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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Resistência à homofobia é tema de espetáculo na SP Escola de Teatro

Inspirado nas diversas notícias de homens que foram agredidos e assassinados por conta de sua orientação sexual, a A Inacabada Cia. estreia o espetáculo "Meninos também amam - um poema manifesto cênico", que integra artes visuais, dança, teatro e performance, buscando compartilhar a não aceitação da violência contra homossexuais.

A montagem pode ser conferida nos finais de semana entre os dias 13 e 21, sábados, às 20h30, e domingos, às 19h30, na SP Escola de Teatro, com entrada no esquema "pague o quanto puder". 

Criada a partir de um poema do ator, diretor e dramaturgo Rafael Guerche, a montagem apresenta como manifesto cênico o corpo masculino desnudo, que é sempre alvo de retaliação nos casos de violências aos homossexuais. Em cena, a arte homoerótica e o afeto entre duas pessoas convidam o espectador para fazer uma reflexão e promover a resistência à homofobia. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

IBGE divulga dados sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo

Pela primeira vez o IBGE divulgou dados sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. No ano passado, para cada mil casamentos heterossexuais, houve três uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. Quase metade dos casamentos homossexuais foram realizados em São Paulo. 

Muitos desses casais são formados por pessoas que já estavam juntas há muito tempo, mas só puderam oficializar a união depois que o Conselho Nacional de Justiça autorizou o casamento entre homossexuais, no ano passado. 

Pela primeira vez o IBGE analisou os números de casamentos entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. No ano passado, ocorreram 3.701 uniões entre pessoas do mesmo sexo, o que representa 0,35% do total de casamentos no país. 

São Paulo foi o estado que registrou o maior número de uniões entre casais do mesmo sexo, seguido pelo Rio de Janeiro e por Minas Gerais.  A maioria dessas uniões gays no país foi entre mulheres: 52%. 

Outros dados da pesquisa do IBGE também mostram que o Brasil registrou mais casamentos e menos divórcios no ano passado. Foram 1,052 milhão casamentos, 1,1% a mais do que em 2012. A idade média para casar aumentou. Nas mulheres passou de 25 para 27 anos. Nos homens de 28 para 30 anos, isso em um espaço e uma década. 

Já número de divórcios diminuiu. Foram 16.679 separações a menos em 2013, uma queda de quase 5 % em relação ao ano anterior. E mais pessoas estão casando pela segunda vez. No ano passado, o recasamento representou 23% do total da uniões. Dez anos antes, significavam 13%.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

SBT corta cenas e transforma casal gay de novela em heterossexuais

O SBT está transformando um casal gay de uma novela mexicana em dois garanhões heterossexuais. Na dublagem de Sortilégio, que exibe há um mês na faixa das 16h, a emissora trocou todas as insinuações gays por diálogos de contexto hétero. Cenas da intimidade dos personagens Ulisses (Julián Gil) e Roberto (Marcelo Córdoba), que evidenciariam a orientação sexual de ambos, foram eliminadas na edição. Eles apenas trocam gracejos e se entreolham. 

Em Sortilégio, Ulisses e Roberto são bissexuais e têm um caso, mas fingem ser apenas bons amigos héteros. Eles têm namoradas. Na versão original mexicana, apareceram nus trocando carícias na cama e falando abertamente sobre sexualidade. 

No capítulo 16, exibido pelo SBT em 17 de novembro, Ulisses e Roberto preparam um drink enquanto estão conversando. O SBT cortou a cena quando os dois foram para a janela e se entreolharam com cumplicidade. 

No dia seguinte, uma cena romântica do casal gay foi mutilada. Na versão mexicana, enquanto caminham e fumam charuto, Ulisses diz a Roberto que gosta de homens e mulheres. Depois, os dois param. Roberto, em um gesto de carinho, pega o colar de Ulisses, que responde passando o charuto no lábio com sensualidade. 

Enquanto isso, no Brasil, o texto em que Ulisses diz que gosta de meninos e meninas foi trocada pela dublagem por “Namorei bastante lá. Eu ia para as festas e arranjava namorada”. As carícias, o charuto e a troca de olhares foram suprimidos. No capítulo de 20 de novembro, metade da cena do casal em uma banheira de hidromassagem também foi cortada, apesar de os dois nem se tocarem na versão da Televisa. 

Em 21 de novembro, o SBT transformou Roberto em hétero. Na versão mexicana, ele diz a Ulisses, em tom jocoso, que vai ver a sua “mulher”. A dublagem trocou “mulher” por “Raquel”, nome da falsa namorada, e fez o personagem suspirar, como se estivesse apaixonado por ela. Trocou a ironia original por uma declaração de amor velada. 

Procurado, o SBT disse que “todas as edições feitas são para adequar a novela à classificação indicativa para o horário de exibição, de acordo com a lei”. A trama mexicana é imprópria para menores de dez anos, mas o Ministério da Justiça não veta insinuações homossexuais. O mais curioso é que cenas mais pesadas, como o sexo na sombra entre os protagonistas Alessandro (William Levy) e Maria José (Jacqueline Bracamontes) foram ao ar. 

No capítulo com previsão para ir ao ar em 22 de dezembro, Ulisses e Roberto aparecerão na cama, nus, cobertos apenas com um lençol. Se os cortes persistirem, essa cena não irá ao ar no SBT.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Chile pode ser o quarto país da América Latina a legalizar casamento igualitário

O Chile está prestes a entrar numa lista que o coloca em 4º lugar na América Latina e em 21º no mundo: o de países onde o casamento gay é permitido.

Antes do fim da próxima semana, um grupo de parlamentares se comprometeu a apresentar um projeto de lei sobre o assunto. O grupo reúne representantes do Partido Democrata Cristão, Partido Socialista, Partido para a Democracia e do movimento Amplitude.

Antes de sua reeleição em março deste ano, a presidente Michelle Bachelet disse que é a favor do casamento igualitário, porém seu governo ainda está por resolver a questão, que ela diz apoiar desde 2006, durante seu primeiro mandato como presidente.

Em entrevista, o deputado Gabriel Silber, democrata Cristão, disse que era importante que "sentimentos iguais tivessem direitos iguais". "Não há nenhuma razão para ter cidadãos de primeira e de segunda classe", declarou. "Esperamos que o governo apoie a iniciativa e impulsione seu progresso, dando-lhe a prioridade adequada. Nós vamos nos encontrar com ministros do governo para apresentar o projeto de lei e esperamos contar com seu apoio."

Argentina, Uruguai e Brasil são os países sul-americanos que já permitem que casais do mesmo sexo se casem.

O Chile está na frente do Brasil com relação à criminalização da homofobia, que foi aprovada no país vizinho em 2012, quando o então presidente, Sebastián Piñera, apoiou o projeto de lei contra homofobia depois do assassinato do jovem Daniel Zamudio. Zamudio, gay de 24 anos, foi torturado por um grupo de jovens neonazistas, que o espancaram, mutilaram e desenharam a faca sinais da suástica em seu corpo.

Na ocasião, a atitude do presidente Piñera, de direita, chamou atenção pelo empenho com que ele defendeu pessoalmente a criminalização. O fato foi usado para cobrar uma postura do governo brasileiro, que apela ao argumento de que o chefe do Executivo nada pode fazer para ajudar na aprovação de uma lei desse tipo, já que tudo dependeria apenas do Congresso. Acontece que o presidente tem força pra unir suas bases, pedir apoio e cobrar a aprovação. A Argentina teve na presidente Cristina Kirchner apoio fundamental para reconhecer o Casamento Civil Igualitário.

Durante o discurso de aprovação à criminalização da homofobia, Piñera destacou-se também pelo uso correto dos termos, como orientação sexual e identidade de gênero, e ainda homenageou Zamudio: “Lembramos de Daniel e queremos dizer a seus pais que sua morte não foi em vão e que seu sacrifício está produzindo frutos abundantes”…“é preciso promover uma verdadeira e ampla cultura de tolerância à diversidade.”

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Frida Kahlo – Calor e Frio

A peça Frida Kahlo – Calor e Frio estreou em Berlim, no Centro de Pesquisas Teatrais de Jurij Alschitz e de lá seguiu para o México, se apresentando em teatros e universidades como a Escola Superior de Artes de Yucatán e tendo sido convidada até para uma apresentação naquela que foi a Casa de Frida, o Museu Casa Frida Kahlo, na Cidade do México. Além das apresentações da peça, intervenções urbanas e cursos ministrados marcaram a trajetória da companhia em várias cidades mexicanas. O processo vem recebendo a orientação do mestre russo Jurij Alschitz. 

Depois de uma temporada de sucesso de agosto a outubro no Viga e apresentações no Casarão do SESC Ipiranga, no Projeto É Logo Ali, foi convidada ainda a se apresentar no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, durante a primeira exposição com as fotos de Frida Kahlo no Brasil, em novembro e de Festivais. 

A história de Frida é recriada a partir das próprias obras. Através de um teatro que dialoga com música, dança, teatro, poesia, artes visuais e a festa, a peça evoca o universo da pintora Frida Kahlo. A arte e o papel do artista também são temas fundamentais da obra. A peça dialoga ainda com um momento muito potente para a América Latina: o início do século XX, em que o México recebe a visita de artistas como Eisenstein, Artaud, Maiakovski, Tina Modotti e políticos como Trotski e o continente começa a mandar suas influências ao velho mundo. Amor, liberdade, humor e potência de vida, bem como a natureza visionária do casal Diego-Frida, sonhando uma América poderosa são outros temas do espetáculo. 

Frida Kahlo- Calor e Frio, desde a concepção do texto, uma obra aberta – que pressupõe a participação ativa da poética do público na fruição da peça – em que os elementos dramáticos misturam-se aos narrativos e líricos, à presença da dança, da música e das artes visuais busca uma obra de artes cênicas que, sem abrir mão de uma comunicação empática e direta com o público, dialogue com questões contemporâneas, tanto na forma como no conteúdo. Toda a música é feita ao vivo. 



Serviço: 

Frida Kahlo – Calor e Frio
Apresentações: dias 6,7, 13 e 14 de dezembro 
“Esquenta” no Largo do Arouche às 18h. 
Cortejo às 18h30, chegada ao Museu da Diversidade Sexual às 19h.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

País alto índice de homofobia lidera "pornô gay" em sites de buscas

Um país com leis anti-gay e constante ataques aos homossexuais parece estar bem curioso sobre como é que funciona essa coisa de sexo entre dois homens ou duas mulheres. De acordo com o site de buscas Google, o Quénia, situado no continente africano, lidera as pesquisas pelas expressões 'fotos de sexo gay' e 'fotos pornô gay' feitas entre 2004 até o presente.

De acordo com o site inglês PinkNews, 92% dos quenianos concordam que a homossexualidade é inaceitável. Ter relações homoafetivas no país é contra a lei e pode acarretar em uma pena de até 21 anos na prisão.

Parlamentares do Quénia têm discutido uma lei ainda mais pesada contra quem cometer atos homossexuais, com penas que variam de prisão perpétua até morte por apedrejamento. 

Outros países com altos índices de ataques homofóbicos completam o top 5 de buscas por pornografia gay: a África do Sul, Nigéria, Paquistão e Índia, respectivamente. 

Filipinas, Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá ocupam do 6º ao 10º lugar no ranking, respectivamente.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Vídeo com Beijo Gay do “Parafernalha” Gera Comentários Homofóbicos

O canal de humor “Parafernalha” foi alvo de comentários homofóbicos na internet. Após publicar um vídeo  de humor sobre os piores momentos para uma festa surpresa, a página recebeu citações negativas sobre dois atores se beijam.

O vídeo já teve mais de 800 mil visualizações pelo YouTube. Nele, os atores brincam com várias situações vistas como ruins para ser surpreendido com uma festa de aniversário, e, no fim, mostram dois casais se beijando. Só que o que revoltou alguns internautas foi o grupo exibir uma cena de uma relação entre homossexuais.

O ator e empresário Felipe Neto, idealizador do "Parafernalha", repudiou as manifestações homofóbicos e frisou que "apesar do vídeo ter uma cena quase explícita de sexo heterossexual (o que colocamos de propósito), as críticas avassaladoras são contra um beijo gay que acontece na cena seguinte. Ninguém comenta a cena de sexo, apenas ficam ofendidos pelo beijo homossexual".

O canal já publicou outros dois vídeos com beijo gay, no qual também causou manifestações homofóbicas por parte dos internautas. Num vídeo em que ensina 'como não terminar um namoro', os atores Daniel Curi e Victor Lamoglia interpretam um casal de namorados. Já em outro vídeo, fala sobre "coisas de carnaval", o comediante Lucas Salles dá um beijo por engano em Daniel Curi, que está fantasiado de mulher.

 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Todos Podem ser Frida no Museu da Diversidade Sexual

“Todos podem ser Frida” é o do projeto da fotógrafa Camila Fontenele, inspirado na pintora mexicana Frida Kahlo, que tem a proposta de transformar os homens em Frida a partir dos cinco principais sentimentos e acontecimentos que marcaram a vida da artista: amor, dor, inteiro, cores e aborto. Para fotografar ela utiliza locações abandonadas ou casa de amigos, para cada fragmento é chamado um homem para posar, um artista plástico e um maquiador para fazer a parte visual. 

Frida Khalo começou a pintar aos 18 anos, quando estava se recuperando de um acidente entre um bonde e um trem. Esse acidente deixou ela entre a vida e a morte. A partir disso, ela passou o resto da vida com fortes dores pelo corpo e teve que usar coletes ortopédicos, pois o para-choque atravessou sua pélvis. Outro acidente na vida de Frida foi seu relacionamento com o também pintor mexicano Diego Rivera. Eles foram casados, e Frida descobriu que Diego tinha um caso com sua irmã Cristina, com quem teve 6 filhos.

O projeto "Todos poder ser Frida"entra em temporada gratuita no Museu da Diversidade de 12 de novembro de 2014 a 28 de novembro de 2015, com intervenção fotográfica com o público, permitindo que os visitantes se transformem em Frida e depois tenha seu retrato incluso na exposição. Para os interessados, os maquiadores estarão no Museu no dias 15, 16, 22, 23 e 30 de novembro e 06, 07, 13 e 14 de dezembro, entre 14h e 19h.

Serviço:

Todos Podem ser Frida
Endereço: Museu da Diversidade Sexual - Metrô República - Piso Mezanino
Data: de 12 de novembro a 28 de fevereiro
Horário de Funcionamento: de Terça a Domingos, das 10h às 20h

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Festival de Curtas de Direitos Humanos

Com o tema “Cidadania Cultural”, a 7° edição do ENTRETODOS – Festival de Curtas de Direitos Humanos acontece de 03 a 07 de novembro em 57 pontos de cultura, educação,institutos, coletivos, fundações, ruas e diversos outros locais de todas as regiões de São Paulo. Serão mais de 260 exibições espalhadas pelo norte, sul, leste, oeste e centro da capital paulista.

Na “Mostra Competitiva”, o ENTRETODOS 7 exibirá 29 curtas, sendo 16 nacionais e 13 internacionais de países como Irã, Servia, Chile, China, Índia, França, Espanha, Alemanha, EUA, Itália, entre outros. Muitos dos filmes selecionados refletem, principalmente, os fenômenos de reivindicações e demandas atuais, que buscam a consolidação dos direitos ligados à cidadania.

Os curtas estão divididos nos programas temáticos: “Vozes Urbanas”, “Possibilidades”, “Na lata”, “Incêndios” e “Visão de dentro”. Com curadoria de Manuela Sobral e Jorge Grinspum, a sétima edição do Festival, ainda contará com uma Mostra Infantil, que este ano traz uma novidade na programação, curtas produzidos pela Rede Municipal de Educação.

Os filmes concorrem a prêmios nas categorias de melhor curta-metragem, melhor roteiro, visão social, Educação em Direitos Humanos e Cidadania Cultural. Os premiados pelo Júri Oficial irão juntar-se ao vencedor do Melhor Curta-Metragem escolhido pelo voto popular. Este ano o Júri é formado por Lucia Murat, cineasta, Ivan Marsiglia, jornalista, Gil Marçal, Diretor da área de Cidadania Cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Francisco Cesar Filho, cineasta e curador do Cine Direitos Humanos, Tata Amaral, cineasta, Rafael Carvalho, programador de cinema e diretor de programação do Departamento de Expansão Cultural (DEC) da Secretaria Municipal de Cultura, Alessandro Santos, Professor do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia USP, e Oswaldo Santana, ator e editor de filmes.

A cerimônia de Premiação do 7º ENTRETODOS, marcada para 08 de novembro às 18h no Centro Cultural São Paulo (CCSP), anunciará os vencedores das seis categorias, que serão exibidos durante a Mostra dos Vencedores, que integra a programação do II Festival de Direitos Humanos – Cidadania nas Ruas, entre os dias 08 e 12 de dezembro. 

Serviço: 
ENTRETODOS 7 - Festival de curtas de Direitos Humanos 
Quando: 03 a 07 de novembro 
Mais informações: www.entretodos.com.br

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Trailler da Comédia Gay "O Casamento de Gorete"

Foi divulgado o trailler do filme "O Casamento de Gorete", que conta a história de uma popular apresentadora de radio, que recebe a inesperada herança de seu pai, há anos ausente em sua vida. Porém, nossa personagem só poderá tomar posse do dinheiro sob uma condição: casar-se.

O que poderia ser o sonho de qualquer mulher é, entretanto, o pesadelo da caricata Gorete, que permanece apaixonada por seu grande e perdido amor de infância. Um torneio para escolha de seu futuro marido, um casamento nada tradicional, absurdas tentativas de assassinato e as inseparáveis amigas, Domitila e Marivalda, completam o cenário dessa história de amor.

O grande ponto alto do filme é a interpretação do ator Carlos Bonow, que vive o papel do grande e perdido amor de infância de Gorete, com seu charme e boa forma consegue arrancar suspiros em todas as suas aparições.

No inicio de setembro, Letícia Spiller, que vive uma drag queen no filme e também trabalhou como produtora, fez uma apresentação exclusiva para comunidade LGBT, ocasião que eu tive a oportunidade de assistir o filme. O longe metragem estreia nos cinemas no dia 27 de novembro.

 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Vaticano defende mudança da Igreja em relação aos Homossexuais

Numa grande mudança de tom, um documento do Vaticano declarou nesta segunda-feira que os homossexuais têm "dons e qualidades a oferecer" e indagou se o catolicismo pode aceitar os gays e reconhecer aspectos positivos de casais do mesmo sexo.

O documento, preparado após uma semana de discussões sobre temas relacionados à família no sínodo que reuniu 200 bispos, disse que a Igreja deveria aceitar o desafio de encontrar "um espaço fraternal" para os homossexuais sem abdicar da doutrina católica sobre família e matrimônio.

Embora o texto não assinale nenhuma mudança na condenação da igreja aos atos homossexuais ou em sua oposição ao casamento gay, usa uma linguagem menos condenatória e mais compassiva que comunicados anteriores do Vaticano, sob o comando de outros papas.

A declaração será a base das conversas da segunda e última semana da assembleia, convocada pelo papa Francisco. Também servirá para aprofundar a reflexão entre católicos de todo o mundo antes de um segundo e definitivo sínodo no ano que vem.

"Os homossexuais têm dons e qualidades a oferecer à comunidade cristã: seremos capazes de acolher essas pessoas, garantindo a elas um espaço maior em nossas comunidades? Muitas vezes elas desejam encontrar uma igreja que ofereça um lar acolhedor", afirma o documento, conhecido pelo nome latino de "relatio".

"Serão nossas comunidades capazes de proporcionar isso, aceitando e valorizando sua orientação sexual, sem fazer concessões na doutrina católica sobre família e matrimônio?", indagou.

Vários participantes na reunião a portas fechadas afirmaram que a Igreja deveria amenizar sua linguagem condenatória em referência aos casais gays e evitar frases como "intrinsecamente desordenados" ao falar sobre os homossexuais. 

Essa foi a frase usada pelo ex-papa Bento 16 em um documento escrito antes de sua eleição, quando ainda era o cardeal Joseph Ratzinger e chefe da Congregação para a Doutrina da Fé.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

José Serra: O Senador da Diversidade

• No Ministério da Saúde, José Serra deu organicidade ao Programa Nacional de DST/Aids, reconhecendo que o movimento de defesa dos direitos da diversidade sexual era protagonista da luta contra a Aids. Com isso, o combate à epidemia tornou-se política de Estado e, hoje, é referencia mundial. 

• No município de São Paulo, José Serra, homem de visão, instituiu o primeiro órgão de administração pública brasileira voltado à diversidade sexual. Em seu segundo mês de governo frente à prefeitura de São Paulo, em 2005, criou a Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual. 

• Ainda em 2005, Serra decretou a criação do Conselho Municipal em Atenção à Diversidade Sexual, espaço de interlocução entre o poder público e a sociedade civil, bem como o Centro de Referência e Combate à Homofobia. 

• Como governador, Serra criou a Coordenação de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual, no âmbito da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania; instituiu o Comitê Intersecretarial de Defesa da Diversidade Sexual e o Conselho Estadual de Defesa da Diversidade Sexual e realizou a I Conferencia Estadual LGBT de São Paulo. 

• Em relação às garantias legais para a população LGBT, Serra regulamentou a Lei 10.948, e publicou decreto acerta do uso do nome social na administração pública. Para travestis e transexuais, Serra criou o Ambulatória de Saúde Integral. 

• Em 2007, Serra foi revolucionário ao reformular o Sistema Previdenciário do Estado de São Paulo, instituindo o direito à pensão ao(à) parceiro(a) e fundou o Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito, no âmbito de Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Floriano Pesaro: O Candidato da Inclusão Social e Respeito à Diversidade


O Floriano defende a inclusão social como forma de justiça e desenvolvimento social. Como homem público, demonstra o seu compromisso em combater o preconceito e garantir ampla cidadania e igualdade de direitos a todas as pessoas, independente de sua cor, religião, origem, etnia, classe social, crença, identidade de gênero, orientação sexual, deficiência, grau de instrução, alinhamento político, idade ou qualquer outra desculpa usada para excluir e discriminar diversos grupos e segmentos da sociedade. O processo de exclusão e vulnerabilidade social e econômica só é revertido com educação, inclusão social, saúde preventiva e políticas públicas coordenadas, que fortaleçam os direitos dos cidadãos. A defesa pela garantia dos direitos humanos irá pautar o mandato do Floriano Pesaro como deputado federal. “Se o Brasil não for para todos, não será para ninguém”, ressalta ele.

O Floriano defende: 

- a criação de políticas públicas voltadas à saúde preventiva, o acesso à alimentação de qualidade, a educação alimentar e nutricional, para a diminuição da sobrecarga no Sistema de Saúde: 

- a redução de impostos em alimentos com alto valor nutricional e o aumento de impostos em alimentos com baixo valor nutricional. 

- o aperfeiçoamento e o fortalecimento da participação setorial da Saúde na implementação das políticas de saneamento básico; 

- a padronização das calçadas e a sua responsabilização pelo poder público, contribuindo para a sustentabilidade, a segurança pública e a saúde. 

- o desenho universal, com ambientes iguais, acessíveis, sustentáveis e seguros para todos, com equipamentos ou espaços adaptáveis, sinalizações e mapas com uma linguagem clara, acessível e de fácil entendimento. 

- o atendimento das necessidades específicas na educação especial, assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades; 

- a prioridade do acesso à educação infantil e a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 

- o orçamento impositivo para a área da Assistência Social, destinando 5% no mínimo do orçamento para as políticas de desenvolvimento social; 

- o fortalecimento e a reorganização da Política de Enfrentamento e a Erradicação do Trabalho Infantil; 

- o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas), para um melhor atendimento de famílias residentes em locais vulneráveis; 

- o fortalecimento da articulação entre os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), os Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas), escolas, unidades básicas de saúde, Programa de Saúde da Família (PSF) e demais políticas sociais. 

- equiparar a prática da homofobia/lesbofobia/transfobia e bifobia à prática do racismo como crime inafiançável e imprescritível. 

- o respeito ao Estado laico por todas as esferas do poder. 

- a inclusão no currículo escolar de conteúdo relativo a promoção dos direitos humanos, ressaltando a importância da igualdade de gênero, igualdade racial, respeito à diversidade, a inclusão de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, bem como das populações LGBT, indígena e outros grupos vulneráveis social ou economicamente. 

- o respeito à orientação sexual e à identidade de gênero, apoiando as leis que estão tramitando no Congresso, como a lei de identidade de gênero, casamento civil igualitário e outras. Implementação, fiscalização e acompanhamento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT. 

- fortalecimento do Conselho Nacional LGBT.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Dilma Rousseff: A Candidata das “Opções Sexuais”

Dilma Rousseff, a mesma candidata que disse que em seu governo não faria propaganda de “opções sexuais”, voltou a defender a criminalização da homofobia após a repercussão da declaração homofobica de Levy Fidelix no debate eleitoral do TV Record. 

"Meu governo e eu, tanto publicamente quanto pessoalmente, somos contra a homofobia e acho que o Brasil atingiu um patamar de civilidade no qual todos nós não podemos conviver com processos de discriminação que levem à violência", disse em entrevista coletiva em São Paulo. A declaração da presidente me causou muita estranheza, pois foi ela e o seu partido que abriu concessões ao PLC 122 para acalmar os ânimos da bancada fundamentalista, forte base de apoio ao seu governo.

Dilma lembrou ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF), ao reconhecer a união estável entre casais do mesmo sexo, garantiu os direitos civis a todos os cidadãos. "O STF foi claro e definitivo. Isso não está mais em discussão", afirmou. Ela, no entanto, evitou responder se aceitaria o apoio de Fidelix num eventual segundo turno. "Estou no primeiro turno e não vou fazer precipitação. Só falo em segundo turno depois do voto depositado na urna e computado." 

O STF tem total autonomia pelos seus atos. A vitória do reconhecimento da união estável junto ao STF não é da Presidente Dilma e nem do PT, essa vitória é da sociedade civil. Em nenhum momento tivemos apoio da presidência, como houve na Argentina e se Dilma estivesse realmente preocupada com os assassinatos homofóbicos que ocorrem no Brasil, ela mandaria um projeto para o Congresso e usaria sua base aliada, que é maioria na casa, para garantir a rápida aprovação.

Recentemente Dilma voltou a falar em "opção sexual" em seu programa de governo. Como ela pode estar conectada com a causa LGBT se não está alinhando nem com a terminologias do movimento? Quem vota em Dilma Rousseff, vota contra a cidadania e os princípios de igualdade. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Entrevista de Cássio Rodrigo para o Site #VoteLGBT

1. Quais são suas principais propostas para a população LGBT? 

– Atuar junto com a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, com as Coordenações de Políticas para as Populações Negra e Indígena e da Diversidade Sexual, bem como com outros órgãos da Pasta, no sentido de ampliar as ações de enfrentamento ao racismo, à homofobia, à xenofobia e a outras formas de intolerância, principalmente por meio da divulgação das leis estaduais que proíbem esse tipo de crime no estado de São Paulo; 

– Buscar a implementação de fundos para custear ações de enfrentamento ao racismo, à homofobia, à xenofobia e às demais formas de discriminação e preconceito; 

– Atuar junto à Secretaria de Segurança Pública, visando a ampliação e descentralização da DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) para o interior do Estado de São Paulo; 

– Buscar a interlocução com a Secretaria de Segurança Pública para a ampliação do escopo da disciplina de Direitos Humanos, ministrada para a Polícia Civil e Militar, visando à quebra de estigmas para com a população negra e LGBT; 

– Atuar junto à Defensoria Pública do Estado de São Paulo para interiorização do atendimento do Núcleo de Combate à Discriminação; 

– Criar um núcleo junto ao mandato para receber as denúncias e demandas por segurança pública com os recortes do racismo, homofobia, xenofobia e demais registros de discriminação ou intolerância. 

– Fomentar, junto à Secretaria de Estado da Cultura, a inserção de diferentes grupos culturais, como a cultura popular, o samba, a tradicional, a negra, a LGBT, a cigana, a nordestina, a dos povos latino-americanos, dentre outras, nos programas já estabelecidos – Circuito Cultural Paulista e Virada Cultural Paulista; 

– Buscar a ampliação dos Editais ProAC de Diversidade Cultural – Hip Hop, Negro, Indígena, Tradicional e LGBT; 

– Fomentar e ampliar a ação do Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual – Museu da Diversidade Sexual, visando seu fortalecimento e plena efetivação; 

– Dar visibilidade aos produtores e artistas negros, ciganos, indígenas, LGBT e deficientes nos programas e projetos culturais do estado de São Paulo; 

– Realizar a interlocução com o governo para a ampliação dos programas e projetos sociais, visando o incremento das questões de gênero, raça e etnia, orientação sexual e identidade de gênero, deficiência e geracional; 

– Articular, junto ao governo de São Paulo, o incremento de programas de geração de renda e trabalho, com enfoque de gênero, raça e etnia, orientação sexual e identidade de gênero, deficiência e geracional; 

– Buscar junto ao governo o fomento, ampliação, implementação e monitoramento do Selo Paulista da Diversidade, como forma de inserir, nos meios formais de trabalho, o recorte de gênero, raça e etnia, orientação sexual e identidade de gênero e deficiência; 

– Articular, junto à rede estadual de educação, a ampliação das atividades, projetos e programas de combate ao bullying, como a ampla divulgação e distribuição da cartilha estadual de combate ao bullying. 

2. Quais outras propostas da sua candidatura você gostaria de destacar? 

– Criar o debate, junto às prefeituras, sobre a importância da cultura e da produção cultural, visando a criação de linhas de fomento municipais em todo o Estado de São Paulo; 

– Fomentar a profissionalização de grupos artísticos formados por pessoas com deficiência, visando a inserção artística plena desses grupos na produção cultural paulista; 

– Fomentar, fortalecer e buscar a plena efetivação do Selo de Acessibilidade Comunicacional nos equipamentos da Secretaria de Estado da Cultura, bem como junto às prefeituras paulistas; 

– Articular a inserção de programas e projetos voltados para a economia criativa no âmbito estadual, como forma de geração de renda e trabalho, com profissionalização e inserção no mercado formal e informal; 

– Articular, junto à rede estadual de educação, a ampliação das atividades, projetos e programas relativos às Leis 10.639/03 e 10.645/2008, que incluem, no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. 

3. Qual sua mensagem para as eleitoras e os eleitores LGBTs? 

Acredito que a comunidade LGBT, unida, possui uma força política da qual nem ela ainda se deu conta. Se pudermos eleger nossos representantes, sim, por serem lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, empenhados e combativos na luta contra a homofobia, poderemos começar a mudar o cenário político atual.

domingo, 28 de setembro de 2014

Entrevista de Floriano Pesaro para o Site #VoteLGBT

1. Quais são suas principais propostas para a população LGBT? 

O respeito ao Estado laico por todas as esferas do poder. 

Equiparar a prática da homofobia/lesbofobia/transfobia e bifobia à prática do racismo como crime inafiançável e imprescritível. 

Fortalecimento do Conselho Nacional LGBT. 

A inclusão, no currículo escolar, de conteúdo relativo a promoção dos direitos humanos, ressaltando a importância da igualdade de gênero, igualdade racial, respeito à diversidade, a inclusão de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, bem como das populações LGBT, indígena e outros grupos vulneráveis social ou economicamente. 

O respeito à orientação sexual e à identidade de gênero, apoiando as leis que estão tramitando no Congresso, como a lei de identidade de gênero, casamento civil igualitário e outras. Implementação, fiscalização e acompanhamento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT. 

2. Quais outras propostas da sua candidatura você gostaria de destacar? 

Além da inclusão tenho propostas nas áreas da Educação, Gestão Pública (Governo Eletrônico, e a prestação de serviços públicos por meio eletrônico), Reforma Política e Mobilidade Humana. 

Defendo o voto distrital misto com financiamento público de campanha, para que haja mais representatividade na política, além da diminuição de gastos, e adoção de uma cláusula de desempenho para a obtenção de recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e televisão. 

3. Qual sua mensagem para as eleitoras e os eleitores LGBTs? 

Em 2005, antes dos meus dois mandatos de vereador, como Secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, criamos o Centro de Referência da Diversidade – CRD, que trabalha com mulheres, crianças, negros, pessoas com deficiência, idosos, homossexuais, travestis e outros grupos e pessoas em situação de vulnerabilidade. 

Como vereador propus a Lei nº 15.900/13, que incluiu o Dia Municipal de Luta Contra a Homofobia, Lesbofobia e Transfobia no Calendário Oficial da Cidade de São Paulo, e do Projeto nº 147/2013, que institui a Política Municipal de Promoção da Cidadania LGBT e Enfrentamento da Homofobia e lutei contra o Dia do Orgulho Hétero e a proibição da Parada na Av. Paulista. 

Propus também o Projeto de Lei 497/2009 que proíbe discriminação motivada por etnia, deficiência, origem, gênero, classe social e geracional e contra a população LGBT em estabelecimentos comerciais, industriais, de serviços e similares na nossa capital. Isso quer dizer que se ocorrer discriminação em qualquer estabelecimento a empresa também será responsabilizada. O objetivo é difundir a importância de um treinamento adequado aos funcionários desses estabelecimentos e a importância de se cultivar o respeito e a proibição de atitudes discriminatórias, que deverão ser combatidas, independentemente de serem praticadas por empregados ou por clientes. 

Nas eleições 2014 sou candidato a Deputado Federal, meu número é 4544. São Paulo é uma cidade plural, construída por mulheres e homens, vindos de todas as partes do Brasil e do mundo. A diversidade não poderia encontrar melhor lugar para se expressar culturalmente. A cidade com a maior Parada LGBT do mundo não pode mais ser a que ostenta números assustadores de casos de violência de gênero ou motivada por orientação sexual! Vamos lutar para sermos de fato uma cidade de vanguarda, que respeita e coexiste com as diferenças. É essa a contribuição que se espera de nós!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Letícia Spiller se reúne com comunidade LGBT para exibição especial de "O Casamento de Gorete"

A atriz Letícia Spiller desembarca na próxima quarta em São Paulo para mostrar a comunidade LGBT o filme “O Casamento de Gorete”, onde vive uma drag queen. A atriz quer a opinião dos gays sobre a construção de sua personagem na trama. Com estreia prevista para 20 de novembro no Rio de Janeiro, o filme tem a direção de Paulo Vespúcio Garcia e conta ainda com Rodrigo Santana (a Valéria, do Zorra Total), Tonico Pereira e Ataíde Arcoverde no elenco.

Com a vinda a capital paulista para esse exibição especial, Spiller, que também trabalhou como produtora, mostra todo o cuidado em representar Roxana. Segundo a própria atriz, a inspiração veio das cantoras Shakira, Beyoncé e da drag Thammy La Close, que ajudou a compor a personagem. A exibição do filme vai acontecer no hotel WZ e vai reunir personalidades da cena gay.

Sinopse:

Gorete é uma popular apresentadora de rádio, que recebe uma herança de seu pai, há anos ausente em sua vida, porém para receber tal herança, surge a condição de casar-se. Para isso, Gorete e suas duas melhores amigas: Domitila e Marivalda, preparam um torneio para achar o par ideal, por outro lado Gorete nunca conseguiu esquecer o grande amor de sua juventude.

Um torneio para escolha de seu futuro marido, um casamento nada tradicional, absurdas tentativas de assassinato e as inseparáveis amigas, Domitila e Marivalda, completam o cenário dessa divertida, leve e inspiradora história de amor.


Exibição do Filme Gorete para a comunidade LGBT
03/09/2014
Local: WZ Jardins
Endereço: Avenida Rebouças, 955 – Jardins – São Paulo/SP
Horário: 17h
Informações para a imprensa : (11) 99200-1263

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Não Conte a Ninguém estreia remontagem em São Paulo

Não Conte a  Ninguém teve sua primeira montagem em 2012, circulou por cidades do interior através do PROAC LGBT. A Cia. Artera de Teatro vai estrear uma remontagem do espetáculo que ficará em cartaz na cidade de São Paulo, buscando uma encenação mais inventiva e moderna.

A peça fala sobre amor. Retrata a vida de adolescentes que vivem as experiências de suas paixões e os dilemas da sexualidade. A história gira em torno de Deco, preso na ebulição dos hormônios da adolescência, relata suas dúvidas, descobertas. Ele tenta estabelecer uma relação com a infância e a vida adulta, quebrando as barreiras locais na vivência do seu primeiro amor, um professor de Português. O espetáculo faz uma abordagem da homossexualidade de forma sensível e sem estereótipos, tocando em pontos cruciais do funcionamento da sociedade contemporânea e explora os limites experimentados na adolescência.

A peça brinca com a construção dos espaços através da projeção de vídeos. É uma alegoria da memória. Pensando nisso, o local onde a ação ganha corpo é a mente do personagem central.

O cenário é uma tela onde são projetadas as imagens. Também parte dos cenários são animações, utilizamos a linguagem cinematográfica na cena, através dos vídeos feitos por Zeca Rodrigues.

Poucos elementos são usados: luminárias, cadeiras e poltronas. Dessa forma, o cenário vai sendo desvendado ao espectador através das percepções dos personagens. A peça brinca com todas as cores e atmosferas, alegres e melancólicas. Figurinos e adereços são contemporâneos, roupas que retratam o jovem, auxiliando na criação da identidade dos personagens. 

Serviço: 
Espaço Parlapatões Praça Franklin Roosevelt, 158, Consolação 
Tel 11 3258 4449 
Ingressos R$ 30,00 e R$ 15,00 
Temporada de 5 de agosto a 30 de setembro de 2014 
Terças-feiras às 21 horas

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Plano de Governo de Aécio Neves contempla população LGBT

Como determina a Justiça Eleitora para todos os candidatos nas próximas eleições, Aécio Neves (PSDB) divulgou as diretrizes gerais de seu Plano de Governo. O compromisso com a Comunidade LGBT surge oito vezes em seu plano, contemplando também outros segmentos historicamente esquecidos pelo Governo Federal. Aécio usa a sigla "LGBT" seis vezes e a expressão "orientação sexual" outras duas vezes.
Nosso governo buscará a renovação do compromisso com os princípios de igualdade, segurança e paz - o trinômio dos direitos humanos modernos. Será dada forte prioridade às políticas afirmativas em relação aos setores mais vulneráveis de nossa sociedade, em especial às mulheres, idosos, crianças, afrodescendentes, LGBT, quilombolas, ciganos, povos indígenas e pessoas com deficiência.
Tamanha abrangência coloca a Comunidade LGBT nas principais áreas do possível futuro governo, inclusive na superação sistemática da homofobia.

As citações aos LGBT estão condensadas no ponto em que enumera os compromissos com os Direitos Humanos. Dentre as diretrizes estão a elaboração do 4º Plano Nacional de Direitos Humanos para "completar e aperfeiçoar as políticas pública relativas aos Direitos Humanos" e cita dentre as "populações vulneráveis" os LGBT.
Elaboração do 4º Plano Nacional de Direitos Humanos que, no marco dos princípios constitucionais do nosso Estado Democrático de Direito, complete e aperfeiçoe as políticas públicas relativas aos direitos humanos, em especial quanto aos setores mais vulneráveis como mulheres, crianças, idosos, afrodescendentes, LGBT, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiências, vítimas da violência e indígenas.
Aécio também pretende estimular os "movimentos afrodescendentes, LGBT, indígena e cigano para a promoção de eventos contra o racismo e a homofobia". E fala da ampliação da "participação da comunidade LGBT nos debates do Programa Brasil Sem Homofobia, e articulação deste programa como iniciativas estaduais e municipais".

O candidato Tucano inova e se compromete a manter uma oitiva permanente, através do Fórum Nacional de Diálogo, das reivindicações dos movimentos sociais que lutam pela garantia de direitos de negros, indígenas, ciganos, quilombolas e LGBT".

A população LGBT também é citada no projeto de articular políticas de saúde, assistência social, educação, previdência, Direitos Humanos e justiça "para garantir que o governo atue de forma permanente e integrada na defesa e no acesso a todos os direitos sociais" de comunidades como a LGBT.

O Plano de Aécio garante ainda o apoio e linhas de pesquisa universitárias relativas a questão étnico racial e de diversidade sexual e organização de Protocolo de Prevenção ao Racismo e Discriminação por Orientação Sexual com "participação de polítidas de justiça, direitos humanos, assitência social, educação, saúde e igualdade racial em ampla parceria com a sociedade civil".

Em entrevista concedida a Folha de São Paulo, em maio de 2013, Aécio declarou ser a favor da união cívil entre homossexuais e afirmou que a polêmica em torno do pastor Feliciano (PSC/SP) "foi longe demais", classificando o congressista como "despreparado".

sábado, 28 de junho de 2014

Domingo na Praça: Um relato após os 45 anos do levante de Stonewall


Era um domingo azul de março de 2014. O programa do dia previa uma caminhada pela high line, uma passada no Chelsea Market e um passeio por Greenwich Village.

A cidade ainda estava encoberta pela última neve do inverno, e o dia bem gelado. “Foi um inverno rigoroso”, afirmaram os americanos. Mas a capital do mundo não perde seu encanto mesmo em dias cinzentos. 

No final do percurso, a ansiosa passagem por Stonewall Place. De repente eu estava ali naquela pracinha onde tudo se passou. Uma forte emoção tocou conta de mim. Impossível não se emocionar com as estátuas em homenagem aos que tomaram a frente da luta dos direitos dos cidadãos LGBTs e se insurgiram contra a ordem instituída que os proibia de ir e vir, de ser quem se deseja ser e de amar. 

Sentei num dos bancos da praça e fiquei um bom tempo admirando tudo e tentando imaginar aqueles dias de junho de 1969. Ao lado, duas garotas fotografavam. No outro banco, uns rapazes brincavam com a neve. Na rua ao lado, o barulho de um grupo de pessoas que aguardavam a fila de um restaurante chamava a atenção, o horário de almoço se aproximava. 

Fotografei a praça e caminhei até o bar stonewall Inn, o bar onde tudo começou. Fiquei ali por um tempo observando o local. Um momento mágico. Seria mais um bar na cidade, não fosse um marco na história de uma luta. Uma luta à liberdade de expressão, à igualdade, à vida, ao amor e à felicidade. 

Saindo de stonewall seguimos pelos arredores tentando seguir o curso dos dias de 1969. No entorno as placas com nome das ruas homenageia e lembra os cidadãos LGBTs de ontem e de hoje. 

Nos despedimos apressadamente da região, um almoço nos aguardava com a ativista Márcia Rocha, a acadêmica Berenice Bento e a bela Joyce Lee, que eu conheci naquele dia e de quem tenho tido a felicidade de trocar a amizade. 

Nova York não foi mais a mesma desde aqueles dias de junho de 1969, o mundo também passou a contar uma história de afirmação, de visibilidade e de lutas em defesa dos direitos de uma população. 

A praça de guerra de Greenwich Village parecia uma praça de paz naquele domingo de março. Até a neve ajudou no cenário. Mas os dias de junho de 1969 estão ali, presentes na memória de cada banco, de cada esquina e de cada rua. 

A luta continua, e as pedras no caminho também. 45 anos se passaram desde a conhecida Revolta de Stonewall, quando a população LGBT se juntou para resistir aos maus tratos da polícia contra essa comunidade. Muita coisa mudou, mas há muito a conquistar. Transportar cada pedra na tentativa de trilhar um caminho menos pedregoso é tarefa de todos e todas comprometidos o ser humano.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Mostra Critica a Homofobia no Irã

O Grupo Gay da Bahia (GGB) mais antiga entidade do gênero no país, vai aproveitar o jogo da seleção do Irã contra a Bósnia pela Copa do Mundo, em Salvador, na próxima quarta-feira, 25, para promover uma exposição contra a república islâmica iraniana. 

O GGB resolveu inaugurar a exposição "Irã, o Inferno dos Homossexuais" - Exposição de Fotos sobre a Homofobia na República Islâmica do Irã na sede da entidade, no Pelourinho, no mesmo dia do jogo do Irã contra a Bósnia, das 10h às 18h. A mostra permanecerá aberta até fim do mês de julho, mesmo após o término no Mundial, cuja final será no dia 13 do próximo mês. 


Conforme o GGB, dentre os 76 países do mundo onde ainda persistem leis que condenam os homossexuais a serem torturados e presos, sete condenam à morte: Irã, Arábia Saudita, Iêmen, Mauritânia, Sudão, Somália e Nigéria (apenas a região norte). Destes, ainda de acordo com a entidade, o Irã é o "mais homofóbico", pois o ex-presidente Ahmadinejad declarou que não existem gays no país, ali ocorrendo todos os anos duas ou mais execuções de homossexuais. A homofobia é política oficial de estado, 'homofobia governamental'", divulgou a entidade. 

A entidade informa que, entre as fotos da exposição, serão exibidas "cenas chocantes do enforcamento em praça pública em Teerã de jovens gays, as costas ensanguentadas de vítimas de açoites e torturas. Mas também fotos do ex-presidente Ahmadinejad beijando no rosto outros homens - o que demonstraria a contradição da cultura islâmica que convive com atos públicos de "homossociabilidade", mas condena à morte os que assumem ou são acusados de homoerotismo. 

Há críticas, ainda, ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma, pela recepção e apoio a Ahmadinejad, constando na exposição fotos e caricaturas de Lula com o ex-presidente do Irã. Segundo Mott, em muitos países homofóbicos radicais, as autoridades religiosas muçulmanas estimulam que gays sejam submetidos a operações de mudança de sexo, "consertando" assim o abominável pecado de um homem amar outro homem.