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sábado, 29 de novembro de 2008

A Guerra de Clara

O livro “A Guerra de Clara” conta a história da família da jovem judia Clara Schwarz, hoje Clara Kramer. Na Segunda Guerra Mundial, a família Schwarz vivia na Polônia, na pequena cidade de Zolkiew. Nas mais de 300 páginas do livro, são denunciados os abusos cometidos contra os judeus, que eram obrigados a abrir mãos de seus sonhos, propriedades e familiares.

O destino de Clara foi alterado graças a um anti-semita, que aceitou ajudar a família de Clara e outras famílias que se abrigaram num esconderijo construído pelos próprios refugiados na casa dos Beck. Nos 18 meses que os judeus ficaram com suas vidas a cargo da família Beck, foram inúmeras ocasiões que suas vidas ficaram expostas às mãos sangrentas dos alemães nazistas. A mãe de Clara, que a incentivou a registrar tudo o que a família passou quando permaneceu escondida, queria um documento para denunciar tudo o que a eles sofreram por conta de fatores racistas e religiosos. No final da guerra, uma comunidade de cinco mil judeus que viveram na cidade de Zolkiew, foi reduzida para pouco mais de 50.

O livro é comparado pela imprensa internacional com os “O Diário de Anne Frank” e a “A Lista de Schindler”. Essa comparação se deve ao fato de “A Guerra de Clara” ser baseado num diário, assim como o livro de Anne Frank, e o fato de Clara ser salva por Beck, um anti-semita que tinha fortes ligações com o partido nazista, assim como Schindler, que também pertencia ao partido. Histórias como as de Clara Kramer, Anne Frank e Oscar Schindler merecem serem evidenciadas nos quatros cantos do Mundo. Nunca poderemos deixar que o Holocausto e a sede de extermínio do exército alemão para com o povo judeu sejam esquecidas. Hoje o Holocausto é um motivo de vergonha para a Alemanha, esperamos que essa vergonha nunca entre no esquecimento, pois, enquanto ela existir, o Mundo saberá que mortes como a de Anne Frank e de muitos parentes de Clara Kramer, servem como caráter denunciativo para a humanidade. Nunca poderemos esquecer que existiu o Holocausto contra um povo indefeso.

Hoje, Clara Kramer é uma octogenária, vive nos EUA e dedica sua vida à educação sobre o Holocausto. Em 1982, Clara ajudou a fundar o Holocausto Resource Center, que é uma associação que educa anualmente 1200 professores em história do Holocausto e redução do preconceito. O diário original de Clara encontra-se no Museu do Holocausto dos EUA. Há anos, li “O Diário de Anne Frank”, foi uma história que me deixou extremamente abalado, assim como a história de Clara. Infelizmente Anne Frank não teve a mesma sorte de Clara e dos 1200 judeus salvos por Oscar Schindler, porém, não tenho dúvidas que Anne Frank também teria dedicado sua vida à educação sobre a História do Holocausto frente ao Instituto Anne Frank - instituto que tem representação no Brasil - assim como fez Clara Kramer.

Dados técnicos

Nome do livro: A guerra de Clara
Autores: Clara Kramer e Stephen Glantz
Número de páginas: 336
Formato: 15,5 x 23 cm
ISBN: 978-8500-024-108
Preço: R$ 44,90

Concurso Cultural – A Guerra de Clara

Quer ganhar de presente o livro “A Guerra de Clara” de Clara Kramer? O Blog Passageiro do Mundo em parceria com a Editora Ediouro lhe dá esse presente. Para isso, basta responder a pergunta abaixo nos comentários do post “A Guerra de Clara”. A melhor resposta receberá um exemplar do livro em qualquer lugar do Brasil.

Você arriscaria a sua vida para salvar a vida de um refugiado de guerra?

As respostas serão aceitas até a meia-noite do dia 5 de dezembro. A melhor resposta será divulgada no dia 8 de dezembro, abaixo da resposta é necessário deixar um endereço de email para contato.

17 comentários:

Serginho Tavares disse...

vou responder essa depois com certeza.
tenho que escrever bonito porque a disputa será acirrada!
definitivamente o holocausto é uma vergonha pro mundo assim como a escravidão no Brasil durante mais de três séculos...

beijos

Gui Sillva disse...

adoray o layout novo do blog.
parabéns
gui

Anônimo disse...

Vale a pena tentar e nao custa nada!


R: Essa é uma pergunta difícil, pois arriscar a própria vida não é qualquer risco, mas viver o resto da mesma se arrependendo por não correr tal risco é pior! O Holocausto não é vergonha apenas para a Alemanha, e sim para todo o mundo que permitiu que algo tão desumano que nenhuma palavra pode definir pudesse acontecer.
Mas num mundo tão egoísta quanto o que vivemos não seria difícil ouvir 'nãos' mas o mais difícil seria ouvir os 'sims' não apenas da boca pra fora mas os verdadeiros.
E o meu sim é verdadeiro. Claro que arriscaria minha vida por algo tão nobre, pois ver alguém tendo a chance de viver e a chance de desfrutar do amor de seus familiares, amigos e a pessoa amada e se lembrar de bons momentos é algo de valor inestimável, e definitivamente eu seria grato eternamente a alguém que fizesse o mesmo por mim.

jt_ornellas@hotmail.com

VIADAGEM E A TRANSGRESSÃO POÉTICA disse...

Sempre que ouço os comentários das pessoas perante um crime violento, de que "a maldade humana não tem limites", lembro-me que a bondade também não. No decorrer da minha já longa vida vi pessoas em atos extremos de generosidade perante a dor alheia, pessoas a quem caberia perfeitamente a frase magnífica do poeta renacentista John Donne: "Não pergunte por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti"("“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.)Talvez, um dos mais impressionantes poemas que li na minha vida. Hoje estou um tanto descrente perante a palavra "solidariedade". Mas sei também que há seres grandiosos que deram muito de si em situações calamidades, epidemias, em situações políticas, nas guerras, como o caso do livro "A Guerra de Clara" em questão. Tive o privilégio de conhecer guerrilheiros contra a ditadura militar que não entregaram seus colegas mesmo sob a mais insuportável tortura física e psicológica. E outros que arriscaram a própria vida para esconder em suas casas e sítios perseguidos políticos.
É justamente aí que se evidencia a grandiosidade das contradições humanas. Sim, eu não hesitaria em proteger alguém, com o risco de minha própria vida, se esse alguém estivesse sendo injustamente perseguido e condenado. Mesmo por que, quem me conhece, sabe que esse é um valor meu, portanto, se não o fizesse eu perderia grande parte da admiração que tenho por mim e pela minha identidade. Este mundo é cheio de carrascos. Mas também de heróis. Como a escritora norte americana Lilian Helmann, que levou dinheiro escondido em suas roupas para grupos que lutavam contra o nazismo, na 2ª Guerra, atravessando fronteiras. Como Madre Tereza de Calcutá, que ameaçou o governador de New York a ir denunciar ao mundo se ele não construísse um hospital para os doentes de aids, no início da epidemia...Como a grande atriz e cantora Marlene Dietrich, que escondeu judeus ameaçados em sua casa e depois os conduziu a salvo para os EUA. E ainda, com a ajuda de sua mãe que ficou na Alemanha, conseguiu trazer as crianças , filhos desses judeus. Como o soldado , que num passeio num Zoo pulou dentro de um poço de ariranhas para salvar um menino de 10 anos que havia caído lá e , depois, pouco antes de morrer das inúmeras mordidas desses violentos animais, foi perguntado por que havia feito aquilo e ele respondeu: "se não tivesse feito, não seria mais eu mesmo, nunca mais teria paz". Rose Nogueira tomou choques elétricos nos seios cheios de leite e foi proibida de amamentar seu filho recém-nascido só por que havia escondido o Mariguella na sua casa. São essas as pessoas que me motivam a continuar vivendo. Vivendo mesmo perante o mais cruel dos mundos, que é o que o nosso mundo se tornou. Mas que ainda podemos cruzar com pessoas que preservam a mais extrema dignidade. Estamos, todos, no mesmo barco. Na mesma canoa, que pode ser furada, mas é a nossa canoa. Portanto, a tua dor é a minha dor. Ou nada terá valido a pena.
Beijos,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br

Fábrica de Música disse...

O diário de anne frank foi um dos livros que eu mais gostei de ler, justamente por ser um diário, a história é muito mais realista. Anne frank pra mim é uma lenda, uma pessoa que eu gostaria muito de conhecer.

Thiago de Assumpção disse...

Interressante...
Vou querer esse livro....

Você arriscaria a sua vida para salvar a vida de um refugiado de guerra?


"Sim, afinal ele precisa de ajuda, e sempre devemos ajudar os outros.
Não somos nem melhores e nem piores, somos iguais e quando não ajudamos um refugiado de guerra, tentamos mostrar uma superioridade que não existe, afinal somos humanos, temos defeitos e temos qualidade, e não devemos julgar as pessoas pelos seus defeitos e sim pelas suas qualidades, pois assim, talvez, não havera guerra e não precisaremos ajudar refugiado de guerra"..

Pronto minha resposta...
e-mail:thiagoafernandes@yahoo.com.br

Tiago disse...

E o conteúdo do livro deve ser mto bom
Mta história contada
E os livros vem mostrar isso
Quero ler!
Vlw pela indicação!
Boa Semana Marcos!

Anônimo disse...

Você arriscaria a sua vida para salvar a vida de um refugiado de guerra?

Se algum dia um refugiado de guerra precisar de mim para ser salvo e, mais ainda, se eu correr riscos para ajudá-lo, quem estará sendo salvo sou eu. O refugiado vai me salvar de ter tido uma vida sem experimentar a sensação real de união, a que nos faz todos iguais e interligados. Poder escapar da ilusão de que sou um ser só, separado e egocêntrico, e me colocar ao lado de outros, que sem pudor estendem as mãos por ajuda, iria dignificar a minha vida e finalmente sentiria o que dizem ser o amor desapegado e desinteressado. Haja coragem!

tommiecarioca@hotmail.com

Anônimo disse...

Eu não arriscaria minha vida pra salvar um refugiado porque não há razões pra uma guerra! O homem não tem direito de matar seu semelhante. A guerra é o espetáculo mais dilacerante da desrazão humana!
email> tms-wsilva@uol.com.br Abraços!

Anônimo disse...

Respondendo a pergunta sobre salvar um refugiado, bem salvando um refugiado estarei caminhando e semeando o que colher no futuro.Muito mais que essa visão um pouco egoísta, é dar a possibilidade ao outro de numa terra nova se fazer homem ou mulher e ser acolhido, acariciado, respeitado. E se salvando outro ser humano, seja ele refugiado ou não, estarei dando a mim e ao mundo a possibilidade de conhecer e enveredar por uma coisa maravilhosa: o ser humano.
Me arrisco por essa causa.

Marcos Henrique
mh2013@yahoo.com.br

Thiago Cavalcante disse...

Bom dia, Marcos!
Excelente livro, heim?
Estou lendo O DIÁRIO DE ANNE FRANK. Ganhei no meu aniversário, e só agora, com as férias da faculque etsou tendo a oportunidade de me envolver com essa história.

Quanto a resposta da indagação aqui exposta, irei escrever algo mais aprimorado e voltarei para respondê-la.

Abraço.

Anônimo disse...

Vejo que arriscar a própria vida para salvar a de um refugiado de guerra não só significa um ato de generosidade, mas, sobretudo, é o que nos torna seres verdadeiramente humano. Pois, assim como fez Marie Bonaparte ao instalar Sigmund Freud, sua esposa e filhos, em sua casa em Londres, para que o pai da psicanálise ficasse livre das atrocidades de Hitler, entre outras casos não tão conhecidos, esta seria uma chance de evitar a interrupção de vidas humanas, salvando-as das graves conseqüencias de uma guerra.

Fabricio Fernandes (fabriciofernandes28@hotmail.com)

Ferdinando disse...

Oi Marquinho!!!
Hoje resolvi responder a pergunta do concurso cultural!!! Vamos lá então!!!

Essa pergunta não fácil de ser respondida viu, mas minha resposta é NÃO!
Posso ser considerado egoísta, mas tenho dado tanto valor a minha vida que a possibilidade de arriscar perdê-la por outra pessoa sequer passa pela minha cabeça. Claro que temos N possibilidades para enquandrarmos em "outra pessoa", existe a possibilidade deste refugiado ser alguém próximo, pai, mãe, filho, sim existe, mas mesmo assim, é uma atitude que deve ser pensada pois ganhamos nossa vida de graça, não pagamos nada por ela, portanto devemos guardá-la e não ficar arriscando-a pelos outros!
Se no caso eu perdesse a vida?
O refugiado se perdoaria por isso?


Bom, é o meu pensamento sobre o assunto!!!

BeijO.

Ferdinando (Rapazes Fino Trato)...

Anônimo disse...

Claro que arriscaria minha vida,pretendo fazer isso um dia no Oriente Medio,minha vida não é mais importante que a a dos outros,isso é algo nobre e se eu morresse ou morrer fazendo isso,VAI UM DOS MAIORES ORGULHOS QUE VOU TER DE MIM MESMO.
Salaam

Haiet

VINCENZO GONZAGA disse...

O ser humano foi, é e sempre será um interrogação quando se fala em salvar vidas. Cada um reage a momentos perigosos de uma forma diferente.
A adrenalina, o extinto e a consciência se mesclam e fica a mercê do ser humano eleger qual destas deverá predominar!
A Adrenalina causa ansiedade e confusão mental.
O Extinto faz com que lute por si e/ou pelas pessoas.
A consciência é formada por fatores sociais e educacionais e é ela quem define qual destes outros dois elementos deve predominar caso seja ela bem definida.
Quando a consciência do ser não é clara e objetiva perante a perigos existentes é impossível prever uma reação exata!
Já passei por uma situação de salvar um vida...não relacionada a guerra...mas foi um afogamento...consegui salvar a criança que estava se afogando porém paralisei quando a segurei fora dá água...ela respirando e eu embaixo dá água paralisado segurando-a para fora.
Nadei até a criança sem pensar em nada, mesmo sem nadar muito bem (extinto); Segurei-a para fora dá água para que respirasse (consciente de que ela necessitava respirar); fiquei paralisado sem conseguir me mexer (adrenalina).
Ou seja, pela experiência adquirida acredito que salvaria!

Anônimo disse...

Já respondi essa questão antes mas esqueci do meu e-mail e quero aproveitar para postar com a resposta completa.
Claro que arriscaria minha vida,pretendo fazer isso varias vezes no Oriente Medio e Africa.Não tenho medo da morte nesse caso,pode ser uma criança,velho ou jovem que com certeza ajudaria.Me revolto com as imagens da guerra no Iraque,Libano Siria e Palestina.Meu Deus!Quanto horror!Vejo crianças,homens,mulheres chorando magoados pela dor que se mistura ao odio e gera revolta e agrava ainda mais a situação,vejo videos de enterros daquele povo que já é castigado pelo clima,pelas guerras entre si mesmos e o pior é que é tusdo é só pelo poder.
Qual é a graça de sair matando gente inocente?Eu jamais conseguiria apontar uma arma pra alguem e matar assim,na inocencia.
Quero fazer um curso de enfermagem e ir pra lá como voluntario de misssoes humanitarias um dia,acho que se todos pensassem assim,o Oriente,a Africa,o Camboja,Vietnã,Laos,Tibet e todos os outros seriam bem melhores e mais felizes.
Salaam(paz em arabe)

Johua(Haiet) (joshuabatista22@yahoo.com.br ou habibaaile@gmail.com

Serginho Tavares disse...

Você arriscaria a sua vida para salvar a vida de um refugiado de guerra?

Sim. No meio do caos todos somos vira-latas, sem raça, sem definição, sem sexo, sem credo. Não temos o que fazer além de se salvar e salvar quem está ao nosso lado. É uma sobrevivência mútua.

antoniosergio@gmail.com