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domingo, 29 de novembro de 2009

Fique Sabendo

O Programa Estadual DST/Aids de São Paulo, vinculado a Secretaria de Estado da Saúde, foi criado em 1983 por um grupo de técnicos da área da saúde liderados pelo médico Paulo Roberto Teixeira. Na época, pouco se sabia sobre a doença e sua forma de transmissão e o grande objetivo do programa era pesquisar e conhecer a dimensão da epidemia, esclarecer a população para evitar o pânico e a discriminação aos grupos considerados vulneráveis e garantir o atendimentos aos casos verificados e orientar os profissionais de saúde no manejo dos pacientes. Hoje o objetivo do programa é diminuir a vulnerabilidade da população do Estado de São Paulo em adquirir Doenças Sexualmente Transmissíveis e HIV/aids; melhorar a qualidade de vida das pessoas já afetadas e reduzir o preconceito, a discriminação e os demais impactos sociais negativos das DST/HIV/AIDS.

No Brasil, os portadores de HIV/aids dispõem de tratamento universal e gratuito e o empenho do programa ajudou na redução de mortalidade entre os infectados. A análise da sobrevida de pacientes diagnosticados em 1992, no CRT DST/Aids, apontou que apenas 22,8% sobreviviam após 36 meses de acompanhamento, percentual este que subiu para 79,2% entre os diagnosticados em 1997. No caso da transmissão vertical do HIV, o impacto positivo das intervenções assistenciais, laboratoriais, profiláticas e medicamentosas no Estado de São Paulo, é demonstrado pela redução da taxa de transmissão de 16% em 1997, para uma taxa de 3,2% em 2002.

Além do trabalho voltado à assistência aos portadores de DST/aids, o Programa Estadual DST/Aids realiza inúmeras atividades no campo da prevenção às DST/aids, e também dispõe de um núcleo de articulação com as organizações não-governamentais, com objetivo de avaliar os projetos encaminhados pelas mesmas a serem financiadas pelo Estado, coordenar os processos de concorrência pública, promover, ampliar a aprimorar a interlocução e a efetivação de parcerias institucionais da sociedade civil com os programas governamentais.

Os primeiros casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) no Brasil foram descritos no início da década de 80, em São Paulo. Embora inicialmente vinculado aos homens que fazem sexo com outros homens (HSH), particularmente nos países industrializados e na América Latina, o HIV se disseminou rapidamente entre os diversos segmentos da sociedade, alcançando paulatinamente mulheres, crianças e homens com prática heterossexual. Essa disseminação se deu não só, embora principalmente, pela via sexual, mas também pela via sangüínea, através do compartilhamento de seringas e agulhas por usuários de drogas injetáveis, em transfusões de sangue e hemoderivados e, ainda, pela transmissão vertical (transmissão da mãe para a criança na gestação, parto ou durante o aleitamento materno), na medida em que as mulheres foram sendo atingidas pela epidemia.

Assim, se no início a infecção pelo HIV parecia limitar-se a determinados segmentos da população (homossexuais, hemofílicos e usuários de drogas), com o tempo ela passou a ocupar espaços na população geral. As ocorrências atuais caminham para um processo de pauperização e feminização da epidemia. Ao atingir particularmente a população de adultos jovens em todo o mundo, a aids foi responsável por milhares de Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) do final dos anos 80 a meados dos 90, sendo a principal causa de morte na população entre 15 e 49 anos em vários países, inclusive no Brasil. No Município de São Paulo, em 1995, a aids foi a segunda causa na hierarquia dos APVP para os homens e a primeira para as mulheres.

Ao longo da história, foram identificados 314.294 casos de aids em homens e 159.793 em mulheres. Em 1985, havia 15 casos da doença em homens para 1 em mulher. Hoje, a relação é de 1,5 para 1. Em 2004, pesquisa de abrangência nacional estimou que no Brasil cerca de 593 mil pessoas, entre 15 a 49 anos de idade, vivem com HIV e aids (0,61%). Deste número, cerca de 208 mil são mulheres (0,42%) e 385 mil são homens (0,80%). A mesma pesquisa mostra que quase 91% da população brasileira de 15 a 54 anos citou a relação sexual como forma de transmissão do HIV e 94% citou o uso de preservativo como forma de prevenção da infecção.

Maiores informações sobre a situação da epidemia no Brasil acesse o site do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e acompanhe a programação da Rádio DSFM, na segunda-feira (30/11), das 8:00 às 9:00 horas, estarei ao vivo no estúdio da rádio abordando a questão da epidemia no Brasi.

Um comentário:

Anônimo disse...

oi meu xará pra lá de gostoso

legal o pessoal de sampa dita modismos e vanguarda em tudo, oh povinho danado de bom sô.....
só com informação é que a prevenção atinge o seu propósito.
adorei o post

beijos
kinho