Creio que uma das maiores dificuldades do ser humano é encontrar a sua cara metade, sua alma gêmea, se é que ela realmente exista. Porque precisamos necessariamente de outras pessoas para nos completar? Talvez, fomos condicionados a acreditar que precisamos de alguém ao nosso lado, nos esquecemos que a história de “Romeu e Julieta” não passa de uma ficção, fruto de uma bela inspiração de William Shakespeare. E se na vida real não for como em "Romeu e Julieta"? Na verdade, somos frutos de manipulações e é mais fácil dominar um homem que tem raízes, do que alguém que tem somente a si próprio, que é literalmente o “senhor do seu destino”.
Antigamente, tinha uma visão mais romântica da vida. Acreditava no “feito um para o outro”, hoje acredito em duas pessoas que se sentem bem estando juntas, mas que nunca, nunca elas se completam e isso já foi abordado há a quase 2500 anos pelos Sofistas ao dizer que “o homem é a medida de todas as coisas” e se o homem é a medida de todas as coisas, nada é medida para ele mesmo. O homem é um animal civilizado, porém, não deixa de ter os instintos animais, como por exemplo, o instinto da liberdade. Bem sabemos que a história da humanidade é contada de acordo com a luta de classes e todas essas lutas tinha apenas um objetivo, a liberdade. Será se somos livres no amor? Será se somos livres na vida? Como disse anteriormente, o homem tem instintos animais e uma deles é a dominação, a classe dominante aprisiona os mais fracos, esses por sua vez perdem a sua liberdade.
Há também o grupo dos que querem viver um amor, aliás, essa é a vontade de maioria, inclusiva a minha. Enfim, me enquadro no que o sistema estipula como “normalidade”, sou um ser humano social e quero viver um grande amor e abrir mão da minha liberdade para isso. No fundo, sou um cara grandalhão que se derrete com comédias românticas, músicas que falam de amor e outras demonstrações de carinho. Sou romântico e tudo o que eu quero é que digam sim para os meus sentimentos e para o amor que eu tenho a doar. Quero viver um amor “breguinha”, com roupas de cama branca, com passeios programados para o final de semana e com juras de amor, mesmo sabendo que elas não são para sempre, ao contrário do que é dito. Quero um amor para poder chamar de meu, mesmo sabendo que ninguém é de ninguém, e isso, não é dominação, é mútua concessão sentimental.
Amanhã, irei ao show da Isabela Taviane, compositora e interprete da música, “Diga Sim pra Mim”, que me proporcionou a reflexão e analise desse tema sentimental que tanto machuca e acalenta o ser humano. Estou muito empolgado com o evento e tenho certeza que o ponto alto do show será quando Isabela, com a graça da sua voz, cantar para o seu público a música em questão. O show será voltado para o público gay e tenho certeza que muitos cantaram essa música como se fosse uma prece. Não existe nada melhor do que amar e ser amado, mas sem dominação, pois um relacionamento afetivo não é uma luta de classes.
Isabella Taviani, Ao Vivo
+ DJ Sandra Bull, gogo dancers e atração convidada
Dia 17 de julho, às 23h
The L Club (Rua Luis Murat, nº 370, Vila Madalena)
http://www.thelclub.com.br/
Ingressos: R$50 (antecipado) e R$60 (no dia do evento)
A casa aceita todos os cartões
Venda antecipada de ingressos nas lojas Chilli Beans dos Shoppings Ibirapuera, Frei Caneca, Tatuapé e Super Shopping Osasco, na Academia Status Center (Rua Conde Prates, 393, Mooca), com Clara Nogueira (11 6339-2943) ou diretamente na recepção do The L Club, durante o funcionamento.
Antigamente, tinha uma visão mais romântica da vida. Acreditava no “feito um para o outro”, hoje acredito em duas pessoas que se sentem bem estando juntas, mas que nunca, nunca elas se completam e isso já foi abordado há a quase 2500 anos pelos Sofistas ao dizer que “o homem é a medida de todas as coisas” e se o homem é a medida de todas as coisas, nada é medida para ele mesmo. O homem é um animal civilizado, porém, não deixa de ter os instintos animais, como por exemplo, o instinto da liberdade. Bem sabemos que a história da humanidade é contada de acordo com a luta de classes e todas essas lutas tinha apenas um objetivo, a liberdade. Será se somos livres no amor? Será se somos livres na vida? Como disse anteriormente, o homem tem instintos animais e uma deles é a dominação, a classe dominante aprisiona os mais fracos, esses por sua vez perdem a sua liberdade.
Há também o grupo dos que querem viver um amor, aliás, essa é a vontade de maioria, inclusiva a minha. Enfim, me enquadro no que o sistema estipula como “normalidade”, sou um ser humano social e quero viver um grande amor e abrir mão da minha liberdade para isso. No fundo, sou um cara grandalhão que se derrete com comédias românticas, músicas que falam de amor e outras demonstrações de carinho. Sou romântico e tudo o que eu quero é que digam sim para os meus sentimentos e para o amor que eu tenho a doar. Quero viver um amor “breguinha”, com roupas de cama branca, com passeios programados para o final de semana e com juras de amor, mesmo sabendo que elas não são para sempre, ao contrário do que é dito. Quero um amor para poder chamar de meu, mesmo sabendo que ninguém é de ninguém, e isso, não é dominação, é mútua concessão sentimental.
Amanhã, irei ao show da Isabela Taviane, compositora e interprete da música, “Diga Sim pra Mim”, que me proporcionou a reflexão e analise desse tema sentimental que tanto machuca e acalenta o ser humano. Estou muito empolgado com o evento e tenho certeza que o ponto alto do show será quando Isabela, com a graça da sua voz, cantar para o seu público a música em questão. O show será voltado para o público gay e tenho certeza que muitos cantaram essa música como se fosse uma prece. Não existe nada melhor do que amar e ser amado, mas sem dominação, pois um relacionamento afetivo não é uma luta de classes.
Isabella Taviani, Ao Vivo
+ DJ Sandra Bull, gogo dancers e atração convidada
Dia 17 de julho, às 23h
The L Club (Rua Luis Murat, nº 370, Vila Madalena)
http://www.thelclub.com.br/
Ingressos: R$50 (antecipado) e R$60 (no dia do evento)
A casa aceita todos os cartões
Venda antecipada de ingressos nas lojas Chilli Beans dos Shoppings Ibirapuera, Frei Caneca, Tatuapé e Super Shopping Osasco, na Academia Status Center (Rua Conde Prates, 393, Mooca), com Clara Nogueira (11 6339-2943) ou diretamente na recepção do The L Club, durante o funcionamento.
9 comentários:
As pessoas podem, sim, viverem perfeitamente bem sozinhas. Mas, para isso, evidentemente, precisa-se de estrutura emocional, financeira, apoio de amigos, etc., bem como projetos de vida.
Não acredito em
"caras metades", isso é mera invenção social. E só para te culpar, por que se, você não consegue uma é considerado um fracassado, infelizmente. Até hoje não sei se as pessoas realmente amam para terem alguém para amar ou para mostrar ao próximo e aos próximos....
Beijos,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br
Bem, amor de novela todo mundo sabe que não existe. Embora isso pareça acontecer com outros, o que é bem frustrante. XD
Essa história de que todos nós vivemos sozinho pra mim não cola. Eu não consigo. Aliás, consigo, mas não gosto e nem quero. Infelizmente sou romântico demais! Mas também não sou deslumbrado. Já fui uma pessoa desesperada achando que ia encontrar o amor num ponto de ônibus ou algo assim, mas vi que não é bem assim... E hoje eu jogo pra Deus: o que tiverde ser, será. E ponto final.
nossa Marcos, fiquei mt sensibilizado com algumas de suas palavras... Acho q é por eu estar em um momento de sentir essa falta de alguem por perto e tal.. Eu tmb nao acredito em cara metade da forma que pregam... mas é dificil colocar uma forma racional nessa ideia... é mt bom programar o fds, ligar pra saber como está, fazer coisas inusitadas...
o ser humano é mesmo complicado... com todas as suas complexidades e carencias.. mais uma vez, um lindo texto. abraço. João
A língua portuguesa me permite um luxo que é pensar/dizer "eu estou" em vez de "eu sou", o que permite não se congelar em um personagem, mas estar pela vida experimentando o que der e puder, seja o casado, seja o libertário.
pra mim nós fomos condicionados a procurar alguém por aí... ai como todo mundo foi condicionado do mesmo jeito acabamos nos encontrando e se curtindo mto... hehehe
quem consegue, mas nem todo mundo consegue, porém essas estorias são pouco contadas e sempre que contadas, são apontadas como pessoas derrotadas e infelizes... deviamos fazer uma campanha FICAR SOZINHO NÃO É SINÔNIMO DE INFELICIDADE...
Eu não acredito nessa historinha de que nós somos metades que têm que se juntar pra formar um inteiro, mas sim que nós somos inteiros que, quando se juntam, formam um par de inteiros.
Também não acredito nessa história de ´´Não posso viver sem você, não consigo viver sem você...``. A não ser que se trate de uma pessoa com algum problema mental sério, com algum tipo de carência patológica e obsessiva séria. Aí sim. Esse tipo de pessoa vai dizer isso. Mas de outro modo, quem fala isso tá mentindo. Porque a gente vive sem o outro, SIM! A gente seria mais feliz ao lado de certas pessoas, com certeza. Mas se essas pessoas não tiverem por perto, ninguém vai ´deixar de viver` por causa disso.
Agora, já que o Diego comentou acima que o relacionamento dos outros quase sempre parece melhor, eu queria aproveitar pra lembrar que a gente só tem essa impressão porque a gente não vê TUDO o que se passa na vida dos outros. Aliás, na maioria das vezes, a parte à qual a gente tem acesso do relacionamento dos outros são só os acontecimentos positivos, e não os atritos e problemas, né? Mas não é que eles não tejam lá: a gente simplesmente não vê.
Excelente postagem, Marcão.
A discussão sobre amor, solidão, liberdade... foi inciada a séculos e, creio eu, não se encerrará nem tão cedo.
Talvez um bom avanço possa vir da flexibilização da norma, a busca por uma compreensão das coisas de maneira não determinista. Exemplificando, talvez a melhor resposta para a pergunta "alma gêmea existe?" não seja "sim" ou "não" (ou "acredito" e "não acredito"), mas "talvez". Talvez exista, talvez "João" a tenha encontrado, talvez "Pedro" não a encontrou, talvez, talvez e talvez. Cada caso visto como singular. Afinal de contas, porque precisamos de regras gerais para os homens se não somos matemática, não é?
E para estimular a discussão vou propor algumas questões: o fato de que não encontramos uma "alma gêmea" não quer dizer que ela não exista, mas apenas que não foi encontrada, não é? Outra: cobrar do amor a eternidade (amor eterno) é meio cruel com o amor, não? Se nada, nada, nada no mundo é eterno, porque o amor teria que ser para ser bom? Não pode ser eterno-enquanto-dure, como disse o poeta, e mesmo assim muito bom? Não basta ser terno? Finalmente, saber-se sozinho e feliz (ou infeliz) também não é uma sentença definitiva. Porque estar só deveria trazer felicidade? Ou porque estar só deveria trazer infelicidade? Talvez mais uma vez estejamos apelando para um determinismo absoluto, quando na verdade tudo muda o tempo todo e é bom que seja assim.
Eu, como muita gente sabe, sou casado há quase duas décadas com o mesmo homem. Sou absolutamente feliz, pleno, realizado, apaixonado e considero meu companheiro o homem mais fantástico do mundo. Não acho que ele seja o homem mais bonito do mundo, nem o mais rico, nem o mais sábio... Mas é, certamente, o melhor. Eu não o trocaria por ninguém mais no mundo. Ninguém. Isso é eterno? Quem se importa? A única coisa que podemos dizer é que agora é.
Um abraço enorme, Marcão.
Outros para os leitores.
Mister Man
Olá,
está afim de parceria para troca de link
entre em contato
http://nacasadele.blogspot.com/
abraços e sucesso!
Bjocas
A.
Veja como e interessante (ao menos do meu ponto de vista) que no comeco do seu texto ao tentar abordar a dependencia do homem de dividar sua vida com outro individuo sob uma perspectiva "realista" ainda assim o seu argumento soa, bem, romantico.
E verdade que a literatura como um instrumento formador de opinioes tenha causado grande impacto na maneira como as pessoas veem o que elas pensam ser amor, e como elas agem a baseada nessas nocoes.
No enentanto se tentarmos abordar o assunto de maneira verdadeiramente filosofica, veremos que o ser humano sendo um ser criado para a inteacao social jamais poderia ser bastante, satisfatorio para si mesmo. Entao no meu ver essa "dependencia" de dividir as nossas vidas (tristezas, felicidades e todo o resto) com outro ser humano esta no mesmo lugar da essencia que nos faz seres humanos onde aqueles instintos os quais voce mencionou estao tambem guardados. Concluindo as novelas, os romances de Shakespeare, os filmes de amor sao meramente ferramentas, ou talvez eu deva dizer elementos pra moldar a maneira com a qual nos vemos essa dependencia.
Nenhum ser humano pode viver totalmente sozinho, NENHUM. Eu considero esse "statement" bastante consistente.
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