Perder o afago de uma mãe, é sempre uma dor irreparável. Ao ver o choro de Roberto Carlos, após saber da morte de sua mãe, fiquei comovido e mesmo ainda tendo a minha mãe no meu cotidiano, me compadeci e senti, pelo menos um pouco dessa dor. O cantor completou em 20/04, 69 anos anos e sua mãe morreu com 96 anos. Considero o Roberto Carlos privilegiado, por ter dito a presença da mãe por tanto tempo. Quando a minha mãe perdeu a mãe dela, ela não tinha nem 30 anos e quando a mãe do meu pai se foi, ele não tinha nem chegado aos 40. O Douglas, meu namorado, perdeu a sua mãe aos 28 anos, enfim, apesar da terceira idade estar em constante crescimento no Brasil, ainda são muitos que perdem suas mães de forma precoce.
Sempre me recordo do enterro da Dercy Gonçalves e a sua filha enlutada cercando o caixão. Dercy morreu aos 101, Dercimar, sua filha, tinha 73 quando a perdeu. Tanto Decimar, quando Roberto Carlos, minha mãe, meu pai e o Douglas, não estavam preparados para se despedir permanentemente dessa pessoa que é sinônimo de acalanto. Perder uma mãe, é perder o chão, seja qual for o momento ou idade, por mais tempo, dedicação, carinho e companheirismo que a mesma nos despendeu, nunca, em hipótese alguma, estamos prontos para uma despedida tão avassaladora.
Roberto Carlos não perdeu apenas uma mãe, ele perdeu uma fonte de inspiração, pois Lady Laura, Dona Laura ou Lalá, foi para o Rei motivos de várias canções, sem contar que todas as suas embarcações, leva o nome de sua mãe. Perder uma mãe é perder todas as referências da infância, adolescência e juventude. Hoje, considero a minha mãe, como uma grande amiga, ela não é apenas uma progenitora, pois foi além do papel de mãe e mesmo não aprovando muitas das minhas atitudes, sou aceito por ser o seu filho. Não sei qual a dor que o Roberto Carlos sente e nem a dor que o Douglas, e meus pais sentiram e por diversas vezes ainda sente, pois eu ainda tenho a presença da minha mãe e o carinho dela. Eu ainda posso gritar e sei que ela irá me ouvir.
Os filhos têm uma ligação muito forte com suas mães. Dias atrás, entrei em casa e minha mãe perguntou: O que foi? O que você tem? E disse que não era nada e fui para o meu quarto. Estava muito chateado, mas, mal coloquei o pé em casa e ela já começou a me questionar... Como ela soube que havia algo errado no instante que coloquei o pé em casa? Algumas pessoas dizem que essa ligação vem por conta da ligação do cordão umbilical. Durante 9 meses, somos parte do corpo de nossas mães, e, essa ligação ninguém pode tirar, nem mesmo a morte. Tenho certeza, que todos que já perderão suas mães, ainda se sentem ligados a elas, hoje não mais pelo cordão umbilical, mas sim pelo coração, pelas melhores lembranças que nunca se apagam.
Sempre me recordo do enterro da Dercy Gonçalves e a sua filha enlutada cercando o caixão. Dercy morreu aos 101, Dercimar, sua filha, tinha 73 quando a perdeu. Tanto Decimar, quando Roberto Carlos, minha mãe, meu pai e o Douglas, não estavam preparados para se despedir permanentemente dessa pessoa que é sinônimo de acalanto. Perder uma mãe, é perder o chão, seja qual for o momento ou idade, por mais tempo, dedicação, carinho e companheirismo que a mesma nos despendeu, nunca, em hipótese alguma, estamos prontos para uma despedida tão avassaladora.
Roberto Carlos não perdeu apenas uma mãe, ele perdeu uma fonte de inspiração, pois Lady Laura, Dona Laura ou Lalá, foi para o Rei motivos de várias canções, sem contar que todas as suas embarcações, leva o nome de sua mãe. Perder uma mãe é perder todas as referências da infância, adolescência e juventude. Hoje, considero a minha mãe, como uma grande amiga, ela não é apenas uma progenitora, pois foi além do papel de mãe e mesmo não aprovando muitas das minhas atitudes, sou aceito por ser o seu filho. Não sei qual a dor que o Roberto Carlos sente e nem a dor que o Douglas, e meus pais sentiram e por diversas vezes ainda sente, pois eu ainda tenho a presença da minha mãe e o carinho dela. Eu ainda posso gritar e sei que ela irá me ouvir.
Os filhos têm uma ligação muito forte com suas mães. Dias atrás, entrei em casa e minha mãe perguntou: O que foi? O que você tem? E disse que não era nada e fui para o meu quarto. Estava muito chateado, mas, mal coloquei o pé em casa e ela já começou a me questionar... Como ela soube que havia algo errado no instante que coloquei o pé em casa? Algumas pessoas dizem que essa ligação vem por conta da ligação do cordão umbilical. Durante 9 meses, somos parte do corpo de nossas mães, e, essa ligação ninguém pode tirar, nem mesmo a morte. Tenho certeza, que todos que já perderão suas mães, ainda se sentem ligados a elas, hoje não mais pelo cordão umbilical, mas sim pelo coração, pelas melhores lembranças que nunca se apagam.
11 comentários:
Eu bem sei o que é isso. Ontem perdi dois amigos meus, vitimas de um assassino cruel que disparou dois tiros...Um tragédia que abalou minha cidade.
Ai...amigo, ainda estou em estado de choque.
sem mais...
Hugo
Sim,é uma dor suprema! Simone do Beauvoir escreveu um livro bem fino "Uma Morte muito suave", título irônico para narrar a cruel morte da sua mãe , por câncer. Já no começo do livro ela coloca que "toda morte é uma violência absurda e inexplicável"
Imagine, então como me sinto,com a doença de minha mãe e o que ela representou para mim,me dando até hoje referencias e parâmetros para vida e o viver. Escrevi a história recente, que te contei, no meu blog.
Abraços,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br
http://dividindoatubaina.wordpress.com/
Uma dor quase cruenta ... imagino eu ...
bjux
;-)
Graças a Deus ainda tenho a minha... e espero que ela viva muitos e muitos anos!!!
Mãe é TUDO... Mãe é MÃE!
***
:D
Nem me fale. Sempre fui muito ligado á minha mãe, mas, de uns tempos pra cá, comecei a ficar mais assustado com a ideia de que estamos vivendo uma contagem regressiva e eu tenho que aproveitar ao máximo meu tempo ao lado dela. Quando ela se for e me deixar, será realmente um baque muito, muito duro.
não tem nada para se dizer num momento destes
é triste, muito triste
Tão belo o que or aqui escreves. Abraços. Voltarei sempre que possível
Às vezes cabe apenas um respeitoso silêncio.
Para mim, o Amor é o Espírito de Deus que incorpora aos que a Ele se abrem. Nas mães, Ele se impõe à revelia delas.
Quando elas se vão, levam-No consigo e os filhos ficam sem Ele, sem essa presnça de Deus. Até cair a ficha que as mães são para nós o maior suporte do Amor, para nos levar a acreditar na existência de Deus, passamos por um tempo de muita dor, uma saudade angustiante.
Feizmente Deus dotou o Homem de memória, e é na memória de nossa mãe que também fazemos memória de Deus e somos levados a reconhê-Lo quando Ele se apresenta no Outro ou em nós mesmos.
Nossa..perder a mãe deve ser algo realmente indescritível. Um sofrimento imensurável. Porém, o que me conforta um pouco (se houver conforto para isso) é que sofro pq amo. E esse amor e sofrimento nunca vão deixar a pessoa que se foi fisicamente ir embora da minha vida. Roland Barthes diz que a dor da ausência é tão grande que o ser amado acaba por se fazer presente. Espero que nossa dor sirva pelo menos para isso. Vlw
que lindo o ultimo paragrafo, a minha mae morreu.. era bem isso, ela sabia como eu me sentia , so de olhar , em questao de segundos... =// PAZ!
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