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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Natalia Lage fala do Filme “Como Esquecer”

Com estréia confirmada para o dia 15 de outubro, o filme “Como Esquecer” já é sucesso no Orkut, Twitter, Facebook, You Tube e Flickr, além de ser assunto recorrente em vários blogs e sites do segmento LGBT. Em entrevista, a atriz Natalia Lage, fala sobre a sua personagem, Lisa, que é abandonada pelo namorado assim que ele descobre que ela está grávida. Lisa é definida como “sozinha, sensível e muito apaixonada”. Assista:


Dirigido por Malu De Martino (Mulheres do Brasil), o filme conta a história de uma professora universitária abandonada por sua companheira de dez anos. Prestes a entrar em depressão, procura conforto na casa de um amigo (Murilo Rosa), também gay, que perdeu o namorado, vítima de câncer. Ao longo do filme, ela vai encontrando outras pessoas que também vivem, cada uma a seu modo, a experiência de ter perdido algo muito importante em suas vidas.

Perder um grande amor é como se tirasse parte do nosso corpo num processo cirúrgico, porém, sem o cuidado anestésico. João Silvério Trevisan, compara a dor da perda de um relacionamento afetivo, com a dor da morte, e na verdade é. Romper um relacionamento, significa a morte de tudo o que foi vivido, a anulação de todos os momentos que estavam por vir, é uma morte em vida. Muitos, como Júlia, vivem fingindo que nada aconteceu, mas por dentro estão destruídos, esperando o tiro de misericórdia dado pela vida, para acabar de uma vez com todas todo o sofrimento gerado em nome de algo que deveria ser bom e nos trazer paz, em nome do amor.

Saber viver o seu luto, respeitar o momento e detectar quando se aproxima alguém que é capaz de lhe fazer feliz, é voltar a viver. Há tempos atrás, me senti como a Júlia, procurando desesperadamente o que era o contrário do amor e com medo de descobrir tal resposta. O luto é vencido, quando aceitamos que acabou e damos espaço para que o novo se aconchegue. Precisamos nos libertar do velho, nos permitir outros amores e saber que toda história tem começo, meio e fim, mas o amor que temos dentro de nos se perde na imensidão nos nossos sentimentos, e esse é o amor que nunca tem fim. O amor que um dia nos destruiu e depois nos dá forças para continuar.

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