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domingo, 26 de agosto de 2012

Igreja Católica ataca casamento gay na Escócia


Uma carta que crítica duramente os planos do governo da Escócia para legalizar os casamentos homossexuais foi lida neste domingo em 500 igrejas católicas do país.
A Igreja Católica, que se opôs à legalização do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo que o governo nacionalista escocês pretende aprovar este ano, encorajou seus fiéis a "rebelar-se" contra o que considera uma "redefinição do casamento".
A carta fala da "profunda decepção" com os planos do governo e pede aos políticos que "apoiem o casamento em vez de destruí-lo".
O cardeal O''Brian, máxima autoridade da Igreja Católica na Escócia, que descreveu recentemente o casamento gay como "uma subversão grotesca de um direito humano universalmente aceito", disse hoje que com esta carta se pretende convencer os políticos que "redefinir o casamento seria um erro".
No texto se sustenta que "o ensinamento da Igreja sobre o casamento é inequívoco e único, a união de um homem e uma mulher, e por isso é um erro que os governos, políticos e Parlamentos busquem destruir ou alterar essa realidade".
O governo escocês deve aprovar neste ano uma lei que permitirá a partir de 2015 os casamentos civis entre homossexuais.
Os casais do mesmo sexo podem optar atualmente na Escócia pelas uniões civis que oferecem o mesmo tratamento legal que o casamento em termos de heranças, pensões, seguros de vida, manutenção das crianças, direitos de próximos e de imigração.

sábado, 25 de agosto de 2012

Cristãos gays podem ir para o céu, Jesus não disse: 'Eu vou fazer você Hetero'

Em uma entrevista com Lisa Ling, o presidente da Exodus International Alan Chambers reiterou sua crença de que os cristãos gays podem ir para o céu. Chambers também comentou sobre a necessidade das igrejas mudarem sua abordagem para com os homossexuais.

"Eu acho que há pessoas que vivem uma vida gay cristã que vão estar no céu comigo?" ele postou em um episódio de terça-feira de "Our America With Lisa Ling". "Acho, que se eles têm um relacionamento com Deus."


Chambers fez comentários semelhantes em entrevistas anteriores no ano passado. Ele disse ao The Christian Post, em julho que, enquanto ele não pode saber ao certo quem vai ou não entrar no céu, o que ele não sabe é que aqueles - incluindo as pessoas que vivem o estilo de vida homossexual - que tem um relacionamento com Cristo estão "eternamente salvas."
Chambers, que tem uma esposa com quem tem dois filhos, não tolera a homossexualidade. Ele acredita que é um pecado. Mas ele não está interessado em igrejas que tratam a questão da homossexualidade de forma diferente das questões de outros pecados.
"Jesus não disse 'venha a mim e eu vou fazer de você um hetero." Ele disse 'venha a mim’", disse o líder da Exodus em uma extensa entrevista com Ling. "Precisamos fazer um trabalho melhor na igreja de apoio a pessoas que talvez não se encaixe com a nossa visão de mundo religioso como cristãos".
"Acho que na igreja nós não temos um relacionamento (com os vizinhos gays e lésbicas) e optamos por fazer sinais de piquete e críticas sobre essa questão de uma forma que não temos feito com outras questões e eu acho que é hora de que parar", disse ele.
A questão que ele coloca é como os cristãos devem amar seus vizinhos gays e lésbicas "de uma forma que não vá machucá-los, que não vai ofendê-los?. Eu não estou dizendo que é andar em cascas de ovos, porque eu tenho amigos gays e lésbicas e falamos sobre questões realmente profundas. Eles me ofendem e eu os ofendo, mas que vem no contexto de relacionamento."
Chambers tem sido líder da Exodus International desde 2001. O ministério, que ajuda aqueles que lutam com a atração por pessoas do mesmo sexo, recentemente se distanciou-se da terapia reparadora - um tipo de aconselhamento que visa mudar a orientação sexual de uma pessoa de gay a hetero.
Parte da razão pela qual a Exodus deixou de apoiar a terapia reparativa foi porque ela iria definir pessoas por "expectativas irreais", como a promessa de diminuir ou até mesmo eliminar atração pelo mesmo sexo. "A grande maioria das pessoas que eu conheci diria que há algum nível de luta ou tentação ou atração que é residente seja um pouco ou muito. E não sei se alguém pode dizer que a terapia pode mudar isso," Chambers disse a Ling.
Chambers, que era um ex-homossexual praticante, foi também foi perturbado por algumas das técnicas empregadas na terapia reparativa, tais como o uso de pornografia heterossexual. Casado há quase 15 anos com Leslie, Chambers, um cristão, ainda luta com atração pelo mesmo sexo, mas disse a Ling que ele nem se identifica como gay nem se sente "preso" em seu casamento.
"Por mais de 15 anos desde que eu estive no relacionamento com Leslie, minha atração foi em direção a ela, a minha devoção foi em direção a ela", explicou. "Eu escolhi este casamento. Ela é o objeto do meu desejo. Ela é o objeto da minha afeição. Eu não escolheria qualquer coisa ou qualquer outra pessoa, mas ela.
"Então, eu sou heterossexual? Não sei. Eu não sou gay." Ele acrescentou: "Eu tenho atrações Leslie. Tenho atrações pelo sexo oposto pela minha esposa”.
Quando perguntado por Ling o que ele faria se seu filho fosse gay, Chambers disse que ainda o amaria. "E se ele (filho) for? Você respira fundo e continua o relacionamento," ele respondeu. "Não sei o que meus filhos vão escolher quando tiverem idade suficiente para escolher. No fim das contas, eles são meus filhos e eu os amo e não há nada mais importante do que a minha relação com eles."
Chambers disse que considera uma tragédia que muitos pais na igreja têm estado temerosos em dizer aos outros que eles têm um filho gay ou lésbica. "Queremos ajudar estes pais a ter uma relação com o seu filho gay [ou] filha lésbica que não está centrada ou em torno de onde eles não concordam, mas as coisas que eles concordam e que é estar em um relacionamento um com o outro, como pais e filhos", afirmou.
Comentários recentes de Chambers aos cristãos gays no céu e renúncia da terapia reparativa causaram polêmica entre alguns evangélicos. Dr. Robert AJ Gagnon, professor de Novo Testamento no Seminário Teológico de Pittsburgh, até mesmo pediu que ele renunciasse à presidência.
Vário ministros (de cerca de 270) deixaram a Exodus International, nos últimos dois meses, mas o conselho ficou com Chambers. John Warren, tesoureiro do Conselho de Administração Exodus Internacional, defendeu Chambers como ministro do Evangelho que tem uma visão bíblica do pecado e arrependimento e que entregou sua vida a serviço do Senhor.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

As Bandeiras de Floriano Pesaro


Os Dez Mandamentos para uma Cidade Combalida, de Sérgio Kon*: 
  1. Serás um cidadão solidário; darás valor aos interesses coletivos; serás sensível às necessidades de seus semelhantes.
  2. Não descuidarás de teu ambiente. Cuidarás de mantê-lo sempre limpo e seguro; nunca o poluirás e nunca deixarás que o degradem.
  3. Não vilipendiarás o espaço público.
  4. Obedecerás às leis, exigirás reformas, permanecerás crítico e ativo.
  5. Respeitarás teu próximo e teu distante. Nada farás que incomodará a ti mesmo, como cidadão.
  6. Exigirás teu lugar na tua cidade. Tomarás o espaço público também como teu.
  7. Lutarás pela recuperação da paisagem natural de tua cidade.
  8. Respeitarás o ambiente público como público. Exigirás das autoridades públicas o cumprimento de seu deveres na fiscalização, manutenção e melhoria de sua cidade.
  9. Circularás a pé pelo bairro onde moras e onde trabalhas. Frequentarás seus bares, as lojas, os restaurantes, cinemas, teatros, museus, galerias. Privilegiarás a rua como lugar de passeio e convívio.
  10. Nunca desistirás de tua cidade.
Ao assumir os Dez Mandamentos de Sérgio Kon, Floriano assume a responsabilidade de trabalhar para a cidade pensando exclusivamente no interesse público. Muitas vezes conflitante, o interesse público é o que favorece a maioria respeitando os direitos da minoria.

Propostas:
  1. Defender uma cidade mais humana, justa e solidária. Uma cidade para todos, que respeite o conceito do Desenho Universal, que garanta a acessibilidade de idosos e pessoas com deficiências. 
  1. Defender investimentos prioritários na melhoria das condições de moradia: melhorar habitações precárias e em áreas de risco, preservar e despoluir represas e córregos, ampliar espaços de convivência e lazer.
  1. Defender atitudes voltadas para o desenvolvimento sustentável da cidade de São Paulo e do planeta, ou seja, atitudes que levem em conta o crescimento econômico ajustado à proteção do meio ambiente.
  1. Defender medidas que estimulem o microcrédito, o cooperativismo e a defesa do microempreendedor individual (MEI), como a criação de pequenas unidades de produção e a simplificação tributária e burocrática.
  1. Defender o uso das ferramentas culturais e esportivas para ampliar a convivência familiar e comunitária e também combater o uso de drogas e a violência.
  1. Defender a descentralização dos serviços públicos governamentais e não- governamentais, hoje muito concentrados nas regiões centrais da cidade.
  1. Defender a criação de incentivos para que as pessoas possam morar, estudar e trabalhar na mesma região - ou em áreas próximas, aplicando o conceito de cidade compacta.
  1. Defender a ampliação da rede de turismo e eventos, com o fomento da economia solidária, para tornar São Paulo uma cidade criativa.
  1. Lutar pela tolerância e respeito aos Direitos Humanos, contra o fim da discriminação, da violência moral, física e sexual, em especial contra crianças, adolescentes, mulheres, negros e LGBT.  
  1. Defender a ampliação da rede de proteção a crianças e adolescente e do acesso às políticas públicas, com ações que fortaleçam os conselhos tutelares e de combate ao trabalho infantil. 
  1. Defender a ampliação da rede de educação inclusiva
  1. Estimular a ampliação da rede de proteção aos idosos e o cumprimento do Estatuto do Idoso.
  1. Estimular a ampliação da rede de proteção aos cidadãos em situação de rua para além das fronteiras do centro, envolvendo as áreas da assistência, trabalho, educação e saúde
  1. Estimular o uso de bicicletas e a criação de ciclovias, ciclofaixas, cilclorrotas e bicicletários em pontos estratégicos da cidade
  1. Estimular a descentralização administrativa e política, ampliando a participação e o controle social, por meio do fortalecimento dos Conselhos de Direito
  1. Defender o uso de tecnologias da informação, e-gov, como meio de combater à corrupção, garantindo transparência em dados e contas públicas.
* Sérgio Kon é arquiteto e artista gráfico, autor de Imagem: Da Caverna ao Monitor, a Aventura Do Olhar.


terça-feira, 7 de agosto de 2012

#Juntos pelo desenvolvimento social de nossa cidade


Na semana passada, reunimos um grupo pra lá de especial, formado por executivos, pensadores e militantes da área de Assistência Social. Pessoas que conhecem profundamente os problemas da cidade, profissionais que atuaram comigo na Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e ajudaram a implantar projetos (http://www.florianopesaro.com.br/destaques/relatorio-gestao-floriano-pesaro-vereador.phpbem sucedidos, como "Dê mais que esmola, dê futuro" ou "Ação Família - viver em comunidade". 

Debatemos questões e propostas para o plano de governo de José Serra (http://www.serraja.com.br/), nosso candidato a prefeito. Confira, no vídeo abaixo, um resumo do nosso bate-papo. 

E enriqueça ainda mais o nosso debate. Compartilhe, comente e dê sua opinião. Sua proposta é bem-vinda. Só com a participação de todos teremos uma cidade mais justa, para todos. 

Vamos #juntos45444

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Principais agressores de homossexuais são da própria família


Uma pesquisa sobre homofobia no Brasil revela: os principais agressores dos homossexuais são da própria família. O Fantástico abriu uma linha especial pra ouvir essas histórias. 

“Violência física, discriminação, humilhação e ameaça. tudo isso eu já passei e passo na minha casa. O tempo todo ele ficava falando que eu tinha que sair de casa, que ia me dar um sumiço. Meus dois irmãos também não aceitam, não falam comigo. Eles falam que eu tenho uma doença”. 

O relato é de um jovem, que tem medo e prefere não mostrar o rosto. Ele descreve o tipo mais comum de agressões a homossexuais no Brasil. Segundo um relatório pioneiro da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, os principais agressores são da própria família. 

“É como se eu morasse em casa, mas fosse um estranho. Eu me sinto um estranho hoje. Eu não me sinto um membro da família”, diz. 

A amostra é grande: o estudo analisou quase sete mil denúncias de violência física e psicológica. Os casos foram registrados principalmente pelo Disque 100, um serviço de denúncias contra violações dos direitos humanos. 

“Justamente para que no momento em que a pessoa faz a denúncia, ela seja recebida com todo o respeito e exista uma investigação. Nós identificamos também que as circunstâncias de impunidade também no caso dos crimes de caráter homofóbico contribuem para a continuidade dessa violência”, diz a ministra da Secretaria de Direitos Humanos Maria do Rosário. 

A maior parte das agressões aconteceu dentro de casa. E mais: são as mães quem mais agridem os filhos por serem gays. Uma professora universitária sabe há 20 anos que seu caçula é homossexual. E há 15 comanda uma instituição para reaproximar pais e mães de seus filhos gays. 

“Para uma mãe é muito difícil. Falou homossexual hoje em dia a maioria das pessoas já aceita, como filho do vizinho. Mas filho da própria pessoa ainda é difícil”, diz Edith Modesto, presidente do Grupo de Pais de Homossexuais. 

Ela diz que muitos filhos têm medo de como os pais vão reagir. 

“Uma vez, um deles me falou e eu nunca mais me esqueci. Ele falou ‘Edith, para o meu maior amigo eu já contei, porque se eu perder o meu amigo, eu posso arrumar outro. Mas se a mãe não me quiser mais, como eu vou fazer?’”, conta Edith. 

Para Felipe, que trabalha no grupo como voluntário, o mais difícil foi contar para a mãe. 

“Eu tinha medo de falar, mas ‘eu acho que ela vai agir diferente, acho que não vai ser assim’”, conta o estudante Felipe Santos Mário. 

Mas foi. 

“Tivemos um desentendimento, ela me bateu e aí dois dias ou um dia depois eu saí de casa. Ela falou ‘olha, eu não quero mais você aqui porque não dá, você não muda e eu não aceito. Meu filho pra mim morreu quando você falou que era homossexual’", lembra Felipe. 

O Fantástico abriu um canal exclusivo para ouvir histórias de homofobia. Foram 50 relatos em apenas 24 horas. São casos de humilhações, ameaças e agressões contra filhos, netos e irmãos. 

“Durante três ou quatro anos foram violências constantes. Surras, meu pai me jogava no chão e batia com os dois pés em cima de mim. Meu pai falava que ia orar para Deus para Deus me matar, para Deus me levar porque ele não queria ter filho homossexual”, relata um homossexual. 

“Ele chegou em casa e começou a me agredir. Disse que eu pagarei tudo que eu faço, ele me ameaçou, ele disse que eu morrerei de câncer pelas coisas que faço”, diz outro. 

A violência não é sempre física. Mas o sofrimento é indisfarçável. 

“Eu vejo meus primos crescendo, meus primos levando as suas respectivas namoradas pra um encontro de família e eu não poder levar a minha. Isso é muito triste pra mim porque é uma discriminação na minha família”, reclama mais um. 

A jovem que gravou esse depoimento também não quis mostrar o rosto. 

“Eu queria ter amigos na minha casa, é uma coisa que eu não tenho. Eu convivo com os meus avós desde que eu nasci e hoje, depois que eles descobriram que eu sou homossexual, não existe mais paz na minha casa, não existe mais diálogo. Eu vivo com dois estranhos. Eu não escolhi ser assim, eu simplesmente sou assim. A única coisa que eu queria pedir para eles é que eles me respeitassem”.