O longa-metragem “Contracorrente” chega às telas brasileiras, no dia 08 de abril. O lançamento será simultâneo em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Contracorrente é o primeiro longa-metragem de Javier Fuentes-León e foi escolhido pelo Peru para concorrer a uma das vagas de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2011.
Assisti Contracorrentes na abertura do 18º Festival Mix Brasil de Cinema. O evento foi um sucesso, com a presença do diretor Javier Fuente-León. Foi o primeiro filme peruano que assisti e confesso que fiquei tocado com a qualidade da fotografia, que ressaltou a beleza da costa peruana e a qualidade do cinema daquele país.
O filme conta a história de Miguel (Cristian Mercado), um homem respeitado na vila de pescadores onde vive com a sua esposa Mariela (Tatiana Astengo), que está grávida do primeiro filho do casal. Embora viva bem com a sua esposa, Miguel tem um caso extraconjugal com o artista forasteiro, Santiago (Manolo Cardona), chamado pelas costas pelo povo do vilarejo de “Príncipe Encantado”. Quando a história ganha um rumo sobrenatural, Mariela começa a questionar Miguel, que eventualmente terá que decidir se é homem o suficiente para assumir a sua sexualidade.
Mais do que uma história de uma de amor entre dois homens em meio ao preconceito velado de uma sociedade conversadora e religiosa, contracorriente é um filme que fala de superação e humanidade. Todos os gays que vivem em sociedades ou famílias conservadoras, já viveram um pouco de contracorriente, já se sentiram presos numa sociedade preconceituosa, que não enxergam nada além dos costumes aprendidos e repetidos ao longo dos anos.
Ser “viado” (como diz no filme) é coisa pra homem. Assumir a sua sexualidade e enfrentar a tudo e a todos não é para qualquer um. Existem muitos casos de héteros mal casados, que são infelizes e por sua vez fazem de suas famílias infelizes, por não terem sidos machos o bastante para assumirem que são gays. Vencer o seu próprio preconceito não é para qualquer um, se deitar com outro homem não é assumir um lado feminino, mas é ressaltar a masculinidade que muitos machos que pagam de homofobicos para amigos tentam esconder. Contracorriente é um pedido de libertação para a dignidade humana e sexualidade plena.
3 comentários:
Vi o Trailer, e quero ver o filme,
Quanto Sofrimento a não aceitação acarreta não?
é complicado,
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Tudo bem Marcos?
Esse atleta foi muito corajoso e precisa do apoio de todos. Enviei o link prá você mas se quiser pode apagar essa mensagem. Um abraço!!!
http://www1.folha.uol.com.br/esporte/898787-vi-um-ginasio-inteiro-gritando-bicha-diz-michael.shtml
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