A 5ª Parada do Orgulho LGBT de Santo André, que ocorreu neste domingo (08), foi marcada pela intolerância por parte da Polícia Militar. Durante a dispersão, os manifestantes foram ameaçados com armas e bombas de efeito moral. Ao tentar diálogo com as autoridades, o coordenador de políticas para a diversidade sexual do Estado de São Paulo, Dimitri Sales, foi atingido no rosto por spray de pimenta.
Marcada para as 13h, a Parada começou com duas horas de atraso, devido à negociação entre a ONG ABCDS (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual) – organizadora da manifestação – e a PM, para permitir que os trios elétricos participassem do trajeto. A liberação não foi concedida e o público seguiu em silêncio o trajeto de 5 km. Segundo o jornal Diário do Grande ABC, a vice-prefeita de Santo André, Dinah Zekcer, estava presente e foi contra a decisão da PM: "Se tinha alguma coisa errada, devia ter sido avisada antes."
A partir 18h, quando estava prevista a dispersão, policiais militares lançaram tiros de escopeta para o alto, batiam cassetetes e distribuíram bombas de efeito moral na direção dos participantes.
Ao tentar defender um manifestante que tinha seu pescoço agarrado por um policial, Dimitri Sales, membro da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do governo de São Paulo, teve uma escopeta apontada para seu peito e o rosto atingido por spray de pimenta. “Não havia resistência para sair. O próprio Capitão Wlamir André Luis, responsável pela segurança da Parada, concordou que estávamos dialogando cordialmente quando a PM iniciou a agressiva. Foi totalmente desnecessário” disse Dimitri.
O assessor jurídico da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da cidade de São Paulo (CADS), Gustavo Menezes, também foi vítima do spray: “Tentava fotografar o policial que agrediu o Dimitri, pois ele estava sem a identificação. Quando de repente o mesmo apontou o spray a menos de 5 cm dos meus olhos e disparou” afirma o advogado.
Ambos prestaram depoimento no Comando Geral da Polícia Militar e um inquérito foi aberto para averiguar os abusos. “Ficamos horas agonizando, sem poder enxergar. Assim que possível, acionamos o Cel. Álvaro Camilo (comandante-geral da Polícia Militar do Estado de SP) que prometeu acompanhar o caso”, acrescentou Dimitri.
Em entrevista à reportagem local, o Capitão Wlamir justifica a ação da Polícia Militar como necessária, pois alguns participantes invadiram residências e postos de gasolina e outros se negavam a liberar a avenida no horário, e declarou ainda que a polícia só usou "meios moderados".
“Hoje, temos certeza de que nosso policiamento tem uma ideologia homofóbica” disse Marcelo Gil, presidente da ONG ABCDS. Horas antes do tumulto, o militante chorou ao anunciar que a 5ª Parada do Orgulho LGBT de Santo André não teria trios elétricos.
Por volta das 14h30, a PM sugeriu que os caminhões ficassem parados com o som ligado na Avenida Industrial, onde já ocorria a concentração de público desde as 12h, porém, a vizinhança da região não permitiu. Em protesto ao veto, um grupo com aproximadamente 5 mil pessoas marchou até à Avenida Firestone, destino do encerramento. Os trios foram escoltados pela PM até a avenida e tiveram o som permitido instantes antes do horário previsto para o término da manifestação.
O conflito entre PM e a Parada do Orgulho LGBT de Santo André já não é novidade. Em 2008 a polícia também proibiu de última hora a participação de trios e foi acusada pela organização de negligência, não prestando a devida segurança para os participantes. Mesmo assim, nenhum incidente foi registrado.
Marcada para as 13h, a Parada começou com duas horas de atraso, devido à negociação entre a ONG ABCDS (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual) – organizadora da manifestação – e a PM, para permitir que os trios elétricos participassem do trajeto. A liberação não foi concedida e o público seguiu em silêncio o trajeto de 5 km. Segundo o jornal Diário do Grande ABC, a vice-prefeita de Santo André, Dinah Zekcer, estava presente e foi contra a decisão da PM: "Se tinha alguma coisa errada, devia ter sido avisada antes."
A partir 18h, quando estava prevista a dispersão, policiais militares lançaram tiros de escopeta para o alto, batiam cassetetes e distribuíram bombas de efeito moral na direção dos participantes.
Ao tentar defender um manifestante que tinha seu pescoço agarrado por um policial, Dimitri Sales, membro da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do governo de São Paulo, teve uma escopeta apontada para seu peito e o rosto atingido por spray de pimenta. “Não havia resistência para sair. O próprio Capitão Wlamir André Luis, responsável pela segurança da Parada, concordou que estávamos dialogando cordialmente quando a PM iniciou a agressiva. Foi totalmente desnecessário” disse Dimitri.
O assessor jurídico da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da cidade de São Paulo (CADS), Gustavo Menezes, também foi vítima do spray: “Tentava fotografar o policial que agrediu o Dimitri, pois ele estava sem a identificação. Quando de repente o mesmo apontou o spray a menos de 5 cm dos meus olhos e disparou” afirma o advogado.
Ambos prestaram depoimento no Comando Geral da Polícia Militar e um inquérito foi aberto para averiguar os abusos. “Ficamos horas agonizando, sem poder enxergar. Assim que possível, acionamos o Cel. Álvaro Camilo (comandante-geral da Polícia Militar do Estado de SP) que prometeu acompanhar o caso”, acrescentou Dimitri.
Em entrevista à reportagem local, o Capitão Wlamir justifica a ação da Polícia Militar como necessária, pois alguns participantes invadiram residências e postos de gasolina e outros se negavam a liberar a avenida no horário, e declarou ainda que a polícia só usou "meios moderados".
“Hoje, temos certeza de que nosso policiamento tem uma ideologia homofóbica” disse Marcelo Gil, presidente da ONG ABCDS. Horas antes do tumulto, o militante chorou ao anunciar que a 5ª Parada do Orgulho LGBT de Santo André não teria trios elétricos.
Por volta das 14h30, a PM sugeriu que os caminhões ficassem parados com o som ligado na Avenida Industrial, onde já ocorria a concentração de público desde as 12h, porém, a vizinhança da região não permitiu. Em protesto ao veto, um grupo com aproximadamente 5 mil pessoas marchou até à Avenida Firestone, destino do encerramento. Os trios foram escoltados pela PM até a avenida e tiveram o som permitido instantes antes do horário previsto para o término da manifestação.
O conflito entre PM e a Parada do Orgulho LGBT de Santo André já não é novidade. Em 2008 a polícia também proibiu de última hora a participação de trios e foi acusada pela organização de negligência, não prestando a devida segurança para os participantes. Mesmo assim, nenhum incidente foi registrado.
3 comentários:
e não é a primeira vez?
o detalhe q isso não aparece na imprensa né?
Essa é a vida real. Fora da bolha...
Esta é a nossa policia... mas agora faço ligação com o caso Uniban, e o caso skinheads... o q acontece com o ABC?
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