Como o assunto passado – Prisão Sexual - gerou muita polêmica, e algumas lacunas que eu não abordei foram abertas nos comentários do post, diretamente comigo por email e MSN, me senti na obrigação de dar continuidade ao tema.
Em primeiro lugar o intuíto de ilustrar o caso do Marcelo - que na verdade é um nome fictício – não é de expor a sua vida no meu blog, e sim para ilustrar um caso concreto e apresentar o problema gerado. Sabemos que a religião e a sociedade – por conta de princípios religiosos – aprisionam o homem. Quando uma pessoa não vai de encontro ao que a “sociedade” acredita ser o “normal” ou “natural”, a mesma julga, isola e condena o “transgressor”. O grande problema disso é que vivemos numa sociedade que valoriza muito os princípios da religião. No Brasil com predominância para o cristianismo. É óbvio que não é agradável viver sob a mira de um meio que julga, discrimina e condena. Muitos não têm estrutura psicológica para isso, e preferem se anular em nome de uma sociedade hipócrita, fundamentalista e amoral.
A meu ver, a religião é a maior interlocutora das desgraças do Mundo. No Brasil temos o cristianismo que coloca à margem da sociedade todos aqueles que não compactuam com seus preceitos. No oriente médio, temos governos que matam em nome de Alá. Na Faixa de Gaza encontramos uma Guerra Santa sem fim... É lamentável, mas onde o homem tenta buscar a paz, só encontra a desordem, o preconceito, a homofobia, o ódio, as formações de guerras. Não acredito que o homem mudou a religião, e sim a religião mudou o homem. As crenças interferem nas escolhas individuais.
Isentar a religião e/ou a sociedade, e dizer que o caso trata-se apenas de "um menino tentando ser feliz". É um caminho conformista. Tenho muitos amigos bissexuais, sei que a sexualidade humana pode muito bem caminhar entre extremos, mas infelizmente, não é essa a situação. O caso se adequa mais em homofobia internalizada. Eu sofri muito com isso, quando adolescente não queria por nada nesse Mundo aceitar a minha orientação sexual, me negava, anulava, assim como o Marcelo faz hoje. Quando continuamos nesse tentativa, corremos o risco de destruir a felicidade de muitos inocentes. Bissexuais continuma sentindo atração pelo mesmo sexo, mesmo estando casado com o sexo oposto, essa é a grande diferença entre os bissexuais e o caso citado.
Tenho um amigo que está em processo de separação. Foram mais de 10 anos de casamento, uma filha e um casal infeliz. O marido, apesar de amar, não sente atração pela esposa, a filha é a grande preocupação do casal, a mulher foi quem pediu o divórcio, mas não quer o que marido saia de casa. O marido quer sair, se desvincular, pois quer que a esposa encontre outro homem, assim como ele também quer encontrar um homem. É uma situação dessas que tem que ser evitada: isso só ocorre com a quebra de preconceito na sociedade. Nos comentários do post Prisão Sexual, citaram que o rapaz só está tentando ser feliz, mas será que podemos tentar sermos felizes colocando a felicidade de um terceiro em risco? Devemos tentar sermos héteros com alguém que não tem nada a ver com as nossas neuroses e que não é ao menos informada disso? Temos o direito de colocar a nossa felicidade em risco, mas a de terceiros, jamais.
A nossa vida é definida de acordo com as escolhas que fazemos, nessas escolhas não há como sair ileso, pois quando escolhermos seguir os parâmetros ditados pela sociedade moralista, iremos nos negar e teremos que conviver com esses conflitos para o resto de nossas vidas. E quando optamos por viver nossa sexualidade plenamente, corremos o risco de quebrar alguns vínculos importantes para a formação humana, vínculos de afetividade social e convivência familiar. Não estou defendendo um ponto de vista pessimista, apenas estou sendo realista. E na realidade atual, não há como sair ileso do sistema.
Em primeiro lugar o intuíto de ilustrar o caso do Marcelo - que na verdade é um nome fictício – não é de expor a sua vida no meu blog, e sim para ilustrar um caso concreto e apresentar o problema gerado. Sabemos que a religião e a sociedade – por conta de princípios religiosos – aprisionam o homem. Quando uma pessoa não vai de encontro ao que a “sociedade” acredita ser o “normal” ou “natural”, a mesma julga, isola e condena o “transgressor”. O grande problema disso é que vivemos numa sociedade que valoriza muito os princípios da religião. No Brasil com predominância para o cristianismo. É óbvio que não é agradável viver sob a mira de um meio que julga, discrimina e condena. Muitos não têm estrutura psicológica para isso, e preferem se anular em nome de uma sociedade hipócrita, fundamentalista e amoral.
A meu ver, a religião é a maior interlocutora das desgraças do Mundo. No Brasil temos o cristianismo que coloca à margem da sociedade todos aqueles que não compactuam com seus preceitos. No oriente médio, temos governos que matam em nome de Alá. Na Faixa de Gaza encontramos uma Guerra Santa sem fim... É lamentável, mas onde o homem tenta buscar a paz, só encontra a desordem, o preconceito, a homofobia, o ódio, as formações de guerras. Não acredito que o homem mudou a religião, e sim a religião mudou o homem. As crenças interferem nas escolhas individuais.
Isentar a religião e/ou a sociedade, e dizer que o caso trata-se apenas de "um menino tentando ser feliz". É um caminho conformista. Tenho muitos amigos bissexuais, sei que a sexualidade humana pode muito bem caminhar entre extremos, mas infelizmente, não é essa a situação. O caso se adequa mais em homofobia internalizada. Eu sofri muito com isso, quando adolescente não queria por nada nesse Mundo aceitar a minha orientação sexual, me negava, anulava, assim como o Marcelo faz hoje. Quando continuamos nesse tentativa, corremos o risco de destruir a felicidade de muitos inocentes. Bissexuais continuma sentindo atração pelo mesmo sexo, mesmo estando casado com o sexo oposto, essa é a grande diferença entre os bissexuais e o caso citado.
Tenho um amigo que está em processo de separação. Foram mais de 10 anos de casamento, uma filha e um casal infeliz. O marido, apesar de amar, não sente atração pela esposa, a filha é a grande preocupação do casal, a mulher foi quem pediu o divórcio, mas não quer o que marido saia de casa. O marido quer sair, se desvincular, pois quer que a esposa encontre outro homem, assim como ele também quer encontrar um homem. É uma situação dessas que tem que ser evitada: isso só ocorre com a quebra de preconceito na sociedade. Nos comentários do post Prisão Sexual, citaram que o rapaz só está tentando ser feliz, mas será que podemos tentar sermos felizes colocando a felicidade de um terceiro em risco? Devemos tentar sermos héteros com alguém que não tem nada a ver com as nossas neuroses e que não é ao menos informada disso? Temos o direito de colocar a nossa felicidade em risco, mas a de terceiros, jamais.
A nossa vida é definida de acordo com as escolhas que fazemos, nessas escolhas não há como sair ileso, pois quando escolhermos seguir os parâmetros ditados pela sociedade moralista, iremos nos negar e teremos que conviver com esses conflitos para o resto de nossas vidas. E quando optamos por viver nossa sexualidade plenamente, corremos o risco de quebrar alguns vínculos importantes para a formação humana, vínculos de afetividade social e convivência familiar. Não estou defendendo um ponto de vista pessimista, apenas estou sendo realista. E na realidade atual, não há como sair ileso do sistema.
Leia Também: Prisão Sexual
18 comentários:
"Sabemos que a religião e a sociedade – por conta de princípios religiosos – aprisionam o homem"
Como eu disse em comentarios anteriores, pra eles é interessante que as pessoas se sintam tristes e cansadas porque assim é mais facil corromper e persoadir, pra eles isso é muito, muito interessante!
Pra mim isso é muito, muito sujo!
Concordo com o poste e acho que devemos procurar ser felizes sim, mas ao fazer isso devemos nos respeitar e respeitar os outros, expor nossos sentimentos e opiniões aos nossos parceiros ( na medida certa) pra que estes não entrem em um relacionamento sem saber as verdadeiraspossibilidades deste.Devemos ter a consciência de que embora sejamos donos de nossas vidas não temos o direito de arriscar o que não nos pertence, não podemos por os sentimenos alheios em jogo, é desrespeito e é cruel...
Não tenho comentado muito aqui porque a casa tava em obra, pc desligado, uma correria só...nem tenho atualizado muito meu blog...mas vou dar um jeito nisso, juro! huahuahua
Beijos!
mto legal seus dois blogs, tanto o cultural qndo do mundo
no meu blog fiz até um post d um selo dardos q recebi, mas considere-se premiado tbm, de mto bom gosto seus dois blogs
grande abraço
parabéns pela postagem
se igreja fosse algo bom o mundo não seria essa calamidade que temos por ai
Assim como falei no comentário de um dos posts,há preconceito até mesmo entre os gays.Meu Deus,como pode isso?!
Você fala sobre bissexuais,parecendo que eles tem vergonha de gostar de homens e portanto,fingem gostar de mulheres.
Existe bissexualidade sim e acho um egoísmo e ignorância muito grande,achar que pode existir apenas heteros e homossexuais,colocar a sexualidade das pessoas nesse extremo.
Se os gays não abrem a "mente",fica difícil os ignorantes também abrirem !!!!
Acorda Brasil !
Agora vc sustentou a mesma opinião que eu. A igreja defende que nos casemos por fachada, que peguemos qualquer mulher e criemos uma relação falsa, nos fazendo infelizes e o pior, fazendo a outra pessoa infeliz, porque ninguém vai conseguir fingir o tempo todo.
Sabe o que eu acho: Quem ainda, direciona sua vida em função de "qualquer religião " merece essa prisão " .... e dessas pessoas fujo .. nem quero nada .. viva o ceticismo ! ....
Karol e Mariposo falaram tudo! Nenhuma forma de felicidade pode ser buscada através da mentira e da dissimulação, não há verdade nessa... mil vezes uma verdade dolorida mas libertadora do que uma mentira que finge ser feliz e aprisiona.
Beijos,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br
Marcos, Chará!
Olhe gostei muito do blog e principalemnte do assuntos abordados(Prisão sexual), mais confesso que fiquei um tanto assustado com as inumeras fotos de homens semi-nus.. Por favor, não entenda como uma critica, mais suas palavras são tão singelas, bem colocadas, e o que importa, elas tem finalidade, que apenas acho que não precisaria de tornar o blog um catalogo de modelos.
Um Abraço, voltarei concerteza.
Marcos do Simple
www.ssofl.blogspot.com
Felipe,
No meu post disse: Bissexuais continuam sentindo atração pelo mesmo sexo, mesmo estando casado com o sexo oposto, essa é a grande diferença entre os bissexuais e o caso citado.
Em nenhum momento eu abordei ou dei a entender que bissexuais tem vergonha de sua orientação sexual.
Marcos,
As fotos são para ilustrar o post, procuro escolher imagens que se adeque com o que eu estou falando. Apenas texto fica um blog muito sério, cansativo.
Marcos, li o primeiro post e tive vontade de comentar, mas passou o tempo e perdi o timing.
Bom, tenho algumas idéias sobre o que foi colocado. Primeiro sobre a questão da religião. Na verdade não vejo o Cristianismo como algo aprisionador. Vejo-o, ao contrário, como libertário, no momento em que define como premissa básica o amor ao próximo. Mas... ...concordo com o já foi dito sobre as religiões. Aquelas derivadas do Cristianismo. Aquelas que “interpretam” a palavra de Deus. A interpretação se dá conforme os interesses do intérprete! Afinal, no mundo das Letras já se fala que “o tradutor é o traidor”. Traidor da palavra, da idéia.
Nos comentárior do primeiro post, Mr. Man falou da razão de ser das religiões: religar-nos ao sagrado, ao bem maior do qual viemos. Entretanto, não podemos esquecer uma coisa clara: o caminho para este “bem maior” é pavimentado por estas mesmas religiões. Assim, só caminha por ele aquele que segue, “rigorosamente”, suas premissas. E no caso das religiões cristãs, o “amai-vos uns aos outros” é suplantado por tantas e tantas outras premissas...
As religiões nos prendem? Claro que sim! Não apenas as religiões, mas todos os aspectos de nossa cultura. É nela que nascemos e nela que nos inserimos. “O homem pelo Outro se constrói” e por isso, é nos olhos do Outro que nos vemos, nos buscamos e nos formamos. Este Outro, familiar, social, nos estrutura e nos acolhe (ou não). E claro, não é fácil ser rejeitado por não corresponder às expectativas “Dele”. Acho que por isso, por essa louca vontade de sermos amados, aceitos, desejados, nós, gays, encontramo-nos em tantos conflitos... Como não ser aceito pelo que se é, naturalmente? É uma dor lancinante da qual muitos de nós fogem, seja pelo distanciamento da família, pelo casamento de fachada, pelo recolhimento, até pelo suicídio.
Sou, antes de tudo, alguém que busca a coerência. Coerência no sentir, coerência no pensar. Nunca poderia enganar alguém fingindo ser o que não sou. Mas compreendo àqueles que, por seus medos, suas dores o fazem. Apenas creio que se alguém se dá o direito de ocultar-se, de esconder seus verdadeiros desejos, não pode, nem deve permitir que este direito agrida, ou machuque outras pessoas. Por isso me choco com casamentos de fachada, sem um acordo prévio que deixe claro o que cada um espera do outro (falei sobre isso em um post antigo).
Ihhh... Acho que falei demais... Perdoe-me por ter sido tão “espaçoso”.
Abraço, Arthur.
Arthur,
Discordo cabalmente do que disse.
A partir do momento em que usam a biblia e a impõe como lei, o cristianismo APRISIONA, sim senhor. E @s cristãos e cristãs, idem agem como os juizes e carrascos ao mesmo tempo, julgando e condenando. Existem inúmeros estudos mostrando que não existia preconceito antes do cristianismo, portanto.
Para amar o próximo não se precisa de religião nenhuma. Mas a psicanálise já provou que até essa frase banal e gasta é uma balela, não dá para amar Hitler, Maluf, Bento 16 nem os seus filhotes de proliferam pelo mundo, portanto, nada de amar quem te odeia, temos que saber muito bem quem são nossos inimigos. A psicanálise já provou, também, o quanto o amor pode ser destrutivo.
O cristianismo aprisiona , ainda, quando nega o Estado Laico e procura impor um Estado Teocrático, ferindo Constituições que deveriam ser soberanas. Aprisiona quando impõe a bobagem do "pecado original"; eu não tenho pecado nenhum determinado pela religião, nem vou alimentar culpas que não tenho.
Precisamos é não mais depender de deus, deuses, deusas, padres, bispos, pastores, professores, presidentes, doutores para nos cagarem regras e nos dizerem ad eternum o que ELES acham certo. Temos é que resgatar a nossa vida , nosso corpo e nossa responsabilidade perante isso, perante o mundo e na construção do nosso destino, sem depender mais desses "mentores".
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br
olá quiridjo... tenho uma condecoração pro seu blog lá no meu ok?... passe por lá e veja...
umBeijo!
***
concordo plenamente
vc naum foi em momento nenhum pessimista, apenas mostrou uma realidade dura, q de fato existe
Olá, Marcos.. tudo bem? Numa dessas coincidências da vida, acabo de ver que abordamos um assunto comum, nos nossos últimos posts.... mas, de maneira diametralmente oposta. Acho que a gente, os gays, muitas vezes coloca a culpa do preconceito e das discriminações de modo geral nas religiões. Não sei se é assim, de fato. Antes do cristianismo, por exemplo, os povos nórdicos já eram bastante preconceituosos com homossexuais. A imensa maioria dos povos da Terra sempre discriminou os afeminados e, consequentemente, os gays (nessa visão moderna). Eu acho que ainda há uma luz no fim do túnel: dezenas de igrejas e seitas religiosas têm defendido as uniões entre homossexuais. É o princípio? Pode ser. Lembre-se, por exemplo, que os negros não tinham alma e as religiões se adaptaram à modernidade. Vamos observar e agir para ver onde isso tudo vai dar!
Abração e dá uma olhadinha lá no último post do Bota http://www.botadentro.com/2009/02/gays-e-religiao-um-post-para-voce.html
Oi Ricardo,
Não costumo discordar cabalmente de alguém, mas acho que você está confundindo Cristianismo com as religiões cristãs... Concordo com você que a leitura de um livro dito como "Sagrado" (qualquer um deles, descontextualizado) e suas interpretações podem ser (e são) bastante aprisionadoras, além de desastrosas! (Rsrsrs). Também concordo com o fato que não precisamos de uma religião para amar, para sermos o que quer que sejamos (acho, na verdade, que a religião atrapalha, pois se julga no direito de exercer sua prepotência dizendo-nos a quem e como amar). Por fim, creio que você está correto quando fala que devemos deixar para trás os “mentores” e seguirmos na construção de nossos destinos. Atrevo-me até a pensar que estes mentores (mesmo quando deixados para trás), foram fundamentais em nosso processo, especialmente porque foi a partir deles que nós nos tornamos o que somos, identificando-nos ou, como é mais comum, diferenciando-nos deles.
Eu achei que havia colocado um pouco disso acima. Espero que agora tenha ficado mais claro o que eu quis dizer.
Marcos,
parabéns pelos posts.
Sendo simplista talvez, mas também realista (espero), acho que cada um tem que acreditar em algo pra ser feliz, então não julgo quem acredita ou deixa de acreditar em nada. independentemente do que as pessoas acreditam, o importante é ter respeito pelos outros. se o que você acredita não prejudica ninguém, então qual o problema? o perigo mora nas pessoas que acreditam em algo e por isso se acham melhores do que as outras e acham que podem determinar comportamentos sem uma boa razão para isso.
eu gostaria apenas de lembrar que o Paganismo é, provavelmente, a única religião que aceita a homossexualidade.
Olha Marcos o que você comentou e levantou como ponto de discussão foi excelente. Mecheu na ferida por isto a exaltação de tantos ânimos pendendo de um lado e outro defendendo seu quinhão. Entendi perfeitamente o que voce explicou sobre o caso do seu conhecido e o de bissexualidade. No mais para terminar devemos lembrar de um blog que voce deve conhecer o da: a esposa, onde uma mulher heterossexual conta suas mágoas e frustrações de ter sido enganada por um homem destes. Por isto blogs como desta pessoa estão nascendo pela net. O Felipe deveria ir lá ler os relatos e desabafos de pessoas que lá se encontram. Abraço!
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