Creio que se houvesse uma espécie de Google, no qual pudessemos buscar sonhos, desejos e anseios, o top ranking desse buscador seria sem sombras de dúvidas “a felicidade”. Porque o homem contemporâneo busca tanto a "felicidade"? Penso que essa busca é um comportamento condicionado, repetitivo e aprendido durante a nossa existência. Não acredito em felicidade e em minha concepção, o homem não veio ao mundo para ser feliz, nossa própria existência é incompatível com as definições de felicidade que encontramos por aí.
A religião, historicamente, é a maior manipuladora do pensamento humano. Se ligarmos a televisão, em qualquer horário, veremos um líder religioso convidando os seus telespectadores a visitarem sua igreja, prometendo que nela encontraremos a verdadeira felicidade. Que felicidade é essa? A bíblia é enfática ao dizer que “no mundo tereis aflição” e agora eu pergunto: Como podemos ser felizes estando num mundo de constantes aflições? Num mundo que jaz do malígno? Em outros discursos quanto a felicidade, as religiões judaico-cristã nos direciona a acreditar que a verdadeira felicidade virá como recompensa à sublimação do corpo na Terra, ou seja, os religiosos, que vendem a felicidade, não conseguem estabelecer um consenso quanto ao tema.
São muitos os que confundem felicidade com alegria. Estar alegre não significa que somos felizes. Segundo o dicionário Michaelis, alegria significa: 1 Contentamento, júbilo, prazer moral. 2 Regozijo. 3 Divertimento, festa. 4 Acontecimento feliz. Como podemos observar, o termo alegria nos remete aos prazeres momentâneos, as conquistas diárias e muitas das vezes a seqüencia desses acontecimentos é confundida com a “verdadeira felicidade”. No mesmo dicionário, encontramos para felicidade a definição: 1 Estado de quem é feliz. 2 Ventura. 3 Bem-estar, contentamento. 4 Bom resultado, bom êxito, Felicidade eterna: bem-aventurança. Notamos que segundo o Michaelis, felicidade é uma condição imutável, é a felicidade por si só, sem interferência de fatores externos ao nosso corpo.
A felicidade definida nos dicionários, e a mesma felicidade definida por Aristóteles. Em “Ética a Nicâmaco”, Aristóteles defini que “felicidade é, portanto, algo absoluto e auto-suficiente, sendo também a finalidade da ação”, ou seja, a felicidade se justifica por si só, e não pelos atos que praticamos e/ou os que são dedicados a nós. Ainda no mesmo texto, Aristóteles completa que “a felicidade não reside, por conseguinte, na recreação; e seria mesmo estranho que a recreação fosse o fim, e um homem devesse passar trabalhos e suportar agruras durante a vida inteira simplesmente para divertir-se.” Aristóteles nos deixa uma bela critica quanto ao que chamamos de recompensa ao trabalho. O ser humano que trabalha 11 meses e tira 1 de férias e se justifica feliz por conta disso, segundo Aristóteles, ele não é feliz. A felicidade independe da ação, o homem que é feliz, não precisa de meios que justifique essa tal felicidade.
Concordo com a posição de Aristóteles no que diz respeito ao estado de plenitude da felicidade, porém, não acredito que possamos alcançar esse “estado de espírito”, enfim, não acredito na felicidade. Acredito que milhões de pessoas no mundo inteiro buscam algo que na verdade não existe, é utópico. Ao contrário do filósofo, acredito que o homem por si só é vazio e triste e os que se dizem felizes, se apegam as seqüencias de momentos de alegria e estes por sua vez confundem tais momentos com a felicidade.
Temos que nos apegar aos momentos, mas não podemos creditar tais momentos na busca e encontro de um amor ou ao prazer que temos de estar com amigos e familiares, mas sim na harmonia que conseguimos estabelecer por equilibrar tais momentos. Quanto a felicidade, ela é uma verdade inquestionável, é algo eterno e o seu descrédito começa em sua própria definição: nada no mundo é uma verdade inquestionável, tudo é passível de mudanças, nada se permanece imutável, senão, seria irreal. Vamos nos apegar ao momentos de alegria, e, a felicidade, deixamos somente na definição, na apreciação dos poetas e na mente dos amantes incondicionais.
A religião, historicamente, é a maior manipuladora do pensamento humano. Se ligarmos a televisão, em qualquer horário, veremos um líder religioso convidando os seus telespectadores a visitarem sua igreja, prometendo que nela encontraremos a verdadeira felicidade. Que felicidade é essa? A bíblia é enfática ao dizer que “no mundo tereis aflição” e agora eu pergunto: Como podemos ser felizes estando num mundo de constantes aflições? Num mundo que jaz do malígno? Em outros discursos quanto a felicidade, as religiões judaico-cristã nos direciona a acreditar que a verdadeira felicidade virá como recompensa à sublimação do corpo na Terra, ou seja, os religiosos, que vendem a felicidade, não conseguem estabelecer um consenso quanto ao tema.
São muitos os que confundem felicidade com alegria. Estar alegre não significa que somos felizes. Segundo o dicionário Michaelis, alegria significa: 1 Contentamento, júbilo, prazer moral. 2 Regozijo. 3 Divertimento, festa. 4 Acontecimento feliz. Como podemos observar, o termo alegria nos remete aos prazeres momentâneos, as conquistas diárias e muitas das vezes a seqüencia desses acontecimentos é confundida com a “verdadeira felicidade”. No mesmo dicionário, encontramos para felicidade a definição: 1 Estado de quem é feliz. 2 Ventura. 3 Bem-estar, contentamento. 4 Bom resultado, bom êxito, Felicidade eterna: bem-aventurança. Notamos que segundo o Michaelis, felicidade é uma condição imutável, é a felicidade por si só, sem interferência de fatores externos ao nosso corpo.
A felicidade definida nos dicionários, e a mesma felicidade definida por Aristóteles. Em “Ética a Nicâmaco”, Aristóteles defini que “felicidade é, portanto, algo absoluto e auto-suficiente, sendo também a finalidade da ação”, ou seja, a felicidade se justifica por si só, e não pelos atos que praticamos e/ou os que são dedicados a nós. Ainda no mesmo texto, Aristóteles completa que “a felicidade não reside, por conseguinte, na recreação; e seria mesmo estranho que a recreação fosse o fim, e um homem devesse passar trabalhos e suportar agruras durante a vida inteira simplesmente para divertir-se.” Aristóteles nos deixa uma bela critica quanto ao que chamamos de recompensa ao trabalho. O ser humano que trabalha 11 meses e tira 1 de férias e se justifica feliz por conta disso, segundo Aristóteles, ele não é feliz. A felicidade independe da ação, o homem que é feliz, não precisa de meios que justifique essa tal felicidade.
Concordo com a posição de Aristóteles no que diz respeito ao estado de plenitude da felicidade, porém, não acredito que possamos alcançar esse “estado de espírito”, enfim, não acredito na felicidade. Acredito que milhões de pessoas no mundo inteiro buscam algo que na verdade não existe, é utópico. Ao contrário do filósofo, acredito que o homem por si só é vazio e triste e os que se dizem felizes, se apegam as seqüencias de momentos de alegria e estes por sua vez confundem tais momentos com a felicidade.
Temos que nos apegar aos momentos, mas não podemos creditar tais momentos na busca e encontro de um amor ou ao prazer que temos de estar com amigos e familiares, mas sim na harmonia que conseguimos estabelecer por equilibrar tais momentos. Quanto a felicidade, ela é uma verdade inquestionável, é algo eterno e o seu descrédito começa em sua própria definição: nada no mundo é uma verdade inquestionável, tudo é passível de mudanças, nada se permanece imutável, senão, seria irreal. Vamos nos apegar ao momentos de alegria, e, a felicidade, deixamos somente na definição, na apreciação dos poetas e na mente dos amantes incondicionais.
6 comentários:
Caraca, perfeita esta sua contextualização sobre o tema: Felicidade = momentos de alegria!
Vivamos com intensidade plena tais momentos e seremos felizes.
Parabéns pelo texto . RIQUÍSSIMO
bjux
;-)
Você colocou bem a felicidade é "uma verdade inquestionável"...e nada mais.
Parabéns pelo texto...ficou perfeito.
Abraços
Hugo de Oliveira
Ah, a felicidade é diferente do ponto de vista de cada um, por isso que é muito dificil estabelecer estes parametros.
Olha, gostei do texto, me fez refletir muito sobre o tema, posi estou vivendo um momento em que as perspectivas não podem superar o desejo de viver o agora, gostei mesmo, parabéns. Me fez lembrar de algo que li há um tempo que tentava definir felicidade etimologicamente, creio eu ao menos rs, dizia que felicidade significa "feliz idade", ou seja, ser feliz seria conseguir transformar momentos em momentos felizes, a cada idade, a cada agora ser feliz... combina com o que disse a respeito da alegria, creio que no final de uma vida alegre (ou em nem todos os momentos) descobrimos que fomos felizes... abraçoo! Parabéns pelo texto!
Algumas filosofias orientais, como o Osho e o Budismo pregam que somente vamos conseguir encontrar a real felicidade quando nos descobrirmos, quando aprendermos mais sobre nós mesmos. Outras pregam que a verdadeira felicidade não está neste mundo e sim no alem morte.
O jeito é acreditar q somos felizes nos enganando, ou continuar na busca, talvez este seja o nosso eterno objetivo, q ocupe nossas mentes.
'A felicidade independe da ação, o homem que é feliz, não precisa de meios que justifique essa tal felicidade.'
Postar um comentário