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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Marcha Contra a Homofobia na Av. Paulista

Uma grande Marcha contra a Homofobia será realizada neste sábado, 19 de fevereiro, na Av. Paulista, em São Paulo, com a presença da Ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos. O evento é organizado por jovens ativistas que utilizam o Facebook como instrumento de mobilização e é apoiado pela recém-criada Frente Paulista contra a Homofobia, dentre outros grupos. Eles pedem o fim da violência homofóbica e reivindicam a aprovação do PLC 122/2006, Projeto de Lei da Câmara que torna crime a discriminação de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros.

A concentração será na Praça do Ciclista, esquina da Av. da Consolação, às 15h com destino ao edifício 777 da Av. Paulista, local que se tornou simbólico por ter sido palco da mais noticiada agressão homofóbica de 2010: em 14 de novembro, um estudante de 23 anos foi agredido com lâmpadas fluorescentes por um grupo de jovens.

Depois da agressão com as lâmpadas, outros episódios semelhantes tornaram a acontecer na região da Paulista. No sábado, dia 4 de dezembro de 2010, dois homens de 28 anos foram espancados. O mesmo aconteceu no dia seguinte, quando um casal de rapazes foi agredido na Rua Frei Caneca por um homem que portava um soco inglês. No dia 21 de dezembro de 2010, uma garota também levou socos e empurrões após beijar uma amiga na Rua Augusta. E 2011 já começou com novas agressões: no dia 25 de janeiro, um grupo de rapazes vestidos de preto atacou um estudante de 27 anos, que levou uma garrafada no olho direito e foi parar no hospital. A violência contra a população LGBT, no entanto, está longe de acontecer apenas na região central da cidade. Também no início deste ano, um casal de lésbicas levou chutes e pontapés dentro de uma lanchonete da rede McDonald's, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

Os organizadores da marcha acreditam que casos assim continuarão acontecendo enquanto a população LGBT não dispuser de um instrumento jurídico que os proteja. "O incessante número de ataques contra LGBTs tem mostrado que há pessoas que julgam ter 'direito' a discriminar os LGBTs por falta de um crime específico. A aprovação do projeto as conscientizaria de que esse 'direito' não existe e traria uma pena maior para atos discriminatórios, mais condizente com a sua gravidade, por se tratarem de crimes de ódio”, afirma Paulo Roberto Iotti Vecchiatti, Mestre em Direito Constitucional e um dos colaboradores da Marcha.

A marcha também pretende relembrar a série de ataques homofóbicos, como forma de conscientizar a sociedade para a necessidade da aprovação do PLC 122. Os ativistas pretendem desmistificar a idéia de que a lei fere a liberdade de expressão ou de culto religioso, uma vez que o texto apenas altera a Lei contra o Preconceito (Lei 7716/89), acrescentando "origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero" ao rol já existente de "discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".

“Nosso objetivo com manifestações como a Marcha Contra a Homofobia é chamar a atenção da sociedade para o que está acontecendo com os gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais no Brasil. Chegou o momento de mudar! Somente com uma Lei Federal que criminalize a homofobia estaremos seguros", diz Paulo Tavares Mariante, advogado membro do grupo Identidade, de Campinas; "queremos direitos iguais, ou seja, criminalização da homofobia e aprovação do casamento civil igualitário", conclui.

MOBILIZAÇÃO ONLINE

Uma nova militância vem surgindo. Os organizadores da marcha são jovens que se reúnem em comunidades virtuais, como a do grupo Ato Anti-Homofobia, que já conta com mais de 1.600 integrantes, para discutir ideias e ações contra a homofobia. O objetivo é agregar o maior número de pessoas por meio de tal plataforma. Assim foi organizado o protesto em frente à Universidade Mackenzie no final do ano passado, quando o chanceler da instituição emitiu carta pública contra a aprovação do PLC 122/2006. O ato contou com a participação de cerca de 3.000 pessoas, em sua maioria informados pelo site. Pouco tempo depois, o mesmo grupo reuniu cerca de 500 pessoas em frente à Doceria Ofner da Alameda Campinas para um “beijaço” em resposta à discriminação sofrida por um casal homossexual que se abraçava dentro do estabelecimento.

SERVIÇO:

Marcha Contra a Homofobia
DATA: 19 de fevereiro de 2011
LOCAL: Praça do Ciclista, Av. Paulista esquina com a Av. da Consolação
HORÁRIO: Concentração às 15h
ITINERÁRIO: O grupo sai em marcha da Praça do Ciclista e segue em direção ao edifício 777 da Av.Paulista

Um comentário:

FOXX disse...

é, eu faço parte do grupo...
apesar de estar em bh