Depois de tantas repercussões negativas, envolvendo o Deputado Marco Feliciano, acusado de homofobia e racismo e da cantora Joelma, após comparar gays com drogados, ambos tentam fazer as pazes com o Movimento LGBT.
Desde da pose de Feliciano, para a Presidência da Comissão de Direitos Humanos, o deputado não conseguiu dar andamento na pauta da Casa. O que para a Câmara de Deputados é uma situação muito séria, tendo em vista que todos os projetos que são votados em plenário tem que passar por todas as comissões, para depois voltar novamente para a votação em plenário. Com uma comissão parada, toda a Casa também para e se o Feliciano não resolver isso o quanto antes, sua saída é certa.
Defendo que o Movimento LGBT tem que se recusar em conversar com Feliciano. Não podemos negociar nossos direitos com homofóbicos, com parlamentares que não nos representam. Em entrevista para o Estadão, Feliciano diz que propôs um acordo com Tony Reis: "Eu falei: Toni, vamos conversar, vamos criar uma ponte, me coloquei à disposição deles. Ele falou que vai pensar em alguma coisa. Tomara que Deus o ilumine”, disse o pastor.
Quem tem que ser iluminado nessa questão é esse pastor que não representa nem os evangélico. Foram várias manifestações de lideranças evangélicas, pedindo a renuncia do parlamentar e afirmando que a super-exposição dos fatos vem atrapalhando muito o cotidiano das igrejas.
Já a cantora Joelma, que desde as suas declarações na Revista Época, vem sofrendo uma série de protestos, chegou a postar um vídeo no Facebook, tentando esclarecer os fatos, mais os seus argumentos não foram convincentes e os protestos ficaram ainda mais fortes. "Não vou baixar minha cabeça, tirar minha alegria. Já esclareci. Meus amigos gays e fã clube ficaram a meu favor. Jamais tratei um gay mal, trato todos igual. Tirei uma lição disso de não tratar de coisas íntimas com quem não conheço. Minha consciência está tranquila, porque não fiz. Não vou pagar por uma coisa que eu não cometi", declarou Joelma, durante a gravação do programa do Roberto Justos, ao lado do marido Chimbinha.
Novamente a cantora Joelma, muito convicta do que disse na Revista Época, valida toda a sua declaração. Se comparar um gay com um drogado não é tratar mal um gay, perdi completamente os valores do bem e do mal. Joelma até tenta, mais falta humildade para dizer: Me desculpe, no calor do momento, dei uma declaração equivocada.
Avaliar toda essa situação é muito difícil. Acredito que o Movimento LGBT se fortaleceu com toda essa polêmica, inclusive com o fato da cantora Daniela Mercury 'sair do armário'. Nunca presenciei tantos apoios de personalidades ao Movimento LGBT. Foram vários artistas que vieram para a luta e se posicionaram contra Feliciano e Joelma Mendes.
O Pastor Feliciano pode até ter uma votação expressiva nas próximas eleições, por outro lado, ele irá tirar votos dos seus correligionários. Acho pouco provável que um cidadão, fora do meio fundamentalista, venha apoiar um político tão caricato como Feliciano. Já a Joelma, ela terá que esperar o seu público esquecer suas declarações, assim como todos os que protestaram contra as declarações homofóbicas da cantora Claudia Leite também esqueceram.
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