Pesquisar este blog

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Membros das Secretarias de Estado de Justiça e Cultura visitam Palácio Rio Branco

O vice-prefeito Marinho Sampaio recebeu, na tarde desta sexta-feira, dia 19, membros das Secretarias de Estado da Justiça e Cultura, que vieram fazer um balanço das atividades desenvolvidas durante a semana que antecedeu a 7ª Parada do Orgulho LGBTT.

A assistente técnica da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual da Secretaria da Justiça, Déborah B. Malheiros, ressaltou a importância desta semana, que tem como objetivo fazer com que as pessoas entendam um pouco mais sobre as questões ligadas a diversidade sexual. “Com discussões e palestras buscamos conscientizar e civilizar as pessoas com relação ao combate a homofobia. Ribeirão Preto é um grande pólo, uma grande cidade, e precisamos de uma maior abertura com relação a isso”, disse ela.

O presidente da ONG Arco Iris, Fábio de Jesus, fez questão de deixar claro que é a primeira vez que um governo colabora tanto com esta questão, sempre com portas abertas para as reivindicações e implantação de políticas públicas que visem o respeito e conscientização.

O vice-prefeito, Marinho Sampaio, disse que as portas estarão sempre abertas para novas discussões, agradeceu a colaboração das secretarias de Estado neste sentido, e disse que a administração como um todo, seguindo determinação da prefeita Dárcy Vera, tem sim, uma grande disposição em desenvolver políticas públicas que venham de encontro aos anseios do grupo.

“Tive a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento de toda esta semana que esteve recheada de discussões que tiveram o objetivo de clarear ideias e realmente esclarecer as pessoas. As portas da Prefeitura de Ribeirão Preto estarão sempre abertas para vocês e no que pudermos iremos ajudar”, finalizou o vice-prefeito.

Acompanharam também a reunião a coordenadora de Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, ligada à Secretaria da Justiça, Heloísa Gama Alves, o assessor especial de Cultura para Gêneros e Etnias, Cássio Rodrigo, e o produtor cultural Marcos Freitas.

Fonte: Portal de Ribeirão Preto

sábado, 20 de agosto de 2011

O Caixeiro-Viajante

- Eu estou namorando um caixeiro-viajante – disse o Fellipe sorrindo.

- Mas não se preocupe, eu sempre volto – completei.

Estou fora de São Paulo desde quarta-feira e confesso que essa vida de caixeiro-viajante, como diz o Fellipe, me deixou com muitas saudades dele. Estávamos na rotina de nos encontrarmos todos os dias e de repente, ficamos cinco dias seguidos com apenas o telefone nos unindo.

- É o seu trabalho, você tem que viajar – disse em outra ocasião.

Nesse inicio de relacionamento, existe uma necessidade maior de passarmos mais tempos juntos, até pelo fato de queremos nos conhecer mais, ter mais intimidade, passar bons momentos. Estou curtindo muito tudo o que está acontecendo e essa saudade que eu sinto, encarro como algo extremamente natural. Sinaliza que estou dando permissão para a história continuar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sobre Inicio de Relacionamento

Estava retirando cartão do banco da minha carteira quando me deparei com aquele rapaz alto, olhos pretos, cabelos pretos e barba. Fiquei desconcertado com o jeito que ele me olhou, da forma com que os nossos olhos se encontraram. Paguei a minha conta e fui ao banheiro, ele veio a atrás.

- Já está indo? – ele perguntou.

- Estou sim – respondi.

- Bem que você poderia ficar mais um pouco – me disse.

- Posso ficar – respondi com um sorriso.

Nos olhamos novamente, olho no olho e sem trocar mais nenhuma palavra, nos beijamos. Foi um beijo envolvente, com desejo, sem presa e sem a necessidade de ser interrompido. Devido ao horário, tive que ir embora. Trocamos telefone e prometemos nos ver mais vezes.

No outro dia a vontade de ligar e perguntar como ele estava foi grande. Fiquei com aquela estranha sensação que se eu ligasse, soaria como desespero. Não sei se existe um tempo “seguro” para ligar para alguém e não soar como desesperador ou carência, enfim, fiquei a manhã inteira ensaiando para ligar ou mandar uma mensagem. Quando tomei coragem, recebo uma mensagem dele dizendo que havia adorado me conhecer e perguntou o que eu faria a noite.

Marcamos de nos encontrar, num barzinho da Bela Vista. Trabalhei o resto do dia ansioso. Deu o meu horário e fui me arrumar para sair, quando de repente meu telefone tocou, era ele.

- Oi Marcos, tudo bem? Eu cai, estourei toda a boca e estou indo para o hospital – ele me disse. Na hora pensei: pronto, ele não está afim e está inventando essa desculpa que não cola.

- Nossa, mas está tudo bem contigo? – perguntei preocupado.

- Ah! Não sei, vou ao hospital, acho que devo levar alguns pontos. Quer ir comigo? – me convidou. Fiquei sem reação, mas fui.

Nos encontramos no MASP, como ele é carioca e está a pouco tempo em São Paulo, não conhecia muito bem onde ficavam os hospitais. Fomos num hospital próximo a Avenida Paulista, ele levou quatro pontos, saindo do hospital fomos para o barzinho que havíamos combinado de nos encontrar, isso foi na segunda, depois nos encontramos na terça, quarta, quinta e sexta, dia que ele viajou, foi para o Rio comemorar o aniversário de irmã e voltou na segunda.

Foi tudo muito intenso, está sendo muito intenso e recíproco e dessa forma começamos a namorar. Estou adorando conhecer o Fellipe, taurino, com um jeito carioca muito cativante e que sabe exatamente o que quer. Hoje sou eu quem viajo e ficarei até domingo longe. Vou a trabalho para Ribeirão Preto, mas no outro final de semana já prometemos passarmos juntinhos e curtindo o começo dessa relação, que está sendo tudo de bom.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Gays nas Telenovelas

Recebi alguns pedidos de posicionamento quanto à repercussão das personagens gays na novela “Insensato Coração”. Não assisti nenhum capitulo dessa novela, mas acompanho os comentários por Twitter e Facebook. Acho positiva a inclusão de personagens gays em tramas televisivas, antigamente as personagens negras eram reduzidas a empregadas, motoristas, e babás. Recentemente tivemos um negro como galã de uma novela, o que mostra a quebra de tabus sociais, o que vejo de forma muito positiva.

Hoje, o gay da forma que é colocado na novela “Insensato Coração”, pode não ser o que avaliamos como o gay padrão, que vive em nossa sociedade, entretanto, ter um gay compondo a trama é uma quebra de tabu, antigamente não tínhamos isso. O gay na novela, está sendo retratado como a sociedade nos vê. A sociedade se recusa a ver um beijo gay nas ruas, mas poucos se incomodam quando um gay é espaçando até a morte.

Viverei para ver ou pelo menos ouvir falar, pois não acompanho novelas, de personagens que são de verdade “homoafetivas”, gays que se relacionam de verdade, se beijam, fazem amor e que são felizes, assim como os héteros. Um dia evoluiremos ao ponto que a luta do movimento negro evoluiu e teremos galãs gays e famílias alternativas em todas as telenovelas brasileiras.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um caso de amor em Brasília

Com o tempo as mascaras caem, ninguém consegue enganar a todos por muito tempo. Marta ex-Suplicy nunca me enganou, sempre soube das intenções dessa senhora, de usar o movimento gay como puleiro, ou melhor de palanque para as suas projeções politicas.

Políticos como a Senadora Marta não deveria existir, mas sim fazer parte de um folclórico distante, que ficou no nosso passado de dores, mortes e torturas. A ditadura acabou a muito tempo, aquela época que a política era construída por poucos e os poucos que ousavam se pronunciar, eram presos, torturados e mortos.

Hoje vivemos uma ditadura contra gays. Enquanto temos gays sendo mortos nas ruas, vemos a relação que até então muitos dos pares da Marta, gays que que também militam no movimento LGBT, achavam incestuosa, mas não é não e essa imagem mostra bem a composição política que está costurando as políticas públicas de proteção aos homossexuais desse país.

Dona Marta, em nome de tudo o que é mais sagrado, volte para TV, vá apresentar programas na Rede Mulher, vá ser sindica do seu prédio ou vá para onde você bem entender, mas deixe o movimento LGBT em paz. Somos um grupo sofrido, que já apanha demais da sociedade. Já existe um grupo de políticos fundamentalistas, que por sinal é bem grande, que são nossos torturadores históricos. 

Senadora Marta, não fale em nome do movimento LGBT, pois a senhora nunca foi e nunca contribuiu para ele. Somos milhões e não sou representado apenas por um, políticas públicas exige debates políticos, o que a senhora ao longo dos anos provou que não sabe fazer. 

Não precisamos da sua contribuição, se você caiu de para-quedas no senado, não faça nada por nós, queremos leis que nos contemplem e não alianças costuradas com evangélicos afim de criar alianças políticas que visam apenas seu proveito. Faça plastica, botox, chapinha e coloque silicone, mas pelo amor de Deus, saia do caminho do MHB.