Desde 1981, quando começaram os surtos de duas doenças raras entre jovens homossexuais masculinos nos EUA, e mais tarde em 1984, quando descobriram que tais surtos se tratavam do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), uma doença que destrói o sistema imunológico do indivíduo, o Mundo nunca mais foi o mesmo. As doenças raras se tratavam da pneumocisti carinii, uma forma de pneumonia, e um câncer, o sarcoma de Kaposi que normalmente infectavam homens mais velhos, ambas as doenças eram desenvolvidas por conta da infecção ao HIV. Em 1985, cientistas conseguiram desenvolvem um teste para diagnosticar a infecção pelo HIV.
Quando criança, fiquei vulnerável ao vírus por conta de uma transfusão de sangue que fui submetido, foi em 1983, no "boom" da infeção. Naquela época pouco se falava da nova doença, a sociedade médica pouco sabia das sua causas e conseqüências, tudo era obscuro, incerto. Messes depois, o governo solicitou que as pessoas que foram submetidas à transfusão de sangue realizassem os exames de detecção ao HIV, para a minha sorte, o meu deu negativo e não fiquei entre as primeiras vitimas de HIV no Brasil, vitimas que tiveram suas vidas ceifadas. Mas a apreensão da sociedade não cessou com a descoberta do exame, pois mesmo depois de 85, muitas pessoas continuaram sendo infectadas por intermédio da transfusão de sangue.
Uma amiga da minha mãe, evangélica, e que provavelmente só teve um homem em toda a sua vida, foi vítima do HIV. Em sua segunda maternidade, ela necessitou fazer uma transfusão. Algum tempo se passou, e ela começou a perder peso rapidamente, ela até ficou feliz, pois precisava emagrecer, mas começou a se preocupar quando começou a ficar muito abaixo do seu peso. Ela procurou um médico, e foi diagnosticado que ela tinha HIV. Tempos depois ela faleceu, o caixão foi lacrado. Ela deixou três filhos e o marido. Dos quatro, apenas o filho mais velho não estava contaminado com o vírus. O marido foi para Minas, o escândalo foi muito grande e a convivência deles na sociedade tornou-se impossível. Imaginem: Nos anos 80 as pessoas imaginavam que HIV se pegava com o toque.
Com o avanço da medicina, houve uma melhoria na sobrevida das pessoas que vivem com a AIDS. Estima-se que há 630 mil infectados no Brasil e que 230 mil pessoas não sabem da infecção. Em 1980 existiam 15 homens para cada mulher infectada, hoje essa estimativa está em 15 homens para 10 mulheres, esse fenômeno pode ser explicado pela maior independência da mulher em relação ao homem, a conquista ao mercado de trabalho e a luta do movimento feminista para a liberdade sexual.
Tenho amigos que convivem com o HIV. Apesar de todos os avanços da medicina, sabemos que o coquetel de medicamentos é uma tortura para os que têm que conviver o mesmo. Espero ver um dia a cura da AIDS, mas, antes disso, espero ver uma sociedade consciente, uma sociedade que não troca a sua integridade física por alguns momentos de prazer sem camisinha num sexo casual. Espero que o dia de hoje seja de reflexão, e que a sociedade consiga evoluir na grande luta contra a AIDS.
Quando criança, fiquei vulnerável ao vírus por conta de uma transfusão de sangue que fui submetido, foi em 1983, no "boom" da infeção. Naquela época pouco se falava da nova doença, a sociedade médica pouco sabia das sua causas e conseqüências, tudo era obscuro, incerto. Messes depois, o governo solicitou que as pessoas que foram submetidas à transfusão de sangue realizassem os exames de detecção ao HIV, para a minha sorte, o meu deu negativo e não fiquei entre as primeiras vitimas de HIV no Brasil, vitimas que tiveram suas vidas ceifadas. Mas a apreensão da sociedade não cessou com a descoberta do exame, pois mesmo depois de 85, muitas pessoas continuaram sendo infectadas por intermédio da transfusão de sangue.
Uma amiga da minha mãe, evangélica, e que provavelmente só teve um homem em toda a sua vida, foi vítima do HIV. Em sua segunda maternidade, ela necessitou fazer uma transfusão. Algum tempo se passou, e ela começou a perder peso rapidamente, ela até ficou feliz, pois precisava emagrecer, mas começou a se preocupar quando começou a ficar muito abaixo do seu peso. Ela procurou um médico, e foi diagnosticado que ela tinha HIV. Tempos depois ela faleceu, o caixão foi lacrado. Ela deixou três filhos e o marido. Dos quatro, apenas o filho mais velho não estava contaminado com o vírus. O marido foi para Minas, o escândalo foi muito grande e a convivência deles na sociedade tornou-se impossível. Imaginem: Nos anos 80 as pessoas imaginavam que HIV se pegava com o toque.
Com o avanço da medicina, houve uma melhoria na sobrevida das pessoas que vivem com a AIDS. Estima-se que há 630 mil infectados no Brasil e que 230 mil pessoas não sabem da infecção. Em 1980 existiam 15 homens para cada mulher infectada, hoje essa estimativa está em 15 homens para 10 mulheres, esse fenômeno pode ser explicado pela maior independência da mulher em relação ao homem, a conquista ao mercado de trabalho e a luta do movimento feminista para a liberdade sexual.
Tenho amigos que convivem com o HIV. Apesar de todos os avanços da medicina, sabemos que o coquetel de medicamentos é uma tortura para os que têm que conviver o mesmo. Espero ver um dia a cura da AIDS, mas, antes disso, espero ver uma sociedade consciente, uma sociedade que não troca a sua integridade física por alguns momentos de prazer sem camisinha num sexo casual. Espero que o dia de hoje seja de reflexão, e que a sociedade consiga evoluir na grande luta contra a AIDS.
3 comentários:
Amigo....vou postar esse post lá em meu blog...viu. Estou lhe comunicando.
Já até lhe avisei que iria esta postando alguns post seus com sua permissão é claro.
E irei manter o sua autoria, ok.
abraços
Hugo
nossa, imagino a barra q deve ter sido para esta familia, amiga d sua mae.
acho q ainda vai levar um tempo até todos ficarem conscientes, ainda + com a libertinagem existente e com a igreja jogando contra... mas dias melhores virão, com certeza.
abs
Parabens pelo Post, e uma coisa que ainda fico passado por aqui no Oriente Medio, quando voce vem trabalhar por aqui especificamente em Dubai, voce tem que fazer todos os exames medicos, inclusive o HIV, se for positivo, esquece vc nao trabalha por aqui nem a pau. Bom quando assinei meu contrato com uma cia daqui, fiquei pensando sera que aqui e a ILHA DA FANTASIA, onde todo mundo e feliz para sempre (bobinho eu, nao?) Com o tempo qualquer um pode perceber a hipocrisia deste pais e perceber que por aqui as pessoas morrem da doenca, e o governo continua ignorando o fato e as consequencias disto tudo, mais a regra para quem quer trabalhar por aqui e clara se for Positivo, esquece, nao entra no Clubinho da Lulu.
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