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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Dilma Rousseff: A Candidata das “Opções Sexuais”

Dilma Rousseff, a mesma candidata que disse que em seu governo não faria propaganda de “opções sexuais”, voltou a defender a criminalização da homofobia após a repercussão da declaração homofobica de Levy Fidelix no debate eleitoral do TV Record. 

"Meu governo e eu, tanto publicamente quanto pessoalmente, somos contra a homofobia e acho que o Brasil atingiu um patamar de civilidade no qual todos nós não podemos conviver com processos de discriminação que levem à violência", disse em entrevista coletiva em São Paulo. A declaração da presidente me causou muita estranheza, pois foi ela e o seu partido que abriu concessões ao PLC 122 para acalmar os ânimos da bancada fundamentalista, forte base de apoio ao seu governo.

Dilma lembrou ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF), ao reconhecer a união estável entre casais do mesmo sexo, garantiu os direitos civis a todos os cidadãos. "O STF foi claro e definitivo. Isso não está mais em discussão", afirmou. Ela, no entanto, evitou responder se aceitaria o apoio de Fidelix num eventual segundo turno. "Estou no primeiro turno e não vou fazer precipitação. Só falo em segundo turno depois do voto depositado na urna e computado." 

O STF tem total autonomia pelos seus atos. A vitória do reconhecimento da união estável junto ao STF não é da Presidente Dilma e nem do PT, essa vitória é da sociedade civil. Em nenhum momento tivemos apoio da presidência, como houve na Argentina e se Dilma estivesse realmente preocupada com os assassinatos homofóbicos que ocorrem no Brasil, ela mandaria um projeto para o Congresso e usaria sua base aliada, que é maioria na casa, para garantir a rápida aprovação.

Recentemente Dilma voltou a falar em "opção sexual" em seu programa de governo. Como ela pode estar conectada com a causa LGBT se não está alinhando nem com a terminologias do movimento? Quem vota em Dilma Rousseff, vota contra a cidadania e os princípios de igualdade. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Entrevista de Cássio Rodrigo para o Site #VoteLGBT

1. Quais são suas principais propostas para a população LGBT? 

– Atuar junto com a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, com as Coordenações de Políticas para as Populações Negra e Indígena e da Diversidade Sexual, bem como com outros órgãos da Pasta, no sentido de ampliar as ações de enfrentamento ao racismo, à homofobia, à xenofobia e a outras formas de intolerância, principalmente por meio da divulgação das leis estaduais que proíbem esse tipo de crime no estado de São Paulo; 

– Buscar a implementação de fundos para custear ações de enfrentamento ao racismo, à homofobia, à xenofobia e às demais formas de discriminação e preconceito; 

– Atuar junto à Secretaria de Segurança Pública, visando a ampliação e descentralização da DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) para o interior do Estado de São Paulo; 

– Buscar a interlocução com a Secretaria de Segurança Pública para a ampliação do escopo da disciplina de Direitos Humanos, ministrada para a Polícia Civil e Militar, visando à quebra de estigmas para com a população negra e LGBT; 

– Atuar junto à Defensoria Pública do Estado de São Paulo para interiorização do atendimento do Núcleo de Combate à Discriminação; 

– Criar um núcleo junto ao mandato para receber as denúncias e demandas por segurança pública com os recortes do racismo, homofobia, xenofobia e demais registros de discriminação ou intolerância. 

– Fomentar, junto à Secretaria de Estado da Cultura, a inserção de diferentes grupos culturais, como a cultura popular, o samba, a tradicional, a negra, a LGBT, a cigana, a nordestina, a dos povos latino-americanos, dentre outras, nos programas já estabelecidos – Circuito Cultural Paulista e Virada Cultural Paulista; 

– Buscar a ampliação dos Editais ProAC de Diversidade Cultural – Hip Hop, Negro, Indígena, Tradicional e LGBT; 

– Fomentar e ampliar a ação do Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual – Museu da Diversidade Sexual, visando seu fortalecimento e plena efetivação; 

– Dar visibilidade aos produtores e artistas negros, ciganos, indígenas, LGBT e deficientes nos programas e projetos culturais do estado de São Paulo; 

– Realizar a interlocução com o governo para a ampliação dos programas e projetos sociais, visando o incremento das questões de gênero, raça e etnia, orientação sexual e identidade de gênero, deficiência e geracional; 

– Articular, junto ao governo de São Paulo, o incremento de programas de geração de renda e trabalho, com enfoque de gênero, raça e etnia, orientação sexual e identidade de gênero, deficiência e geracional; 

– Buscar junto ao governo o fomento, ampliação, implementação e monitoramento do Selo Paulista da Diversidade, como forma de inserir, nos meios formais de trabalho, o recorte de gênero, raça e etnia, orientação sexual e identidade de gênero e deficiência; 

– Articular, junto à rede estadual de educação, a ampliação das atividades, projetos e programas de combate ao bullying, como a ampla divulgação e distribuição da cartilha estadual de combate ao bullying. 

2. Quais outras propostas da sua candidatura você gostaria de destacar? 

– Criar o debate, junto às prefeituras, sobre a importância da cultura e da produção cultural, visando a criação de linhas de fomento municipais em todo o Estado de São Paulo; 

– Fomentar a profissionalização de grupos artísticos formados por pessoas com deficiência, visando a inserção artística plena desses grupos na produção cultural paulista; 

– Fomentar, fortalecer e buscar a plena efetivação do Selo de Acessibilidade Comunicacional nos equipamentos da Secretaria de Estado da Cultura, bem como junto às prefeituras paulistas; 

– Articular a inserção de programas e projetos voltados para a economia criativa no âmbito estadual, como forma de geração de renda e trabalho, com profissionalização e inserção no mercado formal e informal; 

– Articular, junto à rede estadual de educação, a ampliação das atividades, projetos e programas relativos às Leis 10.639/03 e 10.645/2008, que incluem, no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. 

3. Qual sua mensagem para as eleitoras e os eleitores LGBTs? 

Acredito que a comunidade LGBT, unida, possui uma força política da qual nem ela ainda se deu conta. Se pudermos eleger nossos representantes, sim, por serem lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, empenhados e combativos na luta contra a homofobia, poderemos começar a mudar o cenário político atual.

domingo, 28 de setembro de 2014

Entrevista de Floriano Pesaro para o Site #VoteLGBT

1. Quais são suas principais propostas para a população LGBT? 

O respeito ao Estado laico por todas as esferas do poder. 

Equiparar a prática da homofobia/lesbofobia/transfobia e bifobia à prática do racismo como crime inafiançável e imprescritível. 

Fortalecimento do Conselho Nacional LGBT. 

A inclusão, no currículo escolar, de conteúdo relativo a promoção dos direitos humanos, ressaltando a importância da igualdade de gênero, igualdade racial, respeito à diversidade, a inclusão de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, bem como das populações LGBT, indígena e outros grupos vulneráveis social ou economicamente. 

O respeito à orientação sexual e à identidade de gênero, apoiando as leis que estão tramitando no Congresso, como a lei de identidade de gênero, casamento civil igualitário e outras. Implementação, fiscalização e acompanhamento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT. 

2. Quais outras propostas da sua candidatura você gostaria de destacar? 

Além da inclusão tenho propostas nas áreas da Educação, Gestão Pública (Governo Eletrônico, e a prestação de serviços públicos por meio eletrônico), Reforma Política e Mobilidade Humana. 

Defendo o voto distrital misto com financiamento público de campanha, para que haja mais representatividade na política, além da diminuição de gastos, e adoção de uma cláusula de desempenho para a obtenção de recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e televisão. 

3. Qual sua mensagem para as eleitoras e os eleitores LGBTs? 

Em 2005, antes dos meus dois mandatos de vereador, como Secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, criamos o Centro de Referência da Diversidade – CRD, que trabalha com mulheres, crianças, negros, pessoas com deficiência, idosos, homossexuais, travestis e outros grupos e pessoas em situação de vulnerabilidade. 

Como vereador propus a Lei nº 15.900/13, que incluiu o Dia Municipal de Luta Contra a Homofobia, Lesbofobia e Transfobia no Calendário Oficial da Cidade de São Paulo, e do Projeto nº 147/2013, que institui a Política Municipal de Promoção da Cidadania LGBT e Enfrentamento da Homofobia e lutei contra o Dia do Orgulho Hétero e a proibição da Parada na Av. Paulista. 

Propus também o Projeto de Lei 497/2009 que proíbe discriminação motivada por etnia, deficiência, origem, gênero, classe social e geracional e contra a população LGBT em estabelecimentos comerciais, industriais, de serviços e similares na nossa capital. Isso quer dizer que se ocorrer discriminação em qualquer estabelecimento a empresa também será responsabilizada. O objetivo é difundir a importância de um treinamento adequado aos funcionários desses estabelecimentos e a importância de se cultivar o respeito e a proibição de atitudes discriminatórias, que deverão ser combatidas, independentemente de serem praticadas por empregados ou por clientes. 

Nas eleições 2014 sou candidato a Deputado Federal, meu número é 4544. São Paulo é uma cidade plural, construída por mulheres e homens, vindos de todas as partes do Brasil e do mundo. A diversidade não poderia encontrar melhor lugar para se expressar culturalmente. A cidade com a maior Parada LGBT do mundo não pode mais ser a que ostenta números assustadores de casos de violência de gênero ou motivada por orientação sexual! Vamos lutar para sermos de fato uma cidade de vanguarda, que respeita e coexiste com as diferenças. É essa a contribuição que se espera de nós!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Letícia Spiller se reúne com comunidade LGBT para exibição especial de "O Casamento de Gorete"

A atriz Letícia Spiller desembarca na próxima quarta em São Paulo para mostrar a comunidade LGBT o filme “O Casamento de Gorete”, onde vive uma drag queen. A atriz quer a opinião dos gays sobre a construção de sua personagem na trama. Com estreia prevista para 20 de novembro no Rio de Janeiro, o filme tem a direção de Paulo Vespúcio Garcia e conta ainda com Rodrigo Santana (a Valéria, do Zorra Total), Tonico Pereira e Ataíde Arcoverde no elenco.

Com a vinda a capital paulista para esse exibição especial, Spiller, que também trabalhou como produtora, mostra todo o cuidado em representar Roxana. Segundo a própria atriz, a inspiração veio das cantoras Shakira, Beyoncé e da drag Thammy La Close, que ajudou a compor a personagem. A exibição do filme vai acontecer no hotel WZ e vai reunir personalidades da cena gay.

Sinopse:

Gorete é uma popular apresentadora de rádio, que recebe uma herança de seu pai, há anos ausente em sua vida, porém para receber tal herança, surge a condição de casar-se. Para isso, Gorete e suas duas melhores amigas: Domitila e Marivalda, preparam um torneio para achar o par ideal, por outro lado Gorete nunca conseguiu esquecer o grande amor de sua juventude.

Um torneio para escolha de seu futuro marido, um casamento nada tradicional, absurdas tentativas de assassinato e as inseparáveis amigas, Domitila e Marivalda, completam o cenário dessa divertida, leve e inspiradora história de amor.


Exibição do Filme Gorete para a comunidade LGBT
03/09/2014
Local: WZ Jardins
Endereço: Avenida Rebouças, 955 – Jardins – São Paulo/SP
Horário: 17h
Informações para a imprensa : (11) 99200-1263