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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A balada do Cárcere de Reading

Não sei viver se não for de forma intensa e acabo sofrendo muito por conta disso. Amo como se não fosse existir outra noite de amor, comemoro como se fosse a minha última conquista, vivo a vida como se ela fosse acabar amanhã, ou pelo menos penso que vivo. Não há justificativa para a vida, se a mesma não for vivida de forma intensa.

Quando estou com alguém, idolatro-a, pois é a pessoa que eu escolhi para estar comigo “pra sempre”, ou pelo menos até onde o “pra sempre” durar. Com o tempo perdi um pouco do romantismo da adolescente que chegou a me acompanhar por boa parte da fase adulta. Hoje estou com o Douglas, e se estou é porque eu quero que seja eterno, nada mal para quem perdeu um pouco do romantismo.

Apesar de poucos acreditarem, existe amor eterno sim, entretando, o que falta nos relacionamentos é a criação de mecanismos para alimentar o “pra sempre”, quando isso não ocorre, o “pra sempre”, sempre acaba.

Criar mecanismos para perpetuar o “pra sempre” não é tão difícil quanto parece, mas necessitamos de um mínimo de dedicação. Temos que saber usar as palavras certas, na hora certa, sempre tratando a pessoa que está contigo com carinho e dedicação, e acima de tudo saber conversar, dizer o que incomoda e traçar acordos e metas para que haja uma mudança de fato.

Quando as mudanças não ocorrem e/ou os acordos não são cumpridos, acabamos destruindo aquilo que mais amamos por conta de uma simples falta de reflexão. Não preciso me aprofundar muito sobre o tema, pois o grande romancista e autor teatral Oscar Wilde já abordou tal tema com muita maestria enquanto esteve preso injustamente por conta de injurias cometidas por um marquês. Na prisão ele escreveu o seu mais belo poema, onde procura entender o porquê o homem termina sendo o seu próprio carrasco.

Estes são alguns versos de “A balada do cárcere de reading”:

A gente destrói aquilo que mais ama
Em campo aberto, ou numa emboscada;
Alguns com a leveza do carinho
Outros com a dureza da palavra;
Os covardes destroem com um beijo
Os valentes destroem com a espada.
Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama.


Concurso Cultural – Uma Luz para Davi

Quer ganhar de presente o livro “Uma Luz para Davi” de Marli Porto? O Blog Passageiro do Mundo em parceria com a autora lhe dá esse presente. Para isso, basta responder a pergunta abaixo nos comentários do post “Uma Luz para Davi”. A melhor resposta recebera um exemplar do livro em qualquer lugar do Brasil.

Você já viveu uma história de amor que alterou o rumo de sua vida?

As respostas serão aceitas até a meia-noite do dia 15 de fevereiro. A melhor resposta será divulgada no dia 17 de fevereiro, abaixo da resposta é necessário deixar um endereço de email para contato.

5 comentários:

GiL disse...

Lindo Poema, ou melhor, trecho...
aheuahueau
Adorei o post..
Resumindo... Sem dialogo nada vai pra sempre...


bejao;)

VINCENZO GONZAGA disse...

se quiseres pegar um pouco de praia pra relaxar vem aqui pra floripa.
Quando meu ex-marido foi embora da espanha nao foi nada fácil, mas depois melhora.
bom...qdo quiseres pegar uma praia aqui em Floripa saiba que to aqui para o que precisares, ok!?
abração

O VIADO E A TRANSGRESSÃO POÉTICA disse...

NELSON RODRIGUES falava: "Todo amor é para sempre. Se acaba, não é amor". Agora, aí precisamos entender duas coisas:
- O que é "para sempre"?
- O que é amar? Penso como os poetas, como o que Gilberto Gil cantou , na música "O Seu Amor"
"O seu amor,
deixe-o livre para amar, livre para amar, livre para amar..."
Beijos,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br

Anônimo disse...

Minha história:
Final de ano estávamos preparados para ir a um baile, quando recebemos a notícia de um acidente envolvendo alguns amigos nossos. Assim desfazemos nossos planos e fomos nos solidarizar com os acidentados. Neste lugar encontrei uma pessoa super legal. Conversamos bastante e dois dias depois "acidentalmente" voltei a encontrar esta pessoa. Por fim marcamos um encontro para o final de semana seguinte. Pessoa inteligente, me conquistou pela conversa. Hoje já estamos há 10 anos juntos e felizes. Será que o destino nos pregou uma bela peça?

Nome: José Da Silva Pinto
Email.: associacaovida@bol.com.br

Anônimo disse...

Ah, não!
O grande Oscar Wilde vai me desculpar, mas do alto da minha insignificância eu vou discordar (e muito) do belo poema dele.

Leve-se em conta o estado mental em que ele escrevia estes textos e se terá uma noção de que a amargura dominava totalmente seu coração. O que, diante das circunstâncias, era absolutamente normal.

Dava pra escrever muito sobre uma afirmação tão peremptória como: "A gente sempre destrói aquilo que mais ama".

Eu digo só por mim: AMOR não rima com posse. Mas amor "rima" com respeito, compreensão, liberdade. O amor só se mantém com estas três coisinhas bem claras entre as duas pessoas.

Somos seres frágeis e falhos por natureza, sempre querendo coisas novas, novos desafios, novas aventuras, ultrapassar o que já conquistamos. É da natureza humana isso.

Como se conciliar isso tudo com AMOR?

Com as três "coisinhas" que falei acima.

Talvez não seja um amor "perfeito", se é que isso existe, mas será o amor real e possível. E esse amor REAL e POSSÍVEL pode sim ser "eterno".

Outro tipo de amor "eterno" é o amor platônico, mas acho que não é disso que tratamos aqui.

Só se destrói o que já virou outra coisa, normalmente o contrário do amor.