O pai do vocalista Dinho, da banda Mamonas Assassina, pretende processar o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) por ter afirmado que o acidente aéreo que provocou a morte dos integrantes do grupo, em 1996, foi uma espécie de castigo divino. "Ele não pode falar isso porque não tem como provar. Como meu filho não está aqui para se defender, eu tenho de fazer isso" disse Hildebrando Alves.
O advogado do pai de Dinho, Nilson Moreira, pretende ingressar com ações na esfera criminal, por calúnia e difamação, e na esfera cível com pedido de indenização. Ainda não se sabe o valor que será pedido. O advogado ainda vai estudar em que instância entrará com as ações, já que Feliciano possui foro privilegiado por ser deputado. A ação criminal teria que ser impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na semana passada, circulou na internet um vídeo de um culto de 2005, na cidade de Camboriú, em Santa Catarina, em que Feliciano diz:
— O avião estava no céu, região do ministro do juízo de Deus. Ao invés de virar para um lado, o manche tocou pro outro. Um anjo pôs o dedo no manche, e Deus fulminou aqueles que tentaram colocar palavras torpes na boca das nossas crianças.
No mesmo culto, o pastor afirma ainda que Dinho era evangélico e "se vendeu ao diabo pelo vil dinheiro" e conseguiu assim fazer com que a banda vendesse 1,5 milhão de CDs. "Ele foi muito infeliz no que falou" acusou o pai de Dinho.
Ainda no culto, Feliciano relaciona o assassinato do ex-beatle John Lennon a um suposto deboche sobre Deus e diz "Eu queria estar lá quando descobriram o corpo dele. Ia tirar o pano de cima e dizer: me perdoe, John, mas esse primeiro tiro é em nome do Pai, esse é em nome do Filho, e esse, em nome do Espírito Santo". Na verdade, Lenon foi morto com cinco tiros.
O pai nega que Dinho fosse evangélico. Ele diz que a sua esposa e mãe do cantor, sim, é frequentadora da Assembleia de Deus. Ela inclusive está em Israel em uma viagem de peregrinação. Feliciano criou e preside a Igreja Tempo do Avivamento, que é um ministério da Assembleia de Deus.
O advogado do pai do vocalista também pretende procurar os familiares dos outros quatro integrantes da banda que para que façam parte das ações.
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