Devido às abordagens do meu blog, recebo muitas adições no MSN e no Google Talk, são pessoas querendo amizades e conselhos. Através dessas adições, conheci um garoto de Araraquara, ele tem 15 anos e converso com ela há mais de um ano. Ele sempre comentou dos seus dilemas na escola e como os demais alunos da turma o rejeita, mas recentemente ele deu uma declaração que me deixou preocupado, ele me disse que não se sente satisfeito com o corpo masculino, que se sente uma mulher num corpo de homem, ou seja, ela não se identifica com a sua identidade de gênero.
É fato que no Brasil as transexuais são as mais discriminadas no universo gay, até hoje a transexualidade é tida como uma doença pela classe médica, fato que motiva os militantes gays para reverem esse posicionamento. Só quando é diagnosticada uma patologia, os médicos autorizam as transexuais fazerem a operação de mudança de sexo. Devido à complexidade do caso, conversei com uma militante transexual e pedi para ela orientar o garoto, pois sabemos que quanto mais cedo essa situação for definida, menos traumático será.
A transexual me respondeu o email dizendo que entraria em contato para o aconselhamento, fiquei tranqüilo, imaginando que havia passado o garoto para boas mãos, aliás, a transexual é militante, já passou por isso e hoje luta pelo fim do preconceito aos LGBTs... Passaram-se os dias, perguntei ao meu amigo se a transexual havia entrado em contato, ele disse que sim, porém acrescentou que ela apenas enfatizou que a história dela é muito parecida com a dela e que ela não se sentia a vontade de contar relatos da vida dela para alguém que ela não conhecia. Como assim? Não entendi! Nos, militantes usamos nossas vidas, nossas histórias de superação para minimizar o preconceito e encorajar aqueles que ainda estão num estagio anterior ao nosso.
A militante transexual passou o email do garoto para outra militante que tem um projeto com adolescentes gays e um trabalho com pais de homossexuais. Essa militante convidou o meu amigo para ir a São Paulo participar do projeto e deixou o contato telefônico para o menino ligar, caso necessário. Não preciso nem manifestar como fiquei frustrado, sabemos que pais controlam ligações telefônicas dos filhos e poucos adolescentes com 15 anos tem a liberdade de fazer interurbano do tipo Araraquara - São Paulo, sem cair na triagem dos pais. Infelizmente o meu amigo e leitor do blog não têm meios de participar do projeto desenvolvido para os adolescentes por questões geográficas e os militantes gays, que trocam centenas de emails por dia através do Fórum Paulista LGBT e da Lista GLS, não podem mandar um único email para aconselhar um adolescente com problema de identidade de gênero, lamentável.
Enquanto isso, nossos adolescentes estão sofrendo por conta do fundamentalista religioso dentro de suas casas e os projetos de leis pertinentes, que mudariam nossas vidas estão sendo barrados no senado e legislativos de todo o Brasil. Nos grupos de discussões são trocados centenas de emails entre os militantes gays e muitos falam sobre: a personagem gay da novela da globo e os participantes LGBTs do BBB 10. È hora de acordar para acalentarmos os nossos semelhantes, aqueles que já sofrem por não terem superado situações que já superamos. Temos que ter coerência com a nossa historia e luta. Estou decepcionado com as militantes em questão.
É fato que no Brasil as transexuais são as mais discriminadas no universo gay, até hoje a transexualidade é tida como uma doença pela classe médica, fato que motiva os militantes gays para reverem esse posicionamento. Só quando é diagnosticada uma patologia, os médicos autorizam as transexuais fazerem a operação de mudança de sexo. Devido à complexidade do caso, conversei com uma militante transexual e pedi para ela orientar o garoto, pois sabemos que quanto mais cedo essa situação for definida, menos traumático será.
A transexual me respondeu o email dizendo que entraria em contato para o aconselhamento, fiquei tranqüilo, imaginando que havia passado o garoto para boas mãos, aliás, a transexual é militante, já passou por isso e hoje luta pelo fim do preconceito aos LGBTs... Passaram-se os dias, perguntei ao meu amigo se a transexual havia entrado em contato, ele disse que sim, porém acrescentou que ela apenas enfatizou que a história dela é muito parecida com a dela e que ela não se sentia a vontade de contar relatos da vida dela para alguém que ela não conhecia. Como assim? Não entendi! Nos, militantes usamos nossas vidas, nossas histórias de superação para minimizar o preconceito e encorajar aqueles que ainda estão num estagio anterior ao nosso.
A militante transexual passou o email do garoto para outra militante que tem um projeto com adolescentes gays e um trabalho com pais de homossexuais. Essa militante convidou o meu amigo para ir a São Paulo participar do projeto e deixou o contato telefônico para o menino ligar, caso necessário. Não preciso nem manifestar como fiquei frustrado, sabemos que pais controlam ligações telefônicas dos filhos e poucos adolescentes com 15 anos tem a liberdade de fazer interurbano do tipo Araraquara - São Paulo, sem cair na triagem dos pais. Infelizmente o meu amigo e leitor do blog não têm meios de participar do projeto desenvolvido para os adolescentes por questões geográficas e os militantes gays, que trocam centenas de emails por dia através do Fórum Paulista LGBT e da Lista GLS, não podem mandar um único email para aconselhar um adolescente com problema de identidade de gênero, lamentável.
Enquanto isso, nossos adolescentes estão sofrendo por conta do fundamentalista religioso dentro de suas casas e os projetos de leis pertinentes, que mudariam nossas vidas estão sendo barrados no senado e legislativos de todo o Brasil. Nos grupos de discussões são trocados centenas de emails entre os militantes gays e muitos falam sobre: a personagem gay da novela da globo e os participantes LGBTs do BBB 10. È hora de acordar para acalentarmos os nossos semelhantes, aqueles que já sofrem por não terem superado situações que já superamos. Temos que ter coerência com a nossa historia e luta. Estou decepcionado com as militantes em questão.
4 comentários:
OI MARCOS!!
Se quiser, posso falar com um amigo de São Carlos, vizinho a Araraqura que montou com outros uma ONG.
Quem sabe, mais perto, seu amigo possa ter alguma ajuda!
Abraços
por isso que os blogs ajudam tanto
por isso q nossos blogs são um bom espaço para ajudar essas pessoas
ainda bem que ele lê seu blog porque se dependesse desses militantes que so sabem tirar a roupa e escandalizar em cima de trio elétrico em parada gay tava fudido mesmo
Cara, seu blog é muito bom!
Já entrei aqui várias vezes quando tinha um outro blog... gosto muito da forma como você passeia pelos temas!
Realmente uma a forma como essa sua amiga se colocou! Mas talvez seja um caso isolado. Não dá pra colocar toda a militancia em cheque porque alguém teve uma atitude infeliz!
abs
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