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terça-feira, 27 de março de 2012

Cartaz da 16ª Parada LGBT de São Paulo faz metáfora com campanhas de vacinação

Com o tema Homofobia tem cura: educação e criminalização! – Preconceito e exclusão, fora de cogitação!, o 16º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo já tem sua arte gráfica definida. A imagem foi concebida pelos artistas visuais Gabriel Victal e Ariel Tonglet – que usaram como referência as campanhas de vacinação populares no país – e será utilizada na identidade visual e todo material gráfico, incluindo as telas dos trios elétricos que compõem a Parada LGBT. A manifestação está marcada para ocorrer em 10 de junho, às 12h, na Avenida Paulista.

O objetivo da arte é reforçar e ampliar o alcance da mensagem transmitida pelo tema. “A ideia não é expor a homofobia como uma doença individual, mas como um vício social que atinge a toda população e, por isso, precisa ser erradicado. A educação e a criminalização são colocadas como formas preventivas de combate a esse vício, portanto, surgiu a ideia de vincular o conceito da Parada deste ano com o das campanhas de vacinação”, explica Victal.

A primeira peça gráfica que apresenta a arte é o cartaz de divulgação do 16º Mês do Orgulho LGBT. Em destaque, aparece a imagem de uma gota, que está introduzida na cultura brasileira desde a década de 1980 para promover as campanhas de vacinação infantil. Nesta versão, o símbolo aparece com as seis cores da bandeira do arco-íris, principal ícone do movimento LGBT mundial.

Para o artista, além de representar a responsabilidade que o Estado tem no amparo de uma população vulnerável, a gota traz ainda outras alusões do imaginário coletivo. “A gota da lágrima, a gota do sangue e até mesmo a gota de esperança são símbolos fortes, presentes no cotidiano de quem é discriminado e luta contra a opressão”, acrescenta o artista.

No lugar da ampola, um ponto de exclamação é a ferramenta utilizada para ministrar essa “vacina”. O sinal dá o tom de palavra de ordem ao tema e o caráter de protesto à imagem, além de representar a urgência da implantação de políticas públicas que combatam o ódio e garantam a cidadania dos LGBT. A mão que o segura no topo da imagem é uma analogia à logomarca da APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo) – entidade que promove as atividades – e, ao fundo, o formato do mapa do Brasil reverbera a gota colorida que cai sob a sua superfície.

A arte gráfica será utilizada durante toda a programação também em banners, folders, camisetas, bottons, fundos de palco, possíveis materiais audiovisuais e estará presente em toda as atividades oficiais. A livre reprodução da imagem está previamente autorizada pela APOGLBT e pelos autores, desde que não seja para fins comerciais. Para organizadores de outras Paradas e que desejam utilizar o mesmo tema e arte gráfica do 16º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo, a Associação disponibiliza o arquivo aberto gratuitamente, basta solicitar para leandrorodrigues@paradasp.org.br.

16º Mês do Orgulho LGBT

O Mês do Orgulho LGBT de São Paulo é calendário anual de atividades sócio-politico-culturais promovido pela APOGLBT desde 1997. Em sua 16ª edição, reivindica a aprovação dos projetos Escola Sem Homofobia – que visa preparar os professores da rede pública para o combate ao bullying – e da Lei da Câmara (PLC) 122/06, que pretende criminalizar a homofobia em âmbito nacional, como já ocorre com o racismo.

O tema “Homofobia tem cura: educação e criminalização! – Preconceito e exclusão, fora de cogitação!” foi escolhido através de uma campanha promovida nas redes sociais, seguida por votação popular no site da entidade.

A programação inicia no dia 08 de maio, com o Ciclo de Leituras Dramáticas, e conta também com o 10º Ciclo de Debates, a 12ª Feira Cultural LGBT, o 12º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, o 12º Gay Day e encerra no dia 10 de junho, com a 16ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

Para mais informações sobre a programação e demais atividades da APOGLBT, acesse www.paradasp.org.br, curta www.facebook.com/paradasp e siga http://twitter.com/paradasp.

Um comentário:

FOXX disse...

discordo do tema da parada, criminalização não cura nada, o que pode curar a homofobia é a educação, criminalização pune e punição não cura ninguém.