Depois de muita conversa, resolvi colocar todos os pingos nos “is”, confesso que foi mais difícil do que imaginava. Às vezes gostaria de ser menos taurino, talvez mais aquariano ou libriano, mas não totalmente, taurinos tem um brilho especial.
Passei 4 dias em São José dos Campos e foram 4 dias de saudade de algo que eu nunca tive, saudades daquilo que estava para ter, saudades do que talvez eu não terei. Entre sentimentos e frustrações, resolver ser o mais franco possível e disse tudo o que eu estava disposto. Tive a reação que esperava. A reação de compreensão da outra parte, compreensão acompanhada de tristeza.
Entre os meus posicionamento, estava à decisão de não procura-lo, até que os seus sentimentos fossem minimamente reconhecidos e expressados. Não posso ficar preso num relacionamento que nem começou por conta de fatores oclusos, que não são inerentes a minha pessoa.
Na volta para São Paulo, um incomodo. Estava ouvindo o CD que ele havia me emprestado. Resolvi devolve-lo no mesmo dia, talvez numa alternativa insana de vê-lo novamente, mas sustentando a situação que não queria ficar com nada dele e que era melhor vê-lo agora, do que na semana que vem, quando ele voltasse de viagem.
Após um compromisso, em meio à protestos de um amigo, fui até o seu apartamento. Mal conseguíamos olhar um para o outro. Havia uma tensão muito forte no ar, palavras mentalmente sendo ditas e a sensação que todas elas eram absorvidas, quando nos olhávamos, tínhamos a certeza que mesmo em silencio, estávamos conversando. Ficamos nessa situação/sensação por quase duas horas.
Às vezes o meu braço roçava no dele, era uma sensação maravilhosa, o toque que precisávamos para acalmar a necessidade que as nossas peles sentiam de estarem juntas. De repente, numa ação inesperada, ele me abraçou e ali ficamos por uns dois minutos, dei um beijo no seu pescoço e disse que tinha que ir embora. Ele retrucou, disse que o abraço não era para se despedir e sim para saciar o desejo carnal dos dois corpos unidos por um desejo. Antes de ir embora, nos abraçamos mais duas vezes.
Voltei para casa tendo dele apenas o sentimento, o CD havia devolvido, porém voltei com a consciência tranqüila que não trai o meu coração e que fiz absolutamente tudo para que esse relacionamento que estava prestes a nascer, não tivesse uma morte prematura. Ele me pediu tempo para colocar as idéias no lugar e confessou que já sentia saudades, sentimento que nesse momento compactuo.
Acredito que com espaço, algo pode acontecer, como disse anteriormente: eu já passei por tudo isso e sei como tal situação é difícil. Tenho uma amiga de trabalho que é casada há mais de 20 anos, antes dela assumir algo definitivo com a sua esposa, elas ficaram um ano se conhecendo, de forma leve e descompromissada. Acredito que os relacionamentos de sucesso nascem assim, sem muitas perspectivas e promessas, apenas vivendo o momento e deixando o futuro como uma mera conseqüência, como um simples acontecimento diário. É dessa forma que eu quero que acontece comigo, que simplismente aconteça, sem metas rigidas estabelecendo o que venha a ser o futuro.
Um comentário:
boa sorte, meu caro
mta boa sorte!
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