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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Exposição Coletiva Eroscivilização

No próximo dia 25 de agosto acontece a vernissage de abertura da exposição eroscivilização e ficará aberta à visitação pública até 30 de setembro, no Casarão Brasil, em São Paulo - Capital, com a curadoria de Robert Richard, presidente da ABAPC - Associação Brasileira dos Artistas Plásticos e de Colagem A exposição eroscivilização reúne o trabalho de cinco artistas plásticos que trouxeram para suas obras o erótico, uma visão particular de cada um deles sobre os caminhos pelos quais o erotismo vem permeando a história da civilização até a contemporaneidade, seja sob o aspecto mítico, espiritual, cultural, sensorial, tátil, histórico, sexual ou social.

Os artistas, Adriana Rizkallah, Fernanda Rodante, Thereza Carvalho, Nino Millán e Antonio Rodante contemplam o erotismo na sua arte não como fim, porém como caminho de vida, como privilégio do homem - único ser dotado dessa possibilidade para explorar todas as formas de prazer a partir do seu corpo, da relação com o corpo do outro ou ainda da imaginação desses corpos.

O trânsito do erotismo através da civilização nem sempre foi tranquilo. Até hoje é vítima do tabu, promovido pelas instituições em geral e pelo homem em particular na sua impossibilidade de se expressar. Em contrapartida, o erotismo também é arma poderosa de resistência contra as travas políticas e morais de qualquer ordem, da cultura de massa, na sociedade moderna e contemporânea que reduziu o sexo a objeto de consumo, destituindo-o do seu papel primordial como meio de expressão da liberdade, de prazer e de felicidade, simplesmente .

O erotismo, no seu poder intrínseco de estimular fantasias, desponta como crítica e sua negação leva à castração e às enfermidades de tudo aquilo que compõem a existência do homem: mente, corpo e espírito - a própria vida, quando interdito.

A Exposição eroscivilização é a representação artística desse dom original concedido pelos Deuses ao homem para seu deleite, no olhar particular de cada um desses artistas. Também, a exposição chama a atenção para o exercício da liberdade do erotismo com os cuidados nas relações sexuais, para a prevenção dos riscos para com a saúde do corpo, para o comportamento responsável de quem exerce a sexualidade, em todas as suas formas de prazer, preservando a si e ao outro, numa atitude de respeito, de consciência desse legado erótico, sem o qual a vida não teria valia.

Os artistas Adriana Rizkallah, Fernanda Rodante, Thereza Carvalho, Nino Millán e Antonio Rodante revelam seu olhar sobre os caminhos do erotismo na civilização em sua arte, agregando um prazer a mais, o da beleza estética, ao entendimento do erótico a que cada um de nós tem o direito e o privilégio de exercer.

AVE EROS!

Feminino - A obra de Adriana Rizkallah (são esculturas e estruturas em papel machê), revela o erotismo pela forma e pelo viés feminino, a marca de seu trabalho. Os elementos com que Adriana constrói suas peças sugerem o erótico seja pelo espaço vazado, pela utilização constante dos círculos e pelas formas que se assemelham ao feminino, aliando a elas a possibilidade do toque, a instância tátil tão estimuladora do erotismo a partir do corpo feminino.

Alegria - As pinturas de Fernanda Rodante são um convite ao erotismo nos entrelaçamentos dos personagens que habitam suas telas como o palhaço e a bailarina, em malabarismos cubistas - uma visão de alegria que ela também transpõe para locais inusitados, nas telas, para o desenho em cerâmica e para os objetos mais banais do cotidiano, como um avental.

Arte&Fetiche - Thereza Carvalho (escultura, pintora e desenhista), joga com a relação triangular: liberdade, fantasia e imaginação, para desconstruir a função original das coisas. Ela extrai desses novos objetos construídos a partir dessa desconstrução o fetiche, dialogando com artistas como Louise de Borgeois, Niki de Saint Phale, René Magritte. A artista utiliza o "realismo mágico" para provocar estranhamento sobre os objetos e utilizá-los como fetiche, ampliando a possibilidade de erotismo na arte.

Desejos - As esculturas em ferro de Nino Millán são inspiradas no comportamento humano e no amor. Desejos, entre abraços e beijos, revelam formas sensuais quando o amor se intensifica no jogo das pressões e arranhões, sintomas daqueles que estão intensamente apaixonados, um só corpo, uma só alma. Estes jogos sobre o amor traduzem as famosas posições do Kama Sutra.

Cenas - As obras de Antonio Rodante são de técnica mista, híbridas de foto, colagem e acrílico. São cenas cotidianas do imaginário voyer: lugares comuns (Mercado Municipal, ponto de ônibus, Museu do Ipiranga e uma esquina do extinto Largo da Batata), flagrando personagens em situações incomuns. Uma das telas retrata um frame de filme erótico, desses que fazem número em sites free de sexo.

Serviço:

Abertura: Exposição eroscivilização Dia 25 de agosto às 19h. – quarta-feira
Local: Casarão Brasil - Rua Frei Caneca, nº 1.057 - São Paulo- SP
Horário de visitação: de segunda-feira a sábado, das 10h às 18h, com entrada gratuita.
Informações, fone (11) 3171-3739

3 comentários:

Gustavo Miranda disse...

Marcos... vale bastante a pena também ver a exposição do Keith Hering, no Conjunto Nacional... a sexualidade é abordada milhares de vezes. =)

Diego disse...

Bom dia!
Sendo mais um blogueiro madrugão...
Apreciamos o conteudo que você publica no seu blog.
Conte Comigo. diego.ribeirom@hotmail.com.br

Unknown disse...

Olá, Marcos!

Muito obrigada por divulgar a exposição, você é genial!

Um grande abraço e tudo do melhor pra você!!!!!