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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Tsunami em Samoa

Fiquei muito triste com a noticia do Tsunami em Samoa e perplexo quando soube que já havia mais de 100 mortos, numero significativo para uma sociedade com aproximadamente 176 mil habitantes. Confesso que imaginava que Samoa não era tão povoada assim, pelas fotos que apareceram na mídia, achei a região bem desenvolvida.

Para os mais íntimos com a Antropologia, Samoa é uma região muito conhecida, foi por lá, na que década 20, a antropóloga Margareth Mead estudou o comportamento dos adolescentes samoanos e com base nesses estudos publicou o livro “Adolescência, sexo e cultura em Samoa”. Mead estava acostumada com a intransigência dos adolescentes americanos e na sua pesquisa, o objeto de estudo foi à transição suave que os samoanos tinham da infância para adolescência. Essa transição, não tão traumática, se dava pelo fato dos adolescentes viverem a liberdade sexual na adolescência, enquanto não ocorresse o casamento, o sexo casual era completamente aceitável e estimulado pela sociedade.

Hoje Samoa não é mais a mesma, a religião protestante se infiltrou na comunidade e o que antes era vista como natural, passou a ser visto como pecado. Para banir a atividade sexual dos jovens, as igrejas criaram colégios separando os meninos e as meninas, o que deixou evidente a homossexualidade na sociedade. Alguns antropólogos afirmam que a homossexualidade surgiu por conta da “proibição” do sexo casual, o que a meu ver é um tremendo absurdo, a homossexualidade sempre existiu, mas a liberdade sexual era tão grande, que esse fator não era preponderante.

Os estudos de Mead causaram muito alvoroço nos EUA, de fato ela foi uma mulher muito polemica. Na década de 70, Margareth esteve no Brasil e no auge da ditadura militar ela defendeu a liberação da comercializada da maconha, Margareth foi ridicularizada, e hoje vemos que ela era apenas uma mulher muito a frente da sua época, depois de 40 anos, discussões sobre a liberação do comércio de drogas no Brasil ganha fôlego. Ela faleceu em 1978, depois de sua morte, o antropólogo Derek Freeman voltou em Samoa e encontrou uma sociedade completamente diferente daquela que Margareth encontrou nos anos 20, ele publicou o livro “Margaret Mead e Samoa: a construção e destruição de um mito antropológico”, no qual ele desconstrói todo o trabalho de Mead e que até hoje divide a opinião de estudiosos.

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2 comentários:

Serginho Tavares disse...

os americanos chegaram lá com seu conservadorismo de merda e acabram com tudo
o lugar pode ser lindo mas e a cabeça das pessoas como está?

Fábrica de Música disse...

Fiquei sabendo agora do ocorrido, parece que as catástrofes estão ficando cada vez mais comuns. Nunca tinha ouvido falar em Samoa, pelas fotos parece ser um lugar muito bonito. Muito interessante este estudo sobre a sexualidade dos samoanos, isso é mais uma prova de que repressão só atrapalha.