Em 17 de maio de 1990 a Organização Mundial de Saúde tirou a homossexualidade das listas de doenças mentais, porém essa ação não retirou o comportamento homofobico da sociedade, até hoje muitos psicólogos, pastores, padres, bispos e médicos tratam o homossexual como um ser humano doente, ou carente de faculdades mentais, vendo o histórico da luta homossexual no Mundo, detectamos que é uma luta recente e de forte resistência, a homofobia continua matando a níveis de estado de guerra, vivemos numa situação de medo, um verdadeiro desespero, e não temos o amparo político que todo o cidadão deve ter, muitos dizem que é um exagero, mas as estimativas apontam que a cada 3 dias morre um gay no Brasil vitima de crimes de intolerância a homossexualidade.
No dia 17 de maio de 1992, dois anos após a retirada da homossexualidade da lista de doenças mentais, foi instituído o Dia Mundial da Luta Contra a Homofobia, mas me chateia ver que esse dia não é um dia de ação para a comunidade gay no Brasil, nesses dias os representantes das ongs do Brasil inteiro deveriam propor manifestações, deveríamos invadir as ruas, gritando não, dizendo basta de violência, exigindo que não haja mais mortes, deveria ser um dia para abarrotarmos assembléias de todos os estados brasileiros, um dia para acamparmos no plenário e exigirmos a aprovação imediata da PLC 122, mas vivemos num país passivo, num país onde quando não acontece conosco, não nos atinge, não nos toca, verdade? Claro que não, mentira, pois atinge a todos, todos nos somos vitimas de homofobia, todos nos não temos nossos direitos assegurados, não temos direitos a princípios básicos dados aos cidadãos, isso é homofobia.
Estamos numa situação de completo desamparo político, não temos quem nos represente, nas câmaras de vereadores, nas câmaras de deputados e no senado, o gay não é representado no poder legislativo e isso é algo muito sério, pois todos os assuntos de nosso interesse ficaram em segundo plano, enquanto isso a bancada de evangélicos e conservadores crescem a níveis estratosféricos, e são os componentes dessa bancada que estão se opondo a PLC 122, pessoas com poderes para barrar um projeto para nos defender, estamos desamparados e com os direitos jogados a sorte, é essa sociedade que esta recepcionando o cidadão gay, precisamos mudar, precisamos de políticas públicas e para isso temos que nos portar como cidadãos politizados, cidadãos com aletramento político para mudarmos a nossa sorte.
No ano passado o Léo Carioca postou uma lista dos 20 maiores homofobicos do Brasil, é uma lista que ele mesmo fez, é uma opinião dele, mas vale a pena ficar atentos a tais cidadãos, pois eles são formadores de opinião, muitos com amplo destaque na mídia por conta de seus trabalhos, são pessoas que fazem campanhas homofobicas na mídia de massa, o meu amigo Joseph também fez a sua lista de homofobicos, assim como na lista do Léo, a lista dele contém pessoas que estão na mídia de massa e transmitem, educam a sociedade a serem homofobicas, são pessoa que temos que fazer uma força tarefa para tiramos na política, da televisão, da vida publica, um grande exemplo de homofobia na mídia são as novelas que retratam a vida e o cotidiano de gays, a expectativa para que haja um beijo no ultimo capitulo da novela é tão grande que movimentam todos os veículos de comunicação, o final da novela sempre é muito previsível, o beijo sempre é vetado pela emissora, e toda uma comunidade de gays ficam frutados, assisti a novela América do inicio ao fim por conta da personagem gay da novela, fiquei frustrado quando não vi o beijo, depois disso nunca mais assisti novelas, respondi a emissora da mesma forma que ela me respondeu, com o veto da minha audiência, e quando toda uma sociedade gay fizer isso, nos passaremos a ter beijos, amassos e até transa gays sendo exibidos na televisão brasileira, mas enquanto abaixarmos a cabeça e falarmos: “Ah, que peninha”, sempre será assim. A homofobia no comércio, nos meios de comunicação e em todas as esferas tem que ser combatida com estratégia, a da televisão e a das empresas que não são simpatizantes com a causa gay, nos devemos combater com a rejeição, e acreditem, a resposta ao ato da rejeição é imediata.
A vida do gay não pode continuar fadada ao preconceito, aprendemos a conviver com a homofobia desde cedo, quando desde o primário escolar as crianças são implacáveis quando vê uma criança diferente, às vezes mais afeminadas e isoladas, crianças gays se isolam com medo do preconceito e isso acaba os evidenciando e dando mais margem ao preconceito, depois que a barreira da vida acadêmica é vencida, nos deparamos com a família, que não aceitam nossos namorados na casa na qual dividimos com eles, que não permitem nos a divisão de momentos importantes como natais, aniversários, e viradas de ano, que nos tratam com indiferença por conta de dormirmos e amarmos uma pessoa do mesmo sexo, essa homofobia a meu ver é a pior, sãos os nossos nos maltratando e discriminando, homofobia familiar dói, muitas das vezes é melhor levarmos porrada do que sermos rejeitados por entes que amamos tanto, no nosso coração as feridas se abrem e ficam expostas para sempre, o resultado de um ato desse vindo de uma mãe, de um pai ou de um irmão é irreversível para os nossos corações.
Igreja Norte-Americana Contra a Homofobia
Achei uma história na internet muito interessante, e que tem tudo a ver com a minha vida, é a história de Adam e Steve, duas personagens desevolvidos pela igreja norte-americana WeHo, a história em quadrinhos tem como cenário um clube gay, os garotos estão ficando, clima de pegação começa a esquentar entre os dois, e Adam convida Steve para ir num lugar mais reservado, Steve recusa, pois tem que ir embora para ir na igreja no outro dia, Adam se surpreende com o fato Steve ser gay e cristão, Steve convense Adam a também ir embora e se ele o acampanhar na igreja, no outro dia Steve promete esticar a noite com Adam. Adorei a história, pois eu tenho uma origem cristã e conheci o Douglas numa igreja inclusiva, nos somos cristãos e gays, como Adam e Steve, espero que ações como esta seja uma constante na sociedade.