Certa vez, num curso de “Literatura Paulista”, a professora comentou que estava vindo da França para o Brasil com uma amiga e no avião havia algumas crianças brasileiras e a sua amiga francesa lhe perguntou: Porque as meninas brasileiras se vestem como prostitutas? Estranho que antes desse comentário, eu não havia me dado conta disso, as meninas brasileiras se veste como prostitutas e isso se devem a um comportamento social aprendido, condicionado e repetido.
Mara Maravilha, Xuxa e Angélica são as grandes responsáveis por tais comportamentos. Nos anos 90, Mara Maravilha no SBT, Xuxa na Globo e Angélica na Manchete comandavam as programações infantis da televisão, muitos pais transferiram as responsabilidade da educação dos filhos para a tais “musas” dos baixinhos. Qual menina não gostaria de ser uma dessas musas? Muitas e para isso o comportamento das meses eram refletidos nas crianças. Lembro-me que existia um adesivo da pinta da Angélica, que é obvio que o acessório tinha que ser usado com um shorts curto e pra lá de apertado.
Mara Maravilha virou evangélica, hoje ela usa saião no meio do joelho, Xuxa e Angélica apresentam programas infanto-juvenis e mudaram o figuro, mas o estigma que elas criaram permaneceu e para acentuar o agravante, no final dos anos 90 as bandas de axé fizeram a alegria da meninada e todas as meninas queriam ser uma “Carla Peres” dançando o tchan e na pegada do bambolê. O grupo “É o Tchan” lançou vários produtos infantis e voltou suas produções musicais para o entretenimento infantil, fazendo com que várias crianças se espelhassem em suas dançarinas.
Sabemos do poder de manipulação da mídia. Diariamente consumimos produtos A, B, C e D e muitas das vezes, depois do consumo, nos damos conta que fomos induzidos por uma embalagem diferenciada ou por uma propaganda assertiva. Na era da comunicação, ganha a concorrência quem tem a melhor imagem publicitária e o que fazer em relação às crianças? Com as publicidades que são voltadas para elas? As crianças não tem o poder de discernimento e pedirão a sandália da Barbie e o celular das Super Poderosas e se os pais não comprarem, o escândalo está armado no shopping. A mídia descobriu que as crianças são consumidoras compulsivas e sabem como manipulá-las, orientando-as ao objetivo da compra.
A publicidade de produtos e serviços destinados a crianças deveria ser voltada aos adultos responsáveis, a utilização da criança para venda de produtos é antiético e abusivo, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing, gerando na criança um vazio aberto pelo mundo capitalista, que se preenche apenas com o consumo compulsivo, que por sua vez resulta em problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.
Para por fim nessa problemática, entidades não governamentais estão se manifestando pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil. O caráter do individuo se forma quando somos crianças e com base nisso sabemos que essa manipulação maciça é prejudicial às nossas crianças. Para assinar o manifesto e apoiar as entidades que se envolveram com a causa, acesse o site “Publicidade Infantil Não”.
Mara Maravilha, Xuxa e Angélica são as grandes responsáveis por tais comportamentos. Nos anos 90, Mara Maravilha no SBT, Xuxa na Globo e Angélica na Manchete comandavam as programações infantis da televisão, muitos pais transferiram as responsabilidade da educação dos filhos para a tais “musas” dos baixinhos. Qual menina não gostaria de ser uma dessas musas? Muitas e para isso o comportamento das meses eram refletidos nas crianças. Lembro-me que existia um adesivo da pinta da Angélica, que é obvio que o acessório tinha que ser usado com um shorts curto e pra lá de apertado.
Mara Maravilha virou evangélica, hoje ela usa saião no meio do joelho, Xuxa e Angélica apresentam programas infanto-juvenis e mudaram o figuro, mas o estigma que elas criaram permaneceu e para acentuar o agravante, no final dos anos 90 as bandas de axé fizeram a alegria da meninada e todas as meninas queriam ser uma “Carla Peres” dançando o tchan e na pegada do bambolê. O grupo “É o Tchan” lançou vários produtos infantis e voltou suas produções musicais para o entretenimento infantil, fazendo com que várias crianças se espelhassem em suas dançarinas.
Sabemos do poder de manipulação da mídia. Diariamente consumimos produtos A, B, C e D e muitas das vezes, depois do consumo, nos damos conta que fomos induzidos por uma embalagem diferenciada ou por uma propaganda assertiva. Na era da comunicação, ganha a concorrência quem tem a melhor imagem publicitária e o que fazer em relação às crianças? Com as publicidades que são voltadas para elas? As crianças não tem o poder de discernimento e pedirão a sandália da Barbie e o celular das Super Poderosas e se os pais não comprarem, o escândalo está armado no shopping. A mídia descobriu que as crianças são consumidoras compulsivas e sabem como manipulá-las, orientando-as ao objetivo da compra.
A publicidade de produtos e serviços destinados a crianças deveria ser voltada aos adultos responsáveis, a utilização da criança para venda de produtos é antiético e abusivo, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing, gerando na criança um vazio aberto pelo mundo capitalista, que se preenche apenas com o consumo compulsivo, que por sua vez resulta em problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.
Para por fim nessa problemática, entidades não governamentais estão se manifestando pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil. O caráter do individuo se forma quando somos crianças e com base nisso sabemos que essa manipulação maciça é prejudicial às nossas crianças. Para assinar o manifesto e apoiar as entidades que se envolveram com a causa, acesse o site “Publicidade Infantil Não”.
3 comentários:
Rapaz vc e suas militâncias, sempre da mais alta relevância ... parabéns por mais esta brilhante iniciativa de divulgar na blogosfera uma campanha fundamental em favor de uma não agressão às nossas crianças, proporcionando assim, uma sociedade melhor para este país no futuro próximo.
Tomando a liberdade de postar a matéria tb no meu blog, claro que, com todos os créditos e links relativos a vc e ao seu blog.
bjux
;-)
Eu diria até que foi um pouquinho antes dos anos 90: lá pelo meio dos anos 80 já tava começando esse processo de erotização da criança.
E realmente a gente só percebeu que ele tava acontecendo depois que já tinha se instalado.
Lamentável, né?
O fenômeno nem de longe é brazuca, inclusive tendo sido abordado nos EUA pelo seriado "South Park".
É a infância cada vez mais atropelada e esquecida.
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