Não fui em nenhuma das edições anteriores da Virada Cultural, sempre olhei o evento com ressalvas, por achar que era uma aglomeração de baderneiros, um atentado a ordem pública. Na 7º edição recebi acessos a área vip de todos os palcos, então fui. Foi um incentivo para conferir as programações do evento.
No sábado, mais andei do que curti. Fui no palco da Vieira de Carvalho, depois me encontrei com amigos no palco da Praça da República e fomos para a apresentação de opera no Pátio do Colégio. No caminho, passamos pelo piano na praça, por shows de mágicas e contadores de história. Do viaduto do chá, observei um ringue de luta livre, o palco em homenagem aos Beatles e o palco do Vale do Anhangabaú, que estava super lotado, uma aglomeração de pessoas bem superior ao do show da Feira Cultural da Parada Gay.
Voltamos para o palco do Arouche, na volta passamos pelo Largo São Francisco, onde havia uma pista de música eletrônica, o DJ estava alocado na varada da escola de direito. As ruas eram uma versão ampliada da Augusta, um lugar que aglomerava todas as tribos, todos em paz, sem confusões. Quando passamos em frente a prefeitura, o grupo que estava protestando contra o Kassab, um protesto isolado, já não estava mais. O grito de ordem era “Kassab, filho da puta, essa cidade não precisa de você”. Sou favorável a todo e qualquer tipo de manifestação, mas quando a mesma incita a violência ou tem caráter depreciativo, ela perde o seu valor.
No palco do Arouche, Rita Cadilac estava improvisando, pois houve um problema técnico e o Ritchie não poderia entrar no palco até que o mesmo fosse solucionado. Vencida pela falta de conteúdo, ela começou a chamar o público para se apresentar e o palco do Arouche se transformou num show de calouros. Após o problema solucionado, Ritchie tomou o palco e meus amigos foram embora. Marquei com outros amigos para curtir uma balada, mas quando fui entrar, fui avisado que a balada estava vazia. Achei melhor ir embora e curtir a programação de domingo.
Havia me programado para assistir aos shows de Paulo Miklos, Frejat, Blitz e RPM, acordei tarde e perdi a apresentação do Paulo Miklos, então fui direito para o palco principal da Virada, o palco Júlio Prestes. Do inicio da Rua Mauá, já dava para ouvir o Frejat se apresentando, me apresei, mas não consegui entrar pelo lado direito da área Vip, tive que contornar o palco, movimentação que durou uns 15 minutos, devido ao excesso de pessoas. No caminho, conheci um casal que também estava indo para a outra entrada do palco, fizemos amizade e ficamos curtindo e bebendo juntos durante todo o show.
O show do Frejat foi o melhor. Cantou várias músicas da época do Barão Vermelho e fez algumas homenagens ao Cazuza. Frejat deixou o palco sendo ovacionado pelo público. Aproveitamos o intervalo para buscar mais bebidas. O show do Blitz também fui super animado, mas nada comparado ao Frejat. No intervalo buscamos mais bebidas. O RPM deixou a desejar, as melhores músicas não foram apresentadas, pois eles queriam apresentar as músicas novas. O encerramento deveria ter ficado por conta do Frejat, o melhor show da Virada Cultural.
Que venham outras “Viradas”. A ideia pode até ter sido inspirada nas “Noites Brancas”, que ocorrem em Madri, Roma e Paris, mas como tudo que temos no Brasil é grandioso por natureza, a nossa Virada Cultural se tornou o maior evento de cultura do Mundo e isso é um motivo de orgulho para todos os Brasileiros. Não existe nenhum outro evento em São Paulo mais democrático e inclusivo do que a Virada Cultural, com programação para todas as tribos, que por 24 horas convivem pacificamente em nome da cultura.
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