e diz que o PSDB precisa se “renovar na expectativa das pessoas”. 

Ao jornal, o tucano declarou, ainda, ser a favor da união civil entre gays e afirmou que a polêmica em torno do pastor Feliciano (PSC/SP) “já foi longe demais”, classificando o congressista como “despreparado”. A seguir, alguns trechos da entrevista ocorrida em São Paulo, onde esteve para mais uma jornada ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB). 

Folha – O que você acha da polêmica em torno do pastor Feliciano (PSC/SP), na Comissão de Direitos Humanos da Câmara? 

Aécio Neves – Eu acho que deixaram isso ir longe demais. Ele mostrou ser um sujeito totalmente despreparado, independentemente de suas convicções. Ele está fazendo um grande marketing pessoal, as pessoas não compreenderam isso ainda. Criaram um problema que agora vão ter de desatar. 

Folha – É a favor da união civil gay? 

Aécio Neves – Eu já me manifestei mais de uma vez. Sou a favor. É a realidade do mundo moderno, ninguém é contra a realidade do mundo. Isso já foi. Respeito quem tem posição divergente, lamento apenas que a pauta da Câmara esteja concentrada nisso. 

Folha – Na última eleição travou-se uma polêmica sobre o aborto. Qual sua posição? 

Aécio Neves – Defendo a atual legislação. 

O senador tocou pontos polêmicos e importantes, ainda, como o monitoramento e a crítica ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Partido dos Trabalhadores, ao qual chamou de “falácia”. 

Aécio declarou ao jornal seu descontentamento com a reforma ministerial anunciada: “Alguém pode achar que essa chamada reforma ministerial em curso tem por objetivo melhorar a qualidade do governo? Ela sequer conhece essas pessoas que está colocando lá. Nem no período Sarney houve uma entrega tão grande dos espaços do poder sem qualquer critério.” 

Ele afirmou, também, que é uma “lenda urbana”, alimentada por seus inimigos, a acusação de ter feito “corpo mole” em seu Estado para a campanha do tucano José Serra à Presidência da República em 2010: “Ficarei muito satisfeito e tenho certeza de que terei em São Paulo o apoio que ele teve em Minas”, disse. 

Folha – Vários inimigos seus exploram seu estilo de vida, que gosta muito de ir ao Rio de Janeiro. 

Aécio Neves – Eu digo que se gostar do Rio for um defeito, é um defeito que cada dia aumenta um pouco (risos). E gosto de São Paulo também, viu. Olha, eu passei boa parte da minha infância e da adolescência no Rio, o que é absolutamente natural eu gostar de lá. 

Folha – E quanto à fama de bon-vivant? 

Aécio Neves – Não escondo o que sou, sou um homem do meu tempo, e tenho posições e clareza de minhas atitudes e quero ajudar o Brasil dar um salto de qualidade. E é isso que sou, disso que estou imbuído. Obviamente, quem se expõe num projeto como esse tem de estar preparado para as críticas. Eu as recebo há muito tempo, e os resultados das eleições que disputei estão aí. As pessoas estão preocupadas é com que o homem público pode fazer por elas. Olha, um homem como eu, que trabalha de oito da manhã às dez da noite, dizer que eu sou um bon-vivant, isso deixaria os que realmente são bon-vivant decepcionados. 

 Fonte: GayBrasil

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Marco Feliciano, em outra sessão de incontinência verbal, diz que Deus matou os Mamonas Assassinas

O Deputado Marco Feliciano (PSC-SP), Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, também atribui a morte do grupo Mamonas Assassina a uma interferência divida.

Ontem, foi divulgado um vídeo com o mesmo teor, onde o pastor diz que os três tiros primeiros tiros dados pelo assassino de John Lennon foram em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.

Somente quem estava dentro daquele avião pode falar sobre o que aconteceu. Entendo como uma fatalidade e um pecado afirmar que Deus ceifou tais vidas.

Além do Feliciano falar em nome dos evangélicos, ele também fala em nome de Deus. Atribuindo a Deus desastres e fatalidade. Colocando Deus como um grande pai que está sente ponto para punir e matar os seus filhos.

domingo, 7 de abril de 2013

Marco Feliciano ultrapassa todos os limites do bom senso e atribui morte de Jonh Lennon a vingança divida

O Pastor Marco Feliciano, Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em mais uma sessão de incontinência verbal, atribuiu a morte de John Lennon a uma orquestração divina. 

Em uma pregação, o evangélico ele diz que o primeiro tiro dado em Lennon foi em nome do pai, o segundo em nome do filho e o terceiro em nome do espírito santo. Também declarou que gostaria de estar lá, no momento que descobriu o corpo, para dar essa declaração ao morto. 

Os seu fieis glorificam a morte do ex-beatles, validando o discurso do pastor, apregoando em Deus uma imagem negativa e assassina. Marco Feliciano não pode falar em nome de Deus. Sempre ouvi dizer que Deus é amoroso e misericordioso. 

Fico muito preocupado com essa nova vertente do cristianismo, que prega Deus como carrasco e que está pronto para descer sua grande mão sobre a sua criação e massacra-la. Gostaria de saber onde se encaixa o amor, tão atribuído a Deus, nessa pregação do pastor Feliciano.

Prefeito de Lins fala sobre Políticas Públicas LGBT e defende a saída de Marco Feliciano da CDHM

Estava na tensão da apuração do resultado das eleições, no Comitê do Vereador Floriano Pesaro, quando um amigo comentou que em Lins, município a 429 quilômetros de São Paulo, tinha sido eleito um Prefeito muito transversal que questão dos Direitos Humanos, em especial na defesa da população LGBT. Naquele momento comecei pesquisar quem era Edgar Souza.

Tomei as medidas inicias para quem quer acompanhar de perto o trabalho de um político. Comecei a segui-lo no Twitter e curti sua página no Facebook. Me chamou muito a atenção quando comecei a ver suas postagens e confirmei o que foi dito no inicio. Me orgulha em saber que Edgar faz parte do meu partido, da linha ideológica que eu acredito.

Convidei o prefeito para aprofundar alguns temas que estão em discussão na mídia nacional. Abordando a questão dos Direitos Humanos, avanços nas Políticas Públicas para a população LGBT, posicionamentos fundamentalistas de algumas figuras públicas e a rotina política na cidade de Lins. Confira na íntegra a entrevista:

Passageiro - Como foi que você ingressou na vida pública?

Edgar Souza - Meu ingresso na vida pública se deu muito cedo. Tenho uma militância desde minha adolescência na pastoral da juventude e nos movimentos populares e ali construí meu compromisso com a superação dessa sociedade, participando ativamente da construção de uma nova sociedade, mais humana, solidária, fraterna e igualitária . 

Participei do movimento estudantil, de movimento de bairro, mas sobremaneira foi a militância cristã que me impulsionou a entrar na política partidária e a disputar um mandato para levar adiante o sonho de sociedade que acredito. Dessa forma fui eleito aos 21 anos o vereador mais jovem da historia de minha cidade. Lins, no interior de São Paulo .

Passageiro - Comente um pouco sobre sua trajetória pelo PT, antes de ingressar no PSDB.

Edgar Souza - Quando adolescente, me simpatizava com o PT e com o PSDB, pelo compromisso com as causas humanas e libertárias. Acabei me filiando ao PT, pois como todo jovem, primeiro tinha que viver uma experiência na oposição. E naquele momento o PT estava muito mais próximo do movimento popular real do que o PSDB. Naquele momento é bom que se reafirme. Na minha cidade, o PT representava a real mudança política que sonhávamos. 

Tenho orgulho de minha historia dentro do PT, pois a vive com intensidade e sinceridade. Entretanto, com o passar do tempo, já não reconhecia mais o partido que eu entrei. As mudanças da cúpula foram brutais e envergonharam boa parte da militância. Batalhamos pela ética na política e depois veio o mensalão. Batalhamos por uma nova política, aí vieram as alianças promíscuas com Sarney, Renan, Collor e Maluf. Foi muito para mim. Saí do PT e fui para outros partidos, até finalmente ser convidado para ingressar no PSDB, onde estou muito feliz. 

Hoje, mais maduro politicamente, sei que temos diversos embates internos para que nosso partido seja de fato o Partido da Social Democracia Brasileira, mas creio que nesses últimos anos a agenda progressista, que sempre foi a marca indelével do PSDB, está sendo retomada com força e tenho gostado muito de participar desse processo. Na prática os governos do PSDB foram muito mais progressistas e populares - não populistas - do que os últimos governos, mesmo reconhecendo vários acertos e méritos neles também.

Passageiro - O nome da legenda que te elegeu prefeito de Lins, levou o nome “Lins Merece Muito Mais”. O que seria - qual o significado deste - esse muito mais?

Edgar Souza - Hoje tenho o desafio de ser o prefeito mais jovem e o primeiro tucano de Lins, mas sei que com as parceiras com os governos federal e estadual e com a experiência já acumulada nos governos tucanos, vamos fazer um grande governo.

Nossa cidade viveu nos últimos anos momentos de sofrimento e abandono, mas com algumas coisas boas. Usamos o lema "Lins merece muito mais" para expressar nosso desejo e compromisso com a superação daquele abandono e mesmo naquilo que era bem avaliado, sabemos que pode ir além, pode ser ainda melhor. Nosso povo é lutador e merece uma cidade com mais oportunidades e serviços públicos de melhor qualidade e mais que isso, uma cidade onde os governantes sejam de fato servidores públicos e que não se sirvam da cidade como acontecia no passado. Hoje, já começamos a construir um novo tempo para Lins.  

Passageiro - Como o Movimento LGBT tem se articulado com o Poder Público no município de Lins?

Edgar Souza - Nós não temos um movimento LGBT organizado em nossa cidade, mas temos um tradição progressista de parte da sociedade. Uma tradição de defesa de direitos humanos. Penso que isso nos ajuda. Hoje, mesmo tendo uma prefeitura com grandes limitações financeiras e uma cidade com muitas demandas, criei a Secretaria de Relações Institucionais, Participação e Parcerias, que está organizando diversos grupos da sociedade em suas pautas, em especial as chamadas minorias. Já estamos avançando na articulação dos movimento negro e já demos passos bem bacanas com os LGBT. 

Estamos nesses 3 meses na fase de organização e logo teremos nossa agenda específica. Mas como disse durante a posse: nosso governo tem profundo e total compromisso com a construção de uma cidade para todas e todos, combatendo toda forma de preconceito e discriminação e sendo um forte instrumento para a garantia de cidadania plena a todas as pessoas, independente de qualquer diferença de crença, raça, posicionamento político filosóficos, sexo, gênero ou identidade sexual. Sou social democrata e esse compromisso está em nosso DNA .

Passageiro -  Recentemente você se posicionou contrário ao Pr. Silas Malafaia, em seu Twitter, onde Malafaia comparava a Militância LGBT, com a Ditadura Militar. O que você pensa dos posicionamentos desses pastores neopentecostais em relação aos Direitos Civis LGBT?

Edgar Souza - Primeiramente penso ser importantíssimo não generalizarmos os evangélicos pentecostais. Esse senhor não representa todos os pentecostais. Ele adora se posar de representante deles, mas eles já deixaram claro que ele não representa a todos. Muitos deles apoiam a luta pelos direitos igualitários e a maior parte não está nem aí para essa discussão. 

Com relação as afirmações que ele faz, digo que são absurdas e não encontram respaldo nos evangelhos e tão pouco na fé cristã genuína. Ele gosta muito de falar em ditadura, mas faz de forma dissimulada, espalhando confusão. Tenta fazer as pessoas pensarem que o movimento LGBT quer impor relações e casamentos homoafetivos a todos, como se fossemos obrigar todos a casarem com pessoas do mesmo sexo. Ridículo no mínimo essa tentativa deles. 

O movimento LGBT e seus apoiadores e simpatizantes só querem que a democracia brasileira não seja de faz te conta, mas real. E não existe democracia real sem a garantia de todos os direitos iguais a todos os cidadãos. Isso é fundamento da democracia e elemento basilar de nossa constituição. Está lá , é só cumprir.

Passageiro - O PSC afirmou que a polêmica em relação ao Deputado Feliciano pode triplicar a votação dele nas próximas eleições. Você acredita que a legenda tem algum compromisso com os Direitos Humanos ou só mantêm Feliciano no cargo para se aproveitar da mídia que o caso está gerando?

Edgar Souza - Ao tentar impor suas convicções religiosas e filosóficas, seu modo de vida e costumes a todas as pessoas, independente delas professarem ou não suas crenças, eles sim flertam fortemente com o pensamento totalitário fundamentalista religioso. Ou seja uma ditadura teocrática. Ditadura é quando uma parte da sociedade - mesmo que seja a maioria - se impõe sobre o todo. Exigir direitos iguais não tem nada haver com ditadura, assim como a democracia não é apenas o governo da maioria, mas é muito mais do que isso. É a sociedade onde todas as pessoas são iguais em seus direitos e a maioria governa tendo amplo e pleno respeito as minorias. E respeito assim como democracia não permite variações . Ou se tem ou não. 

Negar direitos elementares é desrespeitoso, antidemocrático, segregacional e portanto na minha humilde avaliação chega ser uma infração, para não dizer crime. Além disso, sejamos sinceros, apenas pessoas inseguras com sua sexualidade se preocupam tanto com a sexualidade alheia. É deprimente uma liderança religiosa e lideranças políticas se preocuparem com a vida intima alheia e se mobilizarem contra os direitos de outros .

Não quero também generalizar com o PSC, pois não conheço seus integrantes. Mas o deputado Marco Feliciano com certeza não possui nenhum compromisso com a causa dos direitos humanos. Não sei se quer apenas mídia, pois até acho que eles pensam aquelas bobagens e agem absurdamente para travar o avanço dos direitos civis. Na história sempre existiram esses políticos. Tiveram os contrários ao fim da escravidão, os contrários a emancipação feminina, ao divórcio etc. Essa turma aí nada mais é que a herdeira das forças políticas mais atrasadas do país. 

Direitos Humanos, mais que uma luta, por sua história já se consolidou como um conceito. E esse senhor que está lá presidindo a comissão não tem nada haver com a história dos Direitos Humanos. Mais que um retrocesso é um descalabro e uma incoerência vê lo lá. Os militantes dos Direitos Humanos não podem se acovardar e nem parar de enfrenta-los, pois se deixarmos depois dos ataques aos Direitos LGBT, eles vão buscar caçar a liberdade de culto, o direito de opinião livre e assim por diante até instalarem eles sim um estado totalitário ditatorial. Todas as pessoas que apreciam a liberdade precisam se colocar contra as ações desse grupo extremista. A liberdade é alma da democracia. Tenho certeza que logo teremos excelentes resultados nessa discussão toda e vamos recuperar a Comissão de Direitos Humanos para os que com ela tem afinidade real.

Passageiro - São Paulo tem sido um grande precursor na questão de garantias de Direitos para a população LGBT. Temos legislação estadual que pune a homofobia, Coordenadorias em âmbito Estadual e Municipais e apoio a maior Parada LGBT do Mundo. Ao que devemos atribuir tantos avanços no nosso Estado, enquanto a garantia de Direitos no âmbito Federal deixa muito a desejar?

Edgar Souza - São Paulo é um estado cosmopolita e aberto ao mundo. Temos aqui as forças mais progressistas bem organizadas e estruturadas. Além disso, apostamos a muito tempo no avanço educacional e na construção de um país mais livre. Isso tem reflexo nessas causas. Sem falar que desde 1995 temos conquistados sucessivos governos democráticos com o PSDB. A agenda dos governos tucanos é a agenda da social democracia. Isso é, a agenda da igualdade de direitos e superação das segregações de qualquer espécie. 

Tanto o saudoso Mário Covas, José Serra e principalmente o governador Geraldo Alckmin não se escondem desse tema e assumiram de verdade políticas de promoção da igualdade e respeito a comunidade LGBT. Temos muito a avançar, mas é indiscutível que em são Paulo essas medidas são reais e não apenas propaganda. Não podemos permitir, como no cenário nacional, que direitos fundamentais de cidadãos sejam trocados por tempos de TV na propaganda eleitoral ou votos no legislativo . 

Passageiro - Como é a rotina de um prefeito tão jovem? Em meio há tantos compromissos políticos, sobra tempo para se divertir? 

Edgar Souza - De fato a agenda é bastante intensa e puxada. Mas vivo a política com paixão, convicção. Não canso de viver esse trabalho de melhorar a vida das pessoas, principalmente das que mais precisam. Mas sempre sobra um tempinho também para uma diversão, sim. Pouco, mas sobra vez ou outra.

sábado, 6 de abril de 2013

Daniela Mercury grava depoimento falando sobre o seu relacionamento homoafetivo

Daniela Mercury conta que não esperava ter atrações por pessoas do mesmo sexo, mas que isso já ocorria há alguns anos. “Isso não aconteceu agora. Aconteceu há alguns anos atrás e foi uma surpresa para mim. Eu não paquerava mulheres nem tinha pensado que algum dia ia me sentir atraída por uma mulher”, conta.

"Vivi alguns relacionamentos com mulheres, mas rapidamente, e, quando isso se tornou algo importante a ponto de se tornar uma relação de esposa, eu achei que isso tinha que ser claro", comenta.

Na família, as reações foram positivas, diz a artista. Ela lembra as palavras do pai, quando soube da notícia de relacionamento com Malu nas redes sociais. “Você, minha filha, sempre me surpreende. Tenho muito orgulho de você, você sempre me traz surpresas. Você sempre me faz abrir algum horizonte que eu não estava esperando aprender nessa vida”, conta.

Também os filhos aceitaram bem a mudança na vida da mãe. “Tudo sempre foi muito claro na minha vida e eles sabiam que eu tinha tido relações antes com outras mulheres”

Apesar de estar em viagem para a turnê, a cantora acompanhou as notícias sobre sua decisão não apenas no Brasil, como em vários outros países. Ela também cita a grande repercussão nas redes sociais. "O número de curtições no Instagram foi completamente fora do normal, com 11 mil novos seguidores no mesmo dia. A gente ficou acompanhando se as pessoas tinham entendido que era um ato de dignidade”. Daniela diz que as repercussões negativas não chegaram até ela.

Sendo uma ativista social, a artista afirma que poderá se engajar em campanhas pelos direitos LGBT, mas que a revelação para fãs e todo o restante da sociedade representa um ato de libertação pessoal. 

“Talvez me tornando um ícone de afirmação desse direito, eu naturalmente vou ser convidada a fazer algumas ações em defesa desses direitos. Estar fazendo o que nós estamos fazendo, saindo na rua com dignidade, uma do lado da outra, podendo não ter dúvidas de que somos casadas, está sendo um ato político equivalente a muitos outros momentos da história, como queimar sutiãs e se assumir divorciadas", afirma.