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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Certa Privacidade

Odeio ser observado enquanto uso o computador, isso é algo extremamente chato. Não sou nenhum pervertido que fica o tempo todo em sites pornôs, e que precisa de privacidade para isso, não, claro que não, mas, sei lá, gosto de privacidade enquando uso o pc. Navegar na internet é algo intimo, no dia que eu conseguir usar o banheiro de porta aberta, ou usar o fio dental ou escovar os dentes na frente de outras pessoas, eu conseguirei navegar na internet com alguém observando.

Da minha casa, sou o mais quieto, falo apenas o necessário, nem sempre foi assim, creio que a censura que tive na minha adolescência por conta da minha sexualidade, colaborou muito para isso. Quando adolescente, eu era muito amigo do meu pai, mas isso mudou quando ele soube que eu gostava de meninos, me tornou inapto para falar sobre devaneios, e apartir de então falamos apenas o necessário. A censura é a pior poda que um ser humano pode sofrer, ela é a morte de uma série de bons eventos que estariam por vir.

O fato de ter vivenciado uma série de questionamentos sobre uma sexualidade pré-estabelecida de acordo com uma ética social padronizada por fundamentos religiosos, e de ouvir falarem a meu respeito, como se eu não estivesse presente, só que na minha frente, me ajudou a me tornar uma pessoa um pouco fria e calculista, num Mundo onde o conceito de privacidade muda a cada dia, encaro isso como uma grande qualidade. Se manter uma pessoa reservada, e sustentar isso, é uma grande virtude. Obtive certa dependência de opiniões alheias, e uma necessidade de privacidade, por conta da invasão de privacidade que sofri anteriormente. Todos se sentiam no direito de dar pitaco na minha vida, hoje não admito isso. Para dar pitaco na minha vida, tem que ser um confidente escolhido a dedo.

Concurso Cultural – Como o Mundo Virou Gay?

Quer ganhar de presente o livro “Como o Mundo Virou Gay?” do André Fischer? O Blog Passageiro do Mundo em parceria com a Editora Ediouro lhe da esse presente, basta responder a pergunta abaixo nos comentários do post “Como o Mundo Virou Gay?”, a melhor resposta receberá um exemplar do livro em qualquer lugar do Brasil.

Para você, como o mundo virou gay?

As respostas serão aceitas até a meia noite do dia 18 de novembro, a melhor resposta será divulgada no dia 20 de novembro, abaixo da resposta é necessário deixar um endereço de email para contato.

6 comentários:

Anônimo disse...

Marcos, passei por coisa semelhante na adolescência, pouco depois do “outing” para a família. Deixei de ser alguém extremamente comunicativo e cheio de amigos, para ser reservado e discreto.

Teve a ver com o tremendo medo do julgamento dos outros sobre mim. Era uma época onde eu imaginava que o ser gay era errado, era um problema. Nunca me senti mal com isso ou tentei virar/fingir ser hétero. Felizmente, meu desenvolvimento foi legal, mas me apavorava que alguém me achasse mau, doente, errado, problemático, por causa de uma situação que era extremamente natural para mim!

Como você, aprendi a preservar minha privacidade acima de tudo e ser bastante discreto. Da mesma forma jamais invado a privacidade dos outros e até com os poucos amigos (de verdade) que tenho, pergunto sempre: “você quer ouvir minha opinião de fato, ou espera apenas um comentário?”. Hoje eles entendem minha postura e quando perguntam algo, geralmente falam “ok, pode falar” ou “pega leve Athur, diz com calma...”.

Arthur
http://artcasez.wordpress.com

O Menino que Voa disse...

wow... um desabafo em primeira escala... eu nao sou tão separatista, ah que, criado no mundo dos esportes, me despia, escovava os dentes e passava fio dental e todos os lugares. Mas, mesmo assim, a privacidade é algo que devemos lutar... o mais estranho, porém, eh verificar que, mesmo sendo reservado, voce mesmo abre certos aspectos da sua vida em seu proprio blog, usando nomes e colocando fotos. Enfim.. somos dicotômicos por natureza! (risos!)

Anônimo disse...

OLÁ, MARCOS. TAMBÉM PREFIRO USAR O COMPUTADOR SOZINHO, A MENOS QUE ESTEJA FAZENDO ALGO PARA ALGUÉM, UM TRABALHO EM GRUPO, COISAS ASSIM. DE RESTO, OU ESTOU TRABALHANDO, OU FAZENDO TRANSAÇÕES BANCÁRIAS, TECLANDO COM ALGUÉM OU MESMO VENDO CONTEÚDO IMPRÓPRIO PARA MENORES, HEHE, E ISSO NÃO TENHO QUE SOCIALIZAR COM NINGUÉM. MUITAS VEZES NOS TORNAMOS MAIS RESERVADOS PORQUE É IMPOSSÍVEL DIVIDIR CERTAS COISAS COM AS PESSOAS, PRINCIPALMENTE EM CASA E EM CERTOS AMBIENTES PROFISSIONAIS. COMO PODERIA DIVIDIR MEUS DESEJOS E PLANOS DE VIDA COM MEUS PAIS, POR EXEMPLO, QUE NÃO TEM (E NÃO QUEREM TER) A MÍNIMA CONDIÇÃO PSICOLÓGICA, AFETIVA, INTELECTUAL E HUMANA PARA ENTENDER? DÓI. MAS NÃO QUERO TORNAR MINHA VIDA UM INFERNO ETERNAMENTE COMPRANDO BRIGA COM GENTE IGNORANTE. É RUIM DESSA FORMA, MAS PODERIA SER PIOR DE OUTRA. E OLHA QUE ELES SABEM QUE SOU GAY. ACHO QUE VIVEMOS SITUAÇÕES UM POUCO SEMELHANTES. ABRAÇO.

VIADAGEM E A TRANSGRESSÃO POÉTICA disse...

A única coisa que me incomoda o meu privado é ser visto comendo coisas com queijo quente, como pizzas, misto quente e etc.; e o queijo, derretido, não corta com a dentada e vai formando aquele fio comprido e meio debilóide....kkkkkkkkk Ah, tem mais uma, uma necessidade fisiológica, essa não deixo ninguém ver... risos... nunca entendi namorados que moram juntos e usam o vaso sanitário para isso, enquanto o outro toma banho. Se bem que acho até bonita uma intimidade assim. Mas nunca consegui.
Beijos,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br

Gui Sillva disse...

também não gosto de ninguém por perto quando estou utilizando o meu.

Anônimo disse...

Não suporto ser observado no PC, falei tanto isso para os meus pais que eles acabaram desistindo de me obervar por livre e espontanea pressa. (rs)

No tocante à sexualidade, que meus pais ainda não sabem e eu não vejo necessidade disso, eu prefiro manter o assunto tão privativo quanto as minhas cuecas (que trocadilho feio! rs). Não acho necessário que seja um tema recorrente para as conversas factuais, mas sempre tenho o apoio de quem preciso, quando preciso.

Abraço!