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domingo, 2 de agosto de 2009

Bareeback e Cinema Pornô: O Impacto no Comportamento Gay

"Gosto de sexo, eu não vou negar
Gosto de cama, não vivo sem ela

Gosto de pornô, de atores bombando

Cenas pre-condom, cavalo sem sela"


O Espaço Entre Homens, da Associação da Parada do Orgulho LGBT discute, NO PRÓXIMO DIA 06/08, o tema: Bareeback e Cinema Pornô: O Impacto no Comportamento Gay

'Bareback' é uma palavra que, em inglês, significa originalmente cavalgar sem sela. Mais recentemente, foi adotada pelos gays para se referir a um conjunto de pessoas que têm fetiche por sexo sem camisinha e não levam em conta o risco de infecção por DST/Aids, ou mesmo utilizam essa probabilidade como um 'tempero a mais' – mas terminou adquirindo um terceiro significado: virou gíria e tem sido usada para se referir a qualquer sexo sem camisinha. Com esse último significado, 'bareback' foi adotado pela indústria do pornô gay: filmes gays bareback = filmes gays sem camisinha.

Desde o início da epidemia de HIV, o cinema pornô gay, ao contrário do heterossexual - que permanece refratário até hoje -, logo adotou a camisinha como padrão em suas cenas. Os filmes anteriores a isso ficaram conhecidos como 'pre-condom' (pré-camisinha).

Os maiores estúdios e principais produtores , como Titan, Falcon, ChiChi LaRue, BelAmi, Colt e Lucas Entertainment, que constituem o que chamamos de "indústria mainstream" mantêm a estratégia do sexo seguro até hoje. O mesmo é seguido pelas produtoras nacionais.

No entanto, de uns anos para cá, produções com características mais amadoras, geralmente gravadas no Leste Europeu e distribuídas sobretudo pela internet, trouxeram uma nova onda ao cinema pornô gay: são os filmes bareback, que, a exemplo das produções mainstream heterossexuais, não usam camisinha.

Inicialmente marginais, esses filmes têm crescido em número e conquistado um público cada vez maior, a ponto de fazer frente aos maiores estúdios – e, dizem os especialistas, de dominar o mercado nos próximos anos!

E agora?

A maior vulnerabilidade dos gays ao HIV é conhecida.

- Seriam esses filmes uma resposta a uma demanda de público, que se queixa(va) de não ter produções mostrando sexo sem camisinha, como os heterossexuais sempre tiveram?

- Será que eles estimulam o comportamento de risco na vida real?

- É uma estratégia comercial ou uma irresponsabilidade social?

- Por que causam mais polêmica que os filmes héteros, indústria em que praticamente todos os filmes são bareback?

Para discutir o tema, a Associação da Parada convida a todos para uma terça feira "Entre Homens" super especial, com direito a comes e bebes, fotos e análises de atores pornôs característicos de cada período (anos 70 até os dias de hoje) e... Trechos de filmes!

Quando?
06/08/2009, às 19h

Onde?
Praça da República, 386 - Sala 22 - Centro
01045-000 - São Paulo, SP
Tel.: (11) 3362-8266

Quem?
Homens gays, bis, trans, múlti, pans, uni... Mulheres, travestis, héteros... Todos são bem-vindos! O convidado especial é João Marinho, editor da revista Sex Boys, com 5 anos de experiência no mercado erótico nacional, e apreciador inveterado de filmes pornôs.

Sobre o Entre Homens
Gerenciado por Murilo Sarno, o Espaço Entre Homens é uma iniciativa da Associação da Parada do Orgulho GLBT que visa a refletir com o público gay, numa roda de conversa livre e espontânea, temas relacionados ao universo gay masculino. Todos são convidados a participar, e a entrada é franca.

7 comentários:

S.A.M disse...

Belo convite, interessante refletir sobre isso, hoje essa tendencia de filme é clara, mas até onde isso influencia a vida?

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

parabéns aos organizadores pela oportunidade e pertinência do tema. e a vc pela divulgação...

bjux

;-)

didi disse...

Eu realmente gosto de pornô bareback... justamente porque não o faço na "vida real". No meu caso é uma simples fantasia. Meus dois últimos namorados queriam sexo sem camisinha, eu é que não quis, e não seria um filme que me faria querer.

O meu último (que já é ex, felizmente), aliás, frequenta saunas aqui em SP e conta numa boa que fez pegação em viagem pela Europa (Berlin e Amsterdan... pegação em AMSTERDAN, minha gente!!!)... e vem querer sexo sem camisinha logo na primeira vez comigo? Só louco concordaria.

Ainda assim tenho telhado de vidro: fiz muito sexo sem camisinha com meu primeiro namorado, há onze anos, mas foi tudo preparado, planejado, e nada de mau aconteceu. Nem mesmo cheque...(rs)

Por outro lado, nunca fui influenciável, e tem muita gente que se deixa levar por filme, por novela, por modismos.

Se tem artista que é xingado por causa de novela (quem não se lembra dos apuros sofridos por Beatriz Segall na época da Odete Roitman?), imaginem quando o assunto é sexo, hormônios fervendo, paixão...

Leo Carioca disse...

Legal.
Se eu tivesse aí em São Paulo, se os meus horários permitissem, eu iria.
Bom, sobre fazer filmes pornô (tanto héteros quanto gays) sem camisinha, eu acho que é uma estratégia comercial que acaba virando uma irresponsabilidade social.
Eu não sei exatamente como é nas outras produtoras, mas na Brasileirinhas, apesar da pessoa ter liberdade pra fazer com camisinha se quiser, ela só ganha 2 terços do que ganharia se fizesse sem camisinha. Por isso que na maioria dos filmes da Brasileirinhas, os atores fazem sem camisinha.
Muito provavelmente várias outras produtoras pornô têm a mesma política, né?

Fábrica de Música disse...

Mas eu não acho que os filmes possam influenciar o comportamento das pessoas, pelo menos não nesse sentido de usar camisinhas. Todo mundo já sabe os riscos do sexo inseguro.

Adriano Queiroz disse...

Olá Marcos,

Tenho um perfil no twitter que divulga post de blogs que abordem o tema LGBT.
Divulguei o seu lá.
Se tiver indicações de post e blogs interessantes, pode me mandar e-mail.
Obrigado.

E-mail: lgbtblogs@gmail.com

twitter.com/LGBT_Blogs

Abraços.

André Mans disse...

muito boa essa iniciativa
isso precisa ser discutida
ainda mais que a prática do bareback só aumento por aí em festas, saunas e afins.