Como em todos os anos, a edição de 2012 do bloco de Carnaval da Banda do Fuxico foi um sucesso. Milhares de pessoas tomaram as ruas do Centro de São Paulo, formando um grande bloco no Largo do Arouche, que deveria seguir pela Praça da República, Avenida São Luis, Rua Xavier de Toledo, Praça Ramos de Azevedo, Teatro Municipal, Rua Conselheiro Crispiniano, Largo Paissandu, Avenida São João, Avenida Ipiranga, Igreja da Consolação, Rua Rego Freitas e novamente no Largo do Arouche. Mas um acidente na Av. São Luís interrompeu o bloco.
Neste ano, o carro estava bem mais alto que no ano anterior e já na Praça da República os participantes que estavam e cima do trio tinham que se abaixar, alguns se deitavam para não encostarem nos fios de alta tensão. Quando entramos na São Luís, vários participantes desceram do carro, pois a Avenida é cortada de fora a fora com fios de alta tensão dos ônibus elétricos. Eu fiquei com preguiça de descer, meu objetivo era chegar com o carro na Viera de Carvalho e de lá ir embora.
Quando estávamos no meio da Avenida o barman e um funcionário da brigada de incêndio pegaram uma garrafa pet vazia e com ela dobrada estavam erguendo o fio para não encostar no carro. Quando vi a cena, pensei em descer, senti que aquilo iria da merda. Mas não tive tempo, logo após a barra de ferro do trio bateu no fio de alta tensão e tudo começou estourar. Saiam faíscas para todos os lados e o funcionário da brigada de incêndio começou a gritar, pedindo para todos terem calma e não encostarem nos ferros.
Ficamos todos nos chão, não sei precisar por quanto tempo, talvez 10 ou 15 minutos e nesse meio tempo faíscas saindo dos fios e todo mundo gritando em cima do carro. Começamos a descer do carro um por um e sempre com a recomendações para não segurar nas barras de ferro, mas é impossível descer de um trio, sem sair rolando pela a escada, se não segurarmos as barras de ferro. Quase cai quando desci do carro, pois estava com as pernas moles de tanto nervoso e graças a Deus, a brigada de incêndio conseguiu evacuar todo o carro sem nenhum ferido.
Quando cheguei em casa, ainda estava assustado. A tensão nervosa atacou o meu estomago e passei mal a noite inteira. Agradeci a Deus por tudo isso não ter virado uma tragédia, pois a situação que estávamos ali, todos jogados no chão e amontoado, se um pegasse na barra de ferro, certamente todos seriam eletrocutados.
2 comentários:
Gente, que horror, Marcos! Eu morreria de medo! Lembra do nosso trio na Parada, 2010? Pois é, eu já achei aquele trio um lixo, velho, as grades mal sustentando e o pessoal insistindo em se debruçar nelas... nunca mais... percebe que, por economia, sempre o quesito "segurança" é posto de lado... aquele meu trio estava todinho enferrujado! Triste isso, muito...
Mas fico feliz que não tenha ocorrido nada pior,
Ricardo Aguieiras
aguieiras2002@yahoo.com.br
nossa, que perigo, gente!
um perigo mesmo!
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