Na manhã desse sábado (19/07), Silas Malafaia, o Pastor conhecido pela sua Unção pelo Ódio, volta a demonstrar sua homofobia e repugnância ao cidadão gay, Malafaia disse que a PLC 122 tem o intuito de colocar pastores que irem contra as praticas homossexuais na cadeia. Na verdade Silas Malafaia tem muito medo de que a lei seja aprovada, e com isso ele perder o direito de chamar cidadãos homossexuais de hipócrita, imorais, cretinos e imundos. Silas Malafaia usou boa parte do seu programa para expressar o seu ódio e intolerância conta a PLC 122; a revista Veja e ao seu colunista André Petry, autor do artigo “A Fé dos Homofóbicos”, o que me surpreende são as brechas primárias citadas pelo Silas Malafaia para ganhar apoio de seus discípulos contra a lei que combate a homofobia.
Ainda em seu programa, Silas disse que a lei proibirá um pastor de chamar a atenção de um casal gay que estiver se atracando dentro do pátio de uma igreja, de certo modo concordo com ele, a lei proibirá isso, sim, mas quem disse que gays querem ficar em pátios de igrejas se atracando? Temos coisas mais interessantes para fazer, do que ficar num reduto de homofóbicos, porém, nessa questão, a PLC 122 não afetará nada em São Paulo, pois nos já temos a lei Paulista 10.948 que pune a discriminação homoafetiva dentro de estabelecimentos públicos, privados ou abertos, sabemos que a lei Paulista não é tão abragente como a PLC 122, precisamos da aprovação imediata dessa lei, e ter esses direitos assegurados em todo o território nacional.
Silas Malafaia convidou todos a lerem o texto integral da PLC 122, também reforço para que a todos leiam o Projeto na íntegra, o texto Verdade e Mentiras da PLC 122 e o texto da lei Paulista 10.948. No momento atual não existe nada mais humano e igualitário do que criminalizar a homofobia, temos que mudar o cenário do homossexual no Brasil, temos que limpar as manchas de sangue do Retrato do Brasil Homossexual, e todos nós sabemos que a PLC 122 será um grande respaldo para o inicio dessa limpeza, para a conquista da dignidade do cidadão gay no Brasil.
Evangélicos foram convidados por Silas Malafaia para enviarem criticas à Revista Veja por conta dos artigos do colunista André Petry, aqui faço o apelo para mandarmos o nosso apoio e elogio a Revista Veja e ao André Petry, abaixo disponibilizo o email da redação da Veja e o email de André Petry. Temos que agradecer o apoio desse importante órgão da impressa no que diz respeito a PLC 122 e a conquista dos direitos do cidadão homossexual.
Envie seu agradecimento ao diretor da Veja pelo email: veja@abril.com.br
Envie seu agradecimento ao colunista André Petry pelo email colunadopetry@abril.com.br
Vamos ser gratos por aqueles que brigam em pró da conquista dos direitos LGBT, a aprovação da PLC 122 é uma extensão da Declaração dos Direitos Humanos no Brasil.
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sábado, 19 de julho de 2008
Pastor Ungido Pelo Ódio Volta a Atacar
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9 comentários:
Silas Malafaia, Silas Malafaia, Silas Malafaia....
Vou ter pesadelos com esse nome ainda.
É SURPREENDENTE que ele dê tanta atenção ao PLC 122, com problemas muito mais urgentes para uma ""igreja"" tratar.
Esse cara é obcecado, e ainda para o lado errado.
É bom que ele tenha pedido a todos lerem o texto integral, assim todos verão que o que ele diz é mentira.
Muito boa sua iniciativa da 'campanha' para elogiar a revista Veja e o colunista André Petry. É importante considerar essas iniciativas, que ajudam de pouco em pouco (ou bastante, melhor ainda) na causa GLBT.
Vamos lá fazer um texto bem carinhoso :P
Abraços =)
Marcos,
Esse teu texto é muito bom. Eu acho que estamos quase que num caminho sem volta: com as redes de tv's evangélicas, com a perda do raciocínio lógico,isso no mundo todo, com a pobreza aumentando e deixando os pobres desesperados e sem esperança, logo estaremos vivendo num Estado Evangélico, afinal, nosso governo é inoperante com os menos favorecidos e a péssima distribuição de riqueza, concentrada nas mãos de tão poucos leva as pessoas a procurarem apoio de qualquer maneira, ou no crime ou na religião, ou nas duas juntas.... Não é apenas o louco do Silas, mas os milhares e milhares de seguidores, que acabam criando condições insuportáveis de vida a qualquer pessoa que não for da religião deles ou que pensar diferente. Aí reside o perigo, pois nenhum religioso fundamentalista gosta de democracia...
Sua luta é um alento.
Beijos,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br
Essa obssessão pelos gays que ele tem só mostra o quanto preconceito ele tem, senão não estaria tão preocupado. Ele deveria em vez de usar Deus contra os gays, deveria ele aceitar Deus para si mesmo.
Como eles se acham no direito de criticar os outros, se eles mesmos não seguem o que pregam?
Esse malafaia é um idiota completo!
Não tenho pena dele.
Quando morrer vai pro inferno mesmo.
Cá no RH do Inferno já separamos, carinhosamente, quem irá recebê-lo =)
Nem perco mais meu tempo com esse Silas Mal Tá Feito.
Vejo ele como um inimigo que deve ser mantido a distância, e só.
Prezados, a VEJA divulgou na semana posterior á coluna em pauta que 60 pessoas comentaram o artigo do André Petry. Quinze dias depois, disse que foram 1452!? Que diferença absurda!
A contradição principal é que segundo o colunista os evangélicos desejam uma licença para perseguir os gays. Como se os duzentos homossexuais que morreram este ano no Brasil houvessem sido assassinados por nós, ou em nossas igrejas. Obviamente, não é verdade.
VEJA disse que Silas Malafaia foi inconsequente ao pedir aos seus telespectadores que escrevessem à revista, criticando o artigo de André Petry. Segundo a revista ele devia ter direcionado os e-mails para o colunista, que tem autonomia para dizer o que quiser, e se eximiu da responsabilidade quanto ao que ele o faz.
Para tentar esclarecer o que realmente houve, se é que podemos usar estar palavra, Petry reservou uma parte de sua coluna da semana, 16/07, para se referir às "centenas de pessoas que acusaram este colunista de evangelicofóbico, por denunciar a campanha homofóbica de certos evangélicos contra a lei que criminaliza a discriminação dos gays". Ele pinçou, como compete a um "bom" jornalista e a uma revista "isenta", três comentários favoráveis à sua causa, feitos por evangélicos, classificando-os de "um clarão de luz"!
Primeiro, ele teve o cuidado de distinguir evangélicos de evangélicos, o que nunca fez em seus artigos sobre. Aliás, a revista segue a mesma abordagem, como a mídia em geral. Ele e a revista entendem tanto de evangélicos que ao citar um comentário classificou o missivista como cristão luterano! Qual o luterano que não é cristão!? Segundo, nós não somos homofóbicos. Temos uma posição diferente, baseada na Palavra de Deus, que é nosso guia e regra de conduta e fé. Se André Petry ou alguma outra pessoa a acha ultrapassada, nada podemos fazer a respeito. Entretanto, nós evangélicos não queimamos gays na fogueira, nem hoje nem na história, nem aconselhamos ninguém a fazê-lo!
Queremos ter o direito de criticar e ser criticados. Como boa parte dos 1452 (Será? Já duvido do número!) leitores da revista o fizeram. O que não poderá ocorrer com a aprovação do PL 122/06. Aliás, o Petry diz que foram centenas de leitores, logo corrobora o erro da contagem da revista.
Termina sua coluna falando em bom senso, segundo ele existe para todos, ou seria para os outros? Aliás, quando a mídia falar esta palavra sobre os evangélicos, fico alerta. Eles só não usam o bom senso para nos compreender. Para exemplificar, quando vocês viram uma resenha em VEJA, sobre o lançamento de um álbum de cantor evangélico, mesmo uma Aline Barros da vida?
Nem viram, nem virão. E nós não estamos brigando por nenhum espaço exclusivo para nós.
A pior forma de ódio é quando ela vem disfarçada com pseudo-argumentos como os do indivíduo acima, o Daladier Lima. O que precisa ficar claro - mais uma vez... - é que há uma grande diferença entre preconceito puro e simples e Liberdade de Expressão. Assim como ele dia que " ...nunca viu uma resenha em Veja, falando sobre o album de algum cantor evangélico"; eu também nunca vi o jornal da igreja universal falando do lançamento de novo cd do Ney Matogrosso ou albuns do Cazuza. É para rir pela primariedade do argumento dele.
Outra coisa que , devono e pela milésima vez: vivemos em um Estado Laico. Não queremos igrejas doutrinando dentro do Congresso Nacional. Igreja tem que doutrinar seus fiéis e quem quiser ouvir. Nunca tentar boicotar projetos de Leis ou avanços sociais só por que vão contra as suas crenças. Que os /as evangélicos sigam seus conceitos, sua doutrina, oK! Mas obrigar que o restante da população pense, aja e sinta da mesma maneira, que tenha o mesmo deus que eles e sejam obrigados pela lei a seguirem os seus preceitos é demais, é ditadura evangélica que é o que querem implantar aqui: um Estado evangélico fundamentalista. Uma coisa é criticar, que é saudável sempre. Outra é ofender e até trair o que disse Jesus Cristo: "Amai-vos uns aos outros".
Evangélicos só retiram do levítico o que lhes convém para justificar seus preconceitos. Outras coisas, disfarçadamente e convenientemente ignoram. Não adianta discutir com eles, são fundamentalistas e não estão abertos ao diálogo. Que imponham esse comportamento ao povo que frequenta suas prisões chamadas de igreja e não quem está fora dela e fora quer ficar.
A PL 122 tem que ser defendida justamente e principalmente para que possamos ter instrumentos de defesa contra gente assim. Não há desculpas para a homofobia, assim como não há desculpas para o racismo. Usam da falácia religiosa e castradora e ainda acham que têm esse "direito". Direito é outro papo. Direito é primeiramente perceber que existem pessoas diferentes de nós, que pensam e sentem diferente de nós e que merecem todo o nosso respeito. Quem tenta padronizar sentimentos e crenças é que está atentando contra os Direitos Humanos. Uma pessoa tem até o direito de não acreditar, sem julgamentos. André Petry foi direto, competente e perfeito em suas colocações. Por isso incomodou tanto os/as evangélicos. Homossexuais querem respeito, direitos e serem deixados em paz. Nenhum direito além que qualquer evangélico possa ter, direitos iguais, nem mais, nem menos. Crenças são outro papo e devem ficar dentro do templo, não invadir o Legislativo.
Ricardo Rocha Aguieiras
aguieiras2002@yahoo.com.br
Abaixo a carta de Toni Reis, enviada para a revista Veja, cara essa que eu assino embaixo:
Carta aberta à Veja
Homossexualidade versus Fundamentalismo Religioso
Congratulamos o colunista André Petry pela clareza de seus argumentos no artigo intitulado A fé dos homofóbicos (02/07) e também pela complementação em A "evangelicofobia" e o clarão de luz (16/07). Parabenizamos também a Revista Veja por procurar trazer matérias esclarecedoras e sem viés, tanto sobre questões religiosas quanto sobre a homossexualidade. Um exemplo clássico foi a matéria "O que é ser gay no Brasil", publicada em maio de 1993, trazendo um retrato da vida de pessoas homossexuais, bem como um recorte da opinião pública a seu respeito na época. De lá para cá, algumas opiniões mudaram favoravelmente em relação à homossexualidade, enquanto outras se radicalizaram ainda mais, de maneira contrária.
O que mais nos consterna neste último episódio é o desenfreado (ab)uso pelo Pastor Silas Malafaias de meios de comunicação de massa para incitar a intolerância a quem quer que seja que se manifeste a favor do PLC 122/2006. Estes meios de comunicação foram utilizados recentemente para provocar uma invasão de manifestantes no Senado, e agora para provocar uma avalanche de correspondências relativas ao artigo acima mencionado. Testemunha-se nestas incitações algo que relembra com repugnância a inflamação empregada outrora para incentivar a perseguição aos não-arianos.
Salientamos que somos contrários à censura e a favor da liberdade de expressão, mas não a liberdade de expressão que incita a discriminação e a violência, revestida de um falso moralismo que serve de respaldo para barbaridades como, por exemplo, os pelo menos 2.802 assassinatos de homossexuais ocorridos nos últimos 25 anos no Brasil.
O Brasil é uma democracia e é regido por um Constituição, que é a lei maior a que todos estamos submetidos. Não vivemos em uma teocracia onde o estado é regido por um livro sagrado. O estado brasileiro é laico, já há 118 anos. O que a Constituição laica estabelece é a inviolabilidade da "liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos," . O PLC 122/2006 não tirará esta garantia. Mas por outro lado, a Constituição também prima pela não-discriminaçã o, de qualquer natureza.
O Projeto de Lei da Câmara 122/2006 vem ao encontro deste preceito. Em sua ementa isto fica claro: a lei "define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero." Acrescenta-se às garantias já explicitadas alhures na legislação brasileira, a garantia da defesa contra a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, contemplando assim os 18 milhões de brasileiros e brasileiras LGBT que atualmente encontram-se desprovidos de legislação que os proteja desta maneira, ao contrário das demais "minorias' sociais do país.
O que percebemos é que a intolerância exacerbada de alguns fundamentalistas não é representativa da maioria das pessoas que professam a fé evangélica. Há um grupo reduzido, que expressa publicamente suas opiniões em nome de um conjunto que não representa integralmente. Não são os porta-vozes da maioria. Isto foi comprovado por recente pesquisa do DataSenado, que demonstrou que 55% das pessoas evangélicas entrevistas concordam que a discriminação contra homossexuais passe a ser crime. Como afirmou André Petry, é apenas uma questão de tempo.
Toni Reis
Presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais)
RICARDO ROCHA AGUIEIRAS
aguieiras2002@yahoo.com.br
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