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sábado, 8 de agosto de 2009

Segredos

Sempre procurei ser um ser humano autêntico. Nunca fui de esconder os meus sentimentos e jamais me calei numa oportunidade de expressar "eu te amo", "gosto de você" ou "você é importante para mim". Com o tempo, aprendi que nem sempre devemos ser tão "verdadeiros ao extremo" e muitos dos nossos sentimentos tem que ficar restritos ao nosso coração, pois quando são expostos, ficamos a deriva de julgamentos alheios e com todos os nossos pontos de conflitos ao alcance de pessoas que possam nos ferir e manipular.

Atualmente encontro-me em silêncio. Da mesma forma que os judeus que sobreviveram ao holocausto se calaram diante de tanta barbárie que presenciaram durante a segunda guerra, eu também me calei. Não sou um homem perfeito, aliás, não tenho pretensão alguma de alcançar esse título, mas em um fator eu tenho a minha consciência limpa: eu sempre amei de forma intensa e não me arrependo disso, se pudesse, faria tudo novamente.

Confesso que sou um pouco extremista em alguns fatores de minha vida e um desses extremos é o amor. Não tenho vergonha de falar que amo ao extremo e não entendo como esse amor possa ser enfadonho, pois a meu ver, amar nunca é demais. Por outro lado, não posso deixar de admitir que o excesso gera o descaso e isso é facilmente provado no mercado financeiro no que diz respeito a oferta e demanda. Na nossa vida pessoal, essa desvalorização em atos e sentimentos em excesso também ocorre.

Mas o mundo se renova a cada dia e não permitirei que um sentimento de rendição tome conta do meu coração. Vou usar a força do amor que existe dentro de mim para moldar uma nova vida, buscar outros amores e experimentar novos prazeres, pois é disse que somos movidos, pelos prazeres que a vida nos proporciona e pela novidade de cada dia e quando essas novidades se fazem ausentes, temos que cria-las. Hoje, procuro um amor que seja bom pra mim, ou quem sabe re-encontrar esse amor perdido no tempo, pois a vida não pode parar, muito pelo contrário, ela tem pressa para continuar.

6 comentários:

Anônimo disse...

"eu porcuro um amor, que ainda não encontrei, diferente de todos que amei...", acho que essa parte da música define muito bem o que eu passei há um tempo... sabe medo? medo se passar por tudo aquilo novamente? isso nos trava, faz com que não sigamos nosso caminho, faz com que não conheçamos pessoas novas... Eu também procuro um amor, um colorido especial, "as feridas dessa vida esquecer" como diz a música, mas acima de tudo, procuro alguem que já tenha aprendido, dentre tantas, essa lição: que o passado serve apenas para não nos esquecermos das lições aprendidas, o outro é sempre OUTRO, não cometerá os mesmos erros, não nos machucará da mesma forma, DE OUTRA FORMA? pode ser... mas só quem corre esse risco pode ser feliz, pode ser um velhinho de bem com a vida... rs... parabéns pelo post!

Diego Hatake disse...

Nossa, me identifiquei demais com esse texto. Antes eu era espontâneo demais quanto a meus sentimentos, mas aprendi que às vezes fica tudo melhor ao aprender a guardá-los. Mas é claro, até eu achar uma pessoa que realmente mereça ouvir isso.
Às vezes fico pensando em como as pessoas transformam o amor, que tecnicamente é tão simples, em uma coisa tão complicada!

Ayslan M@theus Salles disse...

Como ja dizia; Osvaldo montenegro! "Que a força do meu medo, não me impeça de conhecer aquilo que anseio." todos nós procuramos um amor, que seje bom para nós, que nos dé seguranca, que não nos deixe sentir medo:Um amor que nós ame da mesma forma com que amamos.
Neste dado momento, tenho medo de me deixar levar pela força do meu amor, por que, sei que ele é grande e muito forte, aponto de me fazer sofrer por amar demais.Uns amam demais, outros nem tanto,uns amam de corpo e alma outros????? O importante e sempre recomeçar, sei que havera desencontros, mas em meio a esses desencontros estára um grande encontro! Parabéns querido lindo o texto!

RP disse...

Amar é diferente de "dizer que ama".
Demostrações atravez das palavras têm seus momentos certos para serem feitas, mas amar nunca é demais.

FIOTTI disse...

Perfeito marquinhos....
amar é isso ai se doar eternamente sem pedir e nem esperar nada em troca.

Anônimo disse...

"Toda unanimidade é burra", disse o Nelson, né?

Mas no dia-a-dia quantas vezes me pego obedecendo as regras (será que são regras mesmo? Impostas por quem? Por que?) sociais. Esqueço por um instante que ao observá-las, reforço-as, valido-as.

No texto, o parágrafo: "Com o tempo, aprendi que nem sempre devemos ser tão verdadeiros ao extremo [...] pois quando são expostos, ficamos a deriva de julgamentos alheios e [...] ao alcance de pessoas que possam nos ferir e manipular".

Bem, eu temo que o TEMPO não ensina nada. Nós é que nos adequamos depois de algumas vezes "dar murro em ponta de faca".

Mas aí me pergunto: Se o amor que sinto e demonstro é algo que reconheço bom e forte, ao invés de controlá-lo a partir das visões alheias (com intuito de não sermos feridos), não poderia encontrar alguém como eu neste sentido? Não poderia encontrar outro "insano" que, ao invés de me ferir, me responderia com sua expressão exagerada de amar?

Um belo amor reinventado ou não, é uma capacidade que ninguém nos tira. Mas não há mesmo unanimidade; Os desejos e prazeres são diversos. Há pessoas que se aproveitarão de nosso sentimento para ferir; Outros, creio que não!