Nos dias 28, 29 e 30 de outubro aconteceu a II Conferência Estadual LGBT. A conferencia foi convocada através do Decreto Estadual n. 57.090/2011. A proposta da conferência é a discussão de políticas públicas para os cidadãos LGBT, um evento de extrema importância num país tão homofobico e que lamentavelmente é o que mais mata homossexuais no Mundo.
Além de estar presente como militante do movimente, também estive representando a Secretaria de Estado da Cultura, produzindo o show de abertura da cantora Fabiana Cozza e a Exposição Homofobia Fora de Moda, uma ação da Secretaria de Estado da Cultura, Prefeitura de São Paulo e Casa de Criadores que se tornou uma exposição itinerante no Estado de São Paulo.
A abertura da Conferência foi um pouco tumultuada, a participação do evento estava condicionada a inscrição prévia e avaliação de inscrição através de critérios definidos para a etapa nacional e estadual na sua composição de gênero, identidade de gênero, raça/etnia, diversidade regional, de povos e comunidades tradicionais, bem como intergeracionais, pessoas com deficiência e população em situação de rua. Devido a tais critérios, muitos militantes ficaram de fora, alguns foram mesmo assim no evento e lideraram uma manifestação.
Uma rede de militantes incentivou essa manifestação e arcou com os custos de transportes de militantes do interior de São Paulo, uma dirigente dessa rede, na abertura do evento pediu a palavra ao cerimonial do evento e disse que houve erros no processo de inscrição, logo após, uma liderança que veio nesse ônibus patrocinado pelos manifestantes tomou a palavra. Numa fala embargada e cheia de emoções ele disse que os seus pés estavam latejando de tanta dor e que estava com fome. Achei tal declaração um absurdo, pois ele veio de ônibus e não a pé e quanto a alimentação, eu fui até o Centro de Referencia LGBT buscar lanches para o grupo.
O objetivo da rede em questão foi conquistado, eles foram credenciados no evento e na eleição para delegados para a Conferência Nacional LGBT, a tal rede elegeu 10 delegados, na frente de outras redes que elegeram 8, 6 e 3 delegados. Fui eleito delegado como representante do poder público. Apesar de toda oposição que o movimento que luta por uma militância séria no Estado de São Paulo sofreu, foi mantido no Plano Estadual de Política Públicas para LGBTs a diretriz que o Conselho Estadual LGBT tem que ser formado através de eleição direita, o modo mais democrático no poder de representatividade.
De 15 a 18 de dezembro, a delegação eleita de São Paulo estará em Brasilia com as demais delegações dos outros Estados da Federação, discutindo propostas para o Plano Nacional de Cidadania LGBT.
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