Dias atrás, um amigo desabafou que gostaria de reatar com seu ex, pois ambos ainda se amam. Mas a relação tornará-se complicada, pois o meu amigo é ativo e passivo, e o ex-namorado é apenas passivo. Ele me perguntou o que eu achava de um relacionamento aberto e/ou casamento a três. Respondi que acho esse tipo de relacionamento muito complicado, e que eu não tenho estrutura para administração do mesmo. Antes de abrirmos um relacionamento, temos que pensar no nosso(a) namorado(a) “urrando” de prazer por outra pessoa. Se a ideia não for pertubadora, é um ótimo precedente para abrir tal reflexão.
Acredito que muitos já abriram a relação em nome do amor. A monotonia, o marasmo, e a falta de criatividade podem acabar com um relacionamento. Manterem-se seduzidos por um longo período, exige muita criatividade, e nem sempre temos condições que nos reinventarmos a cada dia. Não penso que tudo é válido para ficarmos com quem amamos, antes de qualquer concessão temos que pensar primeiramente em nós, como ficaremos com tal ato pois a vida é feita de escolhas e para cada uma delas há um preço a se pagar.
A música “Maçã”, do Raul Seixas e interpretada por Débora Blando, fez muito sucesso quando eu era criança. Abre uma discussão de altíssimo nível sobre esse tema. Logo na primeira estrofe a música diz: “Porque quem gosta de maçã, irá gostar de todas, porque todas são iguais”, abrindo a discussão sobre a necessidade de se ter mais de um parceiro sexual. Na segunda estrofe, a música questiona a questão de liberdade no relacionamento ao citar: "Infinita é tua beleza, como podes ficar preso, como um santo no altar”. No decorrer, outras discussões também são abertas, como a do ciúme.
A interpretação de Débora Blando deixa claro que a abertura de um relacionamento sempre é motivada por uma das partes, em nome do amor e que ela sempre ocorre com o medo de perder o objeto desse amor. A letra também ressalta o sofrimento que existe ao se abrir um relacionamento: "Sofro, mas eu vou te libertar. O que é que eu quero se eu te privo do que eu mais venero que é a beleza de deitar”. Se existe um sofrimento, só no fato de mexer no tema, poderemos imaginar o que será acarretado.
Não nos cabem julgamentos quanto ao comportamento humano. Temos que ver o Mundo com um olhar antropológico e comentar a respeito. Podem existir casais que convivem bem dividindo suas vidas com outras pessoas, talvez tais posições como as que eu tenho hoje, seriam heranças de uma sociedade teocrática e fundamentalista. O Cristianismo sempre condenou o prazer carnal, orientando o sexo para fins reprodutivos e não para o prazer humano. Não sabemos qual seria o destino da humanidade se não houvesse a repressão religiosa. Talvez não houvesse a necessidade do levante de tantas discussões sobre a sexualidade. É uma questão que jamais saberemos a resposta.
Acredito que muitos já abriram a relação em nome do amor. A monotonia, o marasmo, e a falta de criatividade podem acabar com um relacionamento. Manterem-se seduzidos por um longo período, exige muita criatividade, e nem sempre temos condições que nos reinventarmos a cada dia. Não penso que tudo é válido para ficarmos com quem amamos, antes de qualquer concessão temos que pensar primeiramente em nós, como ficaremos com tal ato pois a vida é feita de escolhas e para cada uma delas há um preço a se pagar.
A música “Maçã”, do Raul Seixas e interpretada por Débora Blando, fez muito sucesso quando eu era criança. Abre uma discussão de altíssimo nível sobre esse tema. Logo na primeira estrofe a música diz: “Porque quem gosta de maçã, irá gostar de todas, porque todas são iguais”, abrindo a discussão sobre a necessidade de se ter mais de um parceiro sexual. Na segunda estrofe, a música questiona a questão de liberdade no relacionamento ao citar: "Infinita é tua beleza, como podes ficar preso, como um santo no altar”. No decorrer, outras discussões também são abertas, como a do ciúme.
A interpretação de Débora Blando deixa claro que a abertura de um relacionamento sempre é motivada por uma das partes, em nome do amor e que ela sempre ocorre com o medo de perder o objeto desse amor. A letra também ressalta o sofrimento que existe ao se abrir um relacionamento: "Sofro, mas eu vou te libertar. O que é que eu quero se eu te privo do que eu mais venero que é a beleza de deitar”. Se existe um sofrimento, só no fato de mexer no tema, poderemos imaginar o que será acarretado.
Não nos cabem julgamentos quanto ao comportamento humano. Temos que ver o Mundo com um olhar antropológico e comentar a respeito. Podem existir casais que convivem bem dividindo suas vidas com outras pessoas, talvez tais posições como as que eu tenho hoje, seriam heranças de uma sociedade teocrática e fundamentalista. O Cristianismo sempre condenou o prazer carnal, orientando o sexo para fins reprodutivos e não para o prazer humano. Não sabemos qual seria o destino da humanidade se não houvesse a repressão religiosa. Talvez não houvesse a necessidade do levante de tantas discussões sobre a sexualidade. É uma questão que jamais saberemos a resposta.
10 comentários:
MARCOS,
Muito bom o post, uma análise da questão sem preconceitos, apenas citando as situações e nos chamando a pensar bem antes disso.
Caiu em cima do que estou passando e pensando sobre relacionamentos.
Abraços!!
excelente post, guri!
abs e bom finde.
=)
Acho que tem razão, Marcos. Mas, o mais importante de tudo é que sempre haja honestidade entre os parceiros e respeito às regras estabelecidas mutuamente.
Infelizmente, não há receitas prontas para o amor. Casa casal ou casal de três ou mais, é que deve encontrar a sua...
Beijos,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br
A ditadura do amor exclusivista (vc só pode amar um e ele só pode amar vc) é um jogo cruel e de difícil administração (vide tantas pessoas em crise nas relações), apenas estamos (ou queremos achar que estamos) acostumados a essa formatação. Mas talvez chegue um dia em que, em vez de reprimir por amor, vamos aceitar por amor, agregar por amor. O exclusivismo esconde um medo sórdido e déspota: o de não ser bom o suficiente para quem se ama.
é muito complicado isso. eu não saberia viver esse tipo de relação nunca.
numa relação cabe para ambas as partes cederem, no caso do namorado do seu amigo, experimentar ser ativo também e vivenciar novas emoções que o prazer a dois pode ter e por ai vai. ficar restrito a uma coisa só é ruim e faz com que seu amigo leve em consideração pensar numa relação com outra pessoa. não que ele não ame mais o namorado mas se sente angustiado a querer mais prazer do que recebe.
mas cada um cada um
sinceramente nunca vi relacionamento aberto que dê certo!
Conhecendo seu espaço...
A vida é feita de escolhas que implicam consequencias - positivas ou não - pensar/analisar bem todas as possibilidades é a melhor coisa a fazer.
Essa música é linda mesmo, mas prefiro na voz do Raul Seixas.
bj.
"Não sabemos qual seria o destino da humanidade se não houvesse a repressão religiosa. Talvez não houvesse a necessidade do levante de tantas discussões sobre a sexualidade."
O que eu dou valor a grécia antiga era o naturalismo, hxh's mxm's e naum havia nenhuma condenação até a interveção da msma
definitivamente um dos seus melhores textos
gostei do seu tom centrado
de quem não julga
apenas observa
Já fizemos algumas boas aventuras de Menage a Trois.
E sempre aproveitamos bem os dotes dos nossos "convidados"
Somos um Casal Liberal de São Paulo e curtimos muito o Menage a Trois.
Temos perfil em: http://www.portalbl.com/luaesol
Olá!
Me questiono se o marasmo, a monotonia, etc, são ocorrências a que todos os relacionamentos estão fadados? Arrisco que não é bem assim!
O casal que vive isto (cujo parceiro sentenciou já conhecer o outro e vice-versa) deixou de lado a habilidade de encantar. É preciso sempre trazer "a chama" do encantamento para a relação. Só que este "sempre" não significa MESMO ou IGUAL. Esse é, talvez, o grande erro!
E o sexo a três, que particularmente eu não aceitaria, seria na verdade mais cômodo para mim do que uma quebra de rotina. Claro! Eu teria um relacionamento fixo (para suprir o medo de ficar sozinho), mas continuaria minha vida sexual de solteiro.
E antes que alguém pudesse dizer que amor e sexo são separados, EU DIGO ANTES que concordo, embora com ressalvas.
Entretanto, durante o "rala e rola", há o exercício de dar e receber prazer e, que ninguém se iluda ou minta, no minimo o CONVIDADO (para não criarmos maiores polêmicas, pensemos apenas sobre ele ;-)) preferirá um dos parceiros e... Isso é percebido no casal? Deveria ser?
Por último: o sexo a três quando encarado como o escape da rotina, não se torna, por fim, também uma rotina? Ou será que o desejo oculto de variar de parceiro "cega" para isto?
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