Pesquisar este blog

domingo, 17 de julho de 2011

Sobre Felicidade e Recomeço

Pela primeira vez, depois de muito tempo, me sinto realmente feliz. Algumas coisas, que eu sempre busquei, estão acontecendo e definitivamente percebo que não apenas virei uma página da minha vida, mas que comecei outro capitulo, outro livro e estou escrevendo em outros cadernos. Sempre valorizei uma relação afetiva e grande é a minha surpresa em perceber que o melhor momento da minha vida está sendo sozinho. Estou bem comigo mesmo.

Algumas pessoas passaram por minha vida, todas de forma distintas. Umas não ficaram por questões alheias a minha vontade e outras simplesmente porque aquele não era o meu momento. Depois de ficar triste por conta de não ter rolado nada com o rapaz dos posts anteriores (aqui, aqui e aqui), me senti extremamente bem. Pela primeira vez, depois que terminei o meu relacionamento com o Douglas, estava me sentindo livre de verdade, estava sofrendo por outra pessoa. Pela primeira vez, em um ano, doeu de verdade e confesso que isso foi muito bom, sentir essa dor de novo, por outra pessoa.

Mesmo não estando mais em minha vida e sem pretensões alguma de entrar, credito ao Douglas os melhores e muitos dos piores momentos da minha vida nos último oito anos. Passei momentos muito bons com aquele cara e reconhecer isso, sem dor, sem peso, sem rancor e ainda com muitas pendencias entre nos a serem resolvidas é algo que eu considero louvável.

A vida caminhou, o rio mudou o seu curso e alguns desaguaram no oceano. Tsunamis aconteceram e terremotos destruíram várias partes da minha vida. Me levantei, reconstruí meus pilares, respeitando as minhas origens e aqui estou, pela primeira vez assumindo e reconhecendo que estou pronto para outra, para todas as novidades que a vida possa me presentear.

Sinto-me como a música “Oração”, da Banda Mais Bonita da Cidade. Sinto-me em transição, alegre, querido, sozinho, unido e feliz. Sinto-me com o coração aberto, coração que cabe absolutamente tudo, coração que está pronto para continuar. Acrecito que isso é coisa de Saturno, ele definitivamente concluiu o seu curso e estou livre para viver. Vou aproveitar e colocar tudo o que cabe dentro do meu coração.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sobre Sentimentos Conflituosos e Pingos nos “is”

Depois de muita conversa, resolvi colocar todos os pingos nos “is”, confesso que foi mais difícil do que imaginava. Às vezes gostaria de ser menos taurino, talvez mais aquariano ou libriano, mas não totalmente, taurinos tem um brilho especial.

Passei 4 dias em São José dos Campos e foram 4 dias de saudade de algo que eu nunca tive, saudades daquilo que estava para ter, saudades do que talvez eu não terei. Entre sentimentos e frustrações, resolver ser o mais franco possível e disse tudo o que eu estava disposto. Tive a reação que esperava. A reação de compreensão da outra parte, compreensão acompanhada de tristeza.

Entre os meus posicionamento, estava à decisão de não procura-lo, até que os seus sentimentos fossem minimamente reconhecidos e expressados. Não posso ficar preso num relacionamento que nem começou por conta de fatores oclusos, que não são inerentes a minha pessoa.

Na volta para São Paulo, um incomodo. Estava ouvindo o CD que ele havia me emprestado. Resolvi devolve-lo no mesmo dia, talvez numa alternativa insana de vê-lo novamente, mas sustentando a situação que não queria ficar com nada dele e que era melhor vê-lo agora, do que na semana que vem, quando ele voltasse de viagem.

Após um compromisso, em meio à protestos de um amigo, fui até o seu apartamento. Mal conseguíamos olhar um para o outro. Havia uma tensão muito forte no ar, palavras mentalmente sendo ditas e a sensação que todas elas eram absorvidas, quando nos olhávamos, tínhamos a certeza que mesmo em silencio, estávamos conversando. Ficamos nessa situação/sensação por quase duas horas.

Às vezes o meu braço roçava no dele, era uma sensação maravilhosa, o toque que precisávamos para acalmar a necessidade que as nossas peles sentiam de estarem juntas. De repente, numa ação inesperada, ele me abraçou e ali ficamos por uns dois minutos, dei um beijo no seu pescoço e disse que tinha que ir embora. Ele retrucou, disse que o abraço não era para se despedir e sim para saciar o desejo carnal dos dois corpos unidos por um desejo. Antes de ir embora, nos abraçamos mais duas vezes.

Voltei para casa tendo dele apenas o sentimento, o CD havia devolvido, porém voltei com a consciência tranqüila que não trai o meu coração e que fiz absolutamente tudo para que esse relacionamento que estava prestes a nascer, não tivesse uma morte prematura. Ele me pediu tempo para colocar as idéias no lugar e confessou que já sentia saudades, sentimento que nesse momento compactuo.

Acredito que com espaço, algo pode acontecer, como disse anteriormente: eu já passei por tudo isso e sei como tal situação é difícil. Tenho uma amiga de trabalho que é casada há mais de 20 anos, antes dela assumir algo definitivo com a sua esposa, elas ficaram um ano se conhecendo, de forma leve e descompromissada. Acredito que os relacionamentos de sucesso nascem assim, sem muitas perspectivas e promessas, apenas vivendo o momento e deixando o futuro como uma mera conseqüência, como um simples acontecimento diário. É dessa forma que eu quero que acontece comigo, que simplismente aconteça, sem metas rigidas estabelecendo o que venha a ser o futuro.

domingo, 10 de julho de 2011

Sobre Términos de Relação Afetiva e Enterros Simbólicos

Depois de tanto tempo, percebo que fiquei um pouco egoísta, sem paciência para esperar e pensando em mim acima de tudo. Sei o quanto posso dar e não quero receber menos. Muitos dizem que relacionamentos não é uma troca, algo que não concordo. É uma troca sim e se você fica dando mais por muito tempo, vai chegar o momento que a balança irá tombar e aquela relação afetiva, que tanto era valorizada anteriormente, irá para a ruína.

Carinho, afeto e companheirismo são momentos construídos não apenas por uma das partes, tem que haver um troca na relação afetiva. Conheci um cara, muito bacana por sinal, pois se não fosse eu não estaria sensível por conta dele. Ele está passando por um momento delicado e e entendo o seu momento, mas infelizmente não é o momento que eu estou vivendo. Passei por situações que ele esta passando, ele terminou um relacionamento duradouro há seis meses, está tentando alçar voos, mas não consegue. Eu demorei quase um ano depois que terminei com o meu ex, cada um tem o seu tempo, não posso, não devo e não é justo cobrar absolutamente nada nessa situação.

Depois de término de um relacionamento, antes de enterrarmos nossos exs, não conseguimos continuar a viver em plenitude. No filme "Como Esquecer", Júlia (Ana Paula Arósio) teve que matar sua ex-namorada, a Antônia (personagem oculta) e antes de tal morte, ela não obteve êxito em suas tentativas de continuar a viver.

No filme, Júlia andava no meio da multidão, de repente parou, olhou para trás, olhou novamente, continuou a andar e sorriu. Ela teve que olhar duas vezes para reconhecer a Antônia e a partir daquele momento ela continuou a viver, Antônia estava morta para ela e o não reconhecimento da mesma de imediato, significou o cerimonial de enterro que devemos cumprir socialmente. Quando não enterramos alguém, nem que tal cerimonia seja um ato simbólico, o fantasma daquele morto continuará a nos assombrar.

Por muitas vezes tentei me relacionar com alguém, mas o Douglas continuava vivo, continuava a me assombrar, tirando minha paz, meu sono, minando os meus sonhos. Sua morte foi muito gradativa, o que aumentou ainda mais a minha dor, tive que mata-lo para sobreviver. Meses atrás, precisei falar com ele, como sempre fiz, peguei o telefone e fui discar, mas eu havia esquecido o numero. Fiquei feliz com aquilo, aquele numero de telefone que sabia de cor, que ligava várias vezes por dia, tinha saído da minha memoria.

Assim como Julia foi matando Antônia aos poucos, eu matei o Douglas aos poucos, na demanda das minhas forças. Dessa mesma forma, essa cara bacana que eu conheci, tem que matar o seu ex, até que todo o ódio, rancor e mágoa vá embora e ele consiga lembrar desse relacionamento de forma positiva.

Semana passada, estava com ele numa padaria, no Largo do Arouche e perguntei: quer ketchup? Depois comecei a rir, ele perguntou o porque e eu expliquei que certa vez, fui com o Douglas comer pastel e riamos toda vez que a atendente perguntava “quer ketchup?”, fazíamos uma analogia com “quer que te chupe?”. Depois de contar pra ele, disse que estou em paz e que consigo lembrar de bons momentos que tive, sem dor, sem peso, apenas como algo bom que passou, se foi.

De coração, desejo que ele fique bem e que se não ficar bem comigo, que fiquei bem com qualquer outra pessoa. Perder uma pessoa que um dia amamos, é muito triste, é a morte em vida. Se levantar, se recuperar dessa perda, é uma questão muito pessoal, cada um tem o seu tempo. Espero que o dele não seja duradouro e que de fato encontre paz em meio a momentos tão tristes.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Prefeitura de Itapecerica da Serra recebe até dia 15 exposição fotográfica “África em Nós”


Na última sexta-feira, 1º de julho, a Prefeitura de Itapecerica da Serra, através da Coordenadoria de Políticas Públicas de Igualdade Racial da Secretaria de Cultura realizou a abertura da exposição fotográfica “África em Nós”, que está exposta na recepção do Complexo Administrativo Norberto José da Costa até o dia 15 de julho.

A mostra traz 62 imagens vencedoras da campanha fotográfica homônima, promovida pela Secretaria de Estado da Cultura, que retratam a influência africana no cotidiano brasileiro. A exposição é dividida em oito categorias: Cotidiano, Festas Populares, Gastronomia, Contrastes, Paisagem, Religiosidade e Retratos.

O secretário de Cultura, Paulo Flamingo, agradeceu a presença de todos e agradeceu a Secretaria de Estado da Cultura por proporcionar a vinda desta mostra ao município. “É uma honra temos sido contemplados com essa bela exposição que vem percorrendo diversas cidades, e agora nos traz a oportunidade de ver imagens do cotidiano e nos resgata detalhes que às vezes não são vistos pela sociedade”, discursou o secretário.

“Esta campanha foi realizada em 2009, e a exposição mostra o que a comunidade negra trouxe de bom para o Brasil. Parcerias como esta entre o Estado e o Município são ações que através da cultura beneficiam a população com arte”, disse o assessor de cultura para gêneros e etnias da Secretaria do Estado da Cultura, Cássio Reis.

Na abertura da mostra houve declamação de poesia de Solano Trindade por Josias Patrolino, do grupo Itapoesia, e apresentação do grupo de capoeira Tupinambá.

“A herança da cultura africana em nossa população é muito forte. É sempre uma alegria poder valorizar e ressaltar a importância de nossas raízes africanas”, falou o prefeito de Itapecerica da Serra, Jorge Costa.

Participaram também da abertura do evento a coordenadora de Políticas Públicas de Igualdade Racial, Kátia Trindade; o subcomandante da GCM, Fábio Pinto; o vereador Zé Maria; o assessor especial de projetos para hip hop da Secretaria de Estado da Cultura, Marcio Santos; Marcos Freitas e Sara Aparecida Mendes da Secretaria de Estado da Cultura; Marcos de Santana Sena representando o Conegro, entre outras autoridades.