Sempre fiquei confuso com as brigas que os casais travam na justiça dizendo “isso aqui é meu”, “isso aqui não é seu”, “foi eu quem construí” e “só eu tenho direito nisso”. Tudo isso é medonho, viver num mundo onde precisamos de advogados, é medonho. Esquecer toda uma vida que foi construida junto com outra pessoa e lavar roupa suja num tribunal, é algo lamentável, mas quando as situações são levadas nas ultimas consequências e o bom senso não prevalece, é a única alternativa que nos restam.
Não entendo o porque algumas pessoas permanecem juntas por tanto tempo, é algo insano. Será despeito? Vejo tantos casais, que estão juntos há 30, 40 anos e que o amor se perdeu pelo caminho. Onde foi parar esse amor? Onde se perderam as juras de amor que foram feitas na presença de amigos e entes querido? Tudo isso me leva a acreditar que os nossos modelos sociais estão falidos e vivemos num comportamento condicionado, aprendido e repetido ao longo dos tempos.
Por 7 anos, jurei que amava uma pessoa que estava ao meu lado, hoje me pergunto: Onde foi parar esse amor? Porque fiquei tanto tempo com um pessoa que hoje – se não fosse por algumas pendências – não representa nada pra mim. Acredito que nos inflamamos com as relações sociais, com mecanismos que tem por finalidade doutrinar o ser humano, estabelecendo valores sociais que na realidade não faz parte da natureza humana.
A gente destrói aquilo que mais ama
Em campo aberto, ou numa emboscada;
Alguns com a leveza do carinho
Outros com a dureza da palavra;
Os covardes destroem com um beijo
Os valentes destroem com a espada.
Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama.
O amor e o ódio caminham juntos e nem sempre é uma via de mão dupla, muitos dizem que são dois extremos e que na verdade são os mesmos sentimentos. Se assim for: não é “natural” amar e nem odiar. Dizem que a sabedoria está no meio. Entre o amor e o ódio, temos que encontrar um meio terno para não sobrecarregarmos os extremos, caso contrário, destruiremos o que – na verdade - mais amamos.
3 comentários:
Mas sabe que, apesar disso, me parece que quando um casal homo se separa as coisas são mais honestas do que quando um casal hétero se separa? E talvez seja por isso que a gente fica tão espantado com a gente mesmo quando o amor some, como você disse, deixando a gente a se perguntar pra onde ele foi.
Acho que isso acontece porque, quando um casal hétero se junta, não é tanto por amor (pelo menos pelo que eu observo), mas sim pra ter filhos, constituir o que os conservadores chamam de ´´família``, realizar os sonhos dos pais de verem eles se casando e dando netos a eles, dar satisfações à sociedade e tal. Então, o amor fica lá em décimo plano. Por isso tantos casais héteros ficam juntos décadas convivendo como inimigos íntimos mesmo quando já deixaram de se amar há muito tempo.
Já quando é um casal homo, não. Eles ficam juntos porque se gostam E SÓ!
Leo,
Acredito que muitos relacionamentos gays não dão certo porque muitos querem se casar por convenções, assim como ocorro com os relacionamento héteros. É o que eu disse no meu texto, sobre os modelos sociais. Esse modelo heterrosexista é copiado por muitos gays, para se aproximarem mais do que a sociedade julga se "normal".
Luis,, SP diz:
Olá Marcos, já vivi duas grandes decepções amorosas. Uma com uma mulher e outra com um homem. Ambos me apaixonei perdidamente e dei praticamente a minha vida a essas pessoas. Porém, o amor foi tão extremo e intenso que não pude ver os defeitos, e nas duas vezes fui enganado, machucado, e entrei numa depressão de desilusão amorosa. Hoje estou com outro companheiro que de fato, a paixão não é extrema, porém o carinho, o cuidado e o zelo de um pelo outro é muito mais bonita em comparação com meus outros casos, que por sinal nem cuidavam de mim direito.
Hoje sou muito mais feliz, porém as vezes me encuco com este pensamento sobre o amor, e chego a uma conclusão: não podemos amar ao extremo. Não é normal amar ao extremo. Pois de amor, começa a virar loucura.
Vou continuar com meu parceiro atual, e a cada dia a contrução do amor entre eu e ele fica mais solida. Porém, paixão absurda mesmo eu não sinto por ele. Vou viver, e só eu vou descobrir se estou fazendo a coisa certa.
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