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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Amigos e funcionários do Google fazem vídeo em apoio ao casamento gay


A luta dos homossexuais pela igualdade de direitos no país não parou quando o Supremo Tribunal Federal reconheceu, no ano passado, a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Isso porque muitos juízes e cartórios ainda se negam a realizar o processo por falta de legislação específica. Para tentar acabar com a burocracia e promover a igualdade, amigos e funcionários do Google fizeram um vídeo em apoio ao casamento civil gay. 

O trabalho da produtora Maria João Filmes mostra depoimentos de pessoas homo e heterossexuais com argumentos que questionam as dificuldades de um casal gay se unir no âmbito civil. Em suas falas, eles mencionam a discriminação, a importância da igualdade, a laicidade do estado e a dignidade social. 

Além do reconhecimento da união estável, eles pedem mais: o mesmo nome para o casamento – independentemente de quem está se casando. “Eu não fico confortável com essa história de ter um nome diferente. Por que diferente? Se é o casamento de um homem branco com uma mulher negra, por acaso a gente vai dizer que é uma união civil inter-racial? Precisa dizer? Precisa desse adendo? Se não precisa aí, por que precisa para mim?”, afirma um entrevistado. 

Na última semana, um passo foi dado em direção a essa igualdade, com a aprovação do projeto de lei de  união estável entre casais de homossexuais pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Segundo o projeto, a união será incluída no Código Civil e pode ser convertida em casamento civil – o que deve reduzir as dificuldades para a união homossexual. 

No entanto, para que isso aconteça na prática, o projeto ainda deve ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e passar pelo plenário do Senado e pela Câmara dos Deputados. Confira a seguir o vídeo produzido pelos amigos e funcionários do Google em defesa dessa causa.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Casamento gay e bullying podem ser temas para redação do Enem

Não basta mergulhar nos livros didáticos, decorar regras de acentuação e caprichar na ortografia. Para se dar bem na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos dias 3 e 4 de novembro, é preciso conhecer a fundo assuntos da atualidade. Professores ouvidos sugerem atenção especial a assuntos largamente discutidos neste ano, como o Código Florestal, casamento gay, comportamento jovem nas mídias sociais, as questões ambientais, bullying, desigualdade social, acontecimentos na política nacional, valorização da saúde.

"Os exames de seleção exigem que o aluno seja capaz de transcender a informação: ele deve saber interpretar os fatos, além de relacionar as novidades com o conteúdo aprendido em sala de aula. Em geral, não é preciso decorar nomes, datas e acontecimentos" diz Bruno Rabin.

Para o coordenador de português, Filipe Couto, a própria matriz de referência do exame já indica como será o tema da prova. Sempre é apresentado um problema, seja de maneira explícita ou implícita, ligado a realidade social, política e econômica do país. Assim, ao contrário de outros vestibulares, é difícil que caia temas relacionados a questões pessoais, como ciúme e vaidade. Na redação, Couto explica que é cobrado um posicionamento crítico do estudantes, além de propostas de intervenção. Pela sua experiência, é difícil prever um tema e a melhor maneira dos vestibulandos se prepararem é estarem antenados nas principais discussões presentes na mídia.

"Os estudantes precisam estar antenados com as grandes discussões do mundo contemporâneo. Em anos passados, já foram abordados sobre a preservação do meio ambiente, trabalho infantil, diversidade cultural, violência, participação política. São todos temas muito presentes na mídia. Quanto mais fontes ele ler sobre esses assuntos, mais recursos terá para construir um posicionamento crítico em relação à questão. Mas é muito difícil acertar qual será o tema"  afirma Couto.

Para 2012, ele aponta alguns assuntos mais gerais que podem estar presentes, como o meio ambiente, enfocando neste caso as possibilidades de uma relação mais sustentável entre o homem e a natureza, e os cuidados com a saúde e o corpo, ligados aos grandes eventos esportivos que acontecerão na cidade nos próximos anos.

Não existem provas específicas de atualidades no Enem e nos vestibulares. O que há, de fato, são disciplinas como história e geografia fazendo uso de fatos recentes para abordar o que foi aprendido ao longo da vida escolar. A constante atualização auxilia no desenvolvimento de outra competência exigida pelos vestibulares, e também pelo Enem: a fluência na leitura.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Associação LGBT pede retirada de propaganda da Nova Schin

A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) enviou na última segunda-feira (28) um ofício ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária pedindo a imediata retirada do ar de um comercial da cerveja Nova Schin. Em nota, a associação diz que o comercial é discriminatório e debocha das travestis. Narrada por um repentista, a propaganda é ambientada numa festa de São João.

Um grupo de cinco amigos toma uma Nova Schin quando aparece uma mulher caminhando na rua. Um deles, ao abordar a mulher, percebe que tratar-se de uma travesti. “O comercial contribui para referendar e banalizar essa discriminação, ridicularizando a personagem travestida”, diz na nota o presidente da ABGLT, Toni Reis. 


O texto cita uma pesquisa feita na Parada Gay de São Paulo em 2005, segundo a qual 77% das travestis e transexuais afirmaram já ter sofrido agressão verbal ou ameaça de agressão em virtude de sua sexualidade. “Ao mesmo tempo em que entendemos que é preciso ter bom humor, não se deve utilizar da fragilidade de uma população para vender um produto. Não é condizente com o preceito constitucional da dignidade humana.”

Em nota, a Schincariol, dona da marca Nova Schin, declara que conduz seus negócios com "ética, integridade e repeito pela dignidade de cada indivíduo". A empresa esclarece que “não houve intenção de ofender ou discriminar qualquer pessoa em seu filme publicitário” e informa que até o momento não recebeu nenhuma notificação do Conar sobre o anúncio.

 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Lanterna Verde pode ser o super-herói gay da DC Comics

Depois que a editora Marvel Comics, que publica as histórias em quadrinhos com os super-heróis mais populares do mundo, decidiu casar o Northstar, com o seu namorado Kyle Jinadu, agora é a vez da DC Comics tirar um de seus personagens do armário.

A editora anuncio que em junho vai revelar qual é o super-heróis homossexual. Desde então, os aficcionados por quadrinhos começaram a dar seus palpites e Lanterna Verde aparece no topo da lista de apostas na imprensa internacional. As informações são do site Bleeding Cool.


Em meio ao suspense, a editora disse apenas que o personagem em questão não aparece desde setembro do ano passado e uma nova história do Lanterna Verde está prevista para ser lançada em junho.

O site francês Brain Damaged informou que o escritor Johnston Rico disse neste final de semana que a primeira pessoa a ter usado um anel verde será aquela a experimentar uma mudança significativa.

Enquanto a informação não é confirmada oficialmente, os fãs de super-heróis continuam suas apostas. Entre os possíveis nomes estão Aquaman, Arqueiro Verde, Asa Noturna, Batgirl, Batman, Besouro Azul, Canário Negro, Shazam, Flahs, Gavião Negro, Gladiador Dourado, Lanterna Verde, Lex Luthor, Mulher Maravilha, Mulher-Gato, Robin, Super-Choque e Super-Man.

São Paulo irá ganhar o 1° Museu LGBT da América Latina

Foi assinado no dia 25 de maio de 2012, pelo Governador Geraldo Alckmin, o decreto 58.075, que cria na Secretaria da Cultura, como equipamento cultural da área de Difusão Cultural, o Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo.

O Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo será criado na praça da República, coração do centro paulistano e um dos cartões-postais gays de São Paulo. Com a criação do Centro, a capital paulista se equipara a duas outras grandes metrópoles do mundo. Hoje, somente San Francisco, nos Estados Unidos, e Berlim, na Alemanha, têm projetos parecidos.

A Secretaria Estadual da Cultura já firmou parceria com o Metrô para construí-lo na estação República em duas áreas com total de 150 m². O local, além de ter sido palco de acontecimentos históricos como a morte do homossexual Edson Neris em 2000 e de eventos de celebração da população gay, é passagem para 4,6 milhões de pessoas por dia, o que deve ampliar a visibilidade do museu. 

O Centro de Memória LGBT tem o objetivo de resgatar memórias, ser referência para quem busca auxílio cidadão e expor peças que remontem a história do movimento por um viés cultural. Um dos fundadores do jornal "Lampião da Esquina", João Silvério Trevisan, 68, avisa: "Eu não gostaria de virar uma estátua de museu". 

A primeira ação dos organizadores de todo o acervo deve acontecer no mês que vem, próximo à 16ª edição da Parada Gay. "Será uma exposição de estampas e camisetas", antecipa Franco Reinaudo, coordenador geral da Cads (Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual). 

No momento, a Secretaria da Cultura está fazendo um mapeamento de tudo que existe para compor o acervo. Serão gravados depoimentos de homossexuais que se assumiram há décadas, tais como a drag queen Kaka Dipoli, que se jogou no chão da avenida Paulista durante a primeira Parada Gay de São Paulo, em 1997, e Celso Curi, uma das primeiras personalidades a se assumirem gay em plena ditadura militar. 

"Há 20 anos se assumir gay ou lésbica era praticamente impossível, quanto mais lutar pelos nossos direitos", conta Heloísa Gama Alves, da Secretaria da Justiça. "O centro cultural fará a população refletir e conhecer as dificuldades do movimento." Os organizadores avisam: não faltarão irreverência e homenagens aos ícones gays.

domingo, 27 de maio de 2012

Christian Chávez será porta-voz de Barack Obama em campanha gay

O cantor mexicano Christian Chávez foi convidado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para ser o porta-voz da campanha gay que irá realizar.


Em entrevista, Christian Chávez comentou que está muito feliz em ter sido convidado por Obama para falar aos latinos que vivem no país, fazendo campanha a favor do casamento gay.

Além de Christian Chávez, o cantor Rick Martin também está cotado para fazer parte do mesmo projeto. Christian Chávez volta ao Brasil no mês de junho para lançar o DVD “Christian Chávez – Esencial", que foi gravado em janeiro em São Paulo. Além do lançamento, Chávez irá passar com a sua turnê por dez cidades brasileiras. 

Em 9 de maio, Obama se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a se posicionar favoravelmente ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Democratas, ativistas e outros viram nisso um marco nos direitos civis do país, enquanto líderes republicanos e conservadores cristãos criticaram Obama por inserir um tema tão polêmico na campanha eleitoral deste ano.

Rússia: Passeata LGBT acaba em briga com cristãos e detenção

Dezenas de pessoas foram presas em Moscou neste domingo depois que ativistas da Igreja Cristã Ortodoxa Russa atacaram duas manifestações em defesa de diretos dos LGBT, jogando água contra os participantes e gritando orações. 

Alguns ativistas ortodoxos deram socos em manifestantes, tomaram suas bandeiras da cor do arco-íris - símbolo do movimento LGBT - e as pisotearam diante das câmeras de televisão. 


O confronto ocorreu durante os dois protestos, realizados diante da prefeitura e do Parlamento. Nenhuma das manifestações tinha sido autorizada pelas autoridades de Moscou. 

Quase todos os cerca de 30 participantes homossexuais foram detidos e muito poucos dos quase 50 ativistas cristãos ortodoxos envolvidos. 

O líder do protesto pelos direitos dos gays, Nikolai Alexeyev, afirmou que estava sendo preso por falar com os jornalistas. "Fui detido no protesto do Orgulho na prefeitura de Moscou", escreveu ele no Twitter. "Não tenho palavras." 

A polícia disse à agência estatal de notícias Itar-Tass que cerca de 40 pessoas tinham sido detidas nos protestos. 

"Todos os nossos direitos estão sendo pisoteados aqui na Rússua", disse o manifestante Igor Yasin. "Os nossos direitos não são assegurados e não temos nossa segurança física garantida."

sábado, 26 de maio de 2012

Posição de Obama sobre casamento gay influi na opinião pública




A declaração de apoio do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao casamento homossexual pode ter levado alguns norte-americanos, especialmente negros e hispânicos, a reconsiderar sua oposição a isso, como revela uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta sexta-feira.

Em 9 de maio, Obama se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a se posicionar favoravelmente ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Democratas, ativistas e outros viram nisso um marco nos direitos civis do país, enquanto líderes republicanos e conservadores cristãos criticaram Obama por inserir um tema tão polêmico na campanha eleitoral deste ano.

A pesquisa pergunta aos entrevistados se eles são contra o casamento homossexual, se apoiam uniões civis homossexuais, se apoiam o casamento homossexual ou se não têm opinião formada.

A manifestação de Obama parece ter tido impacto particularmente entre os afroamericanos. Antes de 9 de maio, 34 por cento dos negros se opunham ao casamento homossexual. Agora, só 23 por cento são contra.    


Nesse grupo, o apoio às uniões civis subiu de 19 para 28 por cento, mas o apoio ao casamento homossexual propriamente dito caiu de 31 para 29 por cento. O número de indecisos subiu de 16 para 21 por cento.

"Os norte-americanos negros são um eleitorado crucial para o presidente com vistas a novembro, e essa mudança de atitudes é uma boa notícia para Obama. Se ele conseguir liderar e formar a opinião, ao invés de apenas reagir a ela, poderá governar mais efetivamente caso obtenha um segundo mandato", disse Julia Clark, do instituto Ipsos.

Obama é o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

Entre os hispânicos, maior minoria dos Estados Unidos, potencialmente decisiva em alguns Estados eleitoralmente estratégicos, o apoio ao casamento gay saltou de 46 para 51 por cento depois da fala de Obama. A oposição hispânica à prática caiu de 23 para 20 por cento.

Entre os brancos, a oposição ao casamento gay caiu apenas dois pontos percentuais, de 27 para 25 por cento, e o apoio cresceu na mesma medida, de 39 para 41 por cento.

A análise dos dados gerais da população, combinando os três grupos étnicos, não estava imediatamente disponível.

Os dados foram recolhidos pela Internet, numa pesquisa feita diariamente pela Ipsos para a Reuters. Eles levam em conta todas as entrevistas feitas desde janeiro de 2012. A pergunta sobre o apoio ao casamento homossexual consta desde o início da série.