Pesquisar este blog

terça-feira, 22 de julho de 2008

A Dor da Separação II

Certa vez li um artigo do João Silvério Trevisan publicado na Revista G Magazine que comparava a dor da separação com a dor da morte, concordo com a posição do Trevisan, a separação de um relacionamento afetivo é o fim de uma vida, a interrupção de todos os acontecimentos futuros que estariam por vir, no artigo ele chega a ressaltar que em algumas circunstâncias a dor da separação é ainda maior do que a dor da morte, pois o sentimento de perda pode vir acompanhado com o sentimento de rejeição, é uma morte em vida, a anulação de todas as possibilidades de diversos acontecimentos futuros. Ser rejeitado dói muito, muito mais do que enterrar um querido, pois temos no Mundo uma pessoa que amamos, que desejamos fisicamente, mas não podemos nem ao menos toca-lá.

No Blog G Gliché li o post "A Surpresa do Fim", o post relatou o fato de casais amigos que se separam, e que muitas das vezes tal fato é o estopim para outros casais amigos se separarem, ou seja, ao ver uma relação sólida sendo desfeita, criamos coragem para darmos um fim da nossa relação que não está nos agradando, jogando fora toda a oportunidade de diálogo que o casal poderia desenvolver, jogando fora a última chance de salvar uma história de amor, uma vida a dois. Tal afirmação tem fundamento. Nesses momentos temos que buscamos força interior, sermos fortes e esperarmos a “Chuva” passar, nem que a chuva dure por 40 anos e cause um dilúvio em nossas vidas, mas temos que esperarmos a chuva passar.

Não podemos ser prepotente e acharmos que fazemos de tudo pelo nosso relacionamento afetivo, somos humanos e sempre pecamos, temos que administrar nossos sentimentos, para que seja evidenciado apenas bons momentos, momentos mágicos como o de ter visto Diana King cantando I Say a Little Player for You, como o de ter ido pela primeira vez ao Teatro Municipal, ao Teatro Abril, e tantas outras programações culturais que um casal possa fazer. Conviver com a lembrança de tantos momentos bons com a certeza de que eles não poderão mais ser vividos, é conviver com a dor da morte em vida.

Há um tempo atrás eu costumava dizer que “eu não gostaria de viver uma história de amor, pois histórias de amor tem fim, e o que eu sinto se perdia na imensidão dos meus desejos”, não sei de onde eu tirei isso, acho que acordei num dia especial, e disse, o fato é que nunca lidaremos bem com o fim de uma relação, com o rompimento de uma fase especial. Uma vez alguém disse que o amor era pra sempre, depois veio a Cássia Eller e acrescentou que o “pra sempre” sempre acaba, em meio a duras realidades sempre despertamos, e nos deparamos com um mundo complexo no âmbito de relacionamentos afetivos, pena que as vezes é tarde demais e os nossos corações já encotram em jogo, e creio que desse jogo nunca sairemos ileso, se sairmos com vida, com chances de uma regeneração afetiva, já será uma grande vitória.

Leia Também:

A Dor da Separação

12 comentários:

Ex-corpianoo disse...

nao é facil memso, sei o q significa, minha ame esta sofrendo muito coma separação, e mesmo sabendo que as vezes é preciso, nao conseguimos entre tantos entimento explicar a frustração,a dor da perda, a soldidao as vezes, dentre tantos outros.
mas como tudo na vida é uma escolha a ser feita por uam das partes, e uam escolha exime outra, e traz consequencias!!


bjOOoo

Unknown disse...

Nossa[!] muito bom, pricipalmente o que Trevisan coloca. Sei como é isso tudo... meu relacionamento de dois anos parece estar chegando no fim, pra valer. Já fui e voltei muitas vezes, mas tenho a impressão de que agora se for não hverá volta alguma e das outras vezes não sentia isso com tanta sinceridade. É tudo isso que você fala e mais um pouco (monte). Os lugares que marcaram as coisas que fizemos... Tudo se tornará uma dor que custará a passar. Romper sempre é difícil, especialmente quando você tem uma grande história de cumplicidade e crescimento pessoal junto desta pessoa.

That's all...

Acho o seu blog ÓtEmo!

Abraço!

Anônimo disse...

Lindo e emocionante post. Não vou ficar te repetindo: concordo com tudo! Temos é que aprender a reinventar a dor. Aliás, não é isso o que nós, homossexuais, fazemos todos os dias, transformando a dor em alegria?
Beijos,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br

Guiga disse...

Parabéns pelo texto!!Muito bom!
E concordo com a Cássia ;)

Abraço!

@bloggerbrasilis disse...

Hoje completam-se 12 anos que perdi um amigo vitimado pela Aids. Ele era filho único e tinha 28 anos. Sou católico, mas jamais concordarei com qualquer restrição ao uso de preservativos, pois é uma posição extremamente reacionária e totalmente fora da realidade em que vivemos. A Igreja Católica precisa flexibilizar sua posição com relação a esse tema, pois isso a afasta dos seus fiéis. Que ele esteja na paz de Deus!

Jean Luiz disse...

É muito triste a dor da separação, perder alguém quando ainda se ama muito, pode até tirar a vonta de viver. Graças à Deus, nunca passei por isso, tenho ao meu lado as pessoas que eu amo demais, meus pais e meu namorado.

Ikki disse...

nossa, acho que vou ter de ler de novo e pensar mais sobre o assunto!!
Relacionamentos são complicados, mas pelo que vivi, acredito que as vezes é melhor terminar um relacionamento do que continuar com ele do jeito que estava, mesmo com dialogo e amor.
enfim, eu sou(estou) pessimista, esquece!

Anônimo disse...

Li.
Vou processar, reler e volto para comentar.
O senhor deu uma balançada boa no meu juízo.
Abração!!!
Mister Man

Anônimo disse...

Não é fácil um fim, mas às vezes, ele é necessário para que nos possamos “voltar a andar”. Cada relação que temos, cada amor que vivemos ficam marcados por sua história. Quem não se lembra daquele cheiro, do perfume, da música, da emoção de um momento em particular. Por isso é bom sempre lembrar que os momentos são preciosos. Eles passam rápido e precisamos vivê-los intensamente. Excelente o seu post.

Arthur

Anônimo disse...

Eu sou casado há 16 anos com o mesmo homem. Já escrevi sobre isso eu meu blog alguma vezes e não vou me ater aos detalhes aqui para não lhes roubar um tempo precioso.
Eu concordo com Cássia Eller como ela disse que o "pra sempre sempre acaba". O grande problema é que ela não completou a frase. E muitas coisas poderiam ter sido ditas como complemento:
1. Enquanto foi "para sempre" foi sempre!
2. Sempre acaba e sempre outra coisa nasce, o que refaz o ciclo. De outra forma, de outro jeito, mas ainda assim um ciclo de felicidade e harmonia.
3. Principalmente, acho que faltou ser dito que somos todos mutantes e que a cada dia somos diferentes. Pensar isto dentro do casamento significa que você pode namorar mil pessoas mesmo estando com uma só.
Eu já me apaixonei mil e uma vezes pelo meu companheiro. Em cada uma delas encontrei um homem novo, diferente, mais maduro, mais calmo, mais intenso, mais maluquete, mais tarado, mas romântico... Tudo num homem só. Era sempre, acabava e recomeçava novamente. Aliás, é sempre e termina todos os dias. O bom é a certeza de que recomeçará firme e forte no dia seguinte.
Novinho em folha.
Um abraço enorme a todos.
Mister Man
P.S. Eu já sofri dores inimagináveis por amor. E sempre preferi isso a nunca ter amado.

Marcos Freitas disse...

Mister Man,

Eu namoro há mais de 5 anos, e não sei quantas vezes já me re-apaixonei pelo Douglas, e todas as vezes ele me seduziu de forma diferente, fazendo com que a paixão anterios viesse mais forte e madura do que a passada, ter alguém especial ao nosso lado é muito bom, concordo com o questão do ciclo, sempre as coisas acabam para dar espaço para coisas melhores, e o melhor é quando "esse melhor" vem da pessoa que já está contigo e que te ama.

jclcabo007 disse...

Amigos, adorei todos os omentarios. Eu, por exemplo, estou desacreditado e emocionamente perdido. Dois anos de relacionamento, do nada, ele vai embora e me deixa com toda respnsabilidades e lembranças do passado. Qero acreditar que posso amar outra pessoa, mas a dor, interfere...Ainda o amo, mas ele se foi.