A propaganda eleitoral de Paulo Bufalo, candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL, acabou reacendendo a questão do beijo gay em novelas. Como a peça publicitária, exibida em horário nobre, mostra dois rapazes se beijando, não demorou para que surgisse o questionamento: se um partido político o fez, por que emissoras como a Rede Globo não seguem o exemplo?
O caso foi comentado por dois autores de novelas globais. Silvio de Abreu e Ricardo Linhares afirmaram acreditar que o beijo gay do PSOL pode ser um avanço. Falando à coluna Outro Canal, do jornal Folha de S. Paulo, os dois concordaram também em dizer que a sociedade está mais preparada para ver dois homens trocando beijos em novelas. "A sociedade já está mais do que preparada para ver um beijo gay feito com elegância, bom gosto e emoção", opinou Silvio
Já para Linhares, "a dramaturgia brasileira está pronta para tratar da questão, sem qualquer receio", apesar de questionar se a classificação indicativa perimitira a exibição de tais cenas.
Mas na visão de Pedro Ekman, diretor responsável pelo filme do PSOL, a grade dos canais de TV aberta brasileiros são "retrógrados". "O que choca é que você não está acostumado a ver [beijo gay] na TV. Na rua, você até vê mais. O choque é pelo conservadorismo da TV. A sociedade aceita muito mais esse fato do que o que está refletido nos meios de comunicação", opina.
Arquiteto de formação e filiado ao PSOL, Ekman produziu o vídeo como forma de colaborar com a campanha para o governo paulista, mas diz não fazer questão de uma carreira na TV. "Eu vou cavar os meus espaços onde eu acho que é importante".
À Folha, a Rede Globo respondeu às críticas de que o horário político foi mais avançado do que suas novelas: "Não achamos que nossas novelas da categoria entretenimento são os veículos adequados para tratar de questões sociais".
Para Ekman o discurso não convence. "A resposta é engraçada, porque quando convém, ela [Rede Globo] diz que a novela serve para fazer 'merchandising social'. Quando não convém, porém, ela fala que não serve para isso. É a velha e boa resposta de conveniência". Assista a propaganda eleitora do PSOL:
O caso foi comentado por dois autores de novelas globais. Silvio de Abreu e Ricardo Linhares afirmaram acreditar que o beijo gay do PSOL pode ser um avanço. Falando à coluna Outro Canal, do jornal Folha de S. Paulo, os dois concordaram também em dizer que a sociedade está mais preparada para ver dois homens trocando beijos em novelas. "A sociedade já está mais do que preparada para ver um beijo gay feito com elegância, bom gosto e emoção", opinou Silvio
Já para Linhares, "a dramaturgia brasileira está pronta para tratar da questão, sem qualquer receio", apesar de questionar se a classificação indicativa perimitira a exibição de tais cenas.
Mas na visão de Pedro Ekman, diretor responsável pelo filme do PSOL, a grade dos canais de TV aberta brasileiros são "retrógrados". "O que choca é que você não está acostumado a ver [beijo gay] na TV. Na rua, você até vê mais. O choque é pelo conservadorismo da TV. A sociedade aceita muito mais esse fato do que o que está refletido nos meios de comunicação", opina.
Arquiteto de formação e filiado ao PSOL, Ekman produziu o vídeo como forma de colaborar com a campanha para o governo paulista, mas diz não fazer questão de uma carreira na TV. "Eu vou cavar os meus espaços onde eu acho que é importante".
À Folha, a Rede Globo respondeu às críticas de que o horário político foi mais avançado do que suas novelas: "Não achamos que nossas novelas da categoria entretenimento são os veículos adequados para tratar de questões sociais".
Para Ekman o discurso não convence. "A resposta é engraçada, porque quando convém, ela [Rede Globo] diz que a novela serve para fazer 'merchandising social'. Quando não convém, porém, ela fala que não serve para isso. É a velha e boa resposta de conveniência". Assista a propaganda eleitora do PSOL:
Temos que tomar cuidado com os partidos que nunca chegaram ao poder e abraçam todos as bandeiras sociais, temos o exemplo do PT, que sempre abraçou a bandeira LGBT e quando chegaram ao poder, nada fizeram para a comunidade Gay, nem uma menção de apoio ao casamento gay e a aprovação da PLC 122 recebemos do presidente Lula. Gosta de avaliar os fatos e não as promessas, sendo assim, não corro o risco de me decepcionar, como muitos se decepcionaram com o PT.
O PSDB sempre apoiou dos direitos humanos de forma mais abrangente, logo, foi um partido pioneiro em questões que mexe diretamente na vida dos LGBTs, como por exemplo:
- Na gestão do Governador André Franco Montoro, antes mesmo da fundação do partido, em sua gestão no Governo do Estado de São Paulo (1983-1986), foi o primeiro homem público brasileiro a instituir, de maneira sistemática, ações de combate à perseguição aos homossexuais, travestis e transexuais, bem como a seus locais de freqüência, praticas comuns na época da ditadura militar.
- Mario Covas, senador à época e líder da Constituinte, teve papel determinante na defesa do fim da discriminação, presente no texto da Constituição Federal de 1988, conhecida como “Constituinte Cidadã”.
- Na Presidência da República, Fernando Henrique Cardoso fio o primeiro Presidente da República a ostentar o símbolo máximo da diversidade sexual, a bandeira do arco-íris. FHC, com o Ministro da Justiça José Gregori incluiu a diversidade sexual no I Plano Nacional de Direitos Humanos, em 1996, época em que a maioria dos políticos se mantinha à distancia dessa temática.
- No Ministério da Saúde, José Serra deu organicidade ao Programa Nacional de DST/Aids, reconhecendo que o movimento de defesa dos direitos da diversidade sexual era protagonista da luta contra a Aids. Com isso, o combate à epidemia tornou-se política de Estado e, hoje, é referencia mundial.
- No âmbito estadual, Geraldo Alckmin, em 2001, no Governo do Estado de São Paulo, sancionou a Lei 10.948, que proíbe e pune a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero. Em 2006, alçou o então GRADI – Grupo de Repressão a Delitos de Intolerância a DECRADI – Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, que atua no mapeamento, controle e repressão dos grupos homofôbicos.
- No município de São Paulo, José Serra, homem de visão, instituiu o primeiro órgão de administração pública brasileira voltado à diversidade sexual. Em seu segundo mês de governo frente à prefeitura de São Paulo, em 2005, criou a Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual.
- Ainda em 2005, Serra decretou a criação do Conselho Municipal em Atenção à Diversidade Sexual, espaço de interlocução entre o poder público e a sociedade civil, bem como o Centro de Referência e Combate à Homofobia.
- Como governador, Serra criou a Coordenação de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual, no âmbito da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania; instituiu o Comitê Intersecretarial de Defesa da Diversidade Sexual e o Conselho Estadual de Defesa da Diversidade Sexual e realizou a I Conferencia Estadual LGBT de São Paulo.
- Em relação às garantias legais para a população LGBT, Serra regulamentou a Lei 10.948, e publicou decreto acerta do uso do nome social na administração pública. Para travestis e transexuais, Serra criou o Ambulatória de Saúde Integral.
- Em 2007, Serra foi revolucionário ao reformular o Sistema Previdenciário do Estado de São Paulo, instituindo o direito à pensão ao(à) parceiro(a) e fundou o Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito, no âmbito de Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Ainda que nos dias de hoje outros partidos se arvorem como defensores ancestrais dos direitos LGBT, o histórico sinteticamente apresentado acima prova que, assim como em demais áreas, o PSDB trabalha de fato. Não poderia ser diferente, já que o seu compromisso é com a construção de uma sociedade brasileira mais justa e solidária para todas e todas.
2 comentários:
A Globo vive dizendo que é um ponto a mais para as novelas da Glória Peres tratar de questões sociais, e agora tira o corpo fora?
Meu querido, sabe como respeito tua posição política, mas lembre-se que sim, o governo Lula e o próprio presidente já fizeram várias menções de apoio ao movimento LGBT, eu mesmo já as citei aqui certa vez.
Lembremos que Lula foi o primeiro chefe de estado brasileiro a abrir uma conferência LGBT.
E se não me rareia a memória, o infame Apolinário, do DEM, vereador de São Paulo, já acusou diversas vezes o PT - assim como Malafaia já o fez - de apoiar 'esses movimentos' com clara menção ao movimento LGBT.
Dizermos que ainda há muito a fazer é fato, agora dizer que nada foi feito eu sinceramente discordo.
Beijao!
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