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terça-feira, 29 de junho de 2010

A Guerra dos Sentimentos

Descobri que o amor é um sentimento forte e sem ser piegas, posso afirmar que tudo o que acontece em nossas vidas tem um lado positivo. Mesmo nos envolvendo em situações que nos magoa e machuca, só quando somos colocados a prova, temos a verdadeira ciência do que temos e/ou sentimos é verdadeiro, pra valer.

Michel Foucault, no livro "Em Defesa da Sociedade", aborda o direito a vida que é cedido ao Soberano e esse direito se efetiva pelo fato do Soberano também ter direito a morte do seus súditos, ou seja, é por poder matar que o Soberano dá o direito de viver. Traduzindo para a questão da nossa vida afetiva, só sabemos se amamos alguém de verdade, se essa pessoa nos dá motivos para não ama-la e mesmo assim continuamos amando.

Como saber o gosto da felicidade se não conhecemos a tristeza? É exatamente por esse motivo que a vida é cíclica, que não vivemos uma situação plena e estamos em constantes transformações, caso contrário, seriamos apáticos, mesmo com cenários pertinentes a felicidade ou não. Quando uma pessoa diz: Eu sou feliz, em certo momento de sua vida ela soube o que é ser infeliz, a felicidade não existe sem a infelicidade, caso contrário seria apatia, monotonia.

Estou planejando uma viagem com a minha mãe, ainda não decidimos se vamos para "Porto de Galinhas" ou Jericoacoara, mostrei algumas fotos da praia cearense para minha mãe e disse que os pacotes de viagens sempre são feitos em conjunto com destino, pois 7 dias em Jericoacoara se tornariam entediantes.

Em Jericoacoara encontramos lindas paisagens, cenários paradisíacos, entretanto, o lugar só tem isso para nos oferecer, ou seja, a tão sonhada paz que muitos almejam, porém quando isso se torna permanente, não é mais paz, é tédio. Damos valor a nossa casa, porque na rua somos submetidos ao stress, transito e correria, as vezes ocorre o contrário, há aqueles que dão valor a rua, pois é dentro da sua casa que mora o stress. Se não fosse a oposição, não seriamos capazes de nos beneficiarmos com as circunstâncias que nos faz bem.

Amamos porque também podemos odiar, sorrimos porque também podemos chorar e acolhemos porque também podemos rejeitar. Não estou querendo dizer que temos domínio por nossas escolhas, pelo contrário, quase sempre somos inerentes a elas, não escolhemos quem amamos, para quem sorrimos e quem acolhemos, tais ações são subjetivas e as vezes com motivos de produzirmos sentimentos que fazem oposição aos expostos, não conseguimos dominar o coração.

5 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

muito forte e extremamente reflexiva esta sua abordagem ... não temos o domínio de nada nesta vida ... fato ... só nos resta permear e sermos permeados pelos matizes da vida ...

bjux

;-)

JOICE disse...

Ai amor...vc sempre fala diretamente ao meu coração. Vc sabe que sou fã incondicional dos seus textos e acho um desperdicio vc não trabalha com isso, pois seus textos são muito bons, profundos e atemporais.
Cada texto seu é um show a parte, você consegue fazer reflexões maravilhosas através de palavras simples e eu admiro muito isso em vocÊ.
Obrigada por me proporcionar leituras tão gostosas.
Amooo
beijos

tommie disse...

Penso completamente ao contrário na parte de que não temos domínio por nossas escolhas. Pode ser que não percebemos ou não queremos assumir as escolhas, mas acredito que escolhemos tudo (conscientes ou não), e que atraímos tudo que nos acontece, literalmente tudo.

Jefferson Reis disse...

Escrevi um comentário imenso aqui, mas o Blogger resolveu gongar com minha cara. Acredito que o mundo sempre nos dá chances de sermos pessoas melhores, evoluirmos. Cabe a nós aproveitá-las. Como você disse, tudo tem seu lado bom.

FOXX disse...

preciso pensar mais pra dar uma boa resposta pra esse texto...
volto depois...