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quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Copa da Intolerância

Torcedores brasileiros e mexicanos poderão ser investigados por comportamento homofóbico durante partida entre Brasil e México na terça-feira em Fortaleza. As ofensas aconteceram quando os goleiros cobravam um tiro de meta. Os mexicanos, em bom número no Castelão, começaram a gritar “Puto!” contra Júlio Cesar, como acontece em alguns jogos de futebol no país. A torcida brasileira devolvia quando o goleiro Ochoa era o responsável pela reposição de bola.

O termo "puto", no México, é usado pejorativamente contra homossexuais. Por ser uma primeira ocorrência, Brasil e México devem escapar apenas com uma advertência, mas a situação do México pode piorar por conta de supostos casos de racismo na partida contra Camarões. Na mesma partida, o goleiro de Camarões também teria sido vítima de cantos homofóbicos, o que também será analisado pela Fifa.

A punição nesses casos afeta as equipes desses torcedores; elas podem ser obrigadas a disputar partidas a portas fechadas e, diante de novos casos, sofrer redução de pontos, rebaixamento ou expulsão de uma competição. A Fifa já abriu um processo disciplinar contra o México.  

Diversos jogadores foram vítimas de racismo nos últimos meses. No caso mais emblemático, um torcedor atirou uma banana contra o lateral da seleção brasileira Daniel Alves, durante partida do Barcelona na Espanha. Ele comeu a fruta e continuou a jogar. O episódio deu início a uma campanha global, lançada pelo jogador Neymar, contra o racismo.

Além de Brasil e México, os torcedores de Rússia e Croácia também estão na mira da Fifa. A entidade recebeu denúncias de conteúdo racista e antissemitas em cartazes exibidos por russos e croatas nos primeiros jogos de suas equipes na Copa do Mundo. A conduta dos torcedores russos é motivo ainda maior de preocupação, porque a próxima Copa do Mundo será disputada na Rússia, em 2018. 

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